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Funções celulares,

membrana e homeostasia
Da célula aos organismos pluricelulares

segmentação diferenciação

tecidos
órgãos
organismo
Organização dos seres pluricelulares

⚫ célula

⚫ tecidos

⚫ órgãos

⚫ sistemasde órgãos do organismo


e funções gerais
⚫ Homeostasia
Tecidos
⚫ O que é um tecido ?
⚫ Tipos de tecidos
– Tecido epitelial
⚫ Células de revestimento
⚫ Protecção, secreção, absorção
– Tecido conjuntivo
⚫ Matriz abundante
⚫ Suporte, transporte, imunidade, armazenamento
– Tecido muscular
⚫ Excitável – impulso eléctrico – contracção
⚫ Esquelético, cardíaco e liso
– Tecido nervoso
⚫ Neurónios, feixes
⚫ Comunicação
Órgãos e sistemas

⚫ Formados por vários tecidos


⚫ Função própria
⚫ Integrados em sistemas
⚫ Contribuição para a manutenção da vida
celular
A célula nos organismos pluricelulares

O meio interno

➢ Que necessidades tem esta célula


para sobreviver ?

➢ Como as satisfaz ?
Papel dos compartimentos líquidos

Líquido intracelular

Líquido intercelular

Líquido circulante

Membrana celular
Dimensões relativas dos c. l.

Plasma (5% peso do corpo


Líquido extracelular
Líquido intersticial
(20% peso do corpo
(15% peso do corpo

Líquido intracelular
(40% peso do corpo
Proteínas 18%
Lípidos 15%
S. minerais 7%
1. Líquido extracelular (mEq)
circulatório extracelular
Na+ (152) Na+ (143)

Cl - (113) Cl - (117)

HCO3 - (27) HCO3 - (27)

Proteínas (16) Proteínas (2)


Ac. orgânicos (6) Ac. orgânicos (6)
K+ (5) K+ (4)
Ca2+ (5) Ca2+ (5)
Mg2+ (3) Mg2+ (3)
não electrólitos não electrólitos
2. Líquido intracelular
extracelular intracelular

Na+ (143)
K+ (157)
Cl - (117)
PO43- (113)
HCO3 - (27)
Proteínas (74)
Proteínas (2)
Mg2+ (26)
Ac. orgânicos (6)
K+ (4) Na+ (14)
Ca2+ (5) HCO3 - (10)
Mg2+ (3)
HHCO3
Não electrólitos
O meio interno

Homeostasia
Homeóstase
Sistemas de controlo no organismo
CO2
glucose
sais

Que mecanismos regulam a homeóstase ?


feed-back negativo
feed-back positivo
Célula tipo - constituição e funções
Membrana plasmática

⚫ Constituição e funções da célula tipo


⚫ Potenciais eléctricos na célula
⚫ Potential de membrana
⚫ Potencial de ação
⚫ Transporte através da membrana plasmática –
importância das moléculas transportadoras
⚫ Sinalização celular
Membrana citoplasmática
Potencial de
membrana e
canais Na+ e K+
Membrana celular
Canais dos condrócitos

Front. Physiol., 14 October 2010 | https://doi.org/10.3389/fphys.2010.00135


Inherited Ion Channel Disorders of the Brain

http://www.acnr.co.uk/2013/01/inherited-ion-channel-disorders-of-the-brain/
Membrana plasmática

Barreira

Permiabilidade selectiva

bicamada lipídica

fosfolípidos proteínas
Funções das proteínas na membrana
plasmática

⚫ Canais iónicos
⚫ Carregadoras
⚫ Receptoras
⚫ Marcadoras de aceitação de vesículas
⚫ Adesão celular (CAMs)
⚫ Glicoproteínas
⚫ Colesterol
Membrana plasmática na interacção
célula-célula

➢ Discos
intercalares

➢ Gap
junctions

➢ Connecções

Junção intima
Membrana plasmática na interacção
célula-célula

Discos
intercalares

Gap junctions

Connecções

➢ Junção intima
Transporte através da
membrana citoplasmática
Padrões de transporte através
da membrana citoplasmática

Canal de
Proteínas transportadoras
proteínas

difusão difusão energia


simples facilitada

Difusão Transporte activo


Difusão simples

Difusão através da camada bilipídica


(substâncias solúveis em lípidos)

➢ depende da solubilidade em lípidos


➢ O2

Difusão através dos canais de proteína


(H2O, substâncias insolúveis em lípidos)

➢ H2O (100 x vol hemácias/seg.)


