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ADI Nº 7064/DF
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Os autores argumentam que há inconstitucionalidade formal em razão da violação
ao devido processo legislativo (arts. 5o, inciso LIV, 55, inciso III e 60, §2o da CF), bem como
inconstitucionalidades materiais decorrentes da afronta ao Estado Democrático de Direito (art. 1o,
CF), ao princípio da separação dos poderes (art. 2o, CF), ao direito de propriedade (art. 5o, inciso
XXII, CF), ao princípio da isonomia (art. 5o, caput, CF), ao direito à tutela jurisdicional efetiva e
razoável duração do processo (art. 5o, inciso LXXVIII, CF), ao princípio da segurança jurídica (art.
5o, inciso XXXVI, CF), ao respeito à coisa julgada e ao direito adquirido (art. 5o, inciso XXXVI, CF) e
ao princípio da moralidade, impessoalidade e eficiência administrativas (art. 37, caput, CF).
Requerem, ainda, que seja dada interpretação conforme ao art. 107, caput e inciso
I, do ADCT, incluído pela Emenda Constitucional no 95/2016, para estabelecer que as dívidas
judiciais não estão sujeitas aos limites do Novo Regime Fiscal, sob pena de comprometimento da
independência do Poder Judiciário e da efetividade de suas decisões.
A AASP é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1943, e que tem, dentre
suas finalidades, a defesa dos direitos, interesses e prerrogativas de seus associados e dos
advogados em geral (artigo 2º do seu Estatuto Social), contando com cerca de 80 (oitenta) mil
associados distribuídos em todo o território nacional. Trata-se de uma entidade reconhecida pela
defesa à causa dos advogados no Brasil, prestando serviços que se tornaram ferramentas
imprescindíveis ao exercício da profissão, propiciando preciosa contribuição ao aprimoramento do
Direito e da Justiça no país.
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A admissão da AASP no presente feito é pertinente e necessária ante a existência
de um interesse institucional legítimo, em virtude da sua notória representatividade e,
principalmente, para que possa atingir seu principal objetivo que é a defesa dos direitos, interesses
e prerrogativas de seus associados e dos advogados em geral, os quais se encontram ameaçados
em virtude das inconstitucionais alterações havidas na sistemática de pagamento de precatórios.
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As consequências dessas normas são graves aos associados da AASP, pois estes
atuam em inúmeros processos em curso no país que, salvo se verificada a pronta atuação deste E.
STF, serão atingidos pela medida que se presta a inviabilizar os recursos essenciais ao pagamento
de precatórios, seja na condição de patronos dos litigantes, seja na condição de credores dos
próprios precatórios e RPVs emitidos, relativos, em geral, a honorários sucumbenciais.
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A incapacidade de pagamento reflete-se no instável regramento constitucional,
constantemente alterado ao sabor das conveniências da Fazenda Pública, que vem sendo
agraciada com uma infindável sequência de moratórias aprovadas pelo Congresso Nacional.
A ADI 4357 foi, ao final, acolhida por esse E. STF, já que a moratória no pagamento
dos precatórios violou diversos dispositivos constitucionais que asseguram o estado de direito, o
princípio da separação dos poderes, a isonomia, a duração razoável do processo, o direito de
propriedade, dentre outros.
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viabilização de pagamentos. Permitiu-se a compensação fiscal, a utilização de depósitos judiciais,
a celebração de acordos, a contratação de empréstimos e, no que interessa ao presente feito, foi
instituída uma linha de financiamento do governo federal para Estados e Municípios pagarem os
precatórios em atraso (cf. art. 101, §4º, do ADCT).
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contra o mesmo credor. Ocorre que essa nova redação repete conteúdo idêntico ao previsto na
EC 62/2009, já declarado inconstitucional no bojo das ADIs 4357 e 44251, ocasião em que este
Supremo Tribunal Federal rechaçou a sistemática de compensação de débitos em proveito
exclusivo da Fazenda pública, afirmando que esse tipo de procedimento “embaraça a efetividade da
jurisdição (CF, art. 5º, XXXV), desrespeita a coisa julgada material (CF, art. 5º, XXXVI), vulnera a Separação
dos Poderes (CF, art. 2º) e ofende a isonomia entre o Poder Público e o particular (CF, art. 5º, caput),
cânone essencial do Estado Democrático de Direito (CF, art. 1º, caput)”.
