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Dussel começa apontando as justificativas dos feitos europeus, com o objetivo de trazer a luz
ao ‘Novo Mundo. Deste modo, a América Latina indagando o filósofo Hegel, que diz que a
História vai do Oriente para o Ocidente, fazendo relação com seu pensamento de
desenvolvimento de uma “ideia”, que depende e é culminada de acordo com o movimento do
“conceito” até chegar a “ideia”. Tangenciando a isso, ressaltava a inferioridade dos povos do
novo mundo em relação aos europeus, e como ainda o continente não terminou sua
formação, ela será uma terra do futuro, porém ela como “país” será esquecida, ficando á parte
da história mundial. Nessa perspectiva, outro fator que comprova esse pensamento é o fato do
Mar Mediterrâneo dividir os três continentes, e a Europa estar no centro (descartando a
América Latina). Além disso, afirma que a Europa cristã não tem nada a aprender com os
outros povos, já que a religião os levou á perfeição/realização. Com isso, Jürgen Habermans
assim como Hegel em sua obra “O discurso filosófico da modernidade”, afirma que a conquista
da América não adentra o tempo da modernidade e aconteceu apenas para constituir o ego
europeu, para tornar-se “Senhor do Mundo”.
Contudo, Dussel é contrário a esses ideias e rechaça essa ideia estigmática, preconceituosa e
soberba de Hegel e Habermans, assim como Adorno e Horkheimer, que classifica o “Mito da
modernidade” como violenta, dominadora e irracional, colocando em evidência a “razão do
outro”, os povos que sofreram com essa política devastadora.
Questão 2
Sendo assim, a autora cita Cueva,que determina que esse período houve lugares que se
desenvolveram e outros não, onde predominava uma economia agrária, com as relações de
produção, servis e mercado interno insuficiente para trazer estabilidade a região. Paralelo a
isso, essas regiões eram governadas por aparatos burocráticos de tradição colonial, enquanto
propostas liberais não obtiveram sucesso na mesma, em questão de controle e ordem estatal,
sendo que os únicos capazes de fazer isso era o exército, serviam para controlar os revoltosos
e as classes mais altas que tentavam tomar o poder para impor suas vontades, funcionando
como árbitros. Logo, eles assumiram o poder e por falta do “espírito de corpo”, e por fazer
parte também de uma elite dominante, eles acabavam impondo seus pensamentos e
vontades.
Vale ressaltar que o atraso tecnológico e as localidades distantes dos centros, também são um
dos responsáveis por essa dificuldade de formação estatal, além de reformas. Deste modo, a
Burbônica dificultou e aumentou esses entraves e a falta de participação popular nesses
quesitos administrativos e o domínio da elite, possibilitou o aumento da pobreza dos mais
pobres e o enriquecimento dos mais ricos, trazendo desigualdade, violência e a falta de
unidade nacional para formar um território unitário e que tenha ações de equidade para com
todo o povo.
Portanto, mediante aos fatos supracitados, fica claro a falta de uma identidade nacional para
formar uma unidade administrativa responsável e que paulatinamente traga estabilidade e
desenvolvimento para a população de forma mais igualitária. Consequentemente,
impossibilitando a chegada de um Estado aos “moldes” e níveis europeus.