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SEGURANÇA (3S) SEGURANÇA (3S)
2º Observar as regras de direção defensiva durante os deslocamentos; 2º EPI’s Nível Intermediário - empregado durante o atendimento a
3º Parar e estabelecer a viatura em local seguro, que favoreça o ocorrências classificadas como Riscos Biológicos Classe 3, que envolvam o
atendimento a chamada e saída rápida do local; transporte de vítima que requer maior necessidade de proteção respiratória
4º Se necessário, realizar o isolamento do local da ocorrência, englobando (ex. meningite, tuberculose, H1N1 e COVID 19):
toda a área do sinistro, afastando transeuntes e curiosos; I.Uniforme Operacional (4º “A”) com mangas desdobradas;
Os deslocamentos com dispositivos sonoros e luminosos ligados, não é III.Luvas de procedimento ou cirúrgicas;
recomendado em ocorrências de natureza psiquiátricas, onde estes IV.Máscara cirúrgica (em caso de manipulação: RCP e ventilações utilizar a
dispositivos possam potencializar o risco de a vítima realizar seu intento ou máscara bico de pato ou N-95 – PFF2 ou PFF3);
quando em deslocamentos e transportes não ofereça benefícios à vítima. V.Óculos de proteção ou viseira do capacete abaixada;
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SEGURANÇA (3S) SEGURANÇA (3S)
A conduta de colocação, utilização e remoção dos EPI’s, nível avançado, 14º Realizar a limpeza terminal da viatura conforme protocolo e
devem seguir protocolos e treinamentos específicos; planejamento periódico da Central de Assepsia ou após o término de
2.2.2 Precauções universais de biossegurança para o atendimento: ocorrência, que contamine o interior da viatura além do normal;
15º Sempre que o fardamento estiver sujo ou contaminado, deverá ser
1º Possuir e manter o cartão de vacina atualizado (proteção passiva);
substituído ao término de cada ocorrência, bem como deverá ser trocado
2º Lavar as mãos, com água e sabão, antes e após cada atendimento,
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SEGURANÇA (3S) CINEMÁTICA DO TRAUMA
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CINEMÁTICA DO TRAUMA CINEMÁTICA DO TRAUMA
n. Considerar os padrões de lesão esperadas, segundo os diferentes tipos 1.4 Capotamento - Lesões esperadas:
de impacto: a. Lesões variadas derivadas dos diferentes impactos sofridos;
1.4.1 Achados no veículo:
1.1 Impacto Frontal - Lesões esperadas: b. Lesões de órgãos internos;
a. Impactos de ângulos diferentes.
a. Grandes hemorragias; c. Ejeção.
b. Fratura de coluna cervical; 1.1.1 Achados no veículo:
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CINEMÁTICA DO TRAUMA CINEMÁTICA DO TRAUMA
4. Queda - Avaliar aspectos gerais: 6. Lesões por explosão: Avaliar aspectos gerais:
a. Estimar a altura da queda, superfície sobre a qual o paciente caiu e qual 7.1 Primárias: onda de pressão atinge a vítima com velocidades de até três
a primeira parte do corpo que entrou em contato com a superfície; quilômetros /segundo. Padrão de lesão: amputação traumática de membros,
b. De alturas superiores a 2 metros é considerada grave; sangramento pulmonar, pneumotórax, embolia gasosa, laceração de
c. Em vítima idosa a queda da própria altura já é preocupante; pequenos vasos, rotura de tímpano, PCR e explosão de pulmão.
forem os pés (lesão de calcâneos, tornozelos, tíbias, fíbulas, joelhos, ossos ou ambos, que voam e podem tornar-se projeteis. Padrão de lesão:
5. Ferimentos penetrantes: Avaliar aspectos gerais: 7.4 Quaternárias: lesões provocadas por calor e gases oriundos da
a. Tipo de objeto: alta energia (fuzis e metralhadoras), média energia explosão. Padrão de lesão: queimaduras, lesões por inalação e até asfixia.
(revolveres e rifles) e baixa energia (faca e picador de gelo);
b. Distância do agressor; 7.5 Quintenárias: causadas por aditivos colocados nas bombas, como
c. Armas de baixa energia: sexo do agressor, lesão = trajetória, arma foi bactérias, radiação e substâncias químicas e ataque suicida com homem-
removida? Órgãos próximos? bomba. Padrão de lesão: lesões por encravamento por restos humanos
d. Armas de média energia: a cavidade temporária é 3 a 5 x maior que o (ossos do homem bomba), possíveis doenças infecciosas.
projétil; considerar ainda perfil desconhecido do projétil, rolamento e 4º Observar sempre o Algoritmo de Restrição de Movimentos da Coluna
fragmentação; Vertebral, para nortear a decisão de estabilização, imobilização e transporte.
e. Armas de alta energia: a cavidade temporária é até 25 x maior que o Suspeitar de traumatismo grave:
Em quedas > 1,5 vezes a altura da vítima;
projétil; considerar ainda perfil desconhecido do projétil, rolamento e Atropelamento;
Colisões com veículos a mais de 30 Km/hora;
fragmentação;
Ejeção da vítima;
f. Local do ferimento (único ou múltiplo?); Morte de um ocupante de veículo acidentado;
Danos graves ao veículo;
g. Características dos ferimentos externos. Capotamentos;
Ferimentos penetrantes de cabeça, pescoço, tórax, abdome, pelve e
coxa.
