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Taxonomia evolutiva
A escola da taxonomia evolutiva ou escola gradista se originou como consequência imediata
de se aplicar princípios evolutivosàs classificações biológicas. Apesar do avanço conceitual,
não havia uma metodologia explícita de como reconstruir as relações filogenéticas entre os
organismos, que seria a base para as classificações produzidas.
Os gradistas reconheciam a importância de distinguir as homologias das homoplasias na
tentativa de reconhecer.
Taxonomia numérica
Em busca de uma objetividade operacional, os taxonomistas numéricos (também chamados de
feneticistas), entre os quais se destacam Robert R. Sokal (1926-2012) e Peter H. A. Sneath
(1923-2011) advogavam que todas as características biológicas deveriam ser utilizadas para se
agrupar e organizar a biodiversidade. Os dados deveriam ser, sempre que possível,
quantitativos e analisáveis com metodologias estatísticas para mensurar distâncias e realizar
agrupamentos. Esse requisito implicava que o mais importante para a fenética não eram os
padrões evolutivos, mas apenas a similaridade geral entre os seres vivos e, portanto, não havia
porque não utilizar também as homoplasias, além das homologias, no processo.
A fenética, desde o início, encontrou problemas tanto metodológicos como filosóficos.
Metodologicamente, havia desentendimentos de qual seria a melhor forma de medir a
similaridade ou agrupar os organismos, uma vez que as possibilidades matemáticas eram, e
são, das mais variadas. Filosoficamente, era questionável excluir a informação evolutiva das
classificações. Qual seria a validade de ter uma classificação com grupos que não eram
resultantes do processo natural que gera a hierarquia biológica que sempre estimulou as
classificações? Para os feneticistas, as classificações poderiam ser artificiais, bastando ser
úteis em alguma finalidade.
Apesar da escola da taxonomia numérica não ter se tornado o padrão atual de classificação
biológica, dois princípios que utilizamos hoje são em parte uma herança dessa proposta: a
busca pela objetividade metodológica e o uso de métodos quantitativos (por exemplo:
matrizes de dados codificados e algoritmos de escolha de árvores, respectivamente)
Sistemática filogenética
A terceira escola de pensamento é a sistemática filogenética (ou, como apelidada ironicamente
por Ernst Mayr, cladística). A escola se desenvolveu a partir da publicação do livro
Phylogenetic Systematics do alemão Willi Hennig (1913-1976). O livro de Hennig foi
publicado inicialmente em alemão, em 1950, e apenas em 1966 foi traduzido para o inglês,
quando recebeu a atenção de pesquisadores por todo mundo. A metodologia, diferentemente e
em oposição a fenética, foi construída levando em conta elementos do processo evolutivo.
Além de diferenciar as homologias de homoplasias, Hennig propôs que as homologias
deveriam ser distinguidas entre primitivas ou ancestrais (plesiomorfias) e derivadas
(apomorfias), sendo unicamente estas últimas informativas para agrupar os organismos. Isso
porque as apomorfias possuem características ancestrais que não guardariam informação
sobre grupos mais derivados como, por exemplo, a presença de coração entre os vertebrados
(que está presente antes da origem do grupo), não nos diz nada sobre as relações entre os
subgrupos de vertebrados. No entanto, características derivadas compartilhadas por apenas
alguns organismos, como a presença de crânio, nos informariam que existe um grupo dentro
dos vertebrados (Craniata), diagnosticado por esta característica.
Quando essas características são compartilhadas por mais de um grupo, essas recebem o
prefixo sin(m), do gregosyn-, que significa em conjunto. Logo, temos simplesiomorfias
(=plesiomorfias compartilhadas) e sinapomorfias (=apomorfias compartilhadas). Apomorfias
de um único grupo ou espécie são chamadas de autapomorfias, e não são informativas para
agrupar estes com outros organismos.
Hennig também propôs que haveria três tipos de agrupamento que poderiam ser propostos
para um conjunto de seres vivos (Figura 2.1):
• Grupos monofiléticos: incluem todos os descendentes de um ancestral comum imediato
(= ancestral comum exclusivo) – diagnosticados por sinapomorfias;
• Grupos parafiléticos: excluem ao menos um descendente de um ancestral comum
imediato – diagnosticados por simplesiomorfias;
• Grupos polifiléticos: indivíduos agrupados não possuem ancestral comum imediato –
diagnosticados por homo-plasias.
