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Carolina Nicolodi Dias

Rosane Teresinha Fontana

EDUCAÇÃO SEXUAL

Santo Ângelo – Brasil


EdiURI
2020
Copyright © EdiURI

Diagramação: Fábio César Junges


Capa: Gabriela Bastos Fogliarini
Imagens da capa: Gabriela Bastos Fogliarini
Revisão: Os autores
CATALOGAÇÃO NA FONTE
D541e Dias, Carolina Nicolodi
Educação sexual / Carolina Nicolodi Dias, Rosane
Teresinha Fontana. – Santo Ângelo: EdiURI, 2020.
60 p. : il.

ISBN 978-65-87121-00-0

1. Educação sexual. 2. Sexualidade. 3. Formação de


professores. I. Fontana, Rosane Teresinha II. Título.

CDU: 613.88-053.5
Responsável pela catalogação: Fernanda Ribeiro Paz - CRB 10/ 1720

Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da EdiURI.


Rua Universidade das Missões, 464 - CEP 98.802-470 - Santo Ângelo - RS
www.santoangelo.uri.br
2020
EdiURI - Editora da URI - Campus de Santo Ângelo

Comitê Executivo

Berenice Beatriz Rossner Wbatuba - URI, Santo Ângelo, RS, Brasil


Fábio César Junges - URI, Santo Ângelo, RS, Brasil
Neusa Maria John Scheid - URI, Santo Ângelo, RS, Brasil

Conselho Editorial
Antonio Vanderlei dos Santos - URI, Santo Ângelo, Brasil Neusa Maria John Scheid - URI, Santo Ângelo, Brasil
Carlos Oberdan Rolim - URI, Santo Ângelo, Brasil Rosane Maria Seibert - URI, Santo Ângelo, Brasil
Fábio Kieckow - URI, Santo Ângelo, Brasil Rozelaine de Fátima Franzin - URI, Santo Ângelo, Brasil
Francisco Carlos P. Rodrigues - URI, Santo Ângelo, Brasil Tiago Bittencourt - URI, Santo Ângelo, Brasil
João Carlos Krause - URI, Santo Ângelo, Brasil Vera Regina Medeiros Andrade - URI, Santo Ângelo, Brasil
Marcelo Paulo Stracke - URI, Santo Ângelo, Brasil Vilmar Antonio Boff - URI, Santo Ângelo, Brasil
Nelson Knak Neto - URI, Santo Ângelo, Brasil Vitor Cauduro Girardello - URI, Santo Ângelo, Brasil

Este livro foi avaliado e aprovado por pareceristas ad hoc.


SIGLAS

Flacso - Faculdade Latino Americana de Ciências


HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana
HPV - Vírus do Papiloma Humano
IST - Infecção Sexualmente Transmissível
LGBT - Lésbica, gay, bissexual e travesti
ONU - Organização das Nações Unidas
PCDT - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
PEP - Profilaxia Pós-exposição
SUS - Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO

Apresentação...................................................................................................................................................... 11
Saúde e educação: uma construção coletiva........................................................................................................ 13
Sexualidade do adolescente................................................................................................................................. 14
Dados epidemiológicos relevantes relacionados ao tema “Sexualidade”............................................................... 15
Por que Educar para a sexualidade saudável?....................................................................................................... 16
Planejamento familiar........................................................................................................................................ 18
Métodos contraceptivos ..................................................................................................................................... 18
Aborto................................................................................................................................................................ 27
Gravidez na Adolescência................................................................................................................................... 28
Indicação de Leitura........................................................................................................................................... 28
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)...................................................................................................... 30
HIV/ Aids.......................................................................................................................................................... 32
Sífilis.................................................................................................................................................................. 36
Gonorréia e Clamídia......................................................................................................................................... 37
Herpes genital.................................................................................................................................................... 39
Manifestações clínicas......................................................................................................................................... 39
Hepatites virais................................................................................................................................................... 40
Diversidade sexual.............................................................................................................................................. 44
Conceitos relacionados a diversidade sexual........................................................................................................ 45
A escola não é um espaço de neutralidade .......................................................................................................... 49
Violência sexual contra jovens e adolescentes...................................................................................................... 51
Sugestões para trabalhar a temática sexualidade ................................................................................................. 54
Referências......................................................................................................................................................... 56
APRESENTAÇÃO

Professoras e professores:
Este material sobre Educação Sexual foi elaborado no Programa de Mestrado em Ensino Científico
e Tecnológico da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus Santo Ângelo/
RS, para servir de apoio na abordagem da educação sexual na escola, e está ancorado na literatura científica.
A educação em sexualidade é ampla e deve envolver temas que tenham a finalidade de promover
“saúde e bem-estar, respeito pelos direitos humanos e equidade de gênero, e o empoderamento de crianças
e jovens para que levem uma vida saudável, segura e produtiva” (UNESCO, 2018).
Educação Sexual
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Saúde e educação: uma construção coletiva