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RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO NA COLUNA RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO NA COLUNA
2- CONDUTA:
1º Avaliar e priorizar a segurança no atendimento a ocorrência;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme necessidade;
3º Caso a vítima apresente alteração em “ABCD”, isto é, vias aéreas
obstruídas, respiração dificultosa/sinais de hipoxemia, hemorragia maciça
não controlada/sinais de choque circulatório ou alteração de consciência, a
proteção da coluna vertebral é mandatória, visto que sob tais condições há
emergência em extricar/evacuar.
4º Em vítimas estáveis clinicamente, decidir quanto à necessidade de
proteção de coluna vertebral seguindo o algoritmo de RMC;
5º Crianças abaixo dos 3 anos de idade muitas vezes não respondem
adequadamente à anamnese, assim sendo, considerar imobilizá-las.
6º Quanto à técnica de extricação, sempre que em condições (obedece a
comandos, não apresenta lesões que impeçam a deambulação ou
problema em “ABC”), deve ser permitida a auto-extricação assistida
(orientada), sem o uso do colar cervical.
7º A proteção minimalista da coluna cervical, deverá ser realizada
simultaneamente à abordagem do socorrista para avaliação primária.
8º Para a remoção da vítima no solo utilizar preferencialmente: 1º) prancha
scoop, 2º) elevação a cavaleira e prancha e/ou 3º) rolamentos e prancha;
9º Nos deslocamentos para a unidade hospitalar, cujo tempo seja superior
a 30 min, transferir a vítima da prancha longa para o colchonete da maca
(coberta por lençol), fixando-a com cintos de segurança e suporte craniano.
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RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO NA COLUNA RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO NA COLUNA
Algoritmo de abordagem à coluna vertebral no trauma, segue mnemônico Pacientes com trauma contuso e rebaixamento significativo de
“XABCDE” para as etapas da abordagem primária ao politrauma; consciência (Escala de Coma de Glasgow < 13) que sugira hipertensão
intracraniana, ao serem postos sobre a maca da ambulância, devem ter a
As evidências demonstraram que lesões significativas de coluna vertebral cabeceira elevada a 30˚ sem o uso do colar cervical (algoritmo de RMC),
em trauma penetrante são raras, o paciente com tais lesões, sem o qual demonstra-se elevar a pressão intracraniana. Para tanto, o
A proteção minimalista à coluna está envolvida nos "Planos B" de Quanto ao uso do colete de imobilização dorsal (K.E.D.), sua indicação
extricação (rápida), reservados às vítimas graves, ao passo que os "Planos rotineira em cenários de salvamento veicular fica bastante restrita, à luz dos
A" de extricação (padrão), reservados às vítimas estáveis, envolvem além novos conceitos aqui apresentados, limitando-se potencialmente à
da estabilização de coluna, a retirada de sua posição original de forma mais transposição por curtas distâncias, de vítimas com indicação de proteção da
alinhada possível com o eixo inicial da coluna (em "ângulo zero"). coluna vertebral, em cenários angustiados que exijam transporte na posição
vertical, onde a prancha não manobre com facilidade, à critério do socorrista.
O uso prolongado da prancha longa causa ou agrava dor na coluna
Exemplo: escadas “caracol” entre dois pavimentos; traumas na região pélvica
vertebral, uma vez que retifica suas curvaturas naturais. Além disso, pode quando não dispuser de “cinta pélvica”.
causar lesões de pressão na pele, além de restringir a expansão torácica e
aumentar a pressão intracraniana. Vítimas de TCE com aumento da PIC = sinais de lesão cerebral traumática
com aumento da pressão intracraniana (escala de coma de Glasgow < 13,
Uma vez sobre a maca da ambulância, a vítima deve ser rolada em bloco com ou sem alteração no diâmetro pupilar, com ou sem resposta de Cushing),
e a prancha retirada. Manter o colar cervical e o imobilizador lateral de realizar a proteção cervical minimalista = excluídos dispositivos de proteção
cabeça (montado sobre a própria maca). Exceção: quando a prancha é parte mais complexos, como colete de imobilização dorsal (K.E.D.);
da estratégia de imobilização de fraturas suspeitas em ossos longos/bacia
ou quando o hospital estiver a não mais que 30 minutos. Tríade de Cushing se relaciona a hipertensão intracraniana grave,
composta por: hipertensão arterial sistêmica; bradicardia e dispneia.
No hospital, a vítima com indicação de proteção à coluna vertebral é
passada para o leito da emergência através de manobra de rolamento lateral A rotação de vítima a 45 graus deve ser ativa, não passiva, cabendo ao
com auxílio da prancha, deslizamento lateral alinhado, lona de transferência socorrista que estiver estabilizando a cabeça da vítima definir
(passante) ou utilizando prancha scoop (colher) antecipadamente os movimentos, confirmar se os demais socorristas
entenderam e dar os respectivos comandos.
