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Do controle social (control theorie):

a. Teoria do enraizamento social – de Travis Hirschi (1935) em que todo


indivíduo é um infrator potencial e só o medo do dano irreparável em suas
relações interpessoais funciona como freio.

b. Teoria da conformidade diferencial – conforme Briar e Piliavin, existe um


grau variável de compromisso e aceitação dos valores convencionais que se
estende desde o mero medo do castigo até a representação das consequências do
delito na própria imagem, nas relações interpessoais, no status e nas atividades
presentes e futuras. Isso significa que, em situações equiparáveis, uma pessoa
com elevado grau de compromisso ou conformidade com os valores
convencionais é menos provável que assuma comportamentos delitivos, em
comparação com outra de inferior nível de conformidade. E vice-versa.

c. Teoria da contenção – para esta teoria, propugnada por Reckless, a


sociedade produz uma série de estímulos, de pressões, que impelem o indivíduo
para a conduta desviada (mecanismos de pressão criminógena). Mas referidos
impulsos são impedidos por certos mecanismos, internos ou externos, de
contenção que lhes isolam positivamente.

d. Teoria do controle interior – é sustentada por Reiss e tem inequívocas


conexões com a psicanálise e com a cibernética. Para o autor a delinquência é o
resultado de uma relativa falta de normas e regras internalizadas, do
desmoronar de controles existentes com anterioridade e/ou de um conflito
entre regras e técnicas sociais. A desviação social é vista como a consequência
funcional de controles pessoais e sociais débeis (fundamentalmente pelo
fracasso dos grupos primários).

e. Teoria da antecipação diferencial – para Glaser a decisão de cometer ou


não um delito vem determinada pelas consequências que o autor antecipa, pelas
expectativas que derivam de sua execução ou não-execução. O indivíduo se
inclinaria pelo comportar delitivo quando de seu cometer derivar mais
vantagens do que desvantagens, de forma a considerar seus vínculos com a
ordem social, com outras pessoas ou suas experiências precedentes. E tais
expectativas, por sua vez, dependeriam do maior ou menor contato de cada
indivíduo com os modelos delitivos, isto é, da aprendizagem ou associação
diferencial.

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