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A prática pedagógica dos povos indígenas visa o que é melhor para o individuo
indígena e para o seu povo, sendo assim cada povo tem sua própria prática pedagógica,
que busca integra quatro elementos básicos, o território, a língua, a economia e o
parentesco. O território e a língua são os mais complexos. O território é à base da
existência de cada povo e a língua é a expressão dessa relação. O sistema de relações
que estabelecem vai caracterizar cada um dos povos indígenas. A forma como passam
os conhecimentos acumulados sobre a vida e sobre o mundo, é a vida pedagógica.
O texto apresenta vários dados sobre a educação indígena, porém esses dados
são do censo de 2005, já estando bastante desatualizados mas vamos lá, são 2.324
escolas indígenas de ensino fundamental e médio atendendo 164 mil estudantes, desses
estudantes temos 63,8% cursam o ensino fundamental, 2,9% cursam o ensino médio.
São 9.100 professores, 88% indígenas. Outro dado da FUNAI (Fundação Nacional do
Índio) estima que mais de 2.000 estudantes indígenas esteja no ensino superior, o texto
faz uma comparação entre os anos de 2002 e 2005, mostrando um aumento no número
de alunos indígenas, em 2002 eram 111.171 em 2005 164.018 isso na educação básica,
no ensino fundamental da primeira até a quarta série eram em 2002 82.918 em 2005
passou para 104.573 um aumento de 26% , da quinta até a oitava série eram em 2002
16.148 em 2005 passou para 24.251, um aumento de 50%.
Para contra por com os dados apresentados no texto, temos os dados do último
censo de 2010 das distribuições de matrículas no ensino médio, mostra que em 2007
foram 14.987, em 2008 foi de 11.466 uma pequena queda, mas já se recuperou em 2009
com 19.021 e em 2010 foi de 27.615, obtendo um crescimento de 45,2%.
Sobre dados da educação indígena no ensino superior são bastante escasso, até o
próprio texto apresenta poucos dados sobre essa etapa da educação, e os que apresentam
como já foi falado acima estão desatualizados, o autor foca mais nas políticas de ações
afirmativas, trazendo uma abordagem muito importante e esclarecedora sobre as cotas.
Segundo Luciano o sistema de cotas tem como propósito de amenizar e de
corrigir, pelo a desigualdade e injustiça das práticas tradicionais de seleção adotadas
pelas universidades brasileiras. São absolutamente desiguais que estudantes indígenas
de aldeias e a população negra, que em sua maioria vivenciaram as péssimas condições
do ensino público, concorram as vagas nas universidades com os filhos da classe média
que sempre estudaram nas melhores escolas privadas e poderão fazer cursos
preparatórios especializados.
9. O Estado deverá equipar as escolas com laboratórios, onde os alunos possam ser
treinados para desempenhar papel esclarecedor junto às comunidades no sentido de
prevenir e cuidar da saúde.
10. As escolas indígenas serão criativas, promovendo o fortalecimento das artes como
formas de expressão de seus povos.
11. É garantido o uso das línguas indígenas e dos processos próprios de aprendizagem
nas escolas indígenas.
13. Nas escolas dos não-índios será corretamente tratada e veiculada a história e a
cultura dos povos indígenas brasileiros, a fim de acabar com os preconceitos e o
racismo.
15. Deve ser garantida uma Coordenação Nacional de educação escolar indígena,
interinstitucional, com a participação paritária de representantes dos professores
indígenas.
Durante muito tempo a educação escolar oferecida aos povos indígenas sempre
teve como objetivo a integração do índio à sociedade nacional, sem respeito às
diferenças culturais e linguísticas. Era uma educação do ponto de vista do colonizador
para os índios, isso que dizer que, a escola servia para o colonizador ensinar ao índio a
ser e a viver como ele. A escola foi um dos principais instrumentos usados durante a
história para descaracterizar e destruir as culturas indígenas, atualmente pode enxergar a
escola como um instrumento na reconstrução e na afirmação das identidades dos mais
diversos povos indígenas.
Referências bibliográficas
LUCIANO, Gersem dos Santos. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os
povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006.