Saúde não está relacionada somente a ausência de doenças. Vários são os fatores que influenciam na
qualidade e na situação de saúde de um indivíduo, destacando-se aqui a importância da relação da saúde
e da educação. Educar para a vivência da sexualidade promove a formação de indivíduos capazes de tomar
decisões responsáveis, respeitosas para consigo e para com o outro.
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Sexualidade do adolescente Indicação de leitura

Uma visão moderna da sexualidade pode ser vista


como uma dimensão central do ser humano, que
relaciona sua compreensão e interação com o
corpo; apego emocional e amoroso; sexo; gênero;
identidade de gênero; orientação sexual; intimidade;
Fonte: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000183281
sensações relacionadas ao prazer e a reprodução.
A complexidade da sexualidade se faz por incluir Anotações
questões biológicas, sociais, psicológicas, religiosas,
políticas, históricas, legais, éticas, culturais e de ____________________________________
poder. A sexualidade está presente ao longo da vida, ____________________________________
manifestando-se de diferentes maneiras e interagindo ____________________________________
com os aspectos físicos, emocionais e de maturação ____________________________________
cognitiva (UNESCO, 2018). ____________________________________
____________________________________
Educação Sexual
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Dados epidemiológicos relevantes relacionados ao tema “Sexualidade”

- 42% da população mundial possui menos de 25 anos. - Na População Brasileira de 15 a 64 anos, identificou-se
Destes, 1,2 bilhão são adolescentes entre 10 a 19 anos; que um quarto da população iniciou a atividade sexual
- 2,5 milhões de meninas entre 15 e 19 anos em países antes dos 15 anos e outros 35%, entre 15-19 anos;
em desenvolvimento fazem abortos, em sua maioria em - 18% das jovens brasileiras grávidas abandonam a escola;
condições inseguras; - Um em cada cinco bebês que nascem no Brasil é filho de
- 20 mil meninas com menos de 18 anos engravidam. mãe adolescente;
Dessas, 200 morrem por complicações da gravidez ou do - A taxa de infecção por HIV triplicou entre os jovens de
parto; 15 a 19 anos, de 2007 a 2019;
- Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas adquirem uma - As notificações de casos de sífilis adquirida de indivíduos
Infecção Sexualmente Transmissível todos os dias; nas faixas de 13 a 19 anos e 20 a 29 anos vêm apresentando
- Estima-se que 530 milhões de pessoas estejam infectadas tendência de aumento desde 2010. Entre 2010 e 2019, a
com Herpes Genital e 290 milhões com Vírus da proporção na faixa etária de 13 a 19 anos foi de 10,3% e na
Imunodeficiência Humana (HIV); faixa etária de 20 a 29 anos foi de 33,6% no total de casos
- A infecção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV) é em todas as faixas etárias.
causador de 530 mil casos de câncer de colo de útero e há
275 mil casos de morte por essa doença, anualmente.
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Por que Educar para a sexualidade saudável?

Uma educação em sexualidade efetiva pode transmitir aos jovens informações adequadas para a idade,
culturalmente relevantes e cientificamente corretas. Ela inclui oportunidades estruturadas para que jovens
explorem suas atitudes e valores, e pratiquem a tomada de decisões e outras habilidades de vida de que necessitarão
para serem capazes de fazer escolhas informadas em sua vida sexual (UNESCO, 2010).

- A educação para a sexualidade: Impactos da Educação em Sexualidade (UNESCO,


- Inclui uma visão positiva para relacionamentos 2018):
baseados no respeito e igualdade; - Iniciação tardia das relações sexuais;
- Promove a oportunidade de uma discussão ampliada - Diminuição da frequência das relações e do número
sobre questões de vulnerabilidade, desigualdades de de parceiros sexuais;
gênero e poder, fatores socioeconômicos, étnicos e - Maior uso de preservativos;
culturais; - Aumento do uso de contraceptivos.
- Reduz a gravidez na adolescência, e com isso reduz a
desistência a escola ou a descontinuidade da educação.
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PLANEJAMENTO REPRODUTIVO

O planejamento reprodutivo permite que as pessoas


atinjam o número desejado de filhos e determinem
o espaçamento entre as gravidezes. Constitui-se
portanto, direito a saúde sexual e reprodutiva dos
cidadãos.
Os direitos reprodutivos dos indivíduos são garantidos
pela Lei Federal nº 9.263 de 12/01/1996, que
regulamenta o planejamento familiar e que descreve:
[...]entende-se planejamento familiar como o
conjunto de ações de regulação da fecundidade que
garanta direitos iguais de constituição, limitação ou
aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo
casal. (BRASIL, 1996).
Atividades educativas devem ser potencializadas, para
que os sujeitos possam viver sua sexualidade de forma
plena e o planejamento reprodutivo seja realizado
por homens e mulheres de forma consciente, livre, Indicação de Leitura
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico de assistência
informada e sem preconceitos. em planejamento familiar. 4. ed. Brasil, 2002.
Educação Sexual
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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Os métodos contraceptivos podem ser reversíveis como os anticoncepcionais orais e injetáveis, preservativo
feminino e masculino, DIU (dispositivo intra uterino); irreversíveis como a laqueadura tubária e a vasectomia e
métodos naturais como tabelinha, muco cervical e curva de temperatura.