E vale lembrar que essa sistemática foi declarada inconstitucional porque fere a
coisa julgada, na medida em que restringe a eficácia das decisões judiciais transitadas em julgado
em cada caso concreto. Ainda, fere o princípio da separação dos poderes, pois subordina a atuação
do Juízo de Execução a essa providência do “encontro de contas” pelo Tribunal em sua função
administrativa. Nesse sentido, afronta também o princípio do juiz natural ao alterar o juízo no curso
do processo para que o juiz da ação de cobrança delibere sobre o valor do precatório já expedido.
Esse novo procedimento fará com que seja instaurada uma nova etapa no procedimento que já
costuma se estender por décadas, ferindo o princípio de duração razoável do processo e da
razoabilidade, pois essa medida não é necessária, haja vista que a Fazenda já possui outros meios,
igualmente eficazes, para cobrar seus créditos.
Neste sentido, a medida também causa “ofensa direta ao art. 5°, inciso XXXVI (...)
atenta contra a segurança jurídica, porque, na verdade, paralisa a pretensão. (...). Paralisa a
satisfação prática de um direito reconhecido judicialmente de modo definitivo”, de sorte que, “uma
vez inscrita a dívida, a obrigação do órgão público é promover imediatamente a execução fiscal. E
está aí o modo adequado até para paralisar a cobrança do crédito do precatório, bastando ao
órgão público que promova a penhora desse mesmo crédito. É, muito simples, inscrita a dívida,
executa e penhora o crédito, não havendo necessidade doutro expediente” (ADI 3.453/DF, voto do
Min. CEZAR PELUSO).
1
STF, Tribunal Pleno, Relator Min. AYRES BRITTO, Relator para Acórdão Min. LUIZ FUX, julgadas em 14/03/2013.
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Fere ainda o princípio da isonomia ao conceder nova prerrogativa à União “como se
já fosse pouco a prerrogativa do regime em si do precatório”, sem nenhum equivalente ao credor.
Nesse sentido, nas palavras da Min. Rosa Weber, “(...) chancela-se compensação compulsória
(automática e unilateral) do crédito judicial determinante da expedição do precatório com débitos
do credor perante a Fazenda Pública, mediante informação da Fazenda devedora, no prazo de
trinta dias. Isso significa conceder super prerrogativa à Fazenda Pública, que já dispõe de meios
eficazes à cobrança de seus créditos, com desrespeito ao princípio isonômico” (cf. voto nas ADIs
4357 e 4425).
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de regulamentação, impedirão, na prática, o levantamento de qualquer valor pelo credor do
precatório, frustrando a satisfação do bem da vida daquele que já precisou se submeter a longo e
moroso processo judicial.
III.3. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA PELA SELIC. VIOLAÇÃO DOS ARTIGOS 2º E 5º, CAPUT E
INCISOS I, XXII, XXXVI E XXXV, TODOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A EC 113/2021, mais uma vez, dispõe sobre questão já julgada e decidida como
inconstitucional por este Supremo Tribunal Federal. Com efeito, em seu artigo 3º, estabelece que:
Art. 3º. Nas discussões e nas condenações que envolvam a Fazenda Pública, independentemente de
sua natureza e para fins de atualização monetária, de remuneração do capital e de compensação da
mora, inclusive do precatório, haverá a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, do índice
da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulado mensalmente
Este C. Supremo Tribunal Federal já declarou que a adoção da mesma taxa de juros
e correção monetária para todos os precatórios, “independentemente da sua natureza”, viola a
isonomia. E isso porque “os critérios de fixação dos juros moratórios devem ser idênticos para a
Fazenda Pública e para o cidadão, nos limites da natureza da relação jurídica analisada” (cf. voto
do Min. EDSON FACHIN na RG-RE 870.947).
E de fato, em relação aos precatórios não tributários, é certo que o Poder Público
ao atualizar seus créditos não tributários segue o disposto na jurisprudência e nas regras do
Manual de Cálculos da Justiça Federal, ou seja, tem em seu favor a fixação de juros de mora de
poupança acrescidos de correção monetária pelo IPCA-e. Por essa razão é absolutamente injusto
que, ao figurar como devedor não tributário, pague suas dívidas por índice diverso.
