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Escolas de pensamento na sistemática moderna

Nas décadas iniciais do século XX (1918-1950) foram incorporados à teoria evolutiva os


conhecimentos oriundos de várias disciplinas biológicas, como a genética, paleontologia,
zoologia, botânica, embriologia e sistemática, dando origem a síntese moderna evolutiva. No
que afeta a sistemática, teve origem a taxonomia evolutiva, a primeira escola moderna de
sistemática. Nos anos subsequentes, em parte em resposta à falta de metodologias
quantitativas na taxonomia evolutiva, surgiram duas outras escolas de pensamento: a
taxonomia numérica e a sistemática filogenética.

Taxonomia evolutiva
A escola da taxonomia evolutiva ou escola gradista se originou como consequência imediata
de se aplicar princípios evolutivosàs classificações biológicas. Apesar do avanço conceitual,
não havia uma metodologia explícita de como reconstruir as relações filogenéticas entre os
organismos, que seria a base para as classificações produzidas.
Os gradistas reconheciam a importância de distinguir as homologias das homoplasias na
tentativa de reconhecer.

2 Introdução à Sistemática Filogenética e Análise de Dados Morfológicos


grupos naturais, e reconheciam grupos parafiléticos e monofiléticos. Eles se valiam não
apenas dos padrões de parentesco, resultantes dos eventos cladogenéticos (eventos de
especiação), mas também consideravam importante a quantidade de mudanças resultantes de
eventos anagenéticos (modificações em uma mesma linhagem). Essas últimas características
muitas vezes eram utilizadas com um certo grau de subjetividade, atribuindo a algumas
características maior ou menor grau de informação relacionado à complexidade da estrutura
ou importância para a sobrevivência e reprodução dos organismos. Pesquisadores influentes
dessa escola, bem como na formulação da síntese moderna evolutiva, foram o mastozoólogo
George G. Simpson (1902-1984) e o ornitólogo Ernst Mayr (1904-2005).

Taxonomia numérica
Em busca de uma objetividade operacional, os taxonomistas numéricos (também chamados de
feneticistas), entre os quais se destacam Robert R. Sokal (1926-2012) e Peter H. A. Sneath
(1923-2011) advogavam que todas as características biológicas deveriam ser utilizadas para se
agrupar e organizar a biodiversidade. Os dados deveriam ser, sempre que possível,
quantitativos e analisáveis com metodologias estatísticas para mensurar distâncias e realizar
agrupamentos. Esse requisito implicava que o mais importante para a fenética não eram os
padrões evolutivos, mas apenas a similaridade geral entre os seres vivos e, portanto, não havia
porque não utilizar também as homoplasias, além das homologias, no processo.
A fenética, desde o início, encontrou problemas tanto metodológicos como filosóficos.
Metodologicamente, havia desentendimentos de qual seria a melhor forma de medir a
similaridade ou agrupar os organismos, uma vez que as possibilidades matemáticas eram, e
são, das mais variadas. Filosoficamente, era questionável excluir a informação evolutiva das
classificações. Qual seria a validade de ter uma classificação com grupos que não eram
resultantes do processo natural que gera a hierarquia biológica que sempre estimulou as
classificações? Para os feneticistas, as classificações poderiam ser artificiais, bastando ser
úteis em alguma finalidade.
Apesar da escola da taxonomia numérica não ter se tornado o padrão atual de classificação
biológica, dois princípios que utilizamos hoje são em parte uma herança dessa proposta: a
busca pela objetividade metodológica e o uso de métodos quantitativos (por exemplo:
matrizes de dados codificados e algoritmos de escolha de árvores, respectivamente)

