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Título: <LA CONSTRUCCIÓN DE IDENTIDAD DE AMERICA LATINA >

AUTORES: Para nosotros no existe primer y segundo autor, pues son estudios
realizados en conjunto, donde la participación es igual.
<Montaña Martínez, Mónica>
< Josélia Elvira Teixeira >
Dirección: <MILA/Universidad Federal de Santa Maria/Rua Floriano Peixoto,
1184/Sala302/CEP:97015-372/Brasil/ awoltmann@gmail.com>
Resumen: <Este artigo tem como objetivo abordar a integração latino-americana
contextualizando os vários aspectos históricos, culturais, sociais e econômicos, visando montar o
mosaico identitário latino-americano. Assim como a história da humanidade, a história latino-
americana, apresenta episódios sangrentos, e nas raízes da colonização se encontra o princípio da
mestiçagem e da formação étnica-cultural de um novo povo que habitaria as “Terras do Novo
Mundo”. No entanto, em pleno século XXI, ainda o dilema da identidade é envolto por um certo
obscurantismo, e tais questões entram em voga com a formação do MERCOSUL. Conclui-se que
as revoluções populares também são de extrema importância na avaliação dos aspectos de
constituição de consciência nacional, assim como a formação de partidos políticos, os
movimentos sociais, o que revela os encontros e desencontros entre a sociedade e o estado dentro
do processo histórico. As elites estão no cerne das lutas e controvérsias sociais e nas implicações
na problemática da questão nacional. O jogo das elites internas e externas freqüentemente
determina episódios recorrentes na história latino-americana. Portanto, nação e nacionalismo
criam e recriam-se constantemente, influência de forças externas ou internas, redimensionando a
conjuntura estrutural e política no ambiente>
Eje Temático: <3 >
Código:<3BRS080 >
País: <Brasil>
Palabras Claves: <Identidade Latino-Americana – Integração Latino-Americana –
América Latina>
Texto Completo: <
>
Bibliografia: <Introdução
O dilema que se apresenta ao pesquisador interessado na investigação da
construção identitária e do pensamento latino-americano sob a perspectiva da integração
latino-americana, freqüentemente contrapõe-se à história contada sob a perspectiva
européia, pois a colonização da América se dá em função da expansão comercial da
Europa, e a abordagem das raízes latino-americanas é, muitas vezes, feita como mera
extensão resultante das economias européias.

Segundo Cardoso e Brignoli (1984), “a empresa colonial fez aparecer sociedades


com estruturas internas que possuem uma lógica que não se reduz à sua vinculação
externa com o comércio atlântico e com as suas respectivas metrópoles políticas”.
Discutir o processo de formação da América e conformação das colônias reside em uma
base muito mais complexa e, talvez, a teoria não alcance vislumbrar todas as nuances
que o momento histórico oferece. Qualquer tentativa teórica por mais complexa e ampla
que seja, tem certas limitações (compreender o pensamento tal qual era a visão
contemporânea da época e não com os olhos da modernidade, por exemplo), que
reduzem a capacidade de aferir axiomas e assertivas. O investigador torna-se, muitas
vezes, como um exímio pintor, que por mais fidedigna que seja retratada a paisagem,
nunca será a paisagem de fato.
É necessário também abordar as próprias estruturas internas, descobrir suas
especificidades e seu funcionamento (Cardoso e Brignoli, 1984). Pesquisar o sistema de
produção instaurado nas colônias (embora não se tenha uma uniformidade), consiste em
outro desafio a ser explorado, não apenas como meras sombras da Europa Ocidental,
mas buscar com mais profundidade conhecer o homem europeu que veio em busca do
“El Dorado”, abordar as sociedades aborígines e suas diversidades, as implicações
jurídicas da conformação e assentamento das colônias, e os impactos sofridos pelas
gerações seguintes. Através do somatório dessas variáveis, talvez se consiga “um mix”
da formação identitária latino-americana, e se consiga compreender as obscuras
dificuldades de desenvolvimento sustentável latino-americano, sem respaldar-se somente
na teoria econômica.
Este artigo está organizado em cinco seções incluindo a presente introdução. A
segunda seção trata da compreensão de nação e nacionalismos e como essas concepções
refletem na nossa sociedade latino-americana. A terceira seção aborda a consolidação
dos Estados Nacionais na América Latina e a identidade nacional. A quarta seção discute
de como a concepção de identidade e formação de um pensamento próprio latino-
americano afeta o desenvolvimento latino-americano e por fim a quinta seção encerra
este artigo com as considerações finais. A integração latino-americana perpassa
primeiramente pela formação e construção da identidade deste povo e o artigo discute a
relevância da compreensão de identidade para o entendimento e consolidação da
integração latino-americana.