Métodos Reversíveis

Anticoncepcionais orais e injetáveis Anotações


São medicamentos que contém hormônios sintéticos
semelhantes aos produzidos pelos ovários na mulher ____________________________________
com a função de inibir a ovulação. Suas dosagens são
variadas e deve ser indicado por um profissional da
____________________________________
saúde. ____________________________________
Além da escolha adequada do medicamento que é ____________________________________
variável para cada mulher, é importante também ____________________________________
observar a correta utilização. ____________________________________
Também salienta-se que os anticoncepcionais orais ____________________________________
e injetáveis não previnem das infecções sexualmente
____________________________________
transmissíveis, por isso importância da prevenção
combinada com preservativos. ____________________________________
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Dispositivo intrauterino (DIU)


Plástico flexível que é inserido na cavidade uterina.
Pode conter hormônios ou cobre. É um dos métodos
contraceptivos mais utilizado no mundo, porém
ainda pouco utilizado no país. O tempo de validade
após inserido varia de acordo com o fabricante, mas
em média dura 10 anos, porém pode ser retirado a
Fonte: Febrasgo, 2020.
qualquer momento que a mulher desejar retomar a
fertilidade.
Como funciona o mecanismo de ação do DIU de DIU de Cobre
cobre:
- provoca mudanças fisiológicas e bioquímicas no
endométrio, provocando uma ação inflamatória e
citotóxica com efeito espermicida.
- também provoca alteração no muco cervical,
tornando-o mais espesso, e interfere na motilidade e
qualidade espermática.
A inserção do DIU é realizada pelo SUS
gratuitamente.
Educação Sexual
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Preservativos
Cuidados com os preservativos
- É uma das formas de prevenção mais fáceis e eficazes da
gestação e das IST. - Armazenar longe do calor;
- Devem ser colocados antes de começar o contato sexual - Observar o prazo de validade;
(oral, vaginal e anal).
- A embalagem nunca deve ser aberta com a boca.
- Não utilizar o preservativo se a embalagem estiver
danificada;
Preservativo feminino
- Utilizar somente lubrificantes a base de água.

Anotações

____________________________________
Preservativo masculino ____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
Nunca usar duas camisinhas ao mesmo tempo.
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Fonte: Ministério da Saúde. Álbum Seriado/ IST, 2016.


Educação Sexual

Fonte: Ministério da Saúde. Álbum Seriado/ IST, 2016.


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Métodos Naturais Anotações

Técnicas utilizadas para evitar a gravidez, através _______________________________________


da observação de sinais e sintomas que ocorrem no _______________________________________
organismo feminino. _______________________________________
Tabelinha: baseia-se na duração do ciclo menstrual, _______________________________________
considerando a ovulação em 11º e 16º dia antes do
_______________________________________
início da menstruação. Para utilização deste método
a mulher deve observar e anotar seu ciclo menstrual _______________________________________
por pelo menos 6 a 12 meses. _______________________________________
Curva de temperatura/ temperatura basal: A _______________________________________
temperatura do corpo se altera ao longo do ciclo
menstrual. Ocorre uma elevação da temperatura Sugestão de leitura
após a ovulação que permanece nesse nível até a
próxima menstruação. O método permite, por
meio da mensuração diária da temperatura basal, a
determinação da fase infértil pós-ovulatória.
Muco cervical: é uma secreção produzida no colo do
útero que se altera pela ação hormonal que apresenta
alterações ao longo ciclo menstrual. O muco cervical,
no início do ciclo, é espesso, grumoso, dificultando
a ascensão dos espermatozóides pelo canal cervical.
Educação Sexual
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Menstruação: ocorre pela descamação do