➢ outras moléculas sol. Na água
Transporte de K+ e Na+ por canais de
proteínas

Na+ Na+ exterior

interior

aberta
fechada
exterior

interior
K+ K+
Propriedades dos canais de proteínas

⚫ Permiabilidade selectiva
⚫ Abrir/encerrar
– Abertura dependente do potencial eléctrico
⚫ Na+ (« cargas negativas)
+
⚫ K (cargas positivas)

– Abertura dependente da natureza química


➢ Ligando (e.g. canal de Ach)

⚫ Aberto / fechado (tudo ou nada)


Princípio do tudo ou nada dos canais de
proteína

tudo

nada
Tempo

Método de “patch-clamp”
Difusão facilitada

= difusão mediada por um carregador

Glucose (GLUT)
aminoácidos

➢ A proteína facilita a difusão

➢ O carregador selecciona
Difusão simples / facilitada

Difusão simples

Difusão facilitada

Concentração das substâncias

➢ O que é que limita a taxa da difusão facilitada ?


Difusão simples / facilitada
➢ Porque é a taxa da difusão facilitada limitada ?
Ponto de ligação

Proteína carregadora
alteração conformacional
Factores que afectam a taxa líquida de difusão
Efeito de diferenças de concentração

Ce Difusão líquida (Ce – Ci)


Ci

Efeito do potencial de membrana na difusão de iões


- +
- - -
- - EMF (mV) = log Ce / Ci
-
Ce Ci Equação de Nerst

Efeito de diferenças de pressão


Osmose – difusão líquida de água
Noção de osmose Pressão osmótica

osmose

Particulas osmoticamente activas / pressão osmótica


K = mv2 / 2
osmolaridade

osmolaridade e pressão osmótica 1 Mol / l = 19,300 mmHg

5500 mmHg
Transporte activo

⚫ Transporte activo primário

⚫ Transporte activo secundário


Transporte activo primário

bomba Na+/K+

55 kDa

100 kDa

Controlo do volume celular

Actividade electrogénica
Transporte activo primário

bomba Ca++ bomba H+


Membrana celular Células parietais

Membrana de organelos
Tubulos distais,
(ret sarcoplásmico;
ductos colectores
mitocôndrias)

Energia (cal / osmole) = 1400 log C1 / C2


Transporte activo secundário
Co-transporte da glucose

Co-transporte de aa
(5 transportadores)

Contra-transporte Na+

Ca++
Ca++ (» células)

H+ (para o lúmen dos tub distais)


Transporte activo através de
epitélios

Mecanismo base:

Transporte activo // Difusão simples e d. facilitada


Transporte de moléculas por vesículas

⚫ Fagocitose
⚫ Endocitose
– Endocitose mediado por receptores –
claterinas
– Potocitosis e caveolae
⚫ Exocitose
– Células em goblet (muco intestinal)
– Fibroblastos (colagénio)
Mecanismos de endocitose e exocitose
Propriedades eléctricas dos
sistema biológicos

POTENCIAIS DE MEMBRANA
Potencial de membrana causado por difusão

Só difusão de K + Só difusão de Na +

Equação de Nernst EMF (mV) = +- 61 log Ce / Ci


Determinação do potencial de membrana
Potencial de membrana em repouso do nervo

V - 90 mV

O que significa um potencial de + 30 ?

A que se deve esta diferença de potencial ?

➢ As bombas de Na + - K+

➢ Canais comuns Na + - K+
Características funcionais
Bombas Na + / K + Canais comuns Na + / K +

Transporte activo de Na + / K + Difusão de Na + / K +

3 Na + / 2 K + 100 » K +
Origem do potencial de membrana em repouso

Equação de Nernest
K+

Na +/ K +
Equação de Goldman

Na +/ K +

bombas
Potencial de acção do nervo

definição

repouso

despolarização

repolarização

Outros movimentos ...


Canais de Na+ e de K+ voltage-gated
“Voltage-clamp” e registo de
condutância de Na+ e K+
Potencial de acção
Iniciação do potencial de acção

Abertura dos canais de sódio

- 65 Limite de
- 90 estimulação

Voltage gated Na +
Propagação do potencial de acção

➢ Direcção da
propagação

impulso
toda a membrana

Lei de tudo ou nada


Energia no potencial de acção

difusão

Reposição das concentrações iónicas

Bombas de Na+ de K+

Produção de calor
Planalto em alguns potenciais de acção

Definição

Causas:

Gate voltage Na+ rápidos

Gate voltage Ca++ lentos

fibra de Purkinje Gate voltage K+ »» lentos


Excitabilidade rítmica

PA rítmico (mV) determinado no nódulo SA

hiperpolarização
Excitação- iniciação de um
potencial de acção

limiar

Potencial local

Período refractário
From molecule to malady
in Nature Vol 440, 2006

Frances M. Ashcroft
University Laboratory of Physiology, Parks Road, Oxford OX1 3PT, UK
Resumo

Os canais iónicos são proteínas de membrana, encontradas em


praticamente todas as células, que são de importância fisiológica
crucial. Na última década, uma explosão no número de estruturas
cristalinas de canais iônicos levou a um aumento acentuado em nossa
compreensão de como os canais iônicos abrem e fecham, e
selecionam entre íons persignificados. [...]
Resumo

