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Do ponto de vista de Aires (2011) o currículo organizado por disciplinas não tem em
conta, muitas vezes, as concepções prévias e os aspectos sociais e culturais dos alunos;
não permite que questões do quotidiano do aluno sejam trabalhadas no PEA; há pouca
construção de ligações entre os conteúdos e não tem em conta o interesse dos alunos.
“as grelhas curriculares dispõem de uma série de temáticas que o aluno não
utilizará no decorrer de sua vida, o que causa prejuízo na formação do
aluno quanto aos aspectos que envolvam criatividade, autonomia e reflexão,
frente a realidade social. Isto ocorre porque o trabalho de disciplinas sem
correlação com a vida do educando dificulta que este realize uma conexão
do que é aprendido com o que é vivenciado, impedindo, assim, o
desenvolvimento completo do conhecimento”.
A interdisciplinaridade justifica-se também pelo facto de esta ser um meio para atingir a
formação profissional no que diz respeito a eventual mudança de emprego, maior
abertura para novos campos de saber e possibilita que os estudantes continuem a
aprender após sua saída da escola (Fazenda, 2011). Desse modo, a interdisciplinaridade
é considerada uma estratégia de ensino em que professor busca conhecimentos de outras
disciplinas já abordados em situações passadas.
Esta ideia é também defendida por Fazenda (2011) que considera a integração como um
aspecto formal da interdisciplinaridade, e diz respeito a organização de disciplinas
dentro do programa de estudos. Assim, para esta autora a integração é uma etapa
anterior necessária à interdisciplinaridade, podendo-se, deste modo, dizer que a
interdisciplinaridade serve-se da integração para a sua efectivação. Na integração a
preocupação está relacionada somente com a justaposição de conteúdos de disciplinas,
semelhante a multidisciplinaridade, sem necessariamente haver interacção entre estas.
Mozena & Ostermann (2014) defendem que integração é a união de disciplinas de uma
mesma área. Os mesmos teóricos Outros teóricos vêm a integração como uma
concepção do currículo e outros ainda chamam atenção para alguns factos que
constituiriam constrangimentos para a implementação da integração como a falta de
preparação dos professores por possuírem maioritariamente uma formação claramente
disciplinar, a falta de tempo para a preparação, acompanhamento e monitoria das
actividades programadas.
b) Conceito de multidisciplinaridade
A este propósito, Fernandes (2018) destaca que, nesta relação não há comunicação entre
disciplinas, sendo que cada disciplina trabalha isoladamente. Para Japiassu (1976) a
multidisciplinaridade consiste em estudar um objecto sob diferentes ângulos, mas sem
que tenha havido um acordo prévio sobre os métodos a seguir ou sobre os conceitos a
serem utilizados.
c) Conceito de transdisciplinaridade
Alves, E.C. A., & Aquino, M.A. (2012). Pesquisa qualitativa: origens, desenvolvimento
e utilização nas dissertações do PPGCI/UFPB - 2008 a 2012 PPGCI / UFPB - 2008 to
2012. Qualitative research: origins, development and utilization of dissertations . Inf. &
Soc. 22, 79-100.