Ciclo Menstrual endométrio (parede interna do útero), quando não
ocorre a gravidez. Essa descamação é mensal. O
Para evitar a gravidez através dos métodos naturais é corpo feminino se prepara todo o mês para uma
importante que a mulher conheça seu ciclo menstrual. possível gestação, quando esta não ocorre temos a
menstruação.
O ciclo menstrual tipicamente é de 28 dias, podendo
variar entre os 21 dias e os 35 dias. O primeiro dia da Anotações
menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo
menstrual. As alterações no ciclo menstrual ocorrem ____________________________________
pela ação dos hormônios e são uma preparação
fisiológica mensal do corpo feminino para a gestação. ____________________________________
Ciclo menstrual divide-se em 3 fases: ____________________________________
____________________________________
Fase menstrual: inicia no primeiro dia de
menstruação (varia de mulher para mulher, podendo ____________________________________
levar de 3 a 7 dias). ____________________________________
Fase folicular ou proliferativa: quando óvulo se ____________________________________
prepara para sair ovário e ser fecundado. Fase onde
mulher estará fértil. Aumento dos níveis hormonais.
____________________________________
____________________________________
Fase lútea ou secretória: quando ocorre redução dos
níveis hormonais e o corpo da mulher se prepara para ____________________________________
uma nova menstruação. ____________________________________
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Métodos Irreversíveis
São métodos realizados através de procedimento Anticoncepção de Emergência / Pílula do dia seguinte
cirúrgico onde é realizada a esterilização. Este
procedimento não confere proteção contra as ISTs. São pílulas contendo estrogênio e progesterona ou
somente progesterona que devem ser utilizadas após
Laqueadura Tubária uma relação sexual desprotegida com finalidade de
evitar a gravidez,
Método de esterilização feminina, que consiste na
oclusão das trompas de Falópio (ou tubas uterinas) Deve ser utilizada somente em casos de emergência e
com a finalidade de interromper sua permeabilidade, não de forma regular;
para que os espermatozóides não migrem para
encontrar o óvulo, impedindo a fertilização. Este método está disponível na Atenção Básica de
saúde e nos serviços de urgência e emergência;
Vasectomia
O uso repetitivo e frequente da anticoncepção de
Procedimento cirúrgico simples, de pequeno emergência compromete sua eficácia;
porte, seguro e rápido; pode ser realizado em nível
ambulatorial. Consiste na ligadura dos ductos Este medicamento deve ser indicado o mais
deferentes, o que faz com que seja interrompido o precocemente possível da exposição sexual
fluxo de espermatozóides em direção à prostata e desprotegida, preferencialmente até 12h após
vesiculas seminais para a constituição do líquido exposição.
seminal.
Indicação de leitura
Cadernos de Atenção Básica nº 26, Saúde sexual e reprodutiva. Álbum Seriado das IST. Material de apoio
para profissionais da saúde. Ministério da Saúde. 2016
Educação Sexual
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ABORTO Aborto Legal

O aborto inseguro é uma das O aborto legal pode ser realizado até as 20 semanas de
principais causa de morbidade gestação, mas preferencialmente até as 12 semanas.
e mortalidade materna (ONU, Casos em que o Aborto é permitido em Lei:
2014).
- Violência Sexual

Aborto é conceituado como a expulsão - Risco de Vida para Mulher


espontânea ou provocada do feto pesando - Feto anencéfalo
menos de 500g ou até a vigésima semana
de gestação. Nos casos acima deve-se procurar a unidade de saúde
mais próxima para encaminhamento ao serviço de
Informações legais sobre o tema: referência.

- Código Civil arts. 3º, 4º 5º, 1631, 1690,


Indicação de Leitura
1728 e 1767.
Norma Técnica.
- Portaria 1.508 de 1 setembro de 2005.
Atenção Humanizada
Dispõe sobre o Procedimento para
ao Abortamento. Brasil,
interrupção da gravidez em casos previstos
2005.
em Lei, no SUS.
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Gravidez na Adolescência
A gravidez na adolescência se configura num De cada 5 mães adolescentes, 3 não trabalham nem
importante problema de saúde pública. Modifica-se estudam; 7 em cada 10 são afrodescendentes.
conforme as diversidades econômicas e sociais das
adolescentes. Independente das condições refletem na Fatores como raça. gênero e local onde moram são
saúde sexual e reprodutiva dessas jovens e promovem determinantes para aumento da vulnerabilidade.
exclusão, evasão escolar e vulnerabilidades à esta (ONU, 2017).
população.

Indicação de Leitura

Link: https://nacoesunidas.org/brasil-tem-setima-maior-taxa-de-gravidez-adolescente-da-america-
-do-sul/

Link: https://nacoesunidas.org/fundo-de-populacao-da-onu-defende-educacao-sexual-para-evitar-
-gravidez-na-adolescencia/
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Infecções Sexualmente Transmissíveis


(ISTs)
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), essa
ISTs são causadas por mais de 30 agentes etiológicos
nomenclatura recentemente foi substituída por
(vírus, bactérias, fungos e protozoários), sendo
“Infecção Sexualmente Transmissível’ (IST)”, visto
a forma de transmissão por contato sexual (oral,
que a letra “D” advém de doenças, nas quais estão
vaginal e anal). Eventualmente a contaminação pode
presentes sinais e sintomas visíveis no organismo
ser sanguínea;
dos indivíduos e, as infecções, podem ter períodos
A transmissão de uma IST também pode ocorrer sintomáticos, ou se manterem assintomáticos durante
da mãe para o filho durante a gestação, parto ou a toda a vida ou somente serem detectadas através de
amamentação; exames laboratoriais (BRASIL, 2016).

