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REDAÇÃO PARA ANÁLISE: 25/10/2021

PROPOSTA: O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Analise a redação seguinte e corrija-a, quando necessário, com o professor Diego Pereira.

No Brasil, os negócios provenientes da agricultura e da pecuária vêm notabilizando-se como atividades


preponderantes para o progresso nacional ao representarem mais de 30% do PIB brasileiro de acordo com o IBGE. No
entanto, grande parte das atividades agropecuárias no País ainda carecem de investimentos tecnológicos que
garantam modernização e sustentabilidade ao setor, além persistir em parte da Nação uma cultura preconceituosa,
principalmente no ambiente urbano, quanto ao agronegócio. Esse panorama desafiador incita uma atuação mais
expressiva de setores da administração pública e da sociedade civil a fim de manter essa atividade pujante em
benefício direto ou indireto de toda a população brasileira.

Com efeito, apesar da reconhecida importância das relações comerciais que envolvem a cadeia produtiva
agrícola ou pecuária para o País, muitas gestões municipais, estaduais e até o Governo Federal não destinam ao setor,
em algumas ocasiões, o incentivo econômico necessário para o maior desenvolvimento do segmento. A título de
ilustração dessa displicência política com investimentos que facilitassem a aquisição de equipamentos modernos em
prol do trabalho rural, ainda é reduzida no Brasil a utilização de tecnologias relativamente simples pelo homem do
campo, as quais garantiriam precisão e aperfeiçoamento do trabalho campestre, como os drones para identificar
pragas e queimadas e os tablets com acesso à internet para o uso de aplicativos desenvolvidos pelo setor público os
quais auxiliassem a gestão sustentável de lavouras e de rebanhos. Além disso, o agronegócio ainda é muito
dependente de máquinas pesadas, como tratores e plantadeiras, que se utilizam de combustíveis fósseis, como o óleo
diesel, por não haver tanto empenho no avanço tecnológico da área, com parceria público-privadas para o
desenvolvimento de equipamentos movidos a biocombustíveis, o que faria a atividade gerar bem menor impacto
ambiental, em adequação aos conceitos vigentes de economia verde. Todo esse cenário explicita que a negligência
política com tecnologia e sustentabilidade no campo impede o avanço ainda mais estruturado desse ramo no País.

Ademais, é preconceituoso o olhar de vários brasileiros sobre a atividade comercial relacionada à agricultura
e à pecuária. Por exemplo, muitas pessoas, ao escutarem falar em agronegócio, logo associam a atividade
necessariamente ao latifúndio improdutivo, à degradação descontrolada de biomas ou ao confronto com indígenas
por terras. Essa mentalidade deturpada tem intrínseco relacionamento com uma formação cultural que generaliza
como vilões os empreendedores do setor, numa dicotomia equivocada que lhes retira os méritos e os compara, por
exemplo, com os beneficiários das Capitanias Hereditárias, com latifundiários exploradores à margem da lei, e que se
esquece de que a maior parte dos produtores rurais são componentes de agricultura familiar, pagam impostos, geram
renda e produção e precisam, por questão de justiça e incentivo à sua continuidade, ser valorizados e respeitados em
um país tão dependente deles como é o Brasil.

Portanto, com o fito de viabilizar que o agronegócio persista como fator de desenvolvimento nacional e, desse
modo, continue com forte interferência no PIB brasileiro, compete a mais governos municipais, estaduais e ao Governo
Federal, os quais são entes que gerenciam orçamentos públicos, potencializar investimentos em aquisição de
equipamentos possíveis de ser cedidos em parcerias público-privadas ou oportunizados a baixo custo ao homem do
campo e em pesquisa tecnológica para o desenvolvimento de soluções baratas e ecologicamente adequadas para o
avanço do setor, por meio da destinação de mais recursos para políticas de secretarias de agricultura ou até do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pois esse aporte pode tornar ainda mais robusto tal segmento
no Brasil. Outrossim, urge que mais escolas, ONGs ambientais e até setores da imprensa, como instituições que têm o
poder de formar opiniões, ampliem uma mentalidade de valorização dos empreendedores rurais e de combate à
estereotipagem deles de maneira nociva ao País, mediante, respectivamente, seminários estudantis, palestras com
produtores do campo e reportagens em horário nobre, a fim de enaltecer tal atividade econômica como segmento
merecedor da admiração e do reconhecimento dos brasileiros em geral. Assim, será mais fácil a consolidação ainda
maior desse setor no País.

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SARAH ELLEN SILVA SANTOS - saraheeepeusebio@gmail.com - IP: 45.238.114.13

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