1. A problemática da questão nacional


A “nação” e o “nacionalismo” tal qual se conhece contemporaneamente pode-se
dizer que é um fenômeno recente1. Para Ianni (1993, p. 40):

1
Ver.: HOBSBAWM, Eric J. Nações e Nacionalismos desde 1780: Programa, mito e realidade. 3. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002, p. 27. O Dicionário da Real Academia Espanhola, cujas várias edições
foram pesquisadas com esse objetivo, não usa a terminologia de Estado, nação e língua no sentido
A nação pode ser vista como uma configuração histórico-social em que se
organizam, sintetizam e desenvolvem forças sociais, atividades econômicas,
arranjos políticos, produções culturais, diversidades regionais, multiplicidades
raciais. Tanto o hino, a bandeira, o idioma, os heróis e os santos, como a
moeda, o mercado, o território e a população adquirem sentido no contexto
das relações e forças que configuram a nação. A nação pode ser uma formação
social em movimento, pode desenvolver-se, transformar-se, romper-se.

No entanto, não é tão simples quanto parece explicar por que certos grupos se
tornaram “nações” e outros não. Os critérios utilizados para definir uma nação
geralmente estão pautados na etnia, ou língua, ou território comum, história comum ou
na idiosincracia cultural. Porém, para Hobsbawm (2002, p.15) “os critérios para definir
nação – língua, etnicidade ou qualquer outro – são em si mesmos ambíguos, mutáveis,
opacos e inúteis, e são excepcionalmente convenientes para propósitos propagandísticos
e não para fins descritivos”.
Compilar a palavra “nação” em termos territoriais, por exemplo, excluiria, desse
conceito por exemplo a nação judia. Também utilizar-se de outros atributos, tais como
definições subjetivas, seja individuais ou coletivas, apelando para a consciência que têm
seus membros, pode levar a extremismos de que para criar ou recriar uma nação basta ter
consciência de sê-la. “Na verdade, também não é possível reduzir nem mesmo a
nacionalidade a uma dimensão única, seja política, cultural ou qualquer outra (a menos,
é certo, que seja obrigado a isso pela force majeure dos Estados)” (Hobsbawm, op.cit, p.
17).
Contemporaneamente, política e administrativamente o que fornece ao indivíduo
uma “nacionalidade” são os Estados Nacionais, no entanto, não caracteriza, por si só
(mesmo contemporaneamente) a identidade nacional.
Para Hobsbawn (2002) a “nação” pertence exclusivamente a um período particular
e historicamente recente. Ela é uma entidade social apenas quando relacionada a uma
certa forma de Estado territorial moderno, o “Estado-nação” , e não faz sentido discutir

moderno antes de sua edição de 1884. A definição era dada como “um Estado ou corpo político que
reconhece um centro supremo de governo comum” e também “o território constituído por esse Estado e
seus habitantes, considerados como um todo e, portanto, o elemento de um Estado comum e supremo é
central a tais definições, pelo menos no mundo ibérico. A nación é o “conjunto de los habitantes de um
país regido por um mismo gobierno”.
nação e nacionalidade fora desta relação. O nacionalismo vem antes das nações. As
nações não formam os Estados e os nacionalismos, mas sim o oposto.
A “construção” do termo “nação” e “nacionalismo” são paradoxais, pois embora
sejam essencialmente perfilados pelo alto, podem ser entendidos de baixo, através dos
indivíduos comuns que redefinem e propagam os termos. A configuração é mutável e
passível de transformações de acordo com as ações dos agentes sociais, e aspectos
históricos múltiplos.
Para compreender a constituição original dos Estados Nacionais é fundamental a
análise da Europa Feudal e as transformações daí decorrentes que vieram a consolidar a
questão de formação dos Estados. Todavia, “o princípio de nacionalidade” fulcrou-se na
política internacional européia depois de 1830, criando, assim vários Estados novos.

Esse princípio é particularmente representativo, considerando cinco direções:


a ênfase na comunidade cultural e lingüística, que era uma inovação no século
XIX; a ênfase no nacionalismo, cuja aspiração era a de formar ou tomar os
Estados, e não as “nações”, de Estados já existentes; o seu historicismo e o
sentido de missão histórica; a reivindicação da paternidade de 1789; e, não
menos, a sua ambigüidade terminológica e retórica (HOBSBAWN, op.cit., p.
125 – 126).

Portanto, a terminologia ESTADO-NAÇÃO acolhe uma simbologia muito mais


complexa do que aparentemente o senso-comum aprende, e conseguir descrevê-la é
conseguir consolidar a imagem que os povos têm de si mesmo. O âmago da questão
ainda se reveste de uma crosta difícil de desvencilhar-se, seja por questões ideológicas,
éticas ou morais, seja pela alienação com respeito à própria identidade, ou ainda pela
incapacidade técnica-científica de alcançar uma análise mais consistente e clara.
2. Consolidação dos Estados Nacionais na América Latina e a identidade
nacional

A conturbada colonização da América Latina e Caribe apresenta uma gama de


complexidade ainda maior para a análise da formação e consolidação dos estados
nacionais, bem como da criação da identidade nacional (e regional) dos povos latino-
americanos. Tanto as colônias portuguesas como as colônias da Coroa Espanhola na
América Latina utilizaram-se da mão-de-obra indígena e negra, escrava e servil, na
exploração dos produtos nativos. O assentamento efetivo na América espanhola se dá em
meados do século XVI e se centra na...