Diante disso, Hennig defendeu que apenas os grupos monofiléticos são grupos naturais,
resultantes do processo evolutivo, e que os demais grupos - para- e polifiléticos – são
construções humanas arbitrárias ou baseadas em critérios que não refletiriam a genealogia,
mas sim similaridade ou diferença fenotípica.
Essa similaridade poderia ser um relicto de uma história evolutiva compartilhada (presença de
crânio em um salmão e em um cavalo, por exemplo), ou poderia ser oriundo de origem
independente da característica (por exemplo, cauda preênsil em macacos e em roedores). A
despeito da possível utilidade prática, esses grupos não refletiriam a realidade evolutiva e,
portanto, constituiriam um sistema menos útil de classificação e organização da
biodiversidade (é importante lembrar da função de predição sobre a biodiversidade,
comentadas no início deste texto). Como grupos monofiléticos são diagnosticados através de
sinapomorfias e apenas grupos monofiléticos seriam desejáveis, logo, apenas sinapomorfias
deveriam ser utilizadas no processo inferência das relações filogenéticas e classificação
biológica, concluiu Hennig.
Uma síntese dos grupos reconhecidos por cada uma das escolas, bem como as características
biológicas utilizadas por cada uma delas pode ser vista na Tabela 2.1, abaixo.
O período histórico que se seguiu foi marcado por vários debates intensos entre os defensores
de cada uma das três escolas, e ficou conhecido como o período das Guerras Sistemáticas.
Eventualmente a sistemática filogenética se tornou o método filosófico e prático dominante,
sendo o paradigma conceitual vigente atualmente, apesar das modificações que a sistemática
passou e vem passando continuamente.
Nomenclatura Zoológica
Quando falamos em nomenclatura, taxonomia, classificação e sistemática devemos
saber que estes são conceitos, que, apesar de terem alguma relação entre si, se
referem a matérias distintas, muitas vezes confundidas.
A importância da nomenclatura
Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a
comunidade científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria
difícil a comunicação entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é
o código de nomenclatura zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que
possam causar confusão ou ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes
científicos, fazendo com que estes sejam reconhecidos por cientistas de qualquer
nacionalidade.
REINOS
Nomenclatura Zoológica
Quando falamos em nomenclatura, taxonomia, classificação e sistemática devemos
saber que estes são conceitos, que, apesar de terem alguma relação entre si, se
referem a matérias distintas, muitas vezes confundidas.
A importância da nomenclatura
Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a
comunidade científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria
difícil a comunicação entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é
o código de nomenclatura zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que
possam causar confusão ou ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes
científicos, fazendo com que estes sejam reconhecidos por cientistas de qualquer
nacionalidade.
O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial maiúscula.
Conquanto a classificação seja unomial para gêneros e binomial para espécies, ela é
trinomial para subespécies.
Bibliografia
Características gerais
A maioria dos protozoários apresenta um corpo composto por uma única célula, que pode ter 10
µm nos coanoflagelados ou muitos centímetros em alguns dinoflagelados, foraminíferos ou
amebas. Esta estrutura corpórea do protozoário é limitada pela membrana celular. A flexibilidade
ou rigidez do corpo e de sua forma são super dependentes do citoesqueleto, que está localizado
bem abaixo da membrana celular. Logo, o citoesqueleto e a membrana formam o que
chamamos de “película”, que é como uma “parede corporal” destes organismos. Filamentos
proteicos como a actina, microtúbulos, vesículas como os alvéolos compõem o citoesqueleto.Os
protozoários podem apresentar dois tipos de esqueleto: endo e exoesqueleto. As organelas
responsáveis pela locomoção do protozoário podem ser os flagelos, os cílios ou ainda extensões
fluidas do próprio corpo (os pseudópodes). Alguns destes organismos dependem da
fotossíntese, outros se nutrem absorvendo materiais orgânicos e ainda alguns podem digerir
partículas alimentares ou presas no interior de vacúolos. Esse alimento que entra no vacúolo
através da fagocitose, entra por uma abertura chamada citóstoma. O vacúolo é transferido para
o interior, sendo conduzido ao longo da citofaringe (um trato microtubular).
Quando se fala sobre transporte celular, é valido lembrar que a difusão é essencial para o
transporte interno nos protozoários. A respiração da maioria desses organismos é aeróbica, que
depende da difusão para a tomada de oