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VALOR: 50
Aluno: NOTA: _____
Disciplina
: HISTÓRIA Professor(a): DERMEVAL MARINS
Como chefe de um império que estendia da Dinamarca ao Adriático, Carlos Magno armazenou
tesouros – joias, camafeus, marfins, sedas preciosas – provenientes de todo o mundo conhecido. Mas o que
nos legou de importante foram os livros, não só os textos, mas as ilustrações e as encadernações. Quanto a
estas duas últimas, já havia uma longa tradição artística, e as obras de arte produzidas sob a influência do
renascimento carolíngio são obras-primas. Nunca houve livros tão maravilhosos quanto os feitos para a
biblioteca da corte ou para serem enviados de presente por toda a Europa Ocidental. Muitas das ilustrações
são calcadas em modelos bizantinos ou do fim da antiguidade cujos originais se perderam. Como os textos
da literatura romana, tornaram-se conhecidos por nós através das imitações carolíngias [...]. Naquela época,
os livros eram tão preciosos que recebiam as mais ricas e mais trabalhadas encadernações. Muitas consistem
numa placa de marfim com a borda incrustada de ouro e pedras preciosas. Algumas sobreviveram intactas,
sobretudo o marfim, já que o ouro e as pedras preciosas foram roubados.
CLARK, Kenneth. Civilização. São Paulo/Brasília: Martins Fontes/Editora da Universidade de Brasília,
1980. p. 44.
Para compreender a origem do conceito de Idade Média, sugerimos a leitura do texto seguinte, do filósofo
medievalista Carlos Arthur Nascimento.
Um pedagogo alemão chamado Christoph Keller, em latim Cellarius (1638--1707), consagrou a divisão da
história ocidental em Antiga, Medieval e Moderna. Consagrou também a ideia que se generalizou sobre o
período medieval. Keller escreveu três manuais: um de História Antiga (1685), um de História da Idade
Média (1688) e um de História Nova (1696). Idade Média, segundo Keller, estende-se da época do
imperador Constantino (324) até a tomada de Constantinopla pelos turcos (1453). Se, em vez da primeira
data, adotarmos a da tomada de Roma pelo chefe germânico Odoacro, em 476, teremos a periodização
corrente nas escolas. Keller propôs também a ideia de que o período intermediário entre a Antiguidade e a
Época Moderna nada produziu de importante. Foi um período não só estéril, mas de retrocesso: “a Idade das
Trevas”.
NASCIMENTO, Carlos Arthur. O que é filosofia medieval. São Paulo: Brasiliense, 1992. p. 8-9.
3. Qual é o assunto do texto?
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