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13/03/2023

Nomenclaturas
das estruturas
dentárias
Profa. Leila Moreira

• Cúspides – verde, Fossas – branca; Sulcos principais – linhas amarelas, Sulcos


Baratieri et secundários-
al., 2013 linhas azuis

• Cristas marginais – roxo, Vertertes triturantes – laranja; vertentes lisas – azul


Baratieri et al., 2013
13/03/2023

Nomenclatura das partes constituintes da


cavidade

fundo

Baratieri et al., 2013

Nomenclatura das partes constituintes da


cavidade

fundo

Baratieri et al., 2013

Profundidade vs Extensão

Profundidade  se refere à
posição das paredes de fundo da
cavidade: pulpar e axial

Extensão  se refere às paredes


circundantes:fundo
vestibular e lingual

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES


Quanto à complexidade:

Simples – 1 face

Composta – 2 faces
fundo
Complexa – 3 ou mais faces

Baratieri et al., 2013

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES


Quanto as faces envolvidas:
Especifica as faces envolvidas

Exemplo: Oclusal - O
Ocluso Distal - OD
Mésio
fundo
ocluso distal - MOD

Baratieri et al., 2013

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES -


BLACK
Classe I - são as lesões e/ou cavidades localizadas nas regiões de cicatrículas e
fissuras - nas faces oclusais de pré molares e molares e nos 2/3 oclusais das faces
vestibulares lingual/palatal de molares. Eventualmente, podem também ser
encontrados em cicatrículas presentes na região do cíngulo, na face palatal dos
incisivos centrais e laterais superiores.

Classe II - lesões e/ou cavidades que envolvem as faces proximais de


pré molares e molares. Uma lesão restrito à face mesial de um pré-
molar é também classificada como Classe II

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES -


BLACK
Classe III - são cavidades que envolvem uma ou ambas as faces proximais dos incisivos e caninos, sem,
entretanto, comprometer o ângulo incisal. Podem ser restritas às faces proximais - situação em que suo
detecção é bastante difícil - ou estender-se em direção às superfícies vestibular e/ou lingual/palatal.

CLASSE IV: cavidades que envolvem a face proximal de um dente anterior e que, simultaneamente,
comprometem pela menos um ângulo incisal.

OBS: Embora a descrição original de Black fosse especifica para lesões de cárie, a mesma classificação pode
ser empregada para perdas de estrutura causados por traumatismo.

Baratieri et al., 2013

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES -


BLACK
CLASSE V: são cavidades que envolvem o terço gengival das faces vestibular ou lingual/palatal de todos os
dentes. Embora a classificação original fosse restrita às lesões cariosas a mesma nomenclatura pode ser
utilizado, atualmente, para descrever perdas de estrutura causadas por processos não carosos
norasdoatrição, corrosão, abfração.

CLASSE VI: essa classe complementar descreve uma situação não contemplada pela classificação original de
Black: lesões e cavidades localizadas nas pontas de cúspide dos dentes posteriores, sem envolvimento das
cicatriculas e fissuras, ou nos bordos incisais dos dentes anteriores, sem envolvimento do ângulo incisal.

Baratieri et al., 2013

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES

fundo

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES

fundo

Baratieri et al., 2013

NOMNECLATURA DAS CAVIDADES

fundo

Baratieri et al., 2013

Princípios gerais
do preparo
cavitário
Profa. Leila Moreira
13/03/2023

Princípios gerais do preparo cavitário


• Black

Baratieri et al., 2013


Extensão para prevenção

Extensão para prevenção

As margens das cavidades sempre devem ser


estendidas ao longo de todo o sistema de
cicatrículas e fissuras do dente, sendo posicionadas
em regiões de esmalte liso

Prevenir recorrência de cárie


Baratieri et al., 2013

Extensão para prevenção


• Padronização dos preparos
• Dimensões desnecessariamente
grandes
• Delineadas de acordo com a anatomia
do dente

Era a única maneira de curar o paciente; não se tinha ideia de controle


de cárie dentária.
Baratieri et al., 2013
13/03/2023

Extensão para prevenção


A única maneira de curar o paciente, era remover as
lesões, por meio do preparo e subsequente restauração
da cavidade;
Esse fato, associado à observação de que os locais
mais frequentemente atingidos eram as regiões de
cicatrículas e fissuras, fez com que Black propusesse o
conceito de extensão para prevenção - as margens das
cavidades sempre devem ser estendidas ao longo de
todo o sistema de cicatrículas e fissuras do dente, de
forma a serem posicionadas em regiões de esmalte
liso, prevenindo a recorrência de cárie.

