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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA

Introdução a Fisiologia
Potenciais bioelétricos

Prof. Diego Wilke


PORQUE'ESTUDAR'ANATOMIA'E'
FISIOLOGIA'NO'CURSO'DE'DANÇA???'

ARTE

DANÇA ATIVIDADE
FÍSICA

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ANATOMIA – FORMA FISIOLOGIA – FUNÇÃO
Definição (Dicionário da Lingua
Definição (Dicionário da Lingua Portuguesa, Portuguesa, Aurélio) –Parte da biologia
Aurélio) –Estudo da forma e estrutura dos que investiga as funções orgânicas e
seres organizados processos ou atividades vitais

Disciplinas intimamente relacionadas!!!

3
E"enne%Jules%Marey%%(183031904)%
A%ciência%aproxima3se%da%Arte!!!%

FISIOLOGIA DO MOVIMENTO
Sua idéia revolucionária foi gravar as várias fases do movimento
em uma única superfície fotográfica.
Contribuição fundamental ao surgimento do CINEMA.

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Níveis de organização
Níveis de organização
CONTRAÇÃO
MUSCULAR

FISIOLOGIA DO
MOVIMENTO SENTIDOS

CONTROLE FISIOLOGIA
MOTOR CARDIORESPIRATÓRIA

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Objetivos

Compreender os processos químicos,


físicos e biológicos envolvidos na
excitabilidade celular com ênfase nos
fenômenos de membrana.

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Plano de aula

! Estrutura e Função da membrana


! Implicações na permeabilidade
! Transporte através da membrana
! Propriedades elétricas da membrana
! A gênese do impulso nervoso
Funções das membranas

Forma e
Transporte seletivo movimento celular
de substâncias

Troca de informações
com o meio:
reconhecimento celular
e comunicação celular
Núcleo Reticulo endoplasmático
Mitocôndria Complexo de Golgi
rugoso
• Água: 60 % do peso corpóreo

• Líquido Intracelular (2/3 do total)


LIC (2/3) LC (28L)

• Líquido Extracelular (1/3 do total)


FC = 60% do peso corporal

- Líquido Intersticial (3/4)


FI (3/4) LEC (10,5L)

(42 L)

- Plasma (1/4)
LEC (1/3) LC (14L)
FIV (1/4) LEC (3,5L)
Composição dos líquidos extra e intra-celulares

Proteínas
Pi e íons orgânicos
Estrutura e composição da MP
Organização dos fosfolipídeos em
meio aquoso
Energeticamente
desfavorável

Bicamada planar com bordas


expostas a água

Compartimento selado
formado por bicamada

Energeticamente favorável
Fluidez da MP
Temperatura
↑ temperatura - ↑ fluidez

Composição lipídica
- Tamanho da cadeia de hidrocarbonetos dos fosfolipídeos
↑ maior - ↓ fluidez

- Colesterol
↓ fluidez e ↓ permeabilidade

- Saturação da cadeia de hidrocarbonetos


↑ saturação - ↓ fluidez
Tipos de proteínas de membrana
Proteínas integrais
Inseridas na bicamada
Regiões hidrofóbicas e hidrofílicas
Podem cruzar a MP várias vezes

Proteínas ancoradas por lipídeos


Ligação covalente a uma molécula lipídica (p.ex. GPI, glicosilfosfatidilinositol)

Proteínas periféricas
Podem associar às cabeças polares dos lipídeos ou a proteínas integrais ou
ancoradas por lipídeos
Tipos de proteínas de membrana
Proteínas integrais

α-hélice composta por


aminoácidos hidrofóbicos
Proteínas integrais
Córtex celular
(folheto intracelular)

- Manutenção da forma celular


- Movimentos
- Citoses
Glicocálice
(folheto extracelular)

- Proteção contra lesões mecânica e química


- Reconhecimento/Adesão
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Estrutura e composição da MP
(Resumo)
Transporte através da MP
Simples: Bicamada lipídica (sempre passivo)
Difusão simples

Osmose

Mediado: Proteínas transmembranares

Canais (passivo)
Transportador
Difusão facilitada (passivo)
Dependente de ATP ou bomba (ativo primário)
Cotransportador (ativo secundário)
Difusão
Permeabilidade da Bicamada Lipídica
P = K x D/ ΔS
onde:
P= permeabilidade
K=coeficiente de partição
D=coeficiente de difusão
ΔS= espessura da MP

D = Kt/6πrη
onde:
K = constante de Boltzmann
T = temperatura absoluta
r = raio da molécula
η = viscosidade do meio
Osmose
Movimento de água através das membranas celulares

Pressão Osmótica (π)

π = nCRT
Onde n = Nº. de íons formados, C = concentração molar do soluto,
R = constante dos gases, T = temperatura absoluta
Tonicidade
Relacionada ao efeito no volume da célula
Canais iônicos

• Conduzem íons
• Seletivos
– Carga
– Camada de solvatação
– Tamanho

• Abrem e fecham em resposta a diferentes


estímulos
Seletividade dos canais iônicos

-- --
Mecanismos de ativação dos canais

Ativação por: Exemplo:

Ligantes externos Nicotínicos

Canais de K+ dependente de
voltagem (modulação
Fosforilação
inibitória- fechamento)

Voltagem
Na+ dependente de
voltagem

Estiramento
Barorreceptores
Transporte ativo primário
Potencial de equilíbrio
para um íon
Potencial Eletroquímico dos íons:
1. Gradiente químico
2. Gradiente elétrico

Força
elétrica
LEC

MP

o K+ tende Força
LIC a sair da célula química
por gradiente
químico
Potencial de repouso
da membrana
Medindo o potencial de repouso da
membrana
Potencial de Repouso da MP
Potencial de ação
Potencial de ação
Potencial de membrana (Vm)

Repolarização
Despola Potencial de ação
rização

Hiperpolarização
PRM

Estímulo
Funcionamento do canal de sódio
dependente de voltagem
LEC

Repouso MP Repouso Vm = -70 mV


LIC

LEC

Aberto MP Imediatamente após


a despolarização
LIC Vm = - 50mV

LEC

Inativado MP <1 ms
Após a despolarização
LIC Vm = +50mV
Funcionamento do canal de potássio
dependente de voltagem
LEC

Fechado MP Repouso Vm = -70 mV


LIC

LEC
Imediatamente após
Fechado MP a despolarização
Vm = - 50mV
LIC

LEC

Aberto MP 2 ms
Após a despolarização
LIC Vm = +50mV
Propagação do
potencial de ação
Propagação do potencial de ação
Condução saltatória
Velocidade de Condução
Mielinização vs diâmetro do axônio
Bibliografia

Silverthorn, Fisiologia humana: uma abordagem integrada,


5ª ed. Manole, 2010.

Video viagem so interior da célula


www.youtube.com/watch?v=FzcTgrxMzZk

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