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Aula 1 - Introdução ao Cálculo

Prof. Jáuber Cavalcante de Oliveira


Departamento de Matemática, UFSC,
CEP 88040-900 Florianópolis,
e-mail:j.c.oliveira@ufsc.br
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AULA 1

Assuntos da Aula 1:

• Informações sobre o curso

• Unidade 1: Conjuntos

• 1.1 Representação, pertinência, inclusão e igualdade


Exercícios
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Unidade 1: CONJUNTOS

• Breves noções de lógica:


negação (¬), e (∧), ou (∨), se ... então ( =⇒ ), se e somente se
( ⇐⇒ ),
quantificadores universal (∀) e existencial (∃).

• Noção de conjunto, elemento e pertinência

"Um conjunto é uma coleção de objetos definidos, distin-


guíveis, concebidos como um todo."

• Convenções sobre como representar conjuntos (letras maiúsculas), ele-


mentos de um conjunto (letras minúsculas), o símbolo de pertinência.

• Axioma da extensão: dois conjuntos são iguais se e somente se eles


tem os mesmo elementos.

• Definição de subconjunto de um conjunto e de subconjunto próprio de


um conjunto.

• Propriedades da inclusão de conjuntos (reflexiva, transitiva e anti-


simétrica)

• Axioma de existência: existe um conjunto.

• O conjunto vazio (existência e unicidade)

Dado um conjunto A, considere o conjunto

{x|x 6= x}.

Este conjunto não tem elementos e é denominado "um" conjunto vazio.


No entanto, pelo axioma da extensão, este é "o" conjunt vazio, deno-
tado por ∅.

• Conjunto universal.

• Dado um conjunto A, o conjunto de todos os subconjuntos de A é o


conjunto potência (ou conjunto das partes de A) de A, denotado P(A).
Exemplo: A = {1, 2}, P(A) = {∅, {1}, {2}, {1, 2}}.
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• Definição de "fórmula em x" (usada para descrever a propriedade que


define um conjunto). Uma fórmula em x torna-se uma sentença quando
substituímos x por um elemento (de U).
• Axioma da especificação: Uma fórmula P(x) define um conjunto A
pela convenção que os membros da A são exatamente os objetos "a"
tais que P(a) é uma sentença verdadeira.
• Exemplos de conjuntos (com U = Z+ ):
A = {1, 2, 3, 4},
B = {x|(x ≥ 1) ∧ (x ≤ 2)}
• Contra-exemplo de Bertrand Russel (1901):
R = {x|x ∈
/ x} .
Se R não pertence a R, então pela definição de R temos que R pertence
a R. Mas sendo assim, R não pode pertencer a R !
Este exemplo mostra que o axioma da especificação deve ser empregado
sob certas restrições. Devemos evitar construções "auto-referentes",
como no exemplo acima.
EXERCÍCIOS
E1. {1, 2} ∈ {{1, 2, 3} , {1, 3} , 1, 2} ? Justifique.
E2. Encontre um exemplo de conjuntos A, B, C tais que A ∈ B, B ∈ C e
A∈/ C.
E3. Prove que se a, b, c, d são elementos quaisquer não necessariamente
distintos um do outro, então {{a} , {a, b}} = {{c} , {c, d}} se, e somente
se, (a = c) ∧ (b = d).
E4. (a) Encontre o conjunto potência do conjunto A = {{1, 2}, {3}, 1}.
(b) Prove que se A é um conjunto com n elementos (n é um número
inteiro positivo fixo), então o conjunto das partes de A tem 2n elementos.
REFERÊNCIAS
1. Seymour Lipschutz, Teoria dos Conjuntos, Coleção Schaum, Editora McGraw-
Hill do Brasil, Ltda., 1976.
2. Paul R. Halmos, Teoria Ingênua dos Conjuntos, Editora Polígono, 1973.
3. Robert R. Stoll, Set Theory and Logic, Dover, Publications, 1963.

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