[…] Houve um avanço paralelo na pesquisa sobre canalopatias


(doenças resultantes da função diminuída dos canais), e sabe-se agora
que as mutações em mais de 60 genes dos canais iónicos causam
doenças humanas. A caracterização das suas consequências
funcionais proporcionou uma visão sem precedentes e inesperada dos
mecanismos dos canais iónicos e dos papéis fisiológicos.
Introdução
A membrana celular é uma barreira
importante ao movimento iónico, e
proteínas específicas – os canais iónicos,
transportadores e bombas – evoluíram
para transportar iões através dela.

Os canais iónicos são poros fechados que


permitem o fluxo passivo de iões pelos
seus gradientes eletroquímicos (Fig. 1).
Introdução
• As bombas iónicas, pelo contrário, utilizam a
energia da hidrólise de ATP para transportar
iões contra o seu gradiente eletroquímico.

• No meio estão os transportadores acoplados


(antiporters e symporters), em que o
movimento de uma espécie de íon contra seu
gradiente eletroquímico é alimentado pelo
movimento descendente de outra.
Introdução
• Pensa-se que mais de 340 genes humanos codificam canais iónicos (see
www.ensembl.org/Homo_sapiens/index.html).

• Desempenham um papel importante em processos tão diversosas como


excitação nervosa e muscular, secreção hormonal, proliferação celular,
transdução sensorial, aprendizagem e memória, regulação da pressão arterial,
equilíbrio de sal e água, proliferação de linfócitos, fertilização e morte celular. A
sua capacidade de ler e compreender esta página depende da atividade dos
canais iónicos no seu olho e cérebro. Consequentemente, os defeitos na função
dos canais iónicos têm frequentemente efeitos fisiológicos profundos.
Introdução
• Devido aos seus importantes papéis funcionais, à sua localização da
membrana, à heterogeneidade estrutural e à expressão tecidual restrita
de alguns tipos de canais, os canais iónicos são alvos atraentes para a
terapêutica medicamentosa.

• De facto, muitos medicamentos existentes, tais como anestésicos locais,


sedativos, ansiolíticos, antidiabéticos e até terapias antivirais, exercem
os seus efeitos interagindo com canais iónicos.
Introdução
• Nossa compreensão de como os canais iônicos funcionam tem sido
iluminada por avanços recentes na determinação de estruturas de alta
resolução e por estudos de doenças que resultam de função de canal
prejudicada (as canalopatias).

• Esta revisão fornece uma introdução à estrutura dos canais iónicos, um


tema que é desenvolvido de forma mais completa nas revisões
subsequentes. Ele também fornece uma visão geral das canalopatias.
Funcionamento dos canais iónicos (diagrama)
From molecule to malady
1 - Considerações estruturais
2 - Propriedades dos canais iónicos
seletividade
Regulação
Regulação da tensão
ligand gating
3 – Conceitos em canalopatias
canalopatias efétiis
Canais iónicos intracelulares
outros tipos de doença dos canais
1 – Tipos de canais iónicos

a Canal K+ em repouso. b Canal fechado por tensão d Canal fechado por sinal
1 – Classes de canais iónicos
2 - Propriedades dos canais iónicos

Seletividade

Regulação

Regulação da tensão

Ligand gating
2 - Properties of ion channels

Selectivity

Gating

Voltage gating

Ligand gating
2 - Properties of ion channels

Selectivity

Gating

Voltage gating

Ligand gating
2 - Properties of ion channels

Selectivity

Gating

Voltage gating

Ligand gating
Canelopatia do musculo esquelético
3 – Conceitos em canalopatias

canalopatias efétiis

Canais iónicos intracelulares

outros tipos de doença dos canais


Ciclo cardíaco

Fisiologia
Ciclo cardíaco

➢Períodos de enchimento ventricular - rápido


/ lento
➢Contracção ventricular isométrica ou
isovolumétrica
➢Período de ejecção – rápida (1/3) / lenta
(2/3)
➢Relaxamento - isométrico ou isovolumétrico
/ relaxamento
Ciclo cardíaco

⚫ Sístole
⚫ Diástole
⚫ Volume
⚫ Pressão
⚫ Movimento do sangue
⚫ Abertura / encerramento de válvulas
Ciclo cardíaco
Batimentos cardíacos

⚫ 2. O sistema condutor
– nódulo sinoatrial (AS)
– nódulo atrioventricular (AV)
– feixes e fibras de Purkinje
⚫ 3. O Electrocardiograma
– ondas P; QRS; T
– pontos notáveis do electrocardiograma
Electrocardiograma
CICLO CARDÍACO

⚫ 1. Sístole / diástole (contracção / relaxamento)


⚫ 2. Variação da pressão e do volume cardíaco
– sístole atrial
– sístole ventricular
– diástole auricular e ventrícular
⚫ 3. Ruídos cardíacos
⚫ 4. Energia para a contracção cardíaca
electrocardiograma

ciclo cardíaco

Pressão na metade esquerda

Volume no ventrículo esq.