O resultado de tal filosofia, evidentemente, eram preparos com forma padronizada e


dimensões desnecessariamente grandes, visto que as cavidades eram delineadas
com base na anatomia dos dente se não, necessariamente, nas características da
lesão cariosa e nas necessidades do paciente.
Baratieri et al., 2013

Extensão para prevenção


O resultado de tal filosofia,
evidentemente, eram preparos com
forma padronizada e dimensões
desnecessariamente grandes, visto que
as cavidades eram delineadas com
base na anatomia dos dente se não,
necessariamente, nas características
da lesão cariosa e nas necessidades do
paciente.

Baratieri et al., 2013

Controle do biofilme dental


• Tratamento da cárie dentária: devem ser feitas as restaurações, porém
associada meios preventivos e a desorganização periódica da placa
bacteriana
Fejerskov, Kidd, 2007

3 meses 6 meses 18 meses


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Princípios clássicos de preparo proposto por Black


• Amálgama – foi sucesso a mais de um século, mas ele não reforça a
estrutura dental fragilizada (Esmalte sem suporte dentinário)

• Para compensar essa deficiência e previnir falhas


mecânicas:

Adaptação da cavidade
– medida realizada as
expensas da estrutura
Baratieri et al., 2013 dental sadia

Princípios clássicos de preparo proposto por Black


• Forma de resistência
• Forma de contorno
• Forma de retenção
• Forma de conveniência
• Remoção da dentina cariada remanescente
• Acabamento das paredes de esmalte
• Limpeza da cavidade

Baratieri et al., 2013

Princípios clássicos de preparo proposto por Black


• O resultado de seguir a risca os princípios de
Black são preparos com aspectos padronizados,
mesmo em dentes om lesões menores.

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Princípios atuais do preparo cavitário

- Conhecimento dos fatores etiológicos da cárie;


- Abandono da filosofia de extensão preventiva;

Cavidades mais conservadoras – só com o surgimento


dos sistemas adesivos que foi possível manter algum
esmalte sem suporte – esse fato foi capaz de reforçar
estrutura dentária
Baratieri et al., 2013

Princípios atuais do preparo cavitário

- As cavidades atualmente devem ser preparadas seguindos dois


princípios básicos:

1 – máxima conservação da estrutura dental sadia;


2 – bom senso

Baratieri et al., 2013

Cada lesão e cada dente apresentam características


únicas e devem ser tratadas de forma individualizada
com a melhor opção restauradora para cada caso

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Interação Periodontia e Desntística


Restauradora
A saúde periodontal é essencial
para manutenção e recuperação
estética, funcional e biológica do
dente do paciente

Não invadir o espaço biológico


Importante: porção dental entre
a crista óssea e a margem
cervical da restauração

Baratieri et al., 2013

Consciência periodontal-distâncias biológicas


0,69mm
Componentes biológicos
responsáveis pela manutenção
da homeostasia periodontal 0,97mm

Invasão do espaço biológico


Recessão gengival
1,07 mm
Bolsa periodontal

Baratieri et al., 2013

Consciência periodontal-distâncias biológicas


0,69mm

Espaço biológico=inserção
conjuntiva+epitélio juncional 0,97mm

Invasão do espaço biológico


Recessão gengival
1,07 mm
Bolsa periodontal

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Consciência periodontal-distâncias biológicas


A adesão dessas estruturas ao
0,69mm
tecido dental - por meio de fibras
dentogengivais na inserção
conjuntiva e hemídesmossomosno
epitélio juncional - resulta em um 0,97mm
selamento biológico ao redor da colo
do dente, permitindo que o
hospedeiro mantenha saúde
periodontal frente à ininterrupta
agressão bacteriana.
. 1,07 mm

