Você está na página 1de 1

Sequência 3 :~

48 Madalena (espavorida) - Meu Deus, meu Deus! Que se não abre a terra debaixo d
PROFESSOR meus pés? ... que não caem estas paredes, que me não sepultam já aqui? ...
Orientação de leitura
49 Jorge - Calai-vos, D. Madalena: a misericórdia de Deus é infinita; esperai. Eu duvido,
1.1 É português e viveu na
Palestina.
não creio ... estas não são coisas para se crerem de leve. (Reflete, e logo como por uma iâ -
1.2 Vida marcada por que lhe acudiu de repente) Oh! Inspiração divina ... (chegando ao Romeiro) Conheceis b
privações, sofrimento físico,
revolta e impaciência. esse homem, romeiro, não é assim?
1.3 O Romeiro acusa, indire- 50 Romeiro - Como a mim mesmo.
tamente, O. Madalena de ter
construído a sua felicidade, 51 Jorge - Se o víreis ... ainda que fora noutros trajos ... com menos anos - pintado, digam
partindo do pressuposto de
- conhecê-lo-eis?
que o seu primeiro marido
estava morto. D. Madalena 52 Romeiro - Como se me visse a mim mesmo num espelho.
desconhecendo a identidade
do Romeiro, autoculpabiliza-
53 Jorge - Procurai nesses retratos, e dizei-me se algum deles pode ser.
-se, dando-lhe razão. 54 Romeiro (sem procurar, e apontando logopara o retrato de D. João) - É aquele.
2. O Romeiro, D. João de 55 Madalena (com um grito espantoso) - Minha filha, minha filha, minha filha! ... (em to
Portugal, considerava que o
seu único amigo era Telmo, cavo e profundo) Estou ... estás ... perdidas, desonradas ... infames! (com outro grito do cora-
pois este nunca acreditara
ção) Oh minha filha, minha filha! ... (foge espavorida e neste gritar.)
na morte do seu amo.
3.1 D. Madalena considera
que tem pecados pelos
quais deverá pedir perdão a
Deus.
4. Frei Jorge considera que
o Romeiro está a ser incon-
veniente e a abusar da
paciência de D. Madalena,
pois na verdade não reco-
Orientação de leitura
nhece nesta figura D. João
de Portugal que está com
1. A desocultação da identidade do Romeiro é realizada por etapas.
um aspeto físico muito dife- 1.11dentifica a sua nacionalidade e local de residência nos últimos «vinte anos cumpridos».
rente do passado, barbas
1.2 Caracteriza a vida do Romeiro nos Santos Lugares, avaliada por ele mesmo. (fala 8)
muito brancas e também
mudado psicologicamente. 1.3 Interpreta a fala 14, retirando conclusões da pergunta de D. Madalena «Haverá tão
5. O Romeiro traz uma men- gente ... e tão vil, que tal faça?» (fala 15)
sagem do primeiro marido
de D. Madalena dizendo que 2. Identifica o único amigo com o qual o Romeiro contava. Justifica.
se encontra vivo e cativo há
vinte anos. 3. O Romeiro acusa D. Madalena de ter ofendido a Deus.
6. D. Madalena está muito 3.1 Esclarece o sentido da resposta da nobre dama.
ansiosa e perturbada, pois
compreende que o seu pri- 4. Interpreta a didascáLia na fala 26, relacionando-a com a expressão «Estou tão velho e muda-
meiro marido está vivo.
do do que fui!» (fala 27)
7.1 Frei Jorge pede ao
Romeiro que identifique 5. O Romeiro traz uma mensagem do primeiro marido de D. Madalena. Identifica-a.
D. João de Portugal no
retrato, vinte anos mais
6. Esclarece o estado psicológico de D. Madalena (fala 42), tendo em conta a didascáLia.
novo. Se o Romeiro fosse
um impostor não o reconhe-
7. As falas que se seguem caracterizam-se por frases curtas e ritmo rápido, culminando num
ceria.
crescendo de tensão, e obrigando à intervenção de Frei Jorge.
8. O Romeiro não era um
impostor. 7.1 Indica a estratégia de Frei Jorge para desmascarar o Romeiro como impostor.
9. D. Madalena tem a certe-
za de que D. João de
8. Tira conclusões sobre o facto de o Romeiro identificar de imediato D. João de Portugal.
Portugal está vivo, logo o
seu casamento anulado e a 9. Explica a reação de Madalena.
sua filha ilegítima.
10. Denomina o momento da tragédia clássica a que corresponde a chegada do Romeiro.
10. Clímax.

146

Você também pode gostar