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Interessado:
DO RELATÓRIO
DOS FUNDAMENTOS
a. Do problema
b. Da legislação
Analisa-se que as principais normas que regulamentam a gratuidade de justiça
no Brasil são a Constituição Federal de 1988, a Lei nº 1.060/1950, o Código de
Foi depreendido que com a existência do enfoque restritivo, vez que a corrente
doutrinária defende que a concessão do benefício da justiça gratuita não deve implicar
na isenção automática do pagamento das custas e honorários advocatícios na esfera
trabalhista, devendo ser analisado caso a caso a capacidade financeira do beneficiário.
Para essa corrente, a ausência de previsão legal expressa nesse sentido não afasta a
possibilidade de cobrança das despesas processuais dos beneficiários, desde que
observados os limites da capacidade financeira. (BRASIL, 2015)
Nesse sentido, a doutrina aponta que o acesso à justiça gratuita deve ser
assegurado apenas aos que comprovadamente não possuem condições financeiras de
arcar com as despesas do processo. A concessão da gratuidade não pode ser automática,
mas deve ser baseada em critérios objetivos de comprovação de insuficiência de
recursos.
Analisa-se que o jurista José Augusto Rodrigues Pinto (2005), defende que a
cobrança das custas processuais dos beneficiários da justiça gratuita na esfera trabalhista
está em conformidade com a legislação trabalhista e constitucional. Para ele, o art. 790,
§ 3º, da CLT prevê a concessão da justiça gratuita apenas aos que comprovarem
insuficiência de recursos, sendo que a falta de previsão expressa de isenção das custas
não pode ser interpretada como vedação à sua cobrança. (PINTO, 2005, p. 110-111)
Esse enfoque é baseado no entendimento de que a concessão da gratuidade não
pode ser automática, mas deve ser baseada em critérios objetivos de comprovação de
insuficiência de recursos, e que a cobrança de custas e honorários advocatícios dos
beneficiários da justiça gratuita na esfera trabalhista está em conformidade com a
legislação trabalhista e constitucional.
O jurista José Cairo Júnior, em seu livro "Curso de Direito do Trabalho" (2019),
defende que a gratuidade da justiça, assim como qualquer benefício, deve ser concedida
apenas aos que efetivamente preenchem os requisitos legais. Para ele, a exigência de
comprovação de insuficiência de recursos para a concessão da gratuidade visa evitar que
pessoas que não necessitam desse
benefício utilize-o indevidamente. Além disso, Cairo Júnior argumenta que a ausência
de previsão expressa de isenção das custas não pode ser interpretada como vedação à
sua cobrança, e que a concessão do benefício da justiça gratuita não pode ser vista como
um direito absoluto, mas sim como um direito condicionado à comprovação da
insuficiência de recursos. (CAIRO JÚNIOR, 2019, p. 85)
Nesse mesmo sentido, o jurista Adriano Sant'Ana Pedra, (2018), em seu artigo
"A justiça gratuita e a necessidade de comprovação da insuficiência econômica",
argumenta que a concessão da justiça gratuita na esfera trabalhista deve ser analisada
caso a caso, e que a exigência de comprovação da insuficiência de recursos é
fundamental para evitar o uso indevido do benefício. Ele ainda afirma que a cobrança de
custas e honorários advocatícios dos beneficiários da justiça gratuita não impede o
acesso à justiça, desde que seja observado o limite da capacidade financeira de cada um.
(PEDRA, 2018, p. 172)
Em resumo, o enfoque restritivo defende que a concessão da justiça gratuita
deve ser baseada em critérios objetivos de comprovação de insuficiência de recursos, e
que a cobrança de custas e honorários advocatícios dos beneficiários da justiça gratuita
na esfera trabalhista está em conformidade com a legislação trabalhista e constitucional,
desde que observados os limites da capacidade financeira de cada um.
Em análise ao enfoque amplo, outra corrente doutrinária defende que a
cobrança de custas e honorários advocatícios dos beneficiários da justiça gratuita na
esfera trabalhista é inconstitucional, tendo em vista que viola o direito fundamental de
acesso à justiça, garantido pela Constituição Federal.
Segundo essa corrente, a concessão do benefício da justiça gratuita tem por
objetivo garantir o acesso à justiça a todos, independentemente da condição financeira,
sendo incompatível com essa finalidade a cobrança de despesas processuais dos
beneficiários da justiça gratuita. A exigência de
d. Da jurisprudência
DA CONCLUSÃO
É o parecer.
Professores Orientadores
REFERÊNCIAS