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Adriana Figueiredo 1
Português
Figuras de Linguagem
Questões AOCP
a) pleonasmo.
b) prosopopeia.
c) metonímia.
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d) hipérbole.
e) metáfora.
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo
potássio. E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias, deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do
tempo.
Todos os dias, deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas
que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai
perceber.
Todos os dias, deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca
de cinco horas do dia… E não se esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições
e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com
Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre
a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte
e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
TRT Essencial – Profª. Adriana Figueiredo 2
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As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os
dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia
volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o
que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as
informações.
[...]
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha
um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas
ao mesmo tempo!
Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes.
Chame os amigos junto com os seus pais.
Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher… na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma
colherada de leite de magnésio.
[...].
Adaptado de: <http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luisfernando-
verissimo>. Acesso em: 17 out. 2016.
presente em “Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos
meia hora [...]”.
a) Eufemismo.
b) Ironia.
c) Sinestesia.
d) Prosopopeia.
e) Silepse.
O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada
vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?
O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com relações
sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais motivos para que isso
aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pessoas se envolvem nos dias de hoje. Cria-
se, assim, uma sensação pessoal de que há cada vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor
em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há realmente
essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas têm que
não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”.
O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma mãe de
família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15, ela não cumpre o
horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva
Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o
ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por conta dos inúmeros
compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de
maneira mais tranquila”.
Sobre o assunto, Luiz Silveira MennaBarreto, professor especializado em cronobiologia da Escola
de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade contemporânea, as cobranças são cada
vez mais intensas e frequentes, o que produz uma sensação crônica de falta de tempo. As demandas
exigem que as pessoas tenham inúmeras habilidades e qualificações acadêmicas, tomando boa parte
do tempo que poderia ser destinado ao lazer. Scheroki completa: “Por que hoje é assim e antes não
era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos que saber inglês, francês, jogar tênis,
trabalhar… As pessoas tentam alocar dentro do tempo mais ações do que cabem nele”. [...]
A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma coisa angustiante.
É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas, depressivas e estressadas que se
encontra. Elas percebem o tempo passando rapidamente e, por isso, tem pressa de viver intensamente.
Isso acaba criando situações de tensão muito grandes”.[...]
TRT Essencial – Profª. Adriana Figueiredo 4
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O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas relações com
amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional ou uma interação social,
as pessoas acabam priorizando o trabalho: “Nós somos nossas relações sociais, nós acontecemos a
partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é
composta pelas nossas ações no tempo e cada vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em horários
mais compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico, relações sociais e familiares ricas e
alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do problema reside no trabalho excessivo”,
completa.[...]
Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_
content&view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-dias-de-poucashoras&catid=46%3Ana-
midia&Itemid=97&lang=pt
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a) No Texto 2, nas falas “Tenho que fazer minha lição de casa!”, “Tenho que fazer
uma entrega!” e “Eu tenho que ver meu programa de TV!”, os termos sublinhados têm
função de preposição.
b) Os Textos 1 e 2 abordam questões similares, especialmente o fato de que não há
mais tempo para o lazer por causa das exigências do dia a dia.
c) No terceiro quadrinho do Texto 2, há a ocorrência de uma figura de linguagem
chamada prosopopeia.
d) Para tratar do assunto, o Texto 1 utiliza testemunhos e citações de autoridades e o
Texto 2 utiliza o humor e a linguagem não verbal, além da verbal.
TRT Essencial – Profª. Adriana Figueiredo 5
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Falta, para isso, entendimento. Ou seja, compreensão de um sentido comum na nossa reivindicação
pela ética. Falta, para se chegar a isso, que haja diálogo, ou seja, capacidade de expor e de ouvir o
que a ética pode ser. Clamamos pela ética, mas não sabemos conversar. E para que haja ética é
preciso diálogo. E, por isso, permanecemos num círculo vicioso em que só a inação e a ignorância
triunfam.