“experiência da reconquista ibérica, baseou-se na fundação de uma rede de


cidades estendida por todo o continente conquistado, e que constituía a
espinha dorsal do sistema administrativo e militar, canalizando as atividades
econômicas que proporcionavam a maior riqueza” (CARDOSO e BRIGHOLI,
1984, p. 79).

Todavia, o modo de produção na época colonial priorizou inicialmente atividades


extrativistas e para a exportação, a divisão do trabalho foi bastante heterogênea,
dependendo muito do espaço geográfico ocupado, das comunidades indígenas e tipo de
apropriação do trabalho, e das atividades econômicas desenvolvidas. Por isso, definir o
sistema colonial como uma reprodução do feudalismo europeu ou como extensão do
modo capitalista europeu, redundaria num equívoco apriorístico sem uma
fundamentação teórica histórica efetiva. Entre os séculos XVI e XVIII observa-se vários
sistemas de produção e de utilização de mão-de-obra, e em muitos casos percebe-se um
processo de involução na dinâmica de produção, até mesmo o trabalho livre retrocedeu
em benefício de relações servis.
A organização social vigente se delineava através da segregação racial. Segundo
Cardoso e Brigholi (1984, p. 87 -88):

A rigorosa segregação racial, tentada inicialmente pela Coroa, não teve êxito e
a difusão da mestiçagem complicou crescentemente o esquema dual República
dos espanhóis – República dos índios, com que sonhava a administração
colonial. O resultado foi que no século XVIII a penetração de forasteiros nas
aldeias indígenas e a imigração de comuneros apresentaram-se como
fenômenos permanentes. Neste lento processo de desagregação, as
comunidades sobreviveram economicamente enquanto dispuseram de terras,
culturalmente, proporcionaram uma identidade ao campesinato dos Andes e da
Meso-América ainda durante longo tempo.

Os mestiços estavam submetidos ao bloqueio agrário e tinham que sobreviver do


artesanato ou formas variadas de subemprego urbano2. O europeu que inicialmente

2
A questão indígena é o fator mais importante da adaptação do ideário socialista à realidade latino-
americana, com o aparecimento da “novidade” dos anos 20 que é ligar o índio à economia, à exploração e
outros fatores. Desta forma, diz Valdés, “o socialismo se constitui como indigenismo, que chegou a
inspirar o boliviano Gustavo Navarro a um socialismo com baldrames no padrão de vida incaica, eis que
pensava que o Continente não sairia de seu lugar sem o avanço do comunismo. Aos índios também se
juntam os afro-americanos, mestiços, mulatos, etc, fazendo com que surja o respeito às diferenças e a
vinha para a América Latina aspirava retornar à Europa e melhorar seu status social,
somado ao absentismo de grandes proprietários, sugere o porquê da exploração
predatória e não colonizadora da América Latina. Tais aspirações dificultam a
identificação com as novas terras descobertas. A Coroa portuguesa chegou a proibir
algumas atividades econômicas que competissem com a metrópole para manter vigente
seu monopólio no Brasil. A Espanha também adotou medidas semelhantes e restringia
também o acesso a certos cargos públicos e atividades econômicas aos criollos e
mestiços, contribuindo ironicamente para evidenciar a formação de um novo povo que
se estabelecia no continente americano, fica claro o repudio de Simon Bolívar ao
tratamento espanhol dado ao povo das terras do Novo Mundo na carta de Jamaica , a
qual foi escrita pelo mesmo em 1815 :

Los americanos, en el sistema español que está en vigor, y quizá con mayor
fuerza que nunca, no ocupan otro lugar en la sociedad que el de siervos
propios para el trabajo, y cuando más, el de simples consumidores; y aún esta
parte coartada con restricciones chocantes: tales son las prohibiciones del
cultivo de fruto de Europa, el estanco de las producciones que el Rey
monopoliza, el impedimento de las fábricas que la misma Península no posee,
los privilegios exclusivos del comercio hasta de los objetos de primera
necesidad, las trabas entre provincias y provincias americanas, para que no se
traten, entiendan, ni negocien; en fin, ¿quiere Vd. Saber cuál es nuestro
destino?, los campos para cultivar el añil, la grana, el café, la caña, el cacao y
el algodón, las llanuras solitarias para criar ganados, los desiertos para cazar
las bestias feroces, las entrañas de la tierra para excavar el oro que no puede
saciar a esa nación avarienta (ZEA, 1985, p. 23)3.