As infecções apresentam como principais


manifestações as úlceras genitais, corrimento uretral,
corrimento vaginal e verrugas ano genitais.
Algumas infecções possuem altas
taxas de prevalência e incidência,
apresentam complicações mais graves
em mulheres e facilitam a transmissão
do HIV (BRASIL, 2018).
Educação Sexual

Fonte: Ministério da Saúde. Album Seriado/ IST. 2016.


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HIV/ aids O HIV não pode ser transmitido por:


HIV (vírus da Imunodeficiência humana) - vírus - suor - toalhas
causador da aids. - saliva - talheres
Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) - - beijo - copos
quando pessoa desenvolve a doença, ocasionada pelo - abraço - banco de ônibus
HIV. - banhos de piscina - picada de insetos
Transmissão HIV:
- relações sexuais (oral, anal, vaginal) sem uso de Sinais e sintomas:
preservativo
- mãe infectada para filho durante a gestação, parto Os sinais e sintomas são inespecíficos no início
ou amamentação da infecção e podem ser confundidos com outras
infecções por vírus (febre, dor de cabeça, diarréia,
- objetos perfurocortantes, agulhas e seringas com náuseas, vômitos, perda de peso, ínguas pelo corpo).
sangue infectado pelo HIV
Fase assintomática: pode durar anos, sem sinais e
sintomas.
Podem aparecer doenças oportunistas tais como
tuberculose, pneumonias, cânceres, entre outras.

O uso de preservativo é a forma mais segura de prevenir as ISTs.


Educação Sexual
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Diagnóstico Profilaxia Pós- Exposição (PEP)


Está disponível na rede pública de saúde (na unidade Forma de prevenção do HIV/aids, mas não substitui
básica perto de sua residência); outro método;
O teste rápido de HIV fornece o resultado em 15 min A PEP consiste na utilização de medicamentos
e é um exame confiável e seguro. antirretrovirais por pessoa que se expôs ao vírus do
HIV;
Tratamento A indicação da PEP é uma urgência médica e quando
existe a exposição deve ser iniciada nas primeiras duas
Indicado para todas as pessoas que têm HIV/aids; horas após a exposição e no máximo até 72 horas.
É disponibilizado gratuitamente pelo SUS; A duração de uso da PEP é de 28 dias e deve ser
acompanhada por equipe de saúde.
O tratamento precoce e a adesão aos medicamentos
reduzem as complicações pela infecção e o risco de
adoecimento e morte.
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Indicação de leitura

Anotações

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Educação Sexual
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Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/
album-seriado-das-infeccoes-sexualmente-
transmissiveis-ist

Fonte: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/
campanhas/2016/58798/cartaz_album_seriado_final.pdf
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Sífilis Sífilis congênita: quando a gestante transmite


a doença para o feto por via transplacentária.
É uma infecção bacteriana, causada pelo Treponema Suas complicações são aborto espontâneo, parto
pallidum, curável e acomete exclusivamente o ser humano. prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira,
Suas manifestações clínicas variam com a evolução dos deficiência mental e/ou morte ao nascer.
estágios da doença devido à ausência de tratamento.
SÍFILIS TEM CURA!!!!
Sífilis Primária: aparece após 21 dias da infecção e
caracteriza-se pela presença do cancro (lesão indolor, Seu tratamento é realizado com
única, com base endurecida). antibiótico
Sífilis Secundária: após seis semanas do aparecimento da
sífilis primária. Caracteriza-se pela presença de manchas no
corpo principalmente nas palmas das mãos e planta dos
pés.
Sífilis latente: fase assintomática. Tem duração variável.
Dividida em latente recente (menos de um ano da infecção)
e latente tardia (mais de um ano da infecção).
Sífilis terciária: pode surgir de 2 a 40 anos após a
infecção. Os sinais e sintomas são lesões cutâneas, ósseas,
cardiovasculares e neurológicas, que se não tratadas podem
levar a morte.
Saiba mais em: sifilisnao.com.br
Educação Sexual
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Gonorréia e Clamídia A maioria das mulheres não apresenta sinais e


sintomas.
Bactérias que acometem o trato urogenital, causam
O tratamento é realizado com antibióticos.
corrimento uretral ou vaginal. Nas mulheres podem
causar doença inflamatória pélvica.
Sinais e sintomas: O recém-nascido pode ser contaminado durante o parto
- corrimento amarelado ou translúcido vaginal e a criança pode nascer com conjuntivite (pode
levar a criança a cegueira) se não prevenida ou tratada
- ardência e dor ao urinar adequadamente.
- dor pélvica
- sangramento intermenstrual
- sangramento durante a relação sexual

Fonte: Ministério da Saúde.