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Mas o princípio da isonomia é ferido também pelo fato de que a própria EC 113/21
fixou o IPCA-e como índice atualização do teto de gastos, conforme a nova redação dada ao art.
107, §1º, II do ADCT. Em outras palavras, quando há interesse orçamentário do Poder Público,
determina-se a aplicação do IPCA-e (índice até então utilizado para a correção dos precatórios).
Porém, para resguardar direito dos particulares (credores não-tributários do Estado), o artigo 3º
da mesma EC alterou o critério então vigente (IPCA-e + juros de poupança) e impôs a utilização da
taxa SELIC que é sabidamente inferior. Esse tratamento desigual já foi rechaçado inúmeras vezes
pela jurisprudência desse E. Superior Tribunal ao fundamento de que “(...) havia ruptura do
princípio da isonomia, porque a Fazenda Pública pagava segundo um índice e, na hora de cobrar e
pagar ao credor tributário, ela utilizava outro, a menor, (...)” (Voto da Min. CARMÉN LÚCIA, p. 66
do RG-RE 870.947 - DJe 20/11/2017).
Mas vale lembrar, ainda, que a utilização da SELIC como critério de correção
monetária e de compensação da mora no pagamento dos precatórios também ofende o direito de
propriedade. Isso porque a comparação entre os índices previstos pelo Manual de Cálculos da
Justiça Federal (IPCA-e + juros de poupança) e a SELIC, no acumulado de 2021/2022, demonstra
que a SELIC correspondeu a apenas 38,21% da outra forma de correção. Se for considerado o
período de 2018 a 2022, a SELIC correspondeu a 50,55% da outra forma de correção. Portanto, o
que a União busca com a alteração do índice é dilapidar o patrimônio de seus credores ao longo
do tempo, o que viola a propriedade, a coisa julgada e a separação dos Poderes. Nas palavras do
Min. AYRES BRITTO:
[D]e nada adianta o direito reconhecido pelo Judiciário ser corretamente atualizado até a data de
expedição do precatório, se, entre a expedição do requisitório e seu efetivo pagamento, pode ele (o
direito) sofrer depreciação de 10, 20, 40%. (...) incidência mutilada da correção monetária, isto é,
qualquer tentativa de aplicá-la a partir de um percentualizado redutor, caracteriza fraude à
Constituição. (P. 19 do voto do Min. AYRES BRITTO na ADI 4357)
Esse debate ocorreu no julgamento conjunto das ADIs 4.357 e 4.425, e também no
julgamento do Tema 810 da Repercussão Geral (Acórdão proferido no julgamento do RE 870.947,
de relatoria do Min. LUIZ FUX), quando se decidiu pela inconstitucionalidade da correção
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monetária por meio dos índices de remuneração (naquele caso a caderneta de poupança) que não
tivessem a capacidade de recompor as perdas inflacionárias, exatamente pela violação ao direito
de propriedade:
A EC 114/2021 definiu uma nova redação para o art. 107-A do ADCT em que se
estabeleceu um limite anual para pagamentos de precatórios, adiando indefinidamente o
pagamento dos requisitórios que superem o valor deste subteto.
Na forma do art. 97, §14, do ADCT, não há horizonte temporal pré-definido para o fim desse modelo,
que perdurará enquanto os estoques de precatórios pendentes de pagamento forem superiores ao
valor dos recursos vinculados à sua satisfação. (...) A previsão de contingenciamento de recursos
orçamentários para o pagamento de precatórios também subverte o amplo acesso à justiça e a plena
efetividade da prestação jurisdicional (CF, art. 5º, XXXV). Com efeito, beira as raias do absurdo
jurídico que a autoridade pública no Brasil, independentemente do número de ilícitos que cometa,
somente responda até certo limite, traduzido em percentuais de receita corrente líquida (...) grotesca
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espécie de imunidade parcial do Estado à ordem jurídica, em franca colisão com a ideia de Estado de
Direito, que clama pela sujeição completa e irrestrita do poder ao império da lei (rule of law).
(ADI 4.357, p. 114 do voto Min. LUIZ FUX)
Não bastasse o longo tempo de tramitação dos processos, a satisfação dos créditos
reconhecidos definitivamente pelo Poder Judiciário pode se arrastar por prazo indeterminado,
fulminando completamente a efetividade da prestação jurisdicional.