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AVALIAÇÃO DA VÍTIMA AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
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AVALIAÇÃO DA VÍTIMA AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
C: Avaliar a circulação (pulso e perfusão): 2- Proteger a vítima da hipotermia com auxílio de cobertor térmico
1- Avaliar a frequência cardíaca: pulso central (carotídeo) ou periférico aluminizado ou cobertor de lã;
(radial), em crianças (bebês) avaliar o pulso braquial: 3- Utilizar outras medidas para prevenir a hipotermia (ex: desligar o ar
Vítima Responsiva: verificar pulso radial, se não estiver presente, condicionado da ambulância).
avaliar pulso carotídeo; Durante a exposição, o socorrista deve proteger a intimidade da vítima.
seu uso é indicado nos Incidentes com Múltiplas Vítimas; da vítima, o mnemônico XABCDE pode ser executado simultaneamente
pelos socorristas, mediante coordenação daquele que estiver estabilizando
E: Exposição da vítima com prevenção e controle da hipotermia: a cabeça da vítima e monitorando as vias aéreas.
1- Cortar as vestes da vítima sem movimentação excessiva e somente das
As condutas que requeiram a intervenção de Suporte Intermediário ou
partes necessárias, visando a avaliação e tratamento de ferimentos,
Suporte Avançado, deverão ser reportadas imediatamente ao Centro de
traumas de extremidades, queimaduras, imobilização dentre outras que
Operações para deliberação do médico regulador, inclusive caso seja
não colocam a vítima em risco iminente de morte;
necessário, com apoio do SAMU ou de outro serviço que garanta o
melhor suporte à vítima.
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AVALIAÇÃO DA VÍTIMA AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
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AVALIAÇÃO DA VÍTIMA AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
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AVALIAÇÃO DA VÍTIMA ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS
1- RECONHECIMENTO:
Utilizar a avaliação ACENA para a avaliar vítimas com distúrbio de
Ocorrência, cuja quantidade de vítimas na cena, seja superior a
comportamento, intoxicações e problemas psicológicos.
capacidade de resposta e transporte das guarnições no local da ocorrência,
Objetivo específico da avaliação secundária é localizar alterações na cor
sendo necessário realizar a triagem das vítimas, solicitar reforço de equipes
da pele ou mucosas, assimetrias morfológicas, instabilidades
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ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS
9º Dispor a lona preta, dentro do possível, em local que não permita a b) 2º Socorrista: auxilia o 1º Socorrista e de posse da bolsa de primeiros
visualização das demais lonas, para evitar a visualização de eventuais socorros realiza controle de hemorragias com curativos compressivos ou
amigos e/ou parentes em óbito na cena; torniquetes. As vítimas inconscientes deverão ser colocadas na posição
10º A medida que as viaturas (ambulâncias) forem chegando, devem lateral de segurança, devendo observar a conduta de Restrição de
informar ao Posto de Comando e se deslocarem para a Área de Espera; Movimento da Coluna Vertebral (RMC). Tudo no prazo máximo de 01 (um)
2º Com a chegada da guarnição de salvamento e/ou incêndio, a qual 3º Na Zona Morna as vítimas deverão passar pelo Corredor de Redução de
deverá estar devidamente paramentada (EPRA), após estabelecimento da Contaminação - CRC, na sequência serão classificadas e triadas pelas
segurança, esta deverá iniciar a remoção das vítimas da Zona Quente para equipes de APH e removidas para a ACV, a qual será montada na Zona Fria.
a Zona Morna sem triar;
4- ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE VÍTIMAS (ACV):
3º As vítimas serão recebidas pelas equipes de APH na Zona Morna, onde
A prioridade de atendimento será definida em função da gravidade das
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ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS
As vítimas devem ser estabilizadas e removidas com maior brevidade 5º Realizar o controle das vítimas utilizando formulário SCI – 206, anotando
possível, observando o período de ouro, podendo ser empregadas viaturas a respectiva numeração do cartão START.
de suporte básico ou avançado conforme disponibilidade. 6º Aguardar a autorização do médico regulador para iniciar a remoção das
vítimas para a rede hospitalar, postos de saúde ou a sua liberação da cena
4.2. CONDUTA DE ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS NA LONA AMARELA: (alta médica);
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ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS
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OVACE OVACE
1- RECONHECIMENTO: O socorrista deve abraçar a vítima por trás para executar a compressão
abdominal (manobra de Heimlich), podendo em vítimas de baixa estatura
Episódio testemunhado (ou referido) de engasgo com ou sem tosse
(criança) ficar ajoelhado;
e/ou sinais de sufocação, onde a vítima apresenta dificuldade para respirar
Conduta para a execução da manobra de Heimlich:
espontaneamente, inquietação, não conseguindo falar, cianose, podendo
1. Posicionar-se por trás da vítima, com seus braços à altura da crista ilíaca;
estar com as mãos posicionadas na garganta.
