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FACULDADE LABORO

CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PROJETOS INTEGRADOS DE EXTENSÃO IV
PROFESSORA: MAE SOARES
EQUIPE: ANA MARIA, ESTER EMILLY, JHENNIFER, MARIA GABRIELA, PRISCILA

ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Á VIOLÊNCIA DE COMUNICAÇÃO


VIOLENTA NO AMBIENTE DA FACULDADE
SÃO LUÍS-MA
2023

FACULDADE LABORO
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA:PROJETOS INTEGRADOS DE EXTENSÃO IV
PROFESSORA:MAE SOARES

ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Á VIOLÊNCIA DE COMUNICAÇÃO


VIOLENTA NO AMBIENTE DA FACULDADE

Projeto de intervenção apresentado à disciplina


PROJETOS INTEGRADOS DE EXTENSÃO IV
como complemento de nota para1ª avaliação .
São Luís-MA
2023

1. INTRODUÇÃO

A Teoria das Representações Sociais(TRS) e a Teoria das Minorias


Ativas foram desenvolvidas inicialmente por Serge Moscovici. (MARKOVÁ,
2008). a partir de sua investigação sobre as representações sociais (RS) . A
TRS é uma teoria psicossocial do conhecimento, que inovou em vários
aspectos: por meio de seu objeto de estudo, dos problemas que formula e das
perspectivas que abre (JODELET, 2008).

Moscovici (2011) elaborou sua Teoria das Minorias Ativas com o


objetivo de compreender como aqueles em posição minoritária são capazes de
exercer influência social. Indo na contramão do entendimento da psicologia de
sua época sobre os processos de influência e de mudança social, o autor não
buscou explicar estes fenômenos a partir da incerteza dos indivíduos ou da
discordância. Ao invés disso, ele entendeu o conflito como sendo um elemento
central desse processo. Ele também inovou exatamente por pensar as minorias
como fonte de influência, e não apenas como aqueles que precisam se
conformar com as visões de mundo dominantes.

As normas são "um conjunto de comportamentos e reações que um


grupo social aprova ou desaprova e, por conseguinte, espera que seja
regularmente adotado ou evitado…"(Perez, 1999:626). Conforme afirma
Cárdenas (2010), toda interação entre indivíduos e grupos pressupõe a
existência de representações, sendo que estas representações não são mero
reflexo do mundo social, mas sim construídas ativamente pelos grupos como
afirma Moscovici (2011), as sociedades são heterogêneas, pessoas e grupos
diferentes compartilham mundos diferentes, têm interesses, objetivos e modos
de ação que irão entrar em conflito entre si. Sendo que as desigualdades e a
exclusão social provocam uma série de sofrimentos psíquicos nos sujeitos,
conforme pontua Sawaia (2008).
Carreteiro (2008) identificou as consequências psicossociais da
exclusão, denominando-as de sofrimento psíquico social. Para ela, as pessoas
que têm os seus direitos violados, permanecem à margem das dimensões de
acesso institucionais, como da saúde, educação e trabalho, mantendo posições
sociais fragilizadas e sendo reconhecidos como os desfavorecidos. Esse rótulo
se transfere rapidamente para a subjetividade da inutilidade. Essa sensação de
inutilidade é geradora de sofrimento psíquico, e por ter uma raiz social, deve
ser considerado como sofrimento social. No entanto, esse sofrimento não é
reconhecido no interior das esferas de proteção social, somente são aquelas
etiquetadas como sendo doença no corpo doente.

A psicologia social, a partir da sua vertente social crítica, tem o


compromisso de dar visibilidade às desigualdades sociais, às ideologias que
estigmatizam e oprimem as minorias, e de construir um conhecimento que
possibilite sua articulação com as políticas públicas, levantando as prioridades,
denunciando as violações dos direitos humanos em todos os campos de
atuação do ser humano, citado por Lages et al.,2014.

Se por um lado as doenças físicas afetam o corpo do sujeito, os


preconceitos, o desmerecimento das identidades culturais, afetam as
subjetividades, e esse afetamento pode alcançar o sujeito psíquico provocando
depressão, desmotivação, baixa autoestima. Sawaia (2008) chama a
experiência emocional de quem se vê impedido de expressar-se em todo o seu
potencial humano, por estar condicionado a qualquer tipo de modalidade
processual de exclusão, de sofrimento ético-político. Segundo ela, esse
sofrimento:

é a dor mediada pelas injustiças sociais. É


o sofrimento de estar submetida à fome
e à opressão, e pode não ser sentido
como dor por muitos. (...). Por serem sociais, as
emoções são fenômenos históricos, cujo
conteúdo e qualidade estão sempre em
constituição. Cada momento histórico
prioriza uma ou mais emoções como estratégia de
controle e coerção social. (Sawaia,
2008:102).

2. JUSTIFICATIVA

O Bullyng é um ato que pode agravar problemas de saúde já preexistentes, pois


caso a vítima já possua histórico de fobias, ansiedade, dificuldades em relacionamentos
familiares, já apresenta conflitos de existência, todos esses fatores podem vir a acarretar
índices sérios de transtornos psíquicos ou de comportamento, o que muitas vezes podem
trazer danos irreversíveis, especialmente se ocorrerem na adolescência, que por si só já e
uma fase da vida geralmente mais difícil de lidar.