Baratieri et al., 2013

Consciência periodontal-distâncias biológicas


O sulcogengival não apresenta
qualquer união à superficie dental e, 0,69mm
por essa razão, pode ser “violado”
durante os procedimentos
restauradores, sem prejuízo à 0,97mm
homeostasia periodontal. Visto que sua
extensão média é de apenas 0,69 mm,
indica-se que - quando necessário- os
preparos sejam estendidos no máximo
o,5 mm no interior do sulco. Com isso,
a margem fica restrita à região
intrassulcular sem comprometer o
selamento biológico. 1,07 mm

Baratieri et al., 2013

Consciência periodontal-distâncias biológicas


Entretanto, quando o espaço biológico é
0,69mm
invadido e, consequentemente, a união
dento-gengival é violada, seja por
processos patológicos(e.x, lesões de 0,97mm
cárie), traumáticos (e,x. fraturas)ou
iatrogênicos (e.x. posicionamento
indevido das margens do preparo), há
um rompimento do selamento biológico,
permitindo que as bactérias e seus
produtos alcancem o tecido conjuntivo 1,07 mm
subjacente, podendo resultar em
inflamação
Baratieri et al., 2013
13/03/2023

Consciência periodontal-distâncias biológicas

Baratieri et al., 2013

Consciência periodontal-distâncias biológicas


Resultados da invasão do espaço biológico:

- Reabsorção da crista óssea;

- Recessão gengival;

- Formação de bolsa periodontal.

Baratieri et al., 2013

Preparos para restaurações diretas de resina composta


• Adesão
• Remoção de menor quantidade de tecido dental – filosofia conservadora
• Não há necessidade de preparar todas as cavidades:
• - abrasão, corrosão, abfração – Classe V
• - traumatismos – Classe VI
• - alterações de forma – ex: incisivos laterais conóides

Baratieri et al., 2013


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Preparos para restaurações diretas de resina composta


Preparos conservadores

• Lesões de cárie
• Dentes escurecidos ou manchas
• Procedimentos que visam apenas atender ao objetivo biológico do
preparo

Baratieri et al., 2013

Preparos para restaurações diretas de resina composta


• Lesões de cárie
• Dentes escurecidos ou manchas

Preparos conservadores

Esmalte sem suporte


dentinário

Baratieri et al., 2013

Preparos para restaurações diretas de resina composta


• Acesso direto, sempre que possível

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

• Afastamento dental
• Remoção de restaurações antigas
em dentes adjacentes
• Afastamento com borrachas para
não remover estruturas sadias

Evita remoção desnecessária de


estrutura dental sadia
Baratieri et al., 2013

Classe I

• Acesso direto
• Porém, existem situações
de cáries ocultas que
necessitam remover
estrutura sadia.

Baratieri et al., 2013

Classe II
• Acesso oclusal
convencional

Baratieri et al., 2013


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Classe II
• Acesso direto: borracha de separação: 24 a 48 h

Baratieri et al., 2013

Classe II
• Slot horizontal: acesso
vestibular ou lingual/palatina;

• Slot vertical: acesso oclusal;

• Preparo tipo túnel: acesso


oclusal

Baratieri et al., 2013

Classe III
• Sempre que possível, acesso
sem envolver a face vestibular
• Acesso direto por
lingual/palatina: para mascarar a
transição dente/restauração.

Baratieri et al., 2013


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Classe III
• Sempre que possível, acesso
sem envolver a face vestibular

• Acesso direto

• Acesso por palatina é preferível

Baratieri et al., 2013

Classe IV
• Traumas
• Bisel para mascarar
a interface dente/restauração

Baratieri et al., 2013

Classe V

• Acesso direto
• Lesões cariosas
• Lesões cervicais não cariosas
• Posição da cavidade –
utilização de fios ou grampos
retratores
• Em lesões não-cariosas Classe
V: não há necessidade de
realizar preparo.
Baratieri et al., 2013
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Remoção tecido cariado


Odontologia minimamente invasiva

• Lesões não cavitadas não devem ser restauradas


• Manchas brancas ativas: rugosa e opaca
• Manchas brancas inativas: lisa e brilhante

