Curitiba, 24 de Fevereiro de 2023.

Bom Dia!

Inicialmente, orienta-se que o empregador providencie junto ao estabelecimento prisional ou à

Secretaria de Segurança Pública uma certidão de cárcere, que se trata de um documento
público e pode ser requerido por qualquer interessado, de modo a se resguardar em eventual
fiscalização da Secretaria do Trabalho.

Em relação ao contrato de trabalho, não há uma previsão específica na legislação. Nesse

sentido, o empregador pode adotar as seguintes medidas:

a) manter o vínculo empregatício, considerando o período de reclusão como faltas

injustificadas;

Ressalta-se que as faltas injustificadas decorrentes da prisão do empregado não caracterizam

abandono de emprego, tendo em vista que o paradeiro do empregado é conhecido.

b) manter o vínculo empregatício, suspendendo o contrato de trabalho;

Preventivamente, orienta-se que o empregado seja notificado da sua suspensão contratual, por
meio de AR ou preposto, solicitando que o mesmo deverá se apresentar à empresa assim que
posto em liberdade;

c) demitir o empregado sem justa causa;

Optando pela rescisão sem justa causa, é essencial que o empregado realize o exame
demissional, de acordo com a Norma Regulamentadora n° 07. Nesse caso, não sendo possível
ao empregado comparecer estabelecimento para realização do exame demissional, a empresa
deve verificar a possíbilidade do médico do trabalho comparecer à unidade prisional para
cumprir essa exigência legal;

d) rescindir o contrato com justa causa com base no artigo 482, alínea "d" da CLT, hipótese em
que deve haver a condenação criminal do empregado por sentença judicial transitada em
julgado (contra a qual não cabe mais recurso) e caso não tenha havido a suspensão da
execução da pena.

Para maiores informações, recomenda-se a leitura do Boletim n° 06/2021:EMPREGADO

PRESO Faltas x Suspensão, Rescisão, Condenação, Absolvição, Auxílio Reclusão, eSocial.

Atenciosamente,

Tainara Casagrande Da Silva.

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