Album Seriado/ IST. 2016.
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HPV - papilomavírus humano Exame citopatológico/ Papanicolau


A infecção pelo HPV é a IST mais frequente no Alguns tipos de HPV podem causar câncer,
mundo. principalmente, no colo do útero e no ânus. Por
isso mulheres devem realizar o exame preventivo de
As verrugas não dolorosas aparecem nos órgãos câncer de colo uterino.
genitais e também podem aparecer na boca e na
garganta. A periodicidade desse exame depende de critérios
clínicos, que serão avaliados por um profissional da
O vírus pode ficar latente no corpo e os sinais e saúde.
sintomas podem aparecer alguns dias após o contágio
ou levar anos.
A transmissão ocorre pela via sexual, mesmo em Vacinação do HPV
relações sem penetração (contato oral-genital e
genital-genital). A vacina é quadrivalente, para os tipos de HPV 6,
O risco de transmissão é maior quando as verrugas 11, 16 e 18.
são visíveis. É indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de
11 a 14 anos, em duas doses, com intervalo mínimo
Indicação de Leitura de seis meses entre as doses (BRASIL, 2018).
Taxa de Vacinação Contra o Papiloma Humano nas
Diferentes Regiões no Brasil. https://revistas.unibh.br/
dcbas/article/view/2324
Educação Sexual
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HERPES GENITAL Manifestações clínicas


É causado por um vírus, pode se manifestar em Vesículas dolorosas na região genital, pode apresentar
qualquer parte do corpo, sendo as mais comuns nas febre, mal-estar, mialgia, disúria, retenção urinária,
regiões labiais e anogenitais. ínguas, ardência, vermelhidão.
Apresenta-se de forma crônica e recorrente.
As feridas podem durar de duas a três semanas e
Sua característica principal é a capacidade de latência desaparecer, mesmo sem tratamento, mas a pessoa
no tecido nervoso. continua infectada.
Estima-se que 13 a 37% das pessoas sejam infectadas
pelo vírus da herpes, sendo que uma proporção Durante o parto, se a gestante tiver com as lesões, o
significativa nunca desenvolverá a doença. vírus pode ser transmitido para a criança.

Não existe cura. Mas


os sintomas podem
ser reduzidos com
tratamento.
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Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

HEPATITES VIRAIS
As hepatites virais causadas pelos vírus hepatotrópicos (vírus das hepatites A, B, C, D ou Delta e E) são doenças
causadas por diferentes agentes etiológicos, que têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático. A
transmissão sexual (hepatite A, B, C e D), pode se dar por relação sexual desprotegida.

Vírus Hepatite A Vírus Hepatite B


Também conhecida como Hepatite infecciosa; É considerado um vírus causador de câncer.
A transmissão ocorre da forma fecal-oral, por contato Transmissão se dá predominantemente por via sexual.
dos seres humanos, água ou alimentos contaminados
pelo vírus; Pode ocorrer transmissão de mãe para o filho durante
a gestação ou no parto (transmissão vertical).
Em geral não apresenta sintomas.
A infecção pelo HBV também é condição para o
Quando aparecem, levam de 15 a 50 dias após a
infecção; desenvolvimento da hepatite D.

Manifestações são: enjoo, tonturas, febre, dor Diagnóstico é laboratorial e através de teste rápido
abdominal, pele e olhos com conjuntiva amarelada; para hepatite B.

Medidas de higiene e saneamento básico são A vacina para Hepatite B é fornecida pelo sistema
fundamentais para prevenir a infecção. público e é obrigatório no calendário de vacinação
das crianças.
A vacina hepatite A não é disponibilizada pelo sistema
público
Educação Sexual

Forma de Transmissão Hepatite B

Fonte: Ministério da Saúde. Álbum seriado/ IST, 2016.


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Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

Vírus Hepatite C
VV Vírus Hepatite D

A sua transmissão ocorre por via parenteral, sendo


a via sexual pouco frequente. Risco aumentado em Vírus híbrido e defectivo. Para desenvolver seu ciclo
usuários de drogas injetáveis, cocaína inalada (devido infeccioso precisa da presença do vírus da hepatite B
ao sangramento das narinas), que compartilham os (VHB), por isso, não é um vírus hepatotrófico;
equipamentos. Trabalhadores como atendentes de
Quando presente o vírus está associado à forma mais
consultórios odontológicos, podólogos, manicures,
grave da hepatite e complicações como cirrose e
entre outros, podem ter exposição ocupacional ao
câncer hepático;
vírus. Por isso, ressalta-se a importância no uso de
equipamento de proteção individual (EPI); A transmissão se dá por via sexual e seus mecanismos
são os mesmos da hepatite B;
Na maioria dos casos é assintomática e com ausência
de amarelão (anictérica); A transmissão da infecção perinatal depende da
infectividade do vírus da hepatite B;
O diagnóstico pode ser realizado através de exames
laboratoriais e o teste rápido para hepatite C; A imunização para Hepatite B é a principal forma de
prevenção da doença;
Existe tratamento e cura para a doença;
Não existe vacina disponível.
Educação Sexual
43

Indicação de leitura

Fonte: aids.gov.br
44
Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

Diversidade sexual
Assuntos relacionados à sexualidade e gênero, estão sendo abordados nos mais diversos meios de comunicação
e redes sociais. A discussão ganha destaque quando a sexualidade transcende os discursos morais e religiosos,
e apresenta-se como direitos reivindicados por movimentos sociais, LGBTs e feministas, amparados por
organizações não governamentais e fundações.

