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Data: 07/07/2016
Cultura e Política
O autor inicia o texto falando sobre o interesse por questões políticas por parte
dos indivíduos, é feita uma pesquisa onde uma parcela grande das pessoas entrevistadas
se recusou a responde as questões de política, isso varia de acordo com sexo, grau de
instrução, profissão, idade, residência e etc.
Censo e Censura
Os agentes mais legítimos se sentem mais legitimados a opinar sobre algo desde
que o problema em questão fosse mais legitimo, o que se observa é que os que se
recusaram seriam os “incapazes” consequentemente mais propensos a não responder
outras questões. Os indivíduos não importando se são homem ou mulher, mais instruído
ou menos, são mais propensos a responder questões relacionadas a fatos do cotidiano ou
da vida privada, a moradia, alimentação, educação, sexualidade e etc.
A Opinião Pessoal
Sobre a não resposta por parte dos desprovidos se observa que não respondem a
pergunta de fato, mas sim produzem com seus próprios recursos, ou seja, a partir dos
princípios práticos de seu ethos de classe, quando as questões se situam no intermédio
entre moral e política, se percebe uma contaminação da política pela moral e o deslize
da indignação moral para o integrismo político, em especial, com aqueles, que devido a
sua posição social, estão predispostos a uma percepção moral do mundo social.
Pierre Bourdieu define habitus como “o conjunto dos efeitos das determinações
impostas pelas condições materiais de existência”. Ele é a classe incorporada,
propriedades biológicas e socialmente modeladas, e em todos os casos de deslocamento
intergeracional ou intrageracional, diferencia-se da classe objetivada, as propriedades,
diplomas. O habitus vai relacionar a posição ocupada na sociedade com as tomadas de
posição sobre o mundo social.
O autor expõe que a relação entre classe e opinião políticas está diretamente
ligada aos jornais disponíveis, a relativa independência das opiniões políticas dos
leitores em relação as tomadas de posições política, se da pelo fato de que os jornais
propõe uma informação que não é exclusivamente política, oferece fatos do dia, esporte,
entretenimento e pode ter um interesse independente dos interesses políticos.
A Linguagem Política
A linguagem política não tem o poder de fazer existir arbitrariamente o que ela
designa; a ação da manipulação tende a se circunscrever em certos limites, não só
porque é possível alguém estar em condições de resistir à argumentação sem ser capaz
de argumentar a resistência e, menos ainda, formular explicitamente seus princípios,
mas também porque a linguagem popular dispõe de seus recursos próprios que. Apesar
de não serem os de análise, encontram às vezes, seu equivalente em uma parábola ou
imagem.
Comentário – O que Bourdieu defende ao longo do texto, como a classe social que o
individuo pertence, vai influenciar em sua opinião sobre todas as questões que
envolvem o dia-a-dia e principalmente as questões políticas. E que essa opinião está
ligada a um sentimento de ser alguém que está habilitado a responder e participar.