O própria denominação do Novo Mundo reflete as relações da América colonizada


com a Europa, o termo “América” não era comum até o século XVIII, e o êxito desta
denominação refletiu o sucesso dos espanhóis na conquista das terras e riquezas do Novo
Mundo.
Entretanto, a denominação América Latina também vem carregada de ideologia e
de interesses conflitantes. Segundo Zea (1985, p. 463):

El nombre no fue creado de la nada. Latinoamérica fue concebida en Francia


durante la década de 1860, como un programa de acción para incorporar el

possibilidade de respeito entre si e na conseqüente convivência entre estes povos”. Ver. DEVÉS VALDÉS,
Eduardo. El pensamiento latinoamericano en el siglo XX. Buenos Aires: 1999, v. 01.
3
Carta da Jamaica, resposta de Simon Bolívar, revela a insatisfação de povo americano que era
considerado uma classe de indivíduos de segunda, sendo considerados inaptos para assumir os cargos mais
relevantes.
papel y las aspiraciones de Francia hacia la población hispánica del Nuevo
Mundo 4.

A França possuía interesses de expansão econômica tanto na Europa, como na


América como no Extremo Oriente. O economista e político Chevalier idealizou um
programa geo-ideológico, o qual ele propunha que a França adotasse uma política
exterior pan-latina:

Europa, sostenía, estava dividida em três grupos raciales: 1) los germânicos o


anglosajones del norte de Europa; 2) las naciones latinas del sur de Europa, y
3) los pueblos eslavos de la Europa Oriental. El lideraje de estos tres bloques
pertenecía a Inglaterra, a Francia y a Rusia, respectivamente. La unidad de la
“Europa Latina” descansava en el origen latino común a las lenguas de
Francia, Bélgica, España y Portugal. El catolicismo romano había cimentado
la alianza de los pueblos anglosajones, fundada en un origen racial común;
Francia y Austria, de acuerdo al pensamiento de Chevalier, eran los dos países
“mezclados de Europa ( ZEA, op. cit., p. 464)

A análise neste momento começa a agregar os elementos para compreender como


se deu o desenvolvimento do sentimento de “pertencimento” ou o nacionalismo
propriamente dito, nas terras do novo mundo. Observa-se, até então, que a história
Latino-americana percorre seu próprio caminho, quando se refere à formação étnica e
mestiçagem dela derivada. Analisando apenas este fator, liberando-se de qualquer
sentimento ufanista desmedido, no entanto, já se tem um povo totalmente distinto, que
reúne em si características da maior parte dos povos do mundo, porém não se identifica
completamente com ninguém, embora todas as forças vigentes imponham ao
inconsciente coletivo, principalmente nas classes dominantes, a identificação com a
Europa e a vontade de ser igual.
No entanto, as medidas de caráter econômico, impondo restrições às colônias e as
pessoas que nelas residiam, evidenciaram o caráter sectarista do tratamento da Coroa, o
que contribui para a formação de uma consciência nos proprietários residentes nas
colônias. Embora, de caráter político e estratégico comercial das metrópoles, o
fortalecimento das atividades econômicas nas colônias favorece e propicia a

4
Tal concepção nasce por questões políticas e estratégicas da França “Uno de los primeros voceros del
programa panlatino fue Michel Chevalier (1806 –1879). Economista político de fama, com reputación en
toda Europa, el interes de Chevalier en el nuevo mundo se había antecipado con mucho con mucho a la
empresa mexicana. Él había viajado extensamente en los Estados Unidos, México y Cuba entre 1834 y
1836. Había impulsado la idea de que Francia construyera un canal interoceánico en Panamá em 1844. El
futuro Napoleón III también estuvo escandilado con el mismo proyecto.
identificação dos comuns, no caso os proprietários. Outro elemento fundamental que
ainda não foi aludido neste trabalho foi a ilustração dos próprios latino-americanos:

Probablemente lo más notable del período sea la existencia de publicaciones


periódicas difusoras del pensamiento ilustrado como lo son el Telégrafo
Mercantil, Rural, Político-económico, e Historiógrafo Del Río de la Plata, el
Semanario de Agricultura, Industria y Comercio, o el Correo de Comercio.
Esta circunstancia, si por una parte es testimonio cierto del cambio, tanto por
la existencia de estos órganos de comunicación con el público, como por lo
que ello indica de haberse formado un público ilustrado rioplatense, no
debiera inducirnos, sin embargo, a subrayar el corte del nuevo siglo como
comienzo de la irrupción de la nueva mentalidad.
(...) Al mismo tiempo, se observa la irrupción de intelectuales criollos, junto a
peninsulares, en la vida periodística y literaria, fenómeno que no es errado
vincular con la difusión de parte del pensamiento del siglo XVIII en las aulas
del Colegio de San Carlos por las que pasaron Belgrano, Moreno, Saavedra,
Castelli, Vieytes, Rivadavia y otros que serían famosos (CHIARAMONTE,
1997, p. 36 – 37).