4º Obstrução leve (parcial): vítima adulta ou criança, capaz de responder se vítima tornar-se não responsiva.
está engasgado, consegue tossir, falar e respirar: Em vítimas obesas e gestantes, realize as compressões sobre o esterno
I.Inicialmente não realizar manobras de desobstrução (não interferir); (linha intermamilar) e não sobre o abdome.
II.Acalmar a vítima;
III.Incentivar tosse vigorosa; b) Vítima adulta ou crianças maiores que um ano inconsciente:
IV.Monitorar e oferecer suporte de oxigênio, se necessário; I.Posicionar a vítima em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
V.Observar a saída do corpo estranho; II.Abra a boca da vítima e tente visualizar o corpo estranho, caso o encontre,
VI.Se não desobstruir, seguir conduta para obstrução grave. tente retirá-lo;
5º Obstrução grave (total): vítima adulta ou criança, que não consegue falar, III.Não realize exploração digital às cegas, isso poderá pressionar o corpo
podendo apresentar ventilação ruidosa, tosse silenciosa: estranho para uma posição ainda mais de difícil remoção;
a) Vítima adulta ou crianças maiores que um ano consciente: IV.Executar compressões torácicas com objetivo de remoção do corpo
I.Abra a boca da vítima e tente visualizar o corpo estranho e tente retirá-lo; estranho e ventilações, conforme protocolo de RCP;
II.Não realize exploração digital às cegas, isso poderá pressionar o corpo V. Após dois minutos de RCP, repetir os passos I e II, se nada encontrado,
estranho para uma posição ainda mais de difícil remoção; realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir,
III.Efetuar 04 ou 05 tapotagens entre as omoplatas; reposicionar a cabeça e insuflar novamente;
IV.Caso a vítima ainda continue engasgada, abrace a vítima por trás e com VI.Reiniciar a RCP e considerar o transporte imediato mantendo as
o punho cerrado no estômago, faça 05 (cinco) compressões abdominais manobras básicas de desobstrução e ressuscitação;
(manobra de Heimlich) ou no esterno (gestantes, obesos e em vítimas que 5º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme demanda;
a manobra de Heimlich não for indicada ou eficaz); 6º Se necessário, peça auxílio do Suporte Intermediário ou Avançado;
V.Repita os passos nas ações 1, 2, 3 e 4, caso não obtenha sucesso; 7º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
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OVACE OVACE
8º Estabilizar e priorizar a movimentação: 1º) prancha scoop, 2º) elevação a b) Vítima criança menor que um ano (bebê) inconsciente:
cavaleira, 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa;
I.Pegue a vítima (criança) e posicione em decúbito dorsal em superfície
9º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Coluna Vertebral;
rígida e realize 4 ou 5 compressões no esterno;
10º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, pedir suporte
II.Verifique a cavidade oral se há algum corpo estranho, caso tenha, retire;
avançado e/ou transportá-la para o hospital regulado ou de referência.
III.Não realize exploração digital às cegas, isso poderá pressionar o corpo
a) Vítima: criança menor que um ano (bebê) consciente: dificuldade de chorar, tossir e emitir sons.
mais baixa que o tronco, podendo apoiá-la em seus membros inferiores; apoiá-la e evitar chicote.
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PARADA RESPIRATÓRIA PARADA RESPIRATÓRIA
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PARADA RESPIRATÓRIA PARADA RESPIRATÓRIA
VII.Se pulso presente, manter as ventilações até o retorno da ventilação III.Posicionar a máscara no rosto, fixando-a com as mãos de modo a
espontânea ou chegada da guarnição de Resgate. conseguir um selo que impeça o vazamento de ar.
IV.Ventilar como descrito no procedimento para ventilação boca a boca;
3.2. CONDUTA PARA VENTILAÇÃO BOCA NARIZ:
V.Se a máscara possuir entrada de oxigênio complementar, deve ser
Seguir a mesma conduta de reanimação para a parada ventilatória,
utilizado se disponível no local da ocorrência;
A manobra de ventilação boca a boca ou boca nariz, deve ser empregada cabendo ao socorrista, realizar a fixação da máscara do AMBU com uma das
como meio de fortuna, em último caso, cabendo ao socorrista a decisão de mãos e apertar o reservatório com a outra, no ritmo compatível com a faixa
executá-la; etária da vítima.
Compete a guarnição de Resgate ou Guarda-Vidas em prevenção, possuir I.Selecionar o AMBU adulto ou infantil;
AMBU ou pocket mask em seu kit de primeiros socorros, no local da II.Posicionar atrás da vítima e estabilize a cabeça com os joelhos;
ocorrência para prevenir o contato boca a boca ou boca nariz durante III.Colocar a máscara sobre a boca e nariz e faça pressão para baixo com o
manobras de reanimação; polegar e indicador para adaptar a máscara na face da vítima. Os outros
Em vítima adulta, com trauma na região maxilar onde há dificuldade para dedos são distribuídos pela mandíbula e fazem tração em direção à máscara
ventilação boca a boca, pode-se proceder a ventilação boca nariz. para puxar a mandíbula e manter a via aérea aberta;
IV.Comprimir o reservatório com a outra mão para enviar seu volume para o
Apesar da importância de se realizar as ventilações boca a boca, não é
recomendado pelo risco biológico, todavia não existem dados significativos tórax da vítima. A insuflação deve ser realizada em 1 segundo e produzir
de contaminação de socorristas ao executá-la. elevação visível do tórax.
