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Infecções hospitalares

Infecção Hospitalar também denominada Infecção Relacionada à Assistência à Saúde


(IRAS) constitui atualmente um sério problema de saúde pública. Em declaração a
ONU relata que em 2050 podemos chegar a 10 milhões de mortos devido infecções
por bactérias resistentes, atualmente perdemos cerca de 700.000 pessoas no mundo
vítimas de infecções por bactérias resistentes.

Em 2017 a OMS publicou uma lista com as 12 bactérias de maior risco à saúde
humana, devido sua resistência antimicrobiana. Foram divididas em prioridades,sendo:
Crítica

• Acinetobacter baumannii, resistente a carbapenêmicos


• Pseudomonas aeruginosa, resistente a carbapenêmicos
• Enterobacteriaceae, resistente a carbapenêmicos produtora de ESBL

Alta

• Enterococcus faecium, resistente a vancomicina


• Staphylococcus aureus, resistente a oxacilina e vancomicina de resistenência
intermediária a resistente
• Helicobacter pylori, resistente a claritromicina
• Campylobacter spp., resistente a fluorquinolonas
• Salmonellae, resistente a fluorquinolonas
• Neisseria gonorrhoeae, resistente acefalosporinas e fluorquinolonas

Média

• Streptococcus pneumoniae, não suscetível a penicilina


• Haemophilus influenzae, resistente a ampicilina
• Shigella spp., resistente a fluorquinolonas

Segundo a diretora médica do Reino Unido Sally Davies : “As resistências estão aqui
para ficar e vão piorar”. O uso abusivo de antimicrobianos tem sido cada vez mais
frequente, além disso temos a falha na prescrição, na dosagem ministrada, o exagero
na prescrição, o tempo de uso inadequado, além da automedicação.
Com tudo isso em mente, torna-se impreterível sermos conscientes no momento da
prescrição médica com relação ao uso adequado dos antibióticos.
Cabe também a toda a equipe multidisciplinar que atende o paciente atuar no controle
das infecções hospitalares, através de medidas simples e eficazes, como a
higienização das mãos em todos os momentos oportunos (vide figura 1) e a
desinfecção das superfícies e aparelhos.
Figura 1 : Os 5 momentos para higienização das mãos. Disponível em:
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/apenas-por-cento-das-pessoas-higienizam-
maos-corretamente.aspx

Vale lembrar que a higienização das mãos com água e sabão dura em média de 40 a
60 segundos e com uso de preparações alcóolicas à 70% leva em média de 20 a 30
segundos, deixando claro que se houver sujidade nas mãos a higiene deve ser feita
sempre com água e sabão (Diretrizes da OMS sobre Higienização das Mãos em Serviços
de Saúde).
A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa
para evitar a propagação de doenças.

Dra Ariadne B Silvério


Suplente Vice-presidente da CCI/SMS
Infectologista pediátrica

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