Diversos sintomas podem surgir advindos do bulling, tais como: quem sofre desse
mal pode apresentar transtorno do pânico, fobia escolar, fobia social, Transtornos de
Ansiedade, depressão, anorexia, bulimia, Transtorno Obsessivo Compulsivo(TOC);
Transtorno do Estresse Pós-Traumático(TEPT) como dor de cabeça, palpitações, alergia,
tonturas, baixo rendimento escolar, tendencia ao isolamento e aversão a pessoas.

Esta pesquisa pretende estudar o fenômeno da violência na sociedade brasileira.


Envolve pensar e conversar sobre preconceito e discriminação vista na sociedade de
diversas formas, entre elas podemos citar: racismo (institucional e sistemático), sexismo,
homofobia e outras formas de violência. Acreditamos que a pesquisa seja importante
porque poderá contribuir para o entendimento sobre o porquê das violências e elencar
formas de enfrentamento a elas. Pensamos que os adolescentes têm muito a dizer sobre
isso, pois a violência pode estar presente nas escolas, nas ruas que você anda e até na
internet.
3. OBJETIVOS

3.1 Geral :

 Estratégias de intervenção á violência de comunicação violenta no


ambiente da faculdade

3.2 Específicos:

 Identificar as expressões de violência verbais e não verbais no interior da faculdade.


 Mobilizar os discentes a reflexão sobre bullying.
 Orientar os mesmo para que tenham mais empatia com o próximo.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa se dará através de em duas etapas: Primeiramente,


constará de uma ampla revisão de literatura a cerca do tema a qual
contribuirá para com a constituição do campo teórico. Seguido de de
atividades de intervenção em horário diurno aplicados à discentes
adolescentes de uma escola pública municipal localizada no bairro da
cidade operária que frequentam ensino fundamental (9º ano) através
de diálogos abertos sobre a temática ou através de rodas de conversas
sobre a temática abordada, e aplicações de dinâmicas de grupo a fim de
identificar os aportes significativos da construção teórica estabelecendo
alternativas para os problemas relacionados ao campo investigado,
sempre se atentando as restrições do campo em que se move a pesquisa
e suas lacunas. aplicado seguido
A referida pesquisa tem caráter exploratório, preliminar, “realizado
com a finalidade de melhor adequar o instrumento de medida à realidade
que se pretende conhecer” (Piovesan, 1995), ou seja, ela pretende
apontar temas que necessitam posteriormente, de maior
problematizações e aprofundamentos para sua compreensão e análises.

5. REFERENCIAL TEÓRICO (EM CONSTRUÇÃO )

A Teoria das Minorias Ativas, surgiu a partir do livro de Moscovici


Psicologia das Minorias Ativas, publicado originalmente em 1961. Essa é uma
teoria da ação, que propõe uma abordagem dialógica da relação entre maiorias
e minorias (MARKOVÁ, 2000). Ela propõe que através de tensões, conflitos,
luta por reconhecimento social e do uso de determinados estilos de
comportamento, maiorias e minorias constroem umas às outras.

As minorias não se definem por sua inferioridade numérica, mas sim por
serem dispositivos simbólicos com objetivos ético-políticos contra-hegemônicos
(HERNANDEZ; FREITAS, 2017).

5.1 CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE MINORIA


A ampliação do uso dos termo minorias para referir-se a sujeitos
ou grupos minoritários, no sentido de grupos excluídos do direito à cidadania
plena, foi tonando cada vez mais visível a insuficiência do critério numérico
para a distinção entre os termos minoria-maioria, posto que as minorias,
muitas vezes, correspondem numericamente à maioria da população, como no
caso das mulheres, dos pretos, pardos e pobres no Brasil, conforme citado por
CALGARO & RAMACCIOTTI, 2021.

...] a luta pela cidadania juntou-se à dos direitos civis


e foi embalada pelos movimentos sociais
que estouravam mundo afora, a partir dos anos 1970.
A ideia de cidadania parecia,então, associar-se ao exercício
pleno num estado de direitos,e ao exercício do convívio
entre iguais e em sociedade, mas também a um exercício
de diferenças entre iguais. É nessa época que surgem
os movimentos de minorias e uma compreensão diferente
da ideia de igualdade, com diversidade.
(Botelho;Schwarcz, 2012, p 10).

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO OU PLANO DE AÇÃO

(EM CONSTRUÇÃO)

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Carreteiro, T. C.(2008). A doença como Projeto – Uma contribuição à


análise de formas de afiliações e desafiliações sociais. In: SAWAIA, B.
Organizadora. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da
desigualdade social. Coleção Psicologia Social. 8a Edição. Editora Vozes Ltda.
Petrópolis, RJ, p.85-95.

Lages, S. R. C. . Saúde da População Negra - a religiosidade afro-brasileira e a


Saúde Pública. In: Psicologia Argumento, v. 30, p. 15, 2012 .

Perez, Juan (1999). Normes Sociales. Grand Dictionnaire de la


Psychologie (pp. 626-627). Paris: Larousse.

Piovesan, A. et al. (1995). Pesquisa exploratória: procedimento


metodológico para estudo de fatores humanos no campo da saúde
pública. In: Revista de Saúde Pública, vol.29, n.4, São Paulo.

Sawaia, B.. (2008). O sofrimento ético-político como categoria de


análise da dialética exclusão/inclusão. In: SAWAIA. B. (Organizadora). As
artimanhas da exclusão:Análise psicossocial e ética da desigualdade social.
Coleção Psicologia Social. 8a Edição. Editora Vozes Ltda. Petrópolis, RJ, p.97-
118.
(EM CONSTRUÇÃO)

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