3.3. CONDUTA PARA VENTILAÇÃO BOCA MÁSCARA: 3.5 CONDUTA PARA VENTILAÇÃO COM AMBU (DOIS SOCORRISTA):
Seguir a mesma conduta de reanimação para a parada ventilatória, A conduta de reanimação ventilatória, segue a mesma sequência. Um
substituindo o AMBU, pela “Pocket Mask”, a qual isola a boca do socorrista socorrista realizar a fixação da máscara do AMBU com as duas mãos e o
do contato com a boca da vítima: outro socorrista aperta o reservatório, no ritmo compatível com a faixa etária
I.Selecionar a máscara adequada; da vítima.
II.Colocar a porção mais estreita da máscara sobre o nariz da vítima; I.Um socorrista ajoelha-se atrás da vítima, e com as duas mãos posiciona
a máscara sobre a boca e nariz. Os polegares e indicadores das duas mãos
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PARADA RESPIRATÓRIA PARADA RESPIRATÓRIA
fixam a máscara e aplicam pressão em direção a face. Os outros dedos são preferencialmente com AMBU acoplado com reservatório conectado ao
distribuídos pela mandíbula e a tracionam para cima para manter a via aérea oxigênio na proporção de 12 a 15L/min.
aberta.
Sempre que possivel, adotar ventilação assistida com oxigênio na
II.O segundo socorrista fica encarregado de aplicar pressão no reservatório
proporção de 15 L/min em todos atendimentos.
para insuflação do tórax. A insuflação deve ser realizada em 01 (um)
cardiopulmonar; não reinalante. Caso não tenha uma resposta satisfatória de melhora, iniciar
a ventilação com AMBU e reservatório de O2.
3.6.2 ASSISTÊNCIA QUANTO À FREQUÊNCIA VENTILATÓRIA:
3.6.4 PARÂMETROS DO PERCENTUAL DE OXIGÊNIO:
1º Vítimas com ventilação normal de 12 a 20 por minuto, utilizar de cateter
Dispositivo Régua de fluxo* Concentração O2*
nasal com oxigênio na proporção de 4 a 6 L/min; SEM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
2º Vítimas com bradipnéia, menos que 10 ventilações por minuto ou ausente, Ventilação boca-boca N/A 15 a 16 %
Ventilação Boca-máscara N/A 15 a 16 %
deve-se providenciar assistência ventilatória com AMBU acoplado com
Ventilação AMBU N/A 21 %
reservatório conectado ao oxigênio na proporção de 12 a 15L/min; COM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
Ventilação - Cânula nasal 1-6 l 24-45%
3º Vítimas com taquipneia entre 20 a 30 ventilações por minuto: usar
Boca-máscara 10 l 50%
máscara não reinalante com reservatório de oxigênio, para obter saturação
Máscara facial simples 8-10 l 40-60%
de oxigênio (FIO2) acima de 85%; Ventilação AMBU s/reservatório 8-10 l 40-60%
4º Vítimas com taquipneia severa (ventilação ofegante) acima de 30 Ventilação AMBU c/reservatório 10-15 l 90-100%
ventilações por minuto: providenciar assistência ventilatória Válvula de demanda N/A 90-100%
Ventilador N/A 21-100%
*litros por minutos (L/min), as porcentagens são valores aproximados, N/A - não se aplica.
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10º Reiniciar a RCP, no ritmo de 30 compressões para 02 insuflações, sem Assim que constado o pulso AUSENTE na vítima, o Centro de Operações
desconectar o DEA e avaliar o pulso a cada 02 minutos ou 05 (cinco) ciclos; deve ser informado imediatamente e solicitando apoio de suporte avançado
13º Manter a RCP e avaliação do pulso a cada 2 minutos até a chegada do Na ausência de atenuador de carga ou eletrodos específicos para vítima
pediátrica, poderão ser utilizados os eletrodos para vítima adulta.
Suporte Avançado de Vida, chegada ao hospital ou até a vítima apresentar
sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento);
14º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir Protocolo de
cuidados pós RCP;
15º Na ausência de retorno a circulação espontânea ou outras condições de
risco, considerar Protocolo de Interrupção da RCP;
16º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme demanda;
17º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
18º Estabilizar e priorizar a movimentação: 1º) prancha scoop, 2º) elevação
a cavaleira, 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa;
19º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Coluna Vertebral;
20º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, pedir suporte
avançado e/ou transportá-la para o hospital regulado ou de referência.