Pressão na metade direita


ciclo cardíaco

Pressão na metade esquerda


Pressão na metade esquerda

Volume no ventrículo esq.


electrocardiograma ciclo cardíaco

Pressão na metade direita


Eventos do ciclo cardíaco
Ciclo cardíaco
➢ Volume diastólico final (mais 110-120 ml)
➢ Volume expulso na contracção (stroke
volume) (~ 70 ml)
➢ Volume sistólico final (40 – 50 ml)
➢ Volume residual.
➢Fracção de ejecção (~ 60%)
➢ Fracção de ejecção varia. Como ?
➢ (10 - 20 ml) // (150-180 ml)
Ciclo cardíaco

⚫ Função das válvulas


– Atrioventriculares
– Aortica e pulmonar
⚫ Curva de pressão na aorta
⚫ Sons cardíacos e bombeamento
⚫ Trabalho cardíaco
Bombeamento ventricular
Actividade eléctrica do coração

Fisiologia
Actividade eléctrica do coração
⚫ características dos potenciais de acção nos miócitos dos
nódulos sino-auricular e aurículo-ventricular, aurículas e
ventrículos;
⚫ potencial de acção nas células autorrítmicas e células
contrácteis e alterações da permeabilidade das células aos
diferentes iões (movimentos iónicos e canais iónicos).
⚫ agressão celular: alterações dos eventos iónicos na
despolarização e na repolarização; fenómenos de reentrada
e movimentos circulares.
⚫ acoplamento excitação-contracção e relaxamento do
músculo cardíaco; papel do cálcio;
⚫ resposta contráctil do músculo cardíaco.
Feixes e nódulos cardíacos

3x15x1 mm

3-10 micras
Descargas rítmicas de uma fibra do
nódulo S-A
canais de Na rápidos
canais de Ca - Na lentos
canais de K

Porque funciona o S-A como pacemaker ?


Transmissão no nódulo A-V

Tempo (s)
depois do
impulso S-A

Porquê ?
1,5 – 4 m/s
« dimensão da célula
« gap-junctions »» gap-junctions
« miofibrilas
Como o impulso se transmite …

Importância dos
tempos de demora (s)
depois do inicio no S-A

Porque são as fibras de


Purkinje responsáveis
pela contracção sincrónica
dos ventrículos ?
Sistema condutor
electrocardiograma

ciclo cardíaco
Acoplamento excitação-contracção

⚫ importância do cálcio extracelular


⚫ resposta contráctil do músculo cardíaco
⚫ relaxamento do m. cardíaco
⚫ duração da contracção (0,2 e 0,3 s)
Regulação da actividade cardíaca

Fisiologia
Regulação do bombeamento cardíaco

⚫ repouso 4 - 6 litros sangue / min


⚫ actividade

⚫ regulação intrínseca (Frank-Starling)


– retorno venoso
– como se explica ?
⚫ influência da pressão na aorta
⚫ curvas da função ventricular
Stroke work output curve (cão)
Output cardíaco - pressão artérias
Minute ventricular output curve
Papel do sistema nervoso
no controlo da actividade cardíaca.
Acção do simpático

⚫ Activação:
70 bat/min para
189 - 200 bat/min

⚫ Inibição:
30 % menos
Papel do sistema nervoso
no controlo da actividade cardíaca.

Acção do vago

⚫ Activação:
paragem por
segundos
20-40 bat/min
20 - 30% < força
Efeitos da estimulação do simpático e do
parassimpático no output cardíaco
Alterações do estado ionotrópico
do miocárdio
⚫ Modelação do estado ionotrópico do miocárdio

⚫ Efeito do K+
– Excesso extracelular - dilatação e flacidez do coração; diminuição do
ritmo cardíaco; bloqueamento da transmissão atrio-ventricular.

– Elevação de 4 mEq/L para 8 ou 12, pode levar à morte (fraco e


diminuição do ritmo)

⚫ Efeito da Ca++
– Aumento - aumenta força de contração

– Excesso - Efeito espasmódico (contracção contínua)

– Deficite - flacidez.
Alterações do estado ionotrópico
do miocárdio
⚫ Agentes com efeito inotrópico positivo

– Catecolaminas: epinefrina e norepinefrina

– produzidas na medula suprarrenal

– receptores adrenérgicos

– Drogas: cafeína

⚫ Agentes com efeito inotrópico negativo

– reduzem a força de contracção

– e.g. bloqueadores dos canais de cálcio; alguns anestésicos

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