Gênero, sexualidade e educação.


Sexo é biológico, gênero é social, construído pelas Guacira Lopes Louro
diferentes culturas. E o gênero vai além do sexo. O
Orientações sobre identidade de
que importa, na definição do que é ser homem ou

Indicação de leitura
gênero: conceitos e termos. Guia
mulher, não são os cromossomos ou a conformação Técnico sobre pessoas transssexuais,
genital, mas a autopercepção e a forma como a pessoa travestis e demais transgêneros, para
se expressa socialmente (JESUS, 2012, p. 8). formadores de opinião. Jaqueline
Gomes de Jesus
Homossexualidade e Educação Sexual.
A sexualidade faz parte da constituição do sujeito e Construindo o respeito à diversidade.
pode ser representada de inúmeras formas. Relaciona- Mari Neide Damico Figueiró.
se com o prazer, manifestações afetivas e sexuais, as
formas de relacionamento entre os indivíduo. Manual de Comunicação LGBT. Da
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bisseuais, Travestis e Transexuais.
ABGLT
Educação Sexual
45

Conceitos relacionados a diversidade sexual


Orientação sexual: Refere-se à capacidade de cada Expressão de Gênero: Forma como a pessoa se
pessoa de ter uma profunda atração emocional, afetiva apresenta, sua aparência e seu comportamento, de acordo
ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo com expectativas sociais de aparência e comportamento de
gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações um determinado gênero. Depende da cultura em que a
íntimas e sexuais com essas pessoas. Basicamente, há pessoa vive (JESUS, 2012).
três orientações sexuais preponderantes: pelo mesmo
sexo/gênero (homossexualidade), pelo sexo/gênero Identidade de Gênero: Gênero com o qual uma pessoa se
oposto (heterossexualidade) ou pelos dois sexos/gêneros identifica, que pode ou não concordar com o gênero que
(bissexualidade) (ALGBT, s/d). lhe foi atribuído quando de seu nascimento. Diferente da
sexualidade da pessoa. Identidade de gênero e orientação
GLS: Sigla que se popularizou por designar, em uma única sexual são dimensões diferentes e que não se confundem.
sigla, não só os “gays” e “lésbicas”, mas também aqueles que, Pessoas transexuais podem ser heterossexuais, lésbicas, gays ou
independentemente de orientação sexual ou identidade de bissexuais, tanto quanto as pessoas cisgênero (JESUS, 2012).
gênero, são solidários, abertos e “simpatizantes” em relação
à diversidade LGBT (ALGBT, s/d). Cisgênero: conceito “guarda-chuva” que abrange pessoas
que se identificam com o gênero que lhes foi determinado
Gênero: Classificação pessoal e social das pessoas como quando de seu nascimento. (JESUS, 2012).
homens ou mulheres. Orienta papéis e expressões de
gênero. Independe do sexo. (JESUS, 2012). Bissexual: É a pessoa que se relaciona afetiva e sexualmente
com pessoas de ambos os sexos/gêneros. (ALGBT, s/d).
Sexo: Classificação biológica das pessoas como machos
ou fêmeas, baseada em características orgânicas como Heterossexual: Indivíduo amorosamente, fisicamente e
cromossomos, níveis hormonais, órgãos reprodutivos e afetivamente atraído por pessoas do sexo/gênero oposto.
genitais (JESUS, 2012). (ALGBT, s/d).
46
Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

Homossexual: É a pessoa que se sente atraída sexual,


emocional ou afetivamente por pessoas do mesmo sexo/
gênero. (ALGBT, s/d).
Intersexual: É o termo geral adotado para se referir a uma
variedade de condições (genéticas e/ou somáticas) com que
uma pessoa nasce, apresentando uma anatomia reprodutiva e
sexual que não se ajusta às definições típicas do feminino ou
do masculino. (ALGBT, s/d).
Lésbica: Mulher que é atraída afetivamente e/ou sexualmente
por pessoas do mesmo sexo/gênero. (ALGBT, s/d).
Transexual: Pessoa que possui uma identidade de gênero
diferente do sexo designado no nascimento. (ALGBT, s/d).
Transgênero: Terminologia utilizada para descrever pessoas
que transitam entre os gêneros. São pessoas cuja identidade de
gênero transcende as definições convencionais de sexualidade.
(ALGBT, s/d).
Travesti: Pessoa que nasce do sexo masculino ou feminino,
mas que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo
biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele
imposto pela sociedade. (ALGBT, s/d).
Educação Sexual
47

Fonte: Yamaguchi e Barcelos (org.), 2018.


48
Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

Fonte: Yamaguchi e Barcelos (org.), 2018.