A ilustração desse novo povo latino-americano e a influência de cunho liberal,


inspirados pela revolução francesa, o enfraquecimento da armada espanhola e da
potência portuguesa culminam em guerras e revoluções na América Latina, dando
origem à busca pela independência das colônias, consistindo no âmago das relações
Estado-Nação na América Latina:

O que há de épico nas lutas simbolizadas por Tausaint Louverture, Francisco


de Miranda, Simón Bolívar, José Artigas, José Morelos, Miguel Hidalgo,
Bartolomé Mitre, Bernardo O`Higgins, Antônio Sucre, José Bonifácio, Frei
Caneca, Ramón Betances, José Martí e muitos outros está enraizado na
façanha destinada a emancipar a colônia, criar o estado, organizar a nação;
retira-la do colonialismo, absolutismo, mercantilismo, acumulação originária,
conferindo-lhe um nome. A criação do estado, segundo os princípios adotados
na constituição, em conformidade com as forças sociais, as peculiaridades da
economia, as diversidades regionais, raciais e culturais, tudo isso representa o
empenho de descobrir o perfil da nação (IANNI, 1993, p. 42 - 43).

As revoluções populares também são de extrema importância na avaliação de


constituição da consciência nacional, assim como a formação de partidos políticos, os
movimentos sociais, o que revela os encontros e desencontros entre a sociedade e o
estado dentro do processo histórico. Ianni (op. cit, p. 42) faz a seguinte colocação:

Por isso, dizem, o estado é forte, a democracia episódica, a ditadura


recorrente. São as elites deliberantes – militares, civis, oligárquicas,
empresariais, tecnocráticas - que sabem e podem.
As elites estão no cerne das lutas e controvérsias sociais e nas implicações na
problemática da questão nacional. O jogo das elites internas e externas, que
freqüentemente, determinam episódios recorrentes na história latino-americana.
Portanto, nação e nacionalismo criam e recriam-se constantemente, influência de forças
externas ou internas, redimensionando a conjuntura estrutural e política no ambiente.
As relações externas sempre foram determinantes no processo de
desenvolvimento ou subdesenvolvimento da América Latina. E por isso mesmo, fica tão
evidente a baixa auto-estima do latino-americano, que sempre está fazendo um paralelo
seja com o europeu, seja com o norte-americano, e se cria uma auto-imagem negativa do
não ser e de não pertencer. Culturalmente subjugados e auto-subjugados, nós, latino-
americanos demoramos muito tempo para reconhecer-nos fora da esfera colonial, ou das
estruturas de dependência. Chiaramonte (op.cit., p. 74) faz uma alusão da importância do
reconhecimento da nacionalidade como princípio de fonte integradora dos povos latino-
americanos:

Mientras argentino surge en un impulso de regionalismo integrador dentro del


mundo hispano, español americano surge como una forma de identidad que,
aun el caso en que se la asuma también como una forma de integración en lo
hispano, denuncia que su génesis es la oposición a lo español. Es decir, una
oposición que si bien pudo poseer en su origen el papel integrador de un
regionalismo americano dentro del Imperio, en su misma calidad de oponerse
a lo español-peninsular encierra ya el germen de una negación de la identidad
española que se desplegará cuando las condiciones históricas configuren las
condiciones propicias para ello.

O regionalismo integrador surge de uma necessidade de opor-se a dominação da


metrópole, no caso dos argentinos os espanhóis. O impulso de integração e consolidação
dos estados nacionais na América Latina se configura não só derivado de aspectos
econômicos, mas paralelo a essa conformação é dada por conta da necessidade de
identidade própria e vê no oponente uma força desintegradora e opressora.
Séculos de história foram necessários para que a barbárie contra os povos
indígenas e a cultura africana fosse constatada e reconhecida. O processo civilizador
imposto pelos colonizadores, em nome de Deus e do progresso, resultou em uma das
maiores chacinas já observadas na história da humanidade. A violência ultrapassou os
limites físicos e alcançou as mentalidades. Índios, negros, mestiços, criollos, em fim,
latino-americanos, mentalidades forjadas pelo chicote, pela senzala, pelos tributos, pela
obediência cega a um Deus do “Velho Mundo”, que propagava o amor, no entanto no
“Novo Mundo” disseminava a guerra, o servilismo, a negação do ser. Peles morenas,
vermelhas e negras tão repudiadas, maldita melanina que determinava a casta e pureza
das criaturas.

