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Exploração (+,-) (-,0)

Exploração (+,-) (-,0)


Exploração (+,-) (-,0)

Oscilações periódicas e o máximo da densidade das presas antecede


o máximo dos predadores.

http://www.sumanasinc.com/webcontent/anisamples/ecology/predatorprey.html
Exploração (+,-) (-,0)

Porque razão são importantes os modelos de predação?

São importantes no sentido em que descrevem as condições nas quais os predadores e


presas podem coexistir

São importantes no sentido em que descrevem as oscilações que ocorrem entre os


protagonistas
MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Pressupostos:

1. População de predadores (P) decresce exponencialmente na ausência de


presas (o pressuposto da monofagia)

dP/dt = rP (modelo geral)

r = bP – dP (taxa intrínseca de crescimento do predador),

e sendo bP = 0

dP/dt = -dP (d é a taxa de mortalidade do predador, na ausência da presa)


MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Densidade
populacional N(t) = N(0)ert
Pressupostos:
K

K/2

Tempo
i
2. População da presa (N) cresce exponencialmente na ausência de predador
(pressuposto da ausência de limite no meio)

dN/dt = rN
(r é a taxa intrínseca de crescimento da presa, na ausência do predador)
MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Nº de presas consumidas

Pressupostos:
Resposta funcional do Tipo I

Densidade das presas

3 Taxa de depredação é linearmente proporcional ao produto das densidades


da presa e predador (pressuposto da casualidade dos encontros entre a presa
e o predador)

NP

 representa a eficiência de captura (i.e. a proporção de encontros em que há


morte da presa).
MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Pressupostos:

4. Taxa de crescimento da população de predadores é proporcional à taxa de


captura das presas

fNP

f é uma constante de proporcionalidade (i.e. eficácia de assimilação e


transformação em descendentes)

fN: também conhecida como resposta numéria (a taxa de crescimento da


população do predador em função da população da presa)
MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

ASSIM TEMOS UM SISTEMA FORMADO PELAS SEGUINTES EQUAÇÕES


(equações predador-presa):

dN/dt = rN - NP (PRESA)

dP/dt = fNP - dP (PREDADOR)


dN/dt = rN - NP

dP/dt = fNP - dP

A solução das equações


(funções periódicas)

DENSIDADE
POPULACIONAL

PREDADOR

PRESA

TEMPO
A solução do sistema de equações revela que:

i) A densidade da presa e do predador oscilam ciclicamente e

ii) A densidade dos predadores está desfasada em relação à das presas.

DENSIDADE
POPULACIONAL
PREDADOR

PRESA

TEMPO
Sentidos do crescimento das duas populações
(independência das densidades)

dN/dt < 0
P = r/ dN/dt = 0
(N=0)
Densidade do predador (P)

dN/dt > 0

dN/dt = rN - NP (PRESA)


0= rN - NP
dP/dt =0
0 = N(r- P)
Se N = 0, P = r/ 

dP/dt <0 dP/dt >0


dP/dt = fNP – dP (PREDADOR)

N = d/f
(P=0) Densidade da presa (N)
Combinação dos sentidos do crescimento das duas populações
(curva fechada)
O gráfico mostra a abundância de duas populações
em equilíbrio e na ausência de dependência da densidade (Lotka-Volterra)

Predador e presa Predador


Densidade do predador

Presa

P = r/

Presa Predador e presa

Predador

N = d/f

Densidade da presa
Combinação dos sentidos do crescimento das duas populações
(curva fechada)
O gráfico mostra a abundância de duas populações
em equilíbrio e na ausência de dependência da densidade (Lotka-Volterra)
Densidade do predador

P = r/

N = d/f

Densidade da presa
MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

CRÍTICAS AOS PRESSUPOSTOS:

Pressuposto da monofagia.

Pressuposto da ausência de limite no meio.

Pressuposto da taxa de depredação constante, independente da densidade


populacional e estrutura da população.

Ignora as modificações adaptativas das presas.


MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Grandes utilidade do modelo:

1. Aponta para a instabilidade das interacções presa-predador.

2. Demonstra a tendência destas interacção gerarem ciclos.


As experiências de Gause (1934) confirmaram a instabilidade
da relação presa – predador

Experiência 1

Didinium sp.
PREDADOR

Paramecium sp.
PRESA

Paramecium sp. era delapidada e Didinium sp.


extinguia-se por falta de alimento
As experiências de Gause (1934) confirmaram importância de um refúgio na
instabilidade da relação presa – predador

Experiência 2

Didinium sp.
PREDADOR

+
Paramecium sp.
PRESA
+

Refúgio (sedimento)

Paramecium sp. era parcialmente delapidada e Didinium sp.


extinguia-se por falta de alimento levando à recuperação das presas
Condições necessárias à estabilidade das
populações das presas e predadores?
MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Alteração do pressuposto: dN/dt = rN - NP

2. População da presa (N) não cresce exponencialmente na ausência de predador


(pressuposto da ausência de limite no meio).

dN/dt = rN (1-N/K)

Logo dN/dt = rN (1-N/K) - NP (PRESA)

dN/dt = rN - NP - cN2


1. Introdução da dependência das densidades

PREDADOR

PRESA

Existência de um crescimento 0 da presas: tendência para o ponto de equilíbrio


MODELIZAÇÃO DA DINÂMICA
PRESA (HOSPEDEIRO)-PREDADOR (PARASITÓIDE)
Alfred Lotka (1925) e Vito Volterra (1926)

Alteração do
Pressuposto:

4. Taxa de crescimento da população de predadores não é proporcional à taxa


de captura das presas. Introdução do factor resposta funcional tipo II.

dP/dt =  fNP - dP (PREDADOR)

N / (1+ aThN)
Importância do comportamento individual dos predadores em relação à
densidade das presas

Resposta funcional (Holling, 1959), relação entre a taxa de consumo de


presas pelo predador e a densidade da presa:

Nº de presas consumidas % de presas consumidas


I
I II
II
III III

Densidade das presas


1. Introdução da dependência das densidades

PREDADOR

PRESA

Predador ineficiente: tendência para o ponto de equilíbrio


1. Introdução da dependência das densidades (caso de instabilidade)

PREDADOR

(Isoclinas não lineares)

PRESA

DENSIDADE

PRESA

PREDADOR

TEMPO
1. Introdução da dependência das densidades

PREDADOR (Isoclinas não lineares pois há DD) +P +p

Limite para o
crescimento do
predador

+P -p -P +p

-P -p

auto-regulação (DD)
1. Introdução da dependência das densidades

DENSIDADE

PRESA

PREDADOR

TEMPO
Que condições são necessárias à estabilidade das
populações das presas e predadores?

Em resumo:

2. Predador ineficiente:
2.1 generalista ou
2.2 especialista submetido a forte competição agregando-se nos locais
onde se encontram as presas.

Resposta Numérica:

Variação da densidade de predadores em resposta da variação da densidade de presas, resultante de:

i) Respostas comportamentais, por via da agregação ou

ii) Aumento da densidade dos predadores como resultado do incremento da taxa de crescimento da população.
Que condições são necessárias à estabilidade das
populações das presas e predadores?

3. Existência de refúgios:
3.1 Temporais (ciclos de vida desfasados)
3.2 Espaciais (imigração e locais inacessíveis para os predadores)
3.3 Parcial (investimento nas presas mais abundantes)

(switching)
1. Introdução da dependência das densidades (caso de estabilidade)
Limite para o crescimento do predador
PREDADOR

(Isoclinas não lineares)

Refúgio

PRESA

DENSIDADE

PRESA

PREDADOR

TEMPO
Voracidade e abundância das presas

1. Constante preferência por uma das presas

2. Inexistência de preferência alimentar


(null switching)

3. Consumo da presa mais abundante


(switching)

4. Consumo da presa menos abundante


(anti-switching)
Dietary self-selection behaviour by the adults of the aphidophagous ladybeetle
Harmonia axyridis (Coleoptera: Coccinellidae) (Soares et al., 2004)

M. persicae A. fabae
Fêmeas

Manly's preference index


0.8 a a
a a a
0.6 a a a a
b
b
0.4
0.4 b

0.2
0.2

0
Females Males Females Males Females Males
Machos

30/70 50/50 70/30

Número de M. persicae/A. fabae na dieta

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