Baratieri et al., 2013

Remoção tecido cariado


Odontologia minimamente invasiva
• A dentina alterada pelo processo carioso costuma apresentar uma zona superficial
altamente infectada e desorganizada, com consistência amolecida – chamada de
dentina infectada. A conduta clínica mais apropriada é a remoção do tecido cariado
amolecido com curetas ou brocas esféricas lisas, em baixa rotação até que as paredes
internas da cavidade apresentem uma consistência mais firme.
• A presença de alteração de cor no substrato dentinário não é um bom parâmetro para
orientar a remoção de tecido; apenas a consistência e o grau de umidade devem ser
considerados.
• Ao adotar a consistência como guia, é possível remover a maior parte do tecido
cariado irremediavelmente alterado, com mínimo risco de remoção de estrutura hígida.
Se durante a remoção dotecido amolecido você perceber que a cavidade está muito
profunda e há risco de exposição pulpar, PARE!

Baratieri et al., 2013

Remoção tecido cariado


Odontologia minimamente invasiva
• A manutenção de dentina amolecida, associada ao selamento temporário da
cavidade, por meio de um tratamento expectante é biologicamente preferível do
que arriscar uma exposição pulpar, na tenvativa de remover TODO o tecido
cariado.
• Nenhum método de remoção de tecido cariado resulta em uma cavidade estéril e
não há qualquer problema nisso.
• De fato, uma série de estudos tem demonstrado a possibilidade de manutenção de
tecido cariado no fundo da cavidade chamado de afetado, desde que as paredes
circundantes esteiam perfeitamente seladas pela restauração a fim de impedir o
fluxo de nutrientes que pudessem alimentar o metaboismo bacteriano.

Baratieri et al., 2013


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Quanto de tecido cariado devemos remover?


• Lesões cavitadas
• Remoção do tecido amolecido
• Consistência
• Grau de umidade
• Cavidades profundas

Menor risco de remover


estrutura sadia
Baratieri et al., 2013

Preparo cavitário para restaurações de amálgama


• Retenções macromecânicas
• Não há reforço da estrutura de esmalte sem suporte dentinário
• Cavidades com pelo menos 1,5 mm
Objetivo biológico Objetivo mecânico
de espessura
• Preparos menos conservadores

A cavidade precisa ser


adaptada para atender as
deficiências do amálgama

Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama
• Requisitos mecânicos do amálgama

RETENÇÃO

Resistir às forças oclusais

Baratieri et al., 2013


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Classe I de amálgama

Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama

Paredes convergentes
(vestibular e lingual)

Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama
• Resistência do material
• 1,5 mm
• Espessura uniforme
• Parede pulpar paralela à parede
oclusal

Baratieri et al., 2013


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Classe I de amálgama
• Resistência do material
• 1,5 mm
• Espessura uniforme
• Parede pulpar paralela à parede
oclusal

Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama
• Resistência do material
• 1,5 mm
• Espessura uniforme
• Parede pulpar paralela à parede
oclusal

Oclusão
Aprofundamento da cavidade
Contra-indicação de amálgama
Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama
• Resistência
• 1,5 mm
• Espessura uniforme
• Parede pulpar paralela à parede
oclusal

Oclusão
Aprofundamento da cavidade
Contra-indicação de amálgama
Baratieri et al., 2013
13/03/2023

Classe I de amálgama
• Resistência do remanescente
• Ângulos internos arredondados

Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama
• Resistência do remanescente
• Remoção de esmalte sem suporte

Baratieri et al., 2013

Classe I de amálgama

• Resistência do
remanescente
• Paredes mesial e distal
divergentes (solapamento
das cristas e acompanha
os prismas de esmalte)

Baratieri et al., 2013


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Classe II de amálgama
• Mesmos requisitos da Classe I
• Convergência da caixa proximal

Baratieri et al., 2013

Classe II de amálgama

• Mesmos requisitos da Classe I


• Acabamento das margens

Baratieri et al., 2013

Classe II de amálgama

• Mesmos requisitos da
Classe I
• Orientação dos prismas
de esmalte

Baratieri et al., 2013

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