BOURDIEU , Pierre. Compreender . A miséria do mundo. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1997 p.693-713
Autor : Erik e Cristina
Pierre Bourdieu nasceu em Denguin, 1 de agosto de 1930,Paris, morreu
23 de janeiro de 2002) foi um importante sociólogo francês., ingressa em 1951 na Faculdade de Letras, em Paris, na Escola Normal Superior e em 1954 gradua-se em Filosofia, assumindo a função de professor em Moulins em 1958 assume o cargo de professor assistente na Faculdade de Letras em Argel, quando inicia sua pesquisa acerca da sociedade cabila. Desenvolve ao longo das décadas de 1960 a 1980 farta obra, contribuindo significativamente para a formação do pensamento sociológico do século XX. Em seu texto compreender trata em um primeiro momento de questões epistemológicas em torno do conhecimento, de fato trata-se de um texto que discute e a reflexão da metodologia da pesquisa cientifica. “Epistemologia ou teoria do conhecimento (do grego episteme, ciência, conhecimento; logos, discurso) é um ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados com a crença e o conhecimento”, mas Bourdieu, nos leva a pensar e refletir além do campo filosófico e a pensar e fazer,nos mostra as diversas possibilidades de se pensar a sociedade. De forma prática o texto traz dentro dessa linha de conhecimento e metodológica científica a relação pesquisador e pesquisado, efeitos e resultados sobre o mesmo e controle de possíveis distorções e que prefiro chamar de variáveis, e que portanto em relações sociais diversas, essas distorções não reconhecidas e controladas, sem os devidos conhecimentos e controle sobre os mesmos pode ter sua pesquisa comprometida, e estabelece 2
que a reflexividade como é uma das aplicações práticas juntamente com o
conjunto de conhecimentos adquiridos mas que não são suficientes no controle das variáveis sem um olhar sociológico no contexto em que esta inserido, que lhe permite refletir sobre os próprios efeitos da pesquisa tendo em vista as variáveis, tais distorções. O autor ressalta um fator importante no sucesso de uma pesquisa, que é o da comunicação que aliás concordo, sem uma boa comunicação pode levar tudo a perder.e que o pesquisador tem que ter em mente os efeitos de uma pergunta mal elaborada, atentando que as condições são mais desfavoráveis, no sentido dele se colocar em uma situação em que se introduz em um lugar sem qualidade para tal, é portanto, já uma condição um tanto arbitrária, mas jamais inconveniente. O reconhecimento desses efeitos e controle dessas variáveis em relação a comunicação pode ser entendido como uma comunicação não violenta, caso contrario é um pré-requisito ao fator de violência simbólica, é como Bourdieu se refere a todo um conjunto de fatores, “Forma de coação que se apóia no reconhecimento de uma imposição determinada, seja esta econômica, social ou simbólica. A violência simbólica se funda na fabricação contínua de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se posicionar no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante.” A violência pode ser classificada pelo tipo de manifestação como sendo física, sexual, psicológica e simbólica. Todavia ha uma série de fatores que norteiam e são determinates em uma pesquisa cientifica e dentro da comunicação é importante que há estabeleça de forma agradável e interagindo com pesquizado, pode ser entendido como uma linguagem leve e compreensivel para que se amenizem os efeitos da “violencia simbólica” o mais importante que simplesmente extrair suas respostas é interagir com os elementos e individuos e ambiente. Relaçao mimetica, Bourdieu faz a seguinte analogia ao pesquizador, vejamos mimetismo, “propriedade que tem certas especies vivas de confundir- se pela forma ou pela cor com o meio ambiente, ou com individous de qualquer 3
outra especie”, ou seja, simplesmente imitar alguem o pesquizador tem que
desmpenhar papéis. Bourdie, chama atenção pra todos esses detalhes , pois, o intuito é extrair de forma espontânea e natural as sua respostas, para um fim científico para que não ocorra certa aquiescência e sejam tão complacentes, pois esse não é o objetivo e que por melhor que seja o pesquisador e o quão empenhado e dedicado seja o pesquisador, nem sempre será possível desempenhar papéis, pois, muitas vezes o pesquisador vai se deparar em condições de não poder desenvolve-la, exemplo: quando a entrevista se da com um desempregado ou seja, só o fato de estar desempregado gera uma situação desconfortável, nessa linha de raciocínio Bourdieu propõe que o pesquisador o interrogue através de outro que reúna as mesmas condições. O autor refere-se a postura ética do pesquisador que paradoxalmente use dos diverso recursos para dominar e neutralizar as dissimetrias sociais sem ao mesmo tempo ser também indiferente a situação, “o sociólogo pode obter do pesquisado mais distanciado de si socialmente que ela se sinta legitimado a ser o que ele é se ele sabe se manifestar, pelo e especialmente pelo conteúdo de suas perguntas, as quais sem fingir anular a distancia social que os separa....” Esta obra foi de fundamental importância na compreenção dos métodos aplicados que visem uma melhor compreençao nos estudos e pesquisas cientificas de outros povos e comunidades, que com certeza no ramo do serviço social, nós futuros profissionais iremos nos deparar com as diversas situações e que de forma bem expostas foram bem colocadas pela obra de bourdieu. Levando-nos a compreençao dos diversos fatores em que norteia o a relação pesquisador e pesquisado e nos leva a refletir sobre as tais violência simbólica, e como devemos atenuar tais variáveis e dominá-las assim como a comunicação e a linguagem que adotamos e observar como e recebida pelo interlocutor, não somente limitando-se a comunicação e sim interagindo com os mesmos, e que apesar de toda pesquisa ter o caráter cientifico e não nos pautarmos somente em todos esses conhecimentos adquiridos e sim ter a 4
sensibilidade acusada em relação ao pesquisado e não se portar indiferentes
as dissimetrias sociais e culturais respeitando a pluralidade e a diversidade de culturas.