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3- CONDUTA PARA A RCP EM CRIANÇA / BEBÊ / NEONATO: 15º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Coluna Vertebral;
16º Na ausência de retorno à circulação espontânea ou outras condições de
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a ocorrência;
risco, considerar Protocolo de Interrupção da RCP;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme necessidade;
17º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, pedir suporte
3º O atendimento a parada cardiorrespiratória inicia-se na letra “A”;
avançado e/ou transportá-la para o hospital regulado ou de referência.
4º Em um processo único e dinâmico verifique a responsividade (no
Vida; Para fins de SBV, no entanto, a faixa etária da criança é de 1 ano até a
puberdade e do adulto da puberdade em diante. As demais faixas etárias
5º Posicione a criança em decúbito dorsal em superfície plana e rígida;
permanecem inalteradas.
6º Se for 01 (um) socorrista:
Ao checar a responsividade em crianças, chame-a tocando em seus
I. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 02 ventilações, produza
ombros - “Ei você está bem?”, nos bebês (lactentes) toque em seus pés;
elevação visível do tórax;
Durante a avaliação da responsividade observar: expansão do tórax,
II. Continue o procedimento de 30x02 até que o DEA esteja disponível e
temperatura e coloração da pele, se constatar: ausência de movimentos
com as pás conectadas (precocemente) na vítima; torácicos, pele fria, pálida e com cianose na face, não estiver responsiva, sem
7º Se forem 02 (dois) socorristas: pulso e/ou sem ventilação ou ventilação anormal (gasping) suspeitar de PCR;
I. Inicie RCP com 15 compressões torácicas e 02 ventilações, produza I. Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre superfície plana, rígida e seca
elevação visível do tórax; e iniciar protocolo de reanimação cardiorrespiratória (CABD).
II. Continue o procedimento de 15x02 até que o DEA esteja disponível e II. As compressões no bebê são realizadas na linha intermamilar com 02
com as pás conectadas (precocemente) na vítima; dedos ou com uma ou duas mãos (criança), conforme a tamanho da vítima;
III. As insuflações devem produzir elevação visível no tórax
8º Após a análise do DEA seguir suas orientações;
Para evitar o risco de isquemia cerebral, não checar pulso carotídeo em
9º Se indicado, reiniciar a RCP 30x02 (01 Socorrista) ou 15x02 (02
bebês (lactente) e neonato, prefira sempre checar pulso braquial;
Socorristas) por dois minutos ou na sequência de 05 (cinco) ou 10 (|dez)
Execute compressões rápidas e fortes, com no mínimo 100 e no máximo
ciclos respectivamente, na sequência aguardar a análise do DEA;
120 por minuto, deprimindo o esterno 5 cm em criança e 4 cm em lactente.
10º Checar pulso a cada 02 minutos; se ausente, reiniciar a RCP; Permita o retorno completo do tórax após cada compressão.
11º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir Protocolo de Minimize as interrupções entre os ciclos de compressões.
cuidados pós RCP; Evite excesso de ventilação (hiperventilação)
12º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme demanda; O desfibrilador externo automático – DEA, pode ser usado em bebês ou
13º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável; crianças, com atenuador de carga ou pás pediátricas;
14º Estabilizar e priorizar a movimentação: 1º) prancha scoop, 2º) elevação Na ausência de pás pediátricas pode-se utilizar as pás de vítima adulta.
4- CONDUTA PARA A RCP EM EMERGÊNCIA TRAUMÁTICA: 16º Se houver retorno da circulação espontânea, seguir Protocolo de
cuidados pós RCP;
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a ocorrência;
17º Prevenir choque e fornecer suporte ventilatório conforme demanda;
2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme necessidade;
18º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
3º Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre superfície plana, rígida e
19º Estabilizar e priorizar a movimentação: 1º) prancha scoop, 2º) elevação
seca, mantendo a estabilização da coluna cervical com as mãos e
Checar ventilação (ver, ouvir e sentir) e pulso simultaneamente, esse todavia, não é prioridade na cena, devendo priorizar as ventilações com vias
aéreas pérvias e deslocamento rápido ao encontro do Suporte Avançado;
procedimento não deve exceder 10 segundos;
Se a vítima não estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ventilação ou As principais causas da PCR no trauma contuso ou penetrante são:
Hipóxia; Hipovolemia; Tamponamento cardíaco e Pneumotórax hipertensivo;
ventilação anormal (gasping).
7º Observar e contextualizar a PCR com a cinemática do trauma; O uso do DEA na PCR oriunda de trauma contuso ou penetrante não é
8º Informar ao COB e solicitar apoio do Suporte Avançado; prioridade, salvo nos casos de suspeita de emergência clínica primária,
antecedendo ao trauma;
9º Desobstruir as vias aéreas com controle de coluna cervical, se
necessário, aspirar secreções e/ou remover corpos estranhos; Vítimas em PCR traumática oriundas de choque elétrico e/ou descargas
atmosféricas, deve-se adotar o protocolo para a RCP em emergência clínica;
10º Inserir cânula orofaríngea;
11º Iniciar as ventilações com 02 insuflações (ventilação de resgate), Vítimas em PCR traumática oriundas de “Commotio cordis” ou Trauma
utilizando AMBU com reservatório de oxigênio, fluxo de 15 L/min; Crânio encefálico (TCE), cujo DEA sugere choque, deve-se adotar o protocolo
para a RCP em emergência clínica.