Educação Sexual
49

A escola não é um espaço de neutralidade

Link: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RIS/article/view/10664

Link: http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1314

Link: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12051

Link: http://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/10170

Link: https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/TED/article/view/8717
Educação Sexual
51

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA JOVENS E ADOLESCENTES


Ficar atento aos seguintes sinais

Ansiedade excessiva; Tristeza, abatimento profundo ou choro sem causa


Presença de pesadelos, conversa ou gritos durante o aparente;
sono; Ausência na escola por vontade dos pais;
Dificuldade ou medo de dormir; Comportamento sexualmente explícito (ao brincar
Perda ou excesso de apetite repentino; demonstra conhecimento sobre sexualidade inapropriado
para idade);
Fazer xixi na cama ou problemas intestinais;
Masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais
Presença de sangramentos, infecções sexualmente
agressivas;
transmissíveis, gravidez, infecções, ou dores na região
genital e abdominal; Descaso com atividades escolares, poucos amigos;
Comportamento muito agressivo ou muito isolado; Não confiar em adultos, especialmente aqueles que lhe são
próximos;
Dificuldade de aprender na escola, quando antes
aprendia com facilidade; Ideais e tentativas de suicidio;
Dificuldade de concentração; Auto-flagelação, ou seja, machucar-se por vontade própria;
Comportamento extremamente tenso, ou em “estado Fugas de casa;
de alerta”; Hiperatividade, ou seja, não consegue parar de se mexer;

Identificar o abuso ou a exploração sexual é somente o primeiro passo. É preciso denunciar!


52
Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

A criança ou adolescente vítima de abuso ou


exploração sexual tem o direito de receber cuidados
médicos, psicológicos para se recuperar do trauma.
Educação Sexual
53

Sugestões de Leitura

Link: https://www.scielosp.org/article/csc/2019.v24n2/535-544/pt/

Link: http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books-MS/06_0315_M.pdf#page=29

Link: http://seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/41637/26445
54
Carolina Nicolodi Dias | Rosane Teresinha Fontana

Sugestões para trabalhar a temática sexualidade


Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/
pluginfile.php/3003146/mod_resource/
content/1/ManualDinamicas.pdf
RIO DE JANEIRO. Oficina de Idéias: manual
de dinâmicas, 2003.

Vídeos relacionados ao tema HIV e outras ISTs


estão disponíveis em: http://www.aids.gov.br/
pt-br/centrais-de-conteudos/videos

Este material é composto de Guia do Professor e folheto do aluno (também possui esse material de forma
eletrônica).
Pretende consolidar uma política de prevenção e promoção à saúde nas escolas depende do compromisso
conjunto de gestores e profissionais da saúde e da educação, assim como a participação ativa dos estudantes e de
toda a comunidade escolar.
Esse material está disponível em www.aids.gov.br (http://www.aids.gov.br/pt-br/centrais-de-conteudos/
biblioteca).
Educação Sexual
55

Indicação de Leitura

Link: https://www.redalyc.org/pdf/2670/267019615020.pdf

Link: http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/8102/2/Adolescencia_e_sexualidade_um_dialogo_necessario.pdf

Link: http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n3/v12n3a14

Link: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/article/view/3097/1986
Referências

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BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS. 2002.
ABGLT. Manual de Comunicação LGBT. Ajir Artes
Gráficas e Editora Ltda. Disponível em: https://unaids. BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à
org.br/wp-content/uploads/2015/09/Manual-de- Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília:
Comunica%C3%A7%C3%A3o-LGBT.pdf. Acesso Ministério da Saúde, 2004.
em: 29 out. 2018.
BRASIL. Caderno de Atenção Básica Saúde Sexual e
BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
dos serviços correspondentes e dá outras providências. para Atenção Integral às pessoas com Infecções
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da
Brasília, 20 set. 1990. Saúde, 2016.

BRASIL. Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996. Regula BRASIL. Diretrizes para a organização da Rede de
o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco
do planejamento familiar, estabelece penalidades e à Infecção pelo HIV. Brasília: Ministério da Saúde,
dá outras providências. Brasília: Ministério da saúde. 2016.
1996.
BRASIL. Álbum Seriado das IST. Ministério da
BRASIL. Assistência em Planejamento Familiar: Saúde. 2016.
Educação Sexual
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http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/boletim- BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
epidemiologico-hivaids-2017. Acesso em 15 mai 2020. para Atenção Integral às pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da
BRASIL. Boletim Epidemiológico Hepatites Virais Saúde, 2018.
no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde. v. 48, nº 24.
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BRASIL. Informe Técnico da Vacina Papiloma Vírus Educação Sexual. Construindo o respeito à
Humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante). Adaptado diversidade. Londrina: UEL. 2007
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2018. JESUS, J.G. de. Orientações sobre identidade
de gênero: conceitos e termos. Guia Técnico sobre
BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas pessoas transssexuais, travestis e demais transgêneros,
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Educação Sexual
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