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A curiosa história dos dois Chevrolet Omega


nacionais com chassi 0001
Curiosidades do Miau: por que a GM produziu e onde estão as duas unidades do sedã com a mesma numeração Powered by Pushnews

final de chassi
Por Marcos Rozen Atualizado em 18 jul 2019, 16h56 - Publicado em 22 Maio 2019, 07h00

Os dois Omega 00001 (Omega Clube/Miau/Arte/Quatro Rodas)

Sim: existem mesmo dois Chevrolet Omega nacionais 00001. Ainda que
matematicamente pareça impossível, a explicação está ligada à lógica
produtiva – e a uma sorte tremenda dos dois carros e de um deles em
especial.

Começando pelo ‘primeiro’ 00001: trata-se de um modelo pré-série, ou


seja, montado antes da produção comercial efetiva, ou em série, para
testes não só de produto como dos sistemas e processos da fábrica. Era
o primeiro semestre de 1992.

Em sendo um pré-série, como geralmente acontece, ele tem


características únicas e particulares. Uma delas é a cor – um azul claro
metálico que na época era da linha Kadett.

Também chamam atenção a ausência de ar-condicionado e de espelhos


e vidros elétricos, com manivelas nas quatro portas, o interior
monocromático azul, emblemas Chevrolet e Omega na posição
invertida na tampa do porta-malas e outras coisinhas.

Trata-se de um modelo versão GLS, equipado com motor 2.0. E ele tem
número de chassi gravado, terminado em 0001.

Omega 00001 pré-série era um carro peculiar, a começar pela pintura azul herdada do Kadett
(Omega Clube/Miau)

O destino normal deste carro, como é padrão, era o de ser escrapeado,


ou seja, destruído, após as análises e testes de praxe.

Porém quis o destino que ele fosse salvo das garras de uma prensa por
engenheiros da Bosch, que pediram à GM um carro para desenvolver a
injeção eletrônica para o motor 2.0 a álcool, o que, aliás, na época
muitos diziam ser impossível.

A fabricante entregou justamente o 0001 para realização destes testes


que, por sinal, acabaram por representar também o embrião da
tecnologia flex fuel.

Agora o ‘segundo’ 00001: esse já um modelo em série, ou seja,


realmente o primeiro produzido para ser vendido, já com todos os
testes realizados nos carros pré-série e na fábrica.

Este também é um modelo GLS 2.0, porém prata. Orgulhoso, ele


aparece naquelas clássicas fotos com os executivos da montadora
típicos de modelos de início de produção.

Uma destas imagens foi publicada na revista interna da GM, chamada


Panorama, de agosto de 1992, que está no acervo do Miau (Museu da
Imprensa Automotiva).

GM celebra a produção do segundo Omega 00001 em São Caetano do Sul (SP) (Reprodução/Revista
Panorama/Miau/Quatro Rodas)

Este carro também não deixou de ter uma certa sorte: foi guardado
pela GM para compor o futuro acervo de um museu da fabricante, que
chegou a ser anunciado em 1996, mas infelizmente nunca foi
construído.

Nesta época os dois 0001 se encontraram e, com a desistência de seu


museu próprio, ambos foram emprestados pela GM para o Museu de
Tecnologia da Universidade Luterana do Brasil, mais conhecido como
Museu da Ulbra.

Lá permaneceram até o começo de 2009, quando diante de uma crise


na instituição, com um cenário de provável leilão dos carros para
pagamento de dívidas, a GM retomou os carros – além dos dois Omega
havia vários outros modelos Chevrolet históricos ali, todos
originalmente destinados ao acervo do Museu GM.

A verdade é que a GM simplesmente não tinha mais o que fazer com


esses carros, que foram então levados para o pátio da fábrica de São
José dos Campos.

Registro do Omega 00001 de série no Sinesp (Reprodução/Sinesp/Miau/Quatro Rodas)

A fabricante decidiu então promover um leilão interno, para


executivos e concessionários, e quase todos os carros foram vendidos.
Quase todos.

Foi aí que os dois 0001 se separaram: o azul, que nunca havia sido
emplacado e estava um pouco judiado por descuidos nos anos de
Ulbra e com hodômetro apontando cerca de 80 mil quilômetros, não
encontrou interessado.

O prata, com cerca de 10 mil quilômetros rodados, foi adquirido pelo


proprietário da concessionária Primarca, de São Caetano do Sul, onde
enobreceu o showroom por muitos anos.

Em uma atitude muito bacana, capitaneada na época por Fabiano


Mazzeo, assessor de imprensa da General Motors, o azul foi então
doado ao Omega Clube, que aos poucos trouxe o carro de volta aos
seus melhores dias.

Omega 00001 pré-série está hoje aos cuidados de um clube de adoradores do sedã (Omega
Clube/Miau/Quatro Rodas)

Tudo segue como fez a história, inclusive com o motor transformado


para álcool com injeção eletrônica. O carro segue nas mãos do clube
até hoje.

Já o prata foi vendido depois de alguns anos pelo concessionário para


um colecionador que, após mantê-lo em seu acervo particular por
algum tempo, o revendeu para Alexandre Badolato, do Museu do
Dodge, que está se transformando em uma espécie de porto seguro
para modelos históricos de início e final de produção.

A conclusão: o Omega é um carro tão especial que tem até mesmo o


privilégio de contar não com apenas uma, mas duas unidades 0001. Ele
pode: é, afinal, o Absoluto.

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Essas e outras histórias bacanas podem ser conferidas no acervo do


Miau – Museu da Imprensa Automotiva.

O museu está instalado na Rua Marcelina, 108, Vila Romana, São Paulo
(SP), e funciona normalmente aos sábados e domingos das 13h às 17h.
Seu site é www.miaumuseu.com.br e o telefone  é o (11) 98815-7467.

Marcos Rozen
É jornalista especializado em automóveis e fundador do Museu da
Imprensa Automotiva.

Quatro Rodas no YouTube


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