3. O século XX: a questão do desenvolvimento latino-americano pensado por


latino-americanos

A análise feita por Chiaramonte (1997) sobre a construção da identidade


americana, enfatiza que os regionalismos ganham sentido em oposição a outros,
comparativamente dentro de um todo nacional hispano-americano: “Es por eso que en la
conciencia de los habitantes del reciente Virreinato del Río de la Plata, la oposición a lo
peruano, derivada de la rivalidad de Lima y Buenos Aires, ha contribuido en mucho a
esta eclosión” (ibid, p. 73).
Estes regionalismos embora, construtores em certo momento histórico do
elemento nacional, compõem posteriormente um mosaico na América Latina, onde as
Nações Latino-Americanas não se reconhecem como tal, e as diferenças culturais são
acentuadas e as semelhanças negadas, explicitando uma rivalidade descabida e sem uma
real consistência. Essa rivalidade contínua ocupou o imaginário coletivo das sociedades
latinas que vivenciaram no decorrer de sua história uma ocidentalização cultural,
revelada em todos os aspectos de sua constituição.
A partir do século XIX, aumentam consideravelmente os escritos sobre uma
variada gama de problemas sociais, econômicos, culturais, históricos... ora indo em
direção à ocidentalização, ora buscando percorrer caminhos ainda não trilhados. “A
ocidentalização da América Latina não é um processo único, unilinear, homogêneo,
tranqüilo. Ao contrário, é múltiplo e contraditório, atravessado por avanços e recuos,
reorientações e impasses (Ianni, 1993, p. 122)5”. E é nesse âmbito que se revela o

5
Ianni (Op. cit, p. 117) aponta alguns autores latino-americanos que buscam entender “as condições,
impasses, inconveniências, etc., da ocidentalidade em marcha na América Latina. Algumas obras são
claras em suas preocupações: Facundo (Civilização e Barbárie) de Domingo F. Sarmiento, Ariel de José
Rodó, Sete Ensaios de Interpretação da Realidade Peruana de José Carlos Mariátegui, Insularismo de
Antonio S. Pedreira, O Pensamento Latino-Americano de Leopoldo Zea, Raça Cósmica, de José
Vasconcelos, As Correntes Literárias na América Latina de Pedro Henriquez Ureña, Raízes do Brasil de
pensamento latino-americano, na construção e destruição de idéias, na aceitação das
imposições exteriores e na oposição, forças antagônicas e relutantes, ebulição
existencial, tentativas de contrastar à realidade às teorias, descrições e manipulações da
realidade: um caldeirão de idéias prestes a eclodir.
Em meados do século XX , cria-se a Comissão Econômica para a América Latina
(CEPAL), sendo um passo marcante para a elaboração do pensamento latino-americano,
e o conceito de “desenvolvimento” se torna extremamente discutido pelos pensadores
latinos. Deves Valdés (2003, p. 21) analisa a importância da construção de um conceito
próprio de desenvolvimento na América Latina:

El concepto desarrollo – ligado al de subdesarrollo – es de tal relevancia que


contribuye de manera importante a otorgarle carácter a nuestro pensamiento y
prioritariamente a nuestro pensamiento económico-político. El concepto y el
tema del desarrollo han constituido lo que hoy entendemos por pensamiento
latinoamericano.

Tal tema, envolve os pensadores em várias áreas de abrangência, por isso, inicia-se
um processo de discussão da via exportadora, em que encontrava-se a maioria das
economias latino-americanas, e o grande fosso social constituído por séculos de
desigualdade de distribuição de renda. A preocupação com o tema, resultou em ensaios
de caráter econômico, sociológico e político, adquirindo diversos matizes.
Há que ressaltar a diferenciação feita entre desenvolvimento econômico e
crescimento econômico nos debates dos cepalinos6. O desenvolvimento econômico
agrega elementos que produzem efeitos benéficos na qualidade de vida da sociedade,
englobando as multiplicidades sociais, políticas, culturais e econômicas, naturalmente,
convergindo no desenvolvimento sustentável. Tais idéias ascendem devido a grande
depressão de 29, à propagação das idéias nacionalistas dos franceses, italianos, alemães,
e após o final da Segunda Grande Guerra Mundial, os cepalinos se organizam e
começam a elaborar novos paradigmas que iriam prevalecer após os anos 50 na América
Latina, permitindo assim, modificar a cultura passiva antiimperialista.

