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É importante salientar que toda classificação é uma forma de ver o mundo6.

E cada padrão e cada


categoria valorizam um ponto de vista em detrimento de outro, que assim fica silenciado4. Isso
significa que a escolha dos padrões e categorias tem sempre implicações éticas4. Logo, eles não
devem ser tomados como algo dado, natural e garantido, mas, sim, adotado e usado cum grano salis.
(Fundamentos de clínica fenomenológica / Guilherme Messas; Melissa Tamelini)

CUM GRANO SALIS = com cuidado, pouco a pouco, tempero, complementar.

“A psicopatologia fundamental, não dispensando os saberes adquiridos nem pela psicopatologia


geral, nem por outros saberes que contribuem para a compreensão do sofrimento psíquico – a
filosofia, a psicologia, a psicanálise, a literatura, as artes, o jornalismo etc. –, não está tão
interessada na descrição e classificação da doença mental como no que é vivido e expressado pelo
paciente, pois baseia-se no pressuposto de que o pathos manifesta uma subjetividade que é capaz,
através da narrativa, do relato, do discurso, da expressão em palavras, de transformar a paixão e o
assujeitamento numa experiência servindo para a existência do próprio sujeito e, quem sabe, à
medida que for compartilhada, para outros sujeitos.”15

Berlinck M. O que é Psicopatologia Fundamental [acesso em 05 mar 2018]. Disponível em:


http://www.psicopatologiafundamental.org/uploads/files/artigos_e_livros/
o_que_e_psicopatologia_fundamental.pdf.

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