Sistemática filogenética
A terceira escola de pensamento é a sistemática filogenética (ou, como apelidada ironicamente
por Ernst Mayr, cladística). A escola se desenvolveu a partir da publicação do livro
Phylogenetic Systematics do alemão Willi Hennig (1913-1976). O livro de Hennig foi
publicado inicialmente em alemão, em 1950, e apenas em 1966 foi traduzido para o inglês,
quando recebeu a atenção de pesquisadores por todo mundo. A metodologia, diferentemente e
em oposição a fenética, foi construída levando em conta elementos do processo evolutivo.
Além de diferenciar as homologias de homoplasias, Hennig propôs que as homologias
deveriam ser distinguidas entre primitivas ou ancestrais (plesiomorfias) e derivadas
(apomorfias), sendo unicamente estas últimas informativas para agrupar os organismos. Isso
porque as apomorfias possuem características ancestrais que não guardariam informação
sobre grupos mais derivados como, por exemplo, a presença de coração entre os vertebrados
(que está presente antes da origem do grupo), não nos diz nada sobre as relações entre os
subgrupos de vertebrados. No entanto, características derivadas compartilhadas por apenas
alguns organismos, como a presença de crânio, nos informariam que existe um grupo dentro
dos vertebrados (Craniata), diagnosticado por esta característica.
Quando essas características são compartilhadas por mais de um grupo, essas recebem o
prefixo sin(m), do gregosyn-, que significa em conjunto. Logo, temos simplesiomorfias
(=plesiomorfias compartilhadas) e sinapomorfias (=apomorfias compartilhadas). Apomorfias
de um único grupo ou espécie são chamadas de autapomorfias, e não são informativas para
agrupar estes com outros organismos.
Hennig também propôs que haveria três tipos de agrupamento que poderiam ser propostos
para um conjunto de seres vivos (Figura 2.1):
• Grupos monofiléticos: incluem todos os descendentes de um ancestral comum imediato
(= ancestral comum exclusivo) – diagnosticados por sinapomorfias;
• Grupos parafiléticos: excluem ao menos um descendente de um ancestral comum
imediato – diagnosticados por simplesiomorfias;
• Grupos polifiléticos: indivíduos agrupados não possuem ancestral comum imediato –
diagnosticados por homo-plasias.
Diante disso, Hennig defendeu que apenas os grupos monofiléticos são grupos naturais,
resultantes do processo evolutivo, e que os demais grupos - para- e polifiléticos – são
construções humanas arbitrárias ou baseadas em critérios que não refletiriam a genealogia,
mas sim similaridade ou diferença fenotípica.

Essa similaridade poderia ser um relicto de uma história evolutiva compartilhada (presença de
crânio em um salmão e em um cavalo, por exemplo), ou poderia ser oriundo de origem
independente da característica (por exemplo, cauda preênsil em macacos e em roedores). A
despeito da possível utilidade prática, esses grupos não refletiriam a realidade evolutiva e,
portanto, constituiriam um sistema menos útil de classificação e organização da
biodiversidade (é importante lembrar da função de predição sobre a biodiversidade,
comentadas no início deste texto). Como grupos monofiléticos são diagnosticados através de
sinapomorfias e apenas grupos monofiléticos seriam desejáveis, logo, apenas sinapomorfias
deveriam ser utilizadas no processo inferência das relações filogenéticas e classificação
biológica, concluiu Hennig.

Uma síntese dos grupos reconhecidos por cada uma das escolas, bem como as características
biológicas utilizadas por cada uma delas pode ser vista na Tabela 2.1, abaixo.
O período histórico que se seguiu foi marcado por vários debates intensos entre os defensores
de cada uma das três escolas, e ficou conhecido como o período das Guerras Sistemáticas.
Eventualmente a sistemática filogenética se tornou o método filosófico e prático dominante,
sendo o paradigma conceitual vigente atualmente, apesar das modificações que a sistemática
passou e vem passando continuamente.

Nomenclatura Zoológica
Quando falamos em nomenclatura, taxonomia, classificação e sistemática devemos
saber que estes são conceitos, que, apesar de terem alguma relação entre si, se
referem a matérias distintas, muitas vezes confundidas.

A sistemática é o estudo das relações de parentesco entre os organismos. Desta


maneira quando comparamos espécies diferentes, por exemplo, e hipotetizamos
uma filogenia, que representa as relações de parentesco entre estas espécies,
estamos fazendo um estudo de sistemática. Podemos comparar tais espécies pelas
suas características morfológicas, moleculares e etc.

A taxonomia diz respeito às regras de nomenclatura, tais como: dar nomes às


espécies, gêneros e famílias. As regras para formar coleções taxonômicas, para
coletas em campo, rotulagem e publicações taxonômicas, também dizem respeito à
taxonomia.

A classificação está no âmbito da taxonomia e se refere à prática de se agrupar os


táxons em categorias hierárquicas como: filo, classe, ordem, família, gênero e
espécie. A classificação ideal deve refletir a sistemática de determinado grupo, ou
seja, deve representar as relações de parentesco daquele grupo. Por outro lado à
classificação é, de certa maneira, independente da nomenclatura, já que, um autor,
de acordo com certas regras, poderá alterar o nome de uma espécie ou gênero,
quando ele achar necessário

A importância da nomenclatura

A comunicação entre os diversos campos da ciência biológica se dá principalmente


pelo nome científico das espécies estudadas. Por exemplo, num estudo
interdisciplinar em que existe a cooperação de profissionais de diversas áreas da
biologia, um ecólogo poderá fazer o levantamento da fauna de determinada região,
um geneticista fará a caracterização do cariótipo daquela fauna, um morfologista
descreverá as características morfológicas, e, assim por diante.

Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a
comunidade científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria
difícil a comunicação entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é
o código de nomenclatura zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que
possam causar confusão ou ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes
científicos, fazendo com que estes sejam reconhecidos por cientistas de qualquer
nacionalidade.

REINOS

Nomenclatura Zoológica
Quando falamos em nomenclatura, taxonomia, classificação e sistemática devemos
saber que estes são conceitos, que, apesar de terem alguma relação entre si, se
referem a matérias distintas, muitas vezes confundidas.

A sistemática é o estudo das relações de parentesco entre os organismos. Desta


maneira quando comparamos espécies diferentes, por exemplo, e hipotetizamos
uma filogenia, que representa as relações de parentesco entre estas espécies,
estamos fazendo um estudo de sistemática. Podemos comparar tais espécies pelas
suas características morfológicas, moleculares e etc.

A taxonomia diz respeito às regras de nomenclatura, tais como: dar nomes às


espécies, gêneros e famílias. As regras para formar coleções taxonômicas, para
coletas em campo, rotulagem e publicações taxonômicas, também dizem respeito à
taxonomia.

A classificação está no âmbito da taxonomia e se refere à prática de se agrupar os


táxons em categorias hierárquicas como: filo, classe, ordem, família, gênero e
espécie. A classificação ideal deve refletir a sistemática de determinado grupo, ou
seja, deve representar as relações de parentesco daquele grupo. Por outro lado à
classificação é, de certa maneira, independente da nomenclatura, já que, um autor,
de acordo com certas regras, poderá alterar o nome de uma espécie ou gênero,
quando ele achar necessário

A importância da nomenclatura

A comunicação entre os diversos campos da ciência biológica se dá principalmente


pelo nome científico das espécies estudadas. Por exemplo, num estudo
interdisciplinar em que existe a cooperação de profissionais de diversas áreas da
biologia, um ecólogo poderá fazer o levantamento da fauna de determinada região,
um geneticista fará a caracterização do cariótipo daquela fauna, um morfologista
descreverá as características morfológicas, e, assim por diante.

Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a
comunidade científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria
difícil a comunicação entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é
o código de nomenclatura zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que
possam causar confusão ou ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes
científicos, fazendo com que estes sejam reconhecidos por cientistas de qualquer
nacionalidade.

A importância prática da taxonomia, cujas regras de nomenclatura disciplinam a


nomeação das várias categorias taxonômicas, pode ser vista, por exemplo, nos
estudos sobre o controle de vetores de doenças que atingem humanos.

Se a espécie a qual pertence o vetor estiver mal classificada, a ponto de englobar


uma variedade de outras espécies do mesmo gênero, que não hospedam
determinado vírus ou protozoário causador da doença, os esforços no combate à
mesma podem malograr

Este foi o caso do combate ao mosquito transmissor da malária (Anopheles


maculipennis). De 1895 até 1934 várias foram às tentativas para a erradicação do
mosquito. A partir desta última data o problema começou a ser solucionado pelos
entomólogos da época, que descobriram que Anopheles maculipennis, na verdade,
formava um complexo de pelo menos sete espécies, das quais apenas algumas eram
transmissoras da malária.

Porque devemos nomear as espécies com dois nomes?

Desde Aristóteles a nomenclatura binomial já era praticada. Foi ele quem


sistematizou esta maneira de classificar os organismos, em duas categorias. No
entanto foi Linnaeus (1707-1778) quem começou a usar um sistema binomial de
forma mais coerente e organizada. Assim cada espécie animal ou vegetal teria dois
nomes: o primeiro, o gênero, deveria refletir as características mais genéricas ou
coletivas; o segundo, a espécie, refletiria as características mais específicas, aquelas
mais peculiares.

O código de nomenclatura zoológica que vigora hoje foi publicado em 1964, e de


acordo com o mesmo, existem regras para a formação dos nomes dos táxons do
grupo da família, do grupo do gênero e do grupo da espécie.

Como se nomeiam os táxons do grupo família?