Fere a separação dos Poderes ao tratar o adimplemento das dívidas do Estado como
uma mera escolha política dos governantes, e viola a moralidade e a eficiência administrativa ao
permitir que o Estado possa não adimplir com suas dívidas.
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“os modelos de moratória violam, a mais não poder, a duração razoável do processo (CF, art. 5º,
LXXVIII). Permitir que precatórios judiciais sejam saldados em até 15 anos – ou em prazos até
ao admitir a liquidação ‘em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos’ dos
‘precatórios pendentes na data de promulgação’ da emenda, violou o direito adquirido do
beneficiário do precatório, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Atentou ainda contra a
independência do Poder Judiciário afronta ‘a separação dos Poderes’ e ‘os direitos e garantias
individuais’.
(Ementa da MC na ADI 2356, Pleno, DJ 19/05/2011).
Não se pode esquecer que também em relação a este dispositivo a isonomia resta
comprometida, ao privilegiar-se o Estado, possibilitando que, após ser condenado ao pagamento
de valores em sentença judicial, postergue continuamente o prazo para cumprimento de sua
obrigação.
E o subteto de precatórios não poderia ter se pautado no Novo Regime Fiscal – NRF
que tem como marco os gastos públicos do ano-base de 2016, pois as dívidas judiciais dos
precatórios se equiparam à dívida pública mobiliária e esta não está submetida ao NRF. A
equiparação da natureza da dívida judicial e da dívida mobiliária advém da interpretação conforme
a Constituição do art. 107, caput e inciso I, do ADCT.
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Além disso, a aprovação do artigo 107-A do ADCT automaticamente produz um
estoque – até então inexistente – de R$ 44,9 bilhões apenas considerado o previsto no orçamento
para o ano de 2022. Em 2027, essa dívida poderá atingir – em um cenário conservador – a casa dos
R$ 420 bilhões acumulados, quantia impagável pelas gerações futuras2. Esse cenário é ainda mais
grave quando se verifica que a limitação do pagamento não se baseou na falta de recursos, mas na
falaciosa aplicação do NRF, haja vista a existência de saldo de R$ 1.490.921.000.000,00 na conta
única do Tesouro Nacional3. Essa alteração em última análise, interfere até na credibilidade do
próprio país no cenário internacional.
Por fim, mas não menos importante é a violação da dignidade da pessoa humana. A
protelação indefinida do pagamento de dívidas líquidas impõe sacrifícios gravíssimos ao
patrimônio dos credores, os quais, lamentavelmente, sequer terão a oportunidade de usufruir do
crédito que lhes foi outorgado nas ações movidas em face do Poder Público.
2O Instituição Fiscal Independente estimou o acúmulo, em 2026, de cerca de 420 bilhões de precatórios.
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/594276/CI14.pdf.
A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara estimou o acúmulo, em 2026, de cerca de 121 bilhões de
precatórios não pagos. https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/estudos/2021/nota-informativa-pec-23-aprovada-sf_-
versao-final
3
Cf. notícia que a arrecadação pela Fazenda teve o melhor resultado em 27 anos:
https://www.poder360.com.br/economia/arrecadacao-federal-salta-237-em-julho-soma-r-1713-bi-e-bate-recorde/
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cumprimento das ordens judiciais. A isso se soma o risco concreto de que, às vésperas do término
da moratória ora impugnada, outra seja imposta por nova emenda constitucional.
IV.PEDIDO
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Requer igualmente que todas as intimações sejam feitas necessariamente em nome
da advogada JULIANA VIEIRA DOS SANTOS, inscrita na OAB SP sob n. 183.122, sob pena de
nulidade.
Nestes termos,
pede deferimento.
Brasília, 12 de maio de 2022.
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Poder Judiciário
Supremo Tribunal Federal
64
Petição 34799/2022
0
:17 I 7
Processo ADI 7064
:26 AD
Tipo de pedido Amicus curiae
3 - Documentos de identificação
5/2 043
Assinado por:
DANIEL NUNES VIEIRA PINHEIRO DE CASTRO
4 - Documentos de identificação
2/0 9.
Assinado por:
DANIEL NUNES VIEIRA PINHEIRO DE CASTRO
: 1 : 24