Sérgio Buarque de Holanda, O Labirinto da Solidão de Octavio Paz, A Pátria Crioula de Severo Martínez
Peláez, Caliban (Notas sobre a Cultura de Nossa América) de Roberto Fernández Retamar, O País de
Quatro Andares de José Luís González, O Século das Luzes de Alejo Carpentier, Eu O Supremo de
Augusto Roa Bastos, Canto Geral de Pablo Neruda “.
6
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina), foi criada em 1948, com o objetivo de elaborar
estudos e alternativas para o desenvolvimento da América Latina.
Raúl Prebisch destaca-se como o precursor da teoria da substituição das
importações e da economia latino-americana fundamentada em atividades cíclicas.
Segundo Felipe Pazos (1983 apud Devés Valdés,1999, p. 23), “sólo cuando la ciencia
extranjera no nos suministra los instrumentos intelectuales adecuados para nuestros
propósitos” é que se pode alcançar um real desenvolvimento. Nos anos seguintes, os
teóricos da Cepal trabalharam para construir os alicerces do pensamento latino-
americano calcado no fortalecimento das estruturas internas, visando estabelecer uma
política econômica própria, incentivando a indústria através de mecanismos de proteção
do mercado, aumentando os investimentos em capital básico e na programação do
desenvolvimento.
No Brasil, uma das vozes, que se tornou mais conhecida, que elaborou e estudou a
teoria do subdenvolvimento, foi Celso Furtado, insistindo no rompimento teórico com a
economia clássica ou neoclássica , buscando compreender os problemas específicos do
subdesenvolvimento econômico. Tais propostas, feitas pelos teóricos cepalinos,
resultaram em grandes mudanças e alcançaram resultados no que concerne ao
crescimento dos países. No entanto, estas propostas também apresentaram falhas e
fragilidades, e até mesmo Prebisch faz algumas considerações e críticas as postulações
feitas sobre desenvolvimento: “las fallas que pone en relieve con mayor fuerza se
refieren a los defectos en la industrialización, en la disparidad del ingreso y en la
inflación” (Devés Valdés, op. cit, p. 35). Nesse sentido, vê-se a necessidade de aliar os
programas econômicos com o processo político, de modo congruente, a dar conta das
necessidades sociais, “como Medina Echavarría destaca la acción del Estado, el
protagonismo de este en el desarrollo de los países latinoamericanos (ibid, p. 35)”.
O Estado aparece como fator exógeno no processo de industrialização e programas
de desenvolvimentos dos países latino-americanos, e não se pode falar em implantação
de tais programas sem referi-se ao Estado, e as políticas que os conduziam.

El problema del desarrollo se planteó con un importante grado de radicalidad


pues, al proponer el desafío práctico se profundizó en cuestiones teóricas y
epistemológicas que son particularmente interesantes para quien estudia la
historia del pensamiento, especialmente si se realiza desde la pregunta por la
constitución de un pensamiento latino-americano: es decir, interrogándose por
la manera en que se van incorporándose nuevos elementos a la discusión sobre
lo que es o puede ser América Latina y la manera como se van articulando
para configurar un objeto de pensamiento que, en esta medida y
dialécticamente, debe transformarse en sujeto (DEVÉS VALDÉS , 1999, p.
44).

O tema de “desenvolvimento” consistiu em um dos temas mais recorrentes no


século XX , e ainda permanece no início do século XXI como um desafio a ser
conquistado pela coletividade. Muitos pensadores se ocuparam de dar forma, e buscar
soluções concretas para a realidade latino-americana, o que consistiu num grande passo
em termos intelectuais, pois realmente se produziram obras intelectuais latino-
americanas, pensando a partir do contexto que estão inseridos, e trilhando caminhos
ambiciosos, de forma original e audaciosa, construindo a ciência latino-americana.
O século XX coadunou várias teorias de desenvolvimento, subdesenvolvimento e
as teorias do dependentismo. A efervescência de idéias resultou em planos econômicos e
sociais que perduraram até final da década de 80, ainda com força, quando o modelo de
substituição das importações começou a receber severas críticas, acompanhado das
profundas transformações ditadas pela nova ordem mundial, os ideais do liberalismo
retomam fôlego, embora esse processo já vinha sendo desencadeado desde os anos 70,
repercutindo no âmbito latino-americano.

El liberalismo se encuentra presente en los cinco continentes (...) La


reproducción, la adaptación y las hibridaciones del liberalismo han llevado a
la formulación de múltiples voces, mostrando la mayor versatilidad de esta
escuela con relación a otras que han surgido entre nosotros, como el
indigenismo, el cepalismo o el dependentismo (DEVÉS VALDÉS, op. cit,
191).

