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Sinalização celular

Leitura recomendada:
Constanzo: cap 1
Guyton: cap 4-5
Berne: caps 1-6

Sinalização celular - Objetivos de aprendizagem


1. Compreender a função e a morfologia da membrana celular
2. Compreender os tipos e função das proteínas de membrana
3. Diferenciar transporte através da membrana de transporte por canais iônicos, além de suas subdivisões
4. Caracterizar transporte ativo e transporte passivo, descrevendo seus subtipos
5. Entender que há uma diferença de potencial entre os lados da membrana
6. Entender a ativação dos canais iônicos
7. Diferenciar potencial de equilíbrio, potencial de membrana e potencial de ação
8. Compreender os fenômenos que determinam o potencial de repouso da membrana
9. Estabelecer relação entre diferença de potencial e diferença de concentração de íons nos meios intracelular e
extracelular
10. Entender que o potencial elétrico é dinâmico, sendo influenciado pela difusão de íons
11. Perceber o potencial de repouso como um estado de estabilidade
12. Definir o que é potencial de ação, compreendendo sua razão de ser, como é gerado e quais são suas fases
13. Compreender o que são os períodos refratários absoluto e relativo, e sua importância
14. Saber definir o que é um potencial graduado
15. Entender como o potencial de ação se propaga
16. Compreender o fenômeno de somação
17. Entender como se dá a comunicação entre as células
18. Compreender os tipos de comunicação celular e a importância dos receptores
19. Entender os receptores celulares e a resposta celular
20. Diferenciar primeiro e segundo mensageiro

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2
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Membrana celular

Modelo do Mosaico Fluido (Singer e Nicolson, 1972)

4
Membrana
Celular

5
Endocitose

Transporte através das Membranas

6
Transporte através das Membranas

 Difusão (difusão simples)


 Osmose
 Transporte mediado por proteínas através de
Membranas
 Transporte facilitado (difusão facilitada)
 Transporte ativo
 Primário
 Secundário
 Co-transporte
 Contratransporte

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Transporte Passivo

Transporte Ativo

8
Transporte Ativo
 Transporte ativo primário:
 Bomba de sódio-potássio

 Transporte ativo secundário:

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10
Estado funcional do canal
 Repouso: canal fechado e ativável
 Ativo: canal aberto
 Refratário: canal fechado e não ativável

Período refratário

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Substâncias bloqueadoras
 Curare
 Receptor nicotínico de acetilcolina
 Tetrodotoxina (TTX)
 Bloqueia os canais de sódio voltagem
dependentes

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Doenças

 Miastenia graves
 Anticorpos contra o receptor nicotínico da
acetilcolina
 Fibrose cística
 Defeito em canal de íons cloro de células epiteliais
que não permite a saída desses íons

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Potenciais

 Potencial de equilíbrio
 Potencial de membrana
 Potencial de ação

Potencial de equilíbrio

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Equação de Nernst
 Potencial de Equilíbrio de um ion:
E = (RT/ZF) ln [C]e / [C]i

ou

E = (-2,3RT/ZF) log 10 [C]i / [C]e

R= constante de gases ideais (0,082)


T= temperatura absoluta (K)=> 37° C = 310 K
Z= nº de cargas do íon
F= constante de Faraday

Equação de Nernst
 Potencial de Equilíbrio do potássio (EK):
EK = (RT/ZF) ln [K+]e / [K+]i
R= constante de gases ideais (0,082)
T= temperatura absoluta (K)=> 37° C = 310 K
Z= nº de cargas do íon
F= constante de Faraday
 Sendo: (RT/F) a 25º = 25
Z=1
ln = 2,3 log

EK = (58) log [K+]e / [K+]i

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Equação de Nernst
 Para calcular para o axônio gigante da lula:
EK = (58) log [K+]e / [K+]i
EK = (58) log [20]e / [400]i = -75 mV

Equação de Goldman
 Permite calculo do potencial de membrana
(Vm)

Vm (mV) = (RT/F) ln (CNa e PNa + CK e PK + CCl e PCl)


(CNa i PNa+ CK i PK+ CCl i PCl)

 Qual o principal fator que fará o potencial de


repouso da membrana se aproximar do potencial
de equilíbrio de um determinado íon?

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Potencial de Membrana
O potencial de repouso da membrana
depende:
a) Potencial de difusão do
potássio
- 94 mV
b) Potencial de difusão do sódio
61 mV
c) Bomba Na+K+
- 4mV
 Por que o K+ tem maior
influência sobre o potencial
de repouso da membrana?

