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DIREITO PROCESSUAL CIVIL- PROCEDIMENTOS ESPECIAIS E TUTELAS

INIBITÓRIAS

Resposta:

Conforme previsão legislativa do artigo 489 do CPC são elementos


essenciais da sentença, o relatório, fundamento e o dispositivo e devem
conter os nomes das partes e identificação, o relato do pedido e da
contestação, a citação das principais ocorrências havidas no andamento do
processo sendo requisito essencial e indispensável da sentença e sua falta
prejudica a análise do caso concreto, acarretando inclusive sua a nulidade do
processo.
Acontece que no direito processual Brasileiro, traz também previsões
de procedimentos especiais, como por exemplo, o do Juizado Especial Cível
e Criminal e tal procedimento são regidos por lei própria, na Lei nº 9.099/95.
Esse procedimento foi criado com o principal intuito de prestação
jurisdicional de forma mais eficiente e célere, com termino do processo em
menor espaço de tempo possível valorizando a simplicidade e principalmente
para causas de menor complexidade, que são em números maiores e
quantidade em relação aos litígios no Brasil.
Assim dispõe o art. 2 da Lei nº 9.099/1995 assim dispõe:
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade,
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que possível à conciliação ou a transação.

Sendo assim, embora seja de grande relevância e importância à


relatoria nas sentenças, é possível que seja dispensada nos processos que
correm nos Juizados, já que o principal objetivo e trazer celeridade aos
processos, sem, contudo afrontar o importante princípio constitucional do
contraditório e, ampla defesa, nem tampouco tirar a eficácia e justiça das
decisões.
É o que dispõe no art. 38, caput, da Lei 9.099/95.
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz,
com breve resumo dos fatos relevantes ocorrido em audiência,
dispensado o relatório.
Em geral, as decisões nos Juizados tem menos rigor, sem muita
formalidade e precisam ser fácil compreensão pelas partes do processo,
contudo devem ser muito bem fundamentadas, e apenas com um breve
resumo do ocorrido do caso concreto.
Sendo assim, a autora não está correta ao exigir o relatório já que o
próprio CNJ prevê em seu enunciado 162, que não se aplica ao Sistema dos
Juizados Especiais a regra do art. 489 do CPC/2015 diante da expressa
previsão contida no art. 38, caput, da Lei 9.099/95.
REFERÊNCIAS

BRASIL, Código de Processo Civil, 2015, art. 489. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>.
Acesso em: 15 de nov. 2021.

BRASIL, Lei nº 9.099/1995, art, 2, 38. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm>. Acesso em: 15 de nov.
2021.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – CNJ, Enunciado 162. Disponível em:


<https://www.cnj.jus.br/corregedoria-nacional-de-justica/redescobrindo-os-
juizados-especiais/enunciados-fonaje/enunciados-civeis/>. Acesso em: 15 de
nov. 2021.

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