Entretanto, paralelo aos novos paradigmas encabeçados pela globalização,


desponta nos anos 90 um painel de tentativas de integração regional, como o Mercosul,
vislumbra um novo horizonte para os países do Cone Sul, e por conseguinte, para a
América Latina.
As primeiras tentativas de integração na América Latina têm seu precursor em
Simon Bolívar, em 1783. Porém só depois da Segunda Guerra Mundial o ideário da
integração foi retomado, com a criação da ALALC (Associação Latino-Americana de
Livre Comércio), esta organização previa o estabelecimento de uma área de livre-
comércio, que serviria de base para um mercado comum na América Latina. Entretanto,
foi substituída em 1980 pela ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).
Então, o Mercosul , estimulado pela proposta exitosa de integração européia, carrega em
si o sonho de não só integrar mercados, mas integrar povos. As assimetrias dos países
associados tornam as negociações difíceis, porém a problemática do desenvolvimento é a
mesma para ambos os países, este fato os aproxima.
No âmago do processo de integração econômica está a complexidade de integrar
povos que culturalmente têm uma identificação com a América Latina comprometida no
seu processo histórico. A elite latino-americana reflete e propaga a identificação com o
povo europeu e com a potência norte-americana. Portanto, o regionalismo do tipo sul-sul
não somente oferece maior poder de barganha para negociações com outros blocos
regionais e países, amplia o mercado consumidor, mas se revela como uma
desvinculação dos centros tradicionais de poder e controle econômico.

5. Considerações finais

A história da América Latina demonstra que a dificuldade de identificação dos


habitantes se deu em função da enorme quantidade de imigrantes vindos de diferentes
países da Europa, principalmente. A mestiçagem com o índio e com o africano
caracterizou a formação de um novo povo. A heterogeneidade cultural, étnica e
geográfica da América Latina lhe conferiu um panorama completamente diferente do
Europeu. Portanto, os descendentes de povos da Europa, embora permanecessem com a
herança genética do colonizador, já continham uma complexidade cultural diferente do
povo europeu. Além disso, muitos deles mantinham o sonho de retornar à Europa, o que
tornou a colonização da América Latina um tanto predatória.
Os descendentes, principalmente dos espanhóis e portugueses, só se deram conta
do seu pertencimento às terras do Novo Mundo, quando as metrópoles começaram a
impor sanções aos nascidos na América, privando-os de cargos públicos ou através da
onerosa carga tributária. A própria denominação “América Latina” foi advinda de
interesses políticos e de poder da França.
Logo, a dificuldade de reconhecer-se como latino-americano é fulcrada no próprio
processo de colonização e alimentada por vários séculos. Portanto, como viabilizar um
processo de integração latino-americana se os povos têm dificuldade de reconhecer-se
como latino-americanos?
A história segue seu curso, o contexto muda, no entanto, temas como consciência
coletiva, identidade latino-americana, desigualdade de renda, desigualdades raciais, entre
outros, continuam implícitos no âmbito latino-americano. As lutas sociais e políticas
ainda não alcançaram um estado pleno de democracia, a violência e a barbárie ainda são
recorrentes na conjuntura atual dos países latino-americanos. O negro, o índio e o
mestiço já são levados em consideração pela intelectualidade como indivíduos que
contribuíram para a construção da história latino-americana. Todavia, freqüentemente se
transformam quase em seres lendários, fabulosos e, portanto, pertencentes apenas aos
livros de história, pois na realidade a sociedade latino-americana não consome como
padrão a própria imagem. A sombra do europeu, do norte-americano ainda paira sobre o
continente latino-americano, ressaltando o obscurantismo em que ainda se encontra o
povo latino-americano.
Devés Valdés (1999, p. 91) afirma que o destino da América Latina se define
coerentemente com esse ser mestiço. Trata-se da tomada de consciência do que se é, e da
emissão de uma mensagem original e própria. Além disso, refere-se a uma criação,
principalmente, no terreno cultural, de acordo com as peculiaridades latino-americanas,
marcada em grande parte pelo encontro das raças e culturas.
Identificar-se, reconhecer-se, ver-se no outro como semelhante, ainda consiste um grande
desafio para os povos latino-americanos. Séculos de indiferença e negação da própria
identidade, torna o estudo das peculiaridades econômicas, sociais, políticas, culturais e
educacionais comprometido. A integração latino-americana além de buscar promover os
mercados econômicos, perpassa por um árduo e difícil caminho: romper com as algemas
impostas às mentalidades, ou mais ainda, dar instrumentos de consciência das algemas
incrustadas no povo latino-americano>
Referências bibliográficas <CARDOSO, Ciro Flamarion S.; BRIGNOLI, Héctor P..História da
América Latina. 2. ed. São Paulo: Graal, 1984; CHIARAMONTE, José Carlos. Ciudades,
províncias, Estados: Orígenes de la Nación Argentina (1800 – 1846). Buenos Aires: Ariel, 1997;
DEVÉS VALDÉS, Eduardo. El pensamiento latinoamericano en el siglo XX. Buenos Aires:
1999, v. 01;______. Eduardo. El pensamiento latinoamericano en el siglo XX. Buenos
Aires: 1999, v. 02; IANNI, Octavio. O labirinto Latino Americano. Petrópolis: Vozes,
1993; HOBSBAWM, Eric J. Nações e Nacionalismos desde 1780: Programa, mito e
realidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002; ZÉA, Leopoldo. Búsqueda de la
identidad Latinoamericana. In: El problema de la identidad Latinoamericana. México:
Nuestra América, 1985;

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