Potencial de Ação

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Potencial Graduado
(Respostas subliminares)

Potencial Graduado

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Etapas do Potencial de Ação

Potencial de ação e
Potencial graduado

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Características do Potencial
de Ação

 Amplitude e forma
 Propagação
 Limiar
 Resposta tudo ou nada

Condutância do K e Na

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Velocidade de condução

 Quais os dois fatores que determinam ao


aumento da velocidade da condução?

 Diâmetro
 Bainha de Mielina

Velocidade de condução

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Classificação
das fibras
Nervosas

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Distúrbios
desmielinizantes
 Esclerose
múltipla
 Neuropatia
periférica
(comum em
pacientes com
diabetes
Mellitus)

Integração neuronal

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Somação
 Somação
temporal

 Somação
espacial

Localização e função das sinapses

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Potenciais e íons
 Potenciais excitatórios atuam no
aumento da permeabilidade de que
íons?

 Potenciais inibitórios atuam no


aumento da permeabilidade de que
íons?

S
o
m
a
ç
ã
o

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neurotransmissores

 Glutamato
 GABA
 Norepinefrina
 Acetilcolina

Receptores de Glutamato
 Aminoácido L-glutamato
 É o principal transmissor excitatório no
SNC, liberado por neurônios aferentes
 Ionotrópicos
 Receptor N-metil-D-aspartato
(NMDA)
 Receptor não-NMDA
 Canais de sódio e potássio
 São os mais comuns na formação
do PPSE nos neurônios motores

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Receptores de Glutamato
 Ionotrópicos
 Receptor N-metil-D-aspartato (NMDA)
 Permite a passagem de cálcio, sódio e potássio
 O cálcio desencadeia ativação de segundos-
mensageiros que são importantes em modificações
sinápticas duradouras
 Ativado por ação conjunta do glutamato e glicina
 Inibido por magnésio, no potencial de
repouso da membrana

Receptores de Glutamato
 Metabotrópico
 Ativação de 2 segundo mensageiro:
 Inositol 1,4,5-trifosfato (IP3)
 Diacilglicerol (DAG)

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Receptores de GABA
 Ácido gama-aminobutítico (GABA) é um
importante neurotransmissor inibitório
 Presente em todo SNC
 Dois receptores:
 GABA A
 Ionotrópico com canal de cloro
 Hiperativados:
 Benzodiazepinicos (ex.: diazepam – Valium ®; clordiazepóxido -
Librium ®)
 Barbitúricos (ex.: fenobarbital –Gardenal ®)
 GABA B
 Metabotrópico com a ativação de canais de potássio (ação de
proteína G)

Segundo mensageiros

 AMPc
 Diacilglicerol (DAG)
 Trifosfato de inositol (IP3)
 Cálcio / calmodulina
 Ácido Araquidônico
 GMPc
 Óxido Nítrico

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Segundo mensageiros

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Tetrodotoxina (TTX)

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Tetrodotoxina (TTX)
 Neurotoxina não-protéica termo-estável
 Encontrada em peixes e outros organismos
marinhos e alguns anfíbios
 Seu nome tem origem numa ordem de
peixes à qual está normalmente associada,
os tetraodontiformes.
 Presente em altas concentrações no fígado,
ovários, intestinos e pele.
Fugu

Baiacu

Ação da tetrodotoxina
 É uma neurotoxina
 Bloqueia especificamente
os canais de Na+ nas
membranas das células
excitáveis
 Bloqueia canal de sódio
controlado por voltagem
 Não bloqueia o influxo de
sódio por canal quimio-
dependente

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Sintomas
 Aparecem de acordo com a quantidade da toxina
ingerida
 Parestesia dos lábios e da língua
 Parestesia do rosto e das extremidades
 Fraqueza
 Hipotensão
 Náusea
 Dificuldade para caminhar
 Debilidade muscular extensa
 Dispneia => Parada respiratória => Morte

Sintomas da Intoxicação
 Paralisia – inicia na garganta e laringe

afonia e disfagia

Respiratória

MORTE (6h a 24h após a ingestão)

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Intoxicação por tetrodotoxina
 Todos são suscetíveis a tetrodoxina
 Pode ser evitada não se consumindo as
espécies que a produzem
 Fugu no Japão é um problema de saúde
pública pois faz parte da culinária tradicional
 É vendido em restaurantes especiais com
indivíduos treinados e licenciados capazes de
remover cuidadosamente as vísceras para reduzir
o perigo de envenenamento
 Produtos à base de fugu no Japão ainda são
responsáveis por intoxicações fatais

Tratamento
 Não há antídoto específico
 O tratamento é sintomático e suportivo:
 Esvaziamento gástrico
 Oxigenoterapia
 Suporte ventilatório se necessário
 Suporte circulatório com fluidos intravenosos

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