12º Expor o tórax da vítima;
Se necessário realizar curativo valvulado (três pontos) e imobilizar objetos Todas as vítimas em PCR, necessitam da assistência e da intervenção
empalados (não remover); do Suporte Avançado de Vida, devendo ser reportado imediatamente ao
13º Na sequência, adotar a frequência de 01 insuflação a cada 06 segundos; Centro de Operações para deliberação do médico regulador;
14º Não demorar na cena, priorizar a remoção da vítima, mantendo as Sendo viável e estando disponível, o serviço aeromédico deverá ser
ventilações durante o transporte; designado para a ocorrência.
15º Continuar com a avaliação primária, no interior da viatura, se necessário Na ausência de equipes de Suporte Avançado de Vida do
e possível, realizar curativos, imobilizações e outras condutas (massagem); CBMGO/SIATE, deve-se solicitar o apoio do SAMU ou de outro serviço que
garanta o melhor suporte à vítima;
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PARADA CARDIORESPIRATÓRIA PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
5- CONDUTA PARA A RCP NO AFOGAMENTO 14º Estabilizar e priorizar a movimentação: 1º) prancha scoop, 2º) elevação
1º Sempre avaliar e priorizar a segurança no atendimento a ocorrência; a cavaleira, 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa;
2º Após o salvamento, posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre 15º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Coluna Vertebral;
superfície plana, rígida e seca, mantendo a estabilização da coluna cervical 16º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, pedir suporte
com as mãos e posteriormente com os joelhos; avançado e/ou transportá-la para o hospital regulado ou de referência.
II. Desobstruir as vias aéreas com controle de coluna cervical, se necessário, Para as vítimas de enforcamento, adotar o mesmo protocolo da RCP
aspirar secreções e/ou remover corpos estranhos, inserir cânula orofaríngea; para afogamento;
O salvamento da vítima no meio líquido, deve ser realizado
7º Checar ventilação (ver, ouvir e sentir), se ausente: preferencialmente pela guarnição de salvamento, devidamente equipada e
I. Iniciar as ventilações com 05 insuflações (ventilação de resgate), treinada;
utilizando AMBU com reservatório de oxigênio, fluxo de 15 L/min; Ainda dentro da água, se não houver risco de trauma vertebromedular,
II. Se estiver dentro d’agua (salvamento), faça 10 insuflações. se a ventilação estiver ausente, faça 10 insuflações boca-a-máscara ou
boca-a-boca;
8º Checar preferencialmente pulso central (carotídeo):
A ventilação boca-a-boca durante a PCR é eficiente e indicada na
I. Pulso presente: adotar a frequência de 01 insuflação a cada 06 segundos
ausência de equipamento adequado;
até o retorno da ventilação espontânea;
A execução das ventilações pelas equipes de APH, devem ser realizadas
II. Pulso ausente: iniciar massagem cardíaca com 30 compressões e alterne
com AMBU ou “pocket mask” segundo protocolo;
com 02 insuflações até o retorno da função cardiopulmonar;
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PARADA CARDIORESPIRATÓRIA PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
1- RECONHECIMENTO: 1- RECONHECIMENTO:
RCP em andamento sem indicação de choque pelo DEA acompanhada
Sinais de morte evidente (rigidez cadavérica, livores de hipostase,
de exaustão da equipe e após autorização do Médico Regulador (condição
decapitação, carbonização, segmentação do tronco);
obrigatória).
Risco evidente de injúria ou de perigo para a equipe (cena insegura);
RCP em andamento quando as condições ambientais se tornam
Presença de diretiva antecipada de vontade de não reanimação
que serão adotados. em pleno gozo de suas faculdades mentais, escrita em prontuário médico ou
documento registrado em cartório – os familiares não podem contestar.
Os esforços de reanimação cardiopulmonar devem ser mantidos enquanto
Atenção!!! Todas as vítimas de emergência clínica ou traumática, sem
a vítima apresentar ritmo chocável (pelo DEA).
sinais vitais, más que não apresentam lesões incompatíveis com a vida ou
Não há parâmetro de tempo de RCP para a tomada de decisão sobre a
sinais clássicos de morte aparente, devem receber reanimação
interrupção dos esforços.
cardiopulmonar e serem removidas com prioridade, para a unidade
Os esforços de RCP devem ser mais prolongados em vítimas de
hospitalar de referência.
afogamento, que apresentam hipotermia, que sofreram overdose de drogas
ou outras causas potencialmente reversíveis de PCR. .
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1- RECONHECIMENTO: 1- RECONHECIMENTO:
Paciente com retorno da circulação espontânea, após a desfibrilação Pedido de ajuda via telefone de emergência 193, relatando que a vítima
ou após as manobras de Reanimação Cardiopulmonar. apresenta sinais característicos de uma PCR.