Na inanição intelectual em voga, esperamos que os cultos, os intelectuais, os professores, os
jornalistas, todos os que constroem a opinião pública, tragam respostas. Nem estes podem ajudar
muito, pois desconhecem ou evitam a profundidade da questão. Há, neste contexto, quem pense que
ser corrupto não exclui a ética. E isso não é opinião de ignorantes que não frequentaram escola alguma,
mas de muitos ditos “cultos” e “inteligentes”. Quem hoje se preocupa em entender do que se trata?
Quem se preocupa em não cair na contradição entre teoria e prática? Em discutir ética para além dos
códigos de ética das profissões pensando-a como princípio que deve reger nossas relações?
Exatamente pela falta de compreensão do seu fundamento, do que significa a ética como elemento
estrutural para cada um como pessoa e para a sociedade como um todo, é que perdemos de vista a
possibilidade de uma realização da ética. A ética não entra em nossas vidas porque nem bem sabemos
o que deveria entrar. Nem sabemos como. Mas quando perguntamos pela ética, em geral, é pelo “como
fazemos para sermos éticos” que tudo começa. Aí começa também o erro em relação à ética. Pois
ético é o que ultrapassa o mero uso que podemos fazer da própria ética quando se trata de sobreviver.
Ética é o que diz respeito ao modo de nos comportamos e decidirmos nosso convívio e o modo como
partilhamos valores e a própria liberdade. Ela é o sentido da convivência, mais do que o já tão
importante respeito do limite próprio e alheio. Portanto, desde que ela diz respeito à relação entre um
“eu” e um “tu”, ela envolve pensar o outro, o seu lugar, sua vida, sua potencialidade, seus direitos, como
eu o vejo e como posso defendê-lo.
A Ética permanece, porém, sendo uma palavra vã, que usamos a esmo, sem pensar no conteúdo
que ela carrega. Ninguém é ético só porque quer parecer ético. Ninguém é ético porque discorda do
que se faz contra a ética. Só é ético aquele que enfrenta o limite da própria ação, da racionalidade que
a sustenta e luta pela construção de uma sensibilidade que possa dar sentido à felicidade. Mas esta é
mais do que satisfação na vida privada. A felicidade de que se trata é a “felicidade política”, ou seja, a
vida justa e boa no universo público. A ética quando surgiu na antiguidade tinha este ideal. A felicidade
na vida privada – que hoje também se tornou debate em torno do qual cresce a ignorância - depende
disso.
Por isso, antes de mais nada, a urgência que se tornou essencial hoje – e que por isso mesmo, por
ser essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como um trabalho da lucidez quanto ao que
estamos fazendo com nosso presente, mas sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro.
Para isso é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no
qual o bem de todos esteja realmente em vista.
(http://www.marciatiburi.com.br/textos/somoslivre.htm)
TRT Essencial – Profª. Adriana Figueiredo 6
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a) Em “[...] E isso não é opinião de ignorantes que não frequentaram escola alguma,
mas de muitos ditos ‘cultos’ e ‘inteligentes’ [...]”, as aspas em “cultos” e “inteligentes”
foram utilizadas para marcar uma ironia.
b) Em “[...] O que falta na abordagem sobre ética é justamente o que nos levaria a
sermos éticos. [...]”, há um eufemismo, marcado pelo termo “justamente”.
c) Em “[...] Ninguém é ético só porque quer parecer ético. [...]”, há hipérbole, marcada
pelo termo “só”.
d) Em “[...] a urgência que se tornou essencial hoje – e que por isso mesmo, por ser
essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como um trabalho da lucidez [...]”,
os travessões são utilizados para marcar uma metáfora.
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a) No excerto “[...] as cobranças são cada vez mais intensas e frequentes [...]”, os
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a) Anáfora.
b) Metonímia.
c) Metáfora.
d) Catacrese.
e) Perífrase.
lingeries sensuais, valorize seu corpo ao praticar exercícios capazes de colocá-lo nos eixos.
(Fonte: Revista Women’s
Health. Número 79 publicada em Maio de 2015. Editora Abril)
No excerto “Porque andar como o corcunda de Notre Dame vai muito além de ser feio
e nada sexy”, retirado do texto ENTRE NO EIXO, qual é a figura de linguagem
utilizada?
a) Hipérbole.
b) Elipse.
c) Comparação.
d) Eufemismo.
e) Personificação.