Este grupo inclui quatro categorias, a saber: tribo, subfamília, família e


superfamília. O nome da categoria família é formado pela adição da desinência -
idae ao radical do gênero tipo da família, o gênero que é o tipo padrão para
determinada família.
As principais regras são:

Na designação científica, os nomes devem ser latinos de origem ou, então,


latinizados.· Cada animal ou planta deve ser reconhecido por uma designação
binomial, onde o primeiro termo qualifica o gênero e o segundo a espécie.

O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto escrito


com inicial maiúscula.

O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial maiúscula.

Em seguida ao nome do organismo, é facultado colocar, por extenso ou


abreviadamente, o nome do autor que primeiro o descreveu e denominou, sem
qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e a data em que
foi publicado pela primeira vez.

Conquanto a classificação seja unomial para gêneros e binomial para espécies, ela é
trinomial para subespécies.

As regras de nomenclatura botânica são independentes das regras de nomenclatura


zoológica.

Bibliografia

 Bernardi, Nelson (tradutor). 1994. O Código Internacional de Nomenclatura


Zoológica adotado pelo XV Congresso Internacional de Zoologia, Londres,
julho de 1958.
 IN: PAPAVERO, N. 1994. Fundamentos práticos de taxonomia zoológica. 2ª
ed., São Paulo, USP, p.189- 264.
 Futuyma, Douglas Biologia Evolutiva. SBG, Segunda Edição. Martins,
Ubirajara R. comunicação pessoal.
 Papavero, Nelson Fundamentos práticos de taxonomia zoológica: coleções,
bibliografia e nomenclatura. 1983. Belém, PA.

Teorias da zoologia sistemática

Métodos da zoologia sistemática

Características gerais representantes no subreino: protozoa

Os protozoários constituem um grupo de organismos vivos com algumas características bastante


peculiares. Todos esses seres apresentam apenas uma célula, sendo, portanto, unicelulares, e não são
capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, são organismos heterotróficos.
Protozoários ou Protozoa (do latim proto "primeiro" e zoon "animal")
são microorganismos eucarióticos unicelulares e heterotróficos (não possui a capacidade de
produzir seu próprio alimento, e por isso se alimenta de seres vivos). Sua classificação é
controversa, pois inclui diversos seres semelhantes que não possuem relação evolutiva, sendo
assim um grupo polifilético (grupo que não inclui o ancestral comum de todos os indivíduos) que
une diferentes tipos de organismos microscópicos que não se encaixam no reino Metazoa.
Segundo Brusca & Brusca, protozoários são os seres eucariontes que não apresentam nível de
organização tecidual como as plantas e os animais e não passam pelo processo de formação
dos folhetos embrionários que ocorre nesses grupos.[1] Fazem parte do reino Protista, junto com
as algas unicelulares crisófitas, euglenófitas e pirrófitas de acordo com suas semelhanças mais
evidentes.
Os protozoários são classicamente divididos em quatro grupos de acordo com o seu meio de
locomoção.
Os ciliados se locomovem na água através do batimento de cílios numerosos e curtos e aparece
geralmente em água doce e salgada, e onde existe matéria vegetal em decomposição. Eles
executam também outro tipo de reprodução, chamado de conjugação (sexuada), onde uma
célula transmite material genético para outra célula, ocasionando uma variabilidade genética, o
que é essencial para qualquer tipo de ser vivo. Depois da conjugação, as células realizam a
reprodução assexuada.
Os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo, são de vida livre e muitos deles
são parasitas de seres humanos.

Características gerais
A maioria dos protozoários apresenta um corpo composto por uma única célula, que pode ter 10
µm nos coanoflagelados ou muitos centímetros em alguns dinoflagelados, foraminíferos ou
amebas. Esta estrutura corpórea do protozoário é limitada pela membrana celular. A flexibilidade
ou rigidez do corpo e de sua forma são super dependentes do citoesqueleto, que está localizado
bem abaixo da membrana celular. Logo, o citoesqueleto e a membrana formam o que
chamamos de “película”, que é como uma “parede corporal” destes organismos. Filamentos
proteicos como a actina, microtúbulos, vesículas como os alvéolos compõem o citoesqueleto.Os
protozoários podem apresentar dois tipos de esqueleto: endo e exoesqueleto. As organelas
responsáveis pela locomoção do protozoário podem ser os flagelos, os cílios ou ainda extensões
fluidas do próprio corpo (os pseudópodes). Alguns destes organismos dependem da
fotossíntese, outros se nutrem absorvendo materiais orgânicos e ainda alguns podem digerir
partículas alimentares ou presas no interior de vacúolos. Esse alimento que entra no vacúolo
através da fagocitose, entra por uma abertura chamada citóstoma. O vacúolo é transferido para
o interior, sendo conduzido ao longo da citofaringe (um trato microtubular).
Quando se fala sobre transporte celular, é valido lembrar que a difusão é essencial para o
transporte interno nos protozoários. A respiração da maioria desses organismos é aeróbica, que
depende da difusão para a tomada de oxigênio e para a liberação de CO2. Entretanto alguns
são anaeróbios obrigatórios, especialmente os que vivem em simbiose no trato digestivo dos
animais. Já as espécies aquáticas associadas à decomposição de matéria orgânica podem ser
anaeróbias facultativas (utilizam o oxigênio quando estiver presente, mas também são capazes
de respirar em sua ausência).
Muitos protozoários de água doce realizam osmose para remover o excesso de água e também
para ajustar a concentração e a proporção dos íons. Esta água adicional provém dos alimentos.
A osmorregulação é feita por um sistema de organelas que bombeia água e íons, chamado
complexo vacuolar contrátil.