2- CONDUTA: 2- CONDUTA:
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PARADA CARDIORESPIRATÓRIA HEMORRAGIAS
Após 02 minutos, caso não haja pulso e houver desfibrilador disponível, 1- RECONHECIMENTO:
aplicar um choque e reiniciar a RCP, devendo a cada 2 minutos intercalar o
Presença de sangue oriundo de ferimentos observadas
choque, se necessário, com a RCP até a chegada da equipe de Resgate do
preferencialmente durante a Avaliação Primária, com ou sem os sinais de
Corpo de Bombeiros Militar/SIATE ou SAMU.
palidez, sudorese, taquipneia e taquicardia.
Traz mais malefícios demorar o início do atendimento (reanimação), do 2º Iniciar a Avaliação Primária (XABCDE) e intervir conforme necessidade;
que iniciar a RCP em uma vítima com batimentos – na dúvida executar o RCP. 3º O controle das grandes hemorragias (exanguinantes) deve ser prioridade
e executado na letra “X” da Avaliação Primária:
I. Primeiramente o socorrista deverá realizar a compressão direta (manual)
utilizando gazes, ataduras ou compressas de campo, se houver saturação
com sangue, deverá ser acrescentada mais ataduras e gazes, não retirando
as saturadas, para não perder o processo de coagulação. A compressão
deverá ser no mínimo de 10 minutos, devendo ser realizada mediante
curativo compressivo.
II. Caso a compressão direta não seja efetiva e considerando lesões de
extremidades, faça um torquinete, seguindo as seguintes etapas:
1 – Aplique o torniquete proximal a virilha ou axila do membro lesionado,
podendo ser aplicado um segundo torniquete a 5 cm acima do local da lesão;
2 – Aperte o torniquete até que a hemorragia cesse;
3 – Deixe o torniquete visível e mantenha monitoração constante.
4 – Anotar a hora de aplicação e fixá-lo no torniquete;
5 – O torniquete poderá ser mantido por até 120 minutos, sem risco de lesão
em nervos e músculos (gangrena);
6 – A cada 120 min (duas horas) o torniquete deve ser afrouxado, até que
ocorra a irrigação do membro, se a hemorragia parou faça um curativo
compressivo e monitore, caso a hemorragia não tenha parado, reapertar o
torniquete por mais duas horas e monitore;
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HEMORRAGIAS HEMORRAGIAS
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Comissão de Revisão técnica Abril/2020 340/2019 69 de 140 Comissão de Revisão técnica Abril/2020 340/2019 70 de 140
HEMORRAGIA HEMORRAGIA
ESTADO DE GOIÁS ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ESTADO DE GOIÁS ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NÚMERO DO CAPÍTULO: 02 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NÚMERO DO CAPÍTULO: 02
NATUREZA: HEMORRAGIAS: CONDIÇÕES ESPECIAIS NATUREZA: HEMORRAGIAS: CONDIÇÕES ESPECIAIS
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Comissão de Revisão técnica Abril/2020 340/2019 71 de 140 Comissão de Revisão técnica Abril/2020 340/2019 72 de 140
CHOQUE CHOQUE
compressão, torniquete, imobilização de pelve e membros, se necessário). Temperatura da pele Fria e pegajosa Quente e seca Fria e pegajosa
V.Monitorar oximetria de pulso, saturação de oxigênio e sinais vitais; Coloração da Pele Pálida e cianótica Rosada Pálida e pontilhada
Pressão Arterial Diminuída Diminuída Diminuída
VI.Afrouxar roupas, retirar adornos (anéis, relógio, pulseiras, etc);
Nível de consciência Alterado Lúcido Alterado
VII.Remover roupas molhadas; Enchimento Capilar Retardado Normal Retardado
VIII.Prevenir hipotermia (com cobertor térmico aluminizado);
IX.Manter e transportar a vítima em decúbito dorsal e elevar as pernas;
4º Realizar a avaliação secundária, se a vítima estiver estável;
5º Estabilizar e priorizar a movimentação: 1º) prancha scoop, 2º) elevação a
cavaleira, 3º) rolamentos no solo e posicioná-la sobre prancha longa;
6º Observar o algoritmo de Restrição de Movimentos na Coluna Vertebral;
7º Informar as condições da vítima ao Centro de Operações, pedir suporte
avançado e/ou transportá-la para o hospital regulado ou de referência.
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Comissão de Revisão técnica Abril/2020 340/2019 73 de 140 Comissão de Revisão técnica Abril/2020 340/2019 74 de 140
CHOQUE
1- RECONHECIMENTO:
Vítima apresentando reação alérgica, após consumo ou contato com
substâncias (frutos do mar; mordida ou picada de insetos e/ou animais;
medicações), apresentando os seguintes sinais e sintoma: urticária; prurido
ou rubor; edema de face e lábios, língua ou úvula; alterações respiratórias
2- CONDUTA:
Vítima com choque anafilático tem risco de obstrução das vias aéreas por
edema de glote, solicitar auxílio do Suporte Avançado.