O bom humor talvez seja um dos mais democráticos estados de espírito. Ele não exige fatos nem um
ponto de vista determinado para existir. Não é preciso ser otimista, nem mesmo ouvir boas notícias,
para ter bom humor. Claro que coisas boas e um estado de espírito positivo são terreno fértil para ele.
Mas o bom humor é uma entidade independente, que pode ser preservada na adversidade e nos
ânimos mais soturnos. O alemão Arthur Schopenhauer, conhecido como o mais pessimista dos
flósofos, dizia que o bom humor é a única característica divina que o homem possui. Ele não tem
relação com ser extrovertido e não obriga ninguém a dar risadas. Pode residir num espírito sereno,
compenetrado. O bom humor está disponível a todos e em qualquer situação.
TRT Essencial – Profª. Adriana Figueiredo 10
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Junto com o espanto e a saudade, a partida de uma amiga querida e de um ídolo me fzeram pensar no
bom humor esta semana. Não é preciso mencionar o quanto estar em volta de pessoas bem humoradas
faz bem para o espírito. Quem é vivo e circula entre humanos sabe disso. O flósofo francês Émile-
Auguste Chartier escreveu que o bom humor é um ato de generosidade: dá mais do que recebe.
Discordo dele. Acho que os bem humorados recebem tanto quanto dão, dos outros e deles mesmo.
Para mim, é uma espécie de carinho consigo mesmo. Já tenho tantos pepinos, para que o peso de ter
de aguentar meu próprio mau humor? Estou tão cansada, para que ter de carregar ainda esse espírito
rabugento? A vida é tão curta, as pessoas são tão frágeis, estamos todos no mesmo barco, de que
adianta tanto mau humor? Falar é mais fácil que fazer. Por isso, é tão admirável conhecer pessoas que
fazem do bom humor um jeito de encarar a vida, independentemente de como ela se apresente. É
digno de menção.
Giovanna tinha 36 anos. Lutava contra um câncer na cabeça há dois. Era jornalista. Ela nos deixou no
domingo, dia 31 de agosto. Era minha amiga. Sérgio Rodrigues tinha 87 anos. Perdeu a luta contra um
câncer de próstata. Era arquiteto e design. Morreu segunda-feira, dia 1º de setembro. Era um ídolo
para mim. Os dois não se conheciam. Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos. Passariam
por avô e neta ou pai e flha, sem estranhamento.
A morte tem o poder de dar salvo conduto até para os mais insuportáveis, que ganham qualidades
variadas depois da partida. Não é o caso desses dois. A gentileza e o bom humor de Giovana sempre
foram um ponto fora da curva entre as dezenas de estudantes de comunicação chatonildos da
faculdade - me incluo entre eles. A obra de Sérgio Rodrigues fala por si. Mesmo que você não goste
de seu estilo, é difícil não esboçar um sorriso ao ver o resultado do seu trabalho. É leve, elegante,
criativo e bem humorado. Sérgio Rodrigues tem peças nos acervos do Museu de Arte Moderna, em
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Nova York, nos museus de Estocolmo, na Suécia, e de Munique, na Bavária (Alemanha). É tido como
o mestre do design mobiliário, e tem também casas e brinquedos entre suas obras.
Acho que cultivar o bom humor em situações extremas é uma forma de vitória. Sérgio conseguiu
espalhar pelo mundo seu bom ânimo nas peças que criou, perpetuando-o. Giovana e a medicina não
tinham mais recursos para combater aquela coisa que crescia em seu cérebro, mas ela o venceu, da
maneira que pôde, com seu bom humor até o fm. O céu fcou mais leve com a chegada dos dois. Talvez
até chova.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/Flavia-Yuri-Oshima/noti- cia/2014/09/o-fascinio-do-bbom-
humorb.html
d) elipse.
e) onomatopeia.
a) Sinédoque e hipérbole.
b) onomatopeia e hipérbole.
c) comparação e metáfora.
d) anacoluto e silepse.
e) hipérbole e comparação.
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GABARITO
01. E
02. B
03. B
04. E
05. C
06. A
07. B
08. C
09. E
10. C
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11. C
12. B
13. D
14. C
15. B