 Classificação:
o Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterotróficos, mas com
formas autotróficas e com mobilidade especializada sendo este o principal critério
utilizado para definir sua classificação na taxonomia.

 Tamanho:
o A maioria deles é minúscula, medindo de 0,01 mm a 0,05 mm aproximadamente, sendo
que algumas exceções podem medir até 0,5 mm como, por exemplo, os foraminíferos.

 Nutrição:
o Os autótrofos fazem fotossíntese e se alimentam como se fossem plantas, outros são
heterótrofos e se alimentam comendo diversos alimentos principalmente matéria
orgânica em decomposição, folhas mortas, animais mortos, fezes etc. Sua forma de
nutrição é muito diferenciada, pois podem
ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutualistas mas, a
principal forma de alimentação deles é a nutrição saprófita. A digestão é intracelular, por
meio de vacúolos digestivos, sendo que o alimento é ingerido ou entra na célula por
meio de uma "boca", o citóstoma. A célula desses micro-organismos unicelulares é
muito especializada, e cada organela tem uma função vital.

 Locomoção:
o O sistema locomotor é bem primitivo com o uso
de flagelos, cílios, membranas ondulantes, cirros ou pseudópodes. Há um
sistema hidrostático, constituído de vacúolos pulsáteis que eliminam o excesso de água
que entra na célula por osmose nos protozoários dulcícolas, estabelecendo assim o
equilíbrio osmótico. O citoesqueleto também é especializado para manter a forma da
célula, emissão de pseudópodes, locomoção, movimentação de vacúolos digestivos,
entre outras funções necessárias. Esporozoítas não possuem estruturas locomotoras,
são levados pelas correntezas de água, pelo vento mas são levados principalmente
através de animais vetores (pulgas, mosquitos, moscas, baratas, carrapatos etc.) que se
contaminam com esses protozoários parasitas e os disseminam a outros diversos seres
vivos hospedeiros que adoecem quando são atacados por esses parasitas.

 Sustentação:
o Algumas espécies possuem endoesqueleto enquanto outras
possuem exoesqueleto geralmente são carapaças de diversas formas.

 Patogenias:
o Estes micro-organismos de vida livre estão presentes em muitos ambientes mas alguns
levam vida parasitária causando doenças em animais, febre, cistos muito dolorosos e
outros males em seus hospedeiros. Muitos protozoários causam doenças nos seres
humanos e a outros animais vertebrados. O Trypanosoma cruzi, por exemplo, é um
protozoário flagelado causador da doença de Chagas. Entre as outras doenças
provocadas por protozoários destacam-se a amebíase (pela Entamoeba histolytica),
a giardíase (pela Giardia lamblia), a malária causada
pelos Plasmódios, leishmaniose visceral, etc.

 Ecologia:
o Os protozoários servem como indicadores da qualidade do ambiente, sendo que em
águas poluídas por resíduos industriais normalmente não aparecem muitos protozoários
enquanto que em águas e solos onde exista matéria orgânica em decomposição eles
aparecem em abundância fazendo a decomposição de fezes e qualquer matéria
orgânica morta e com isso colaborando com a limpeza do meio ambiente, a presença de
muitos protozoários indica que aquele ambiente está ecologicamente saudável.
Características gerais representantes no subreino: Metazoa

O Reino Animalia, também conhecido como Metazoa, engloba organismos


multicelulares, eucariontes e heterotróficos, como os seres humanos. Os animais são
organismos multicelulares, eucariontes e que apresentam nutrição heterotrófica, ou seja,
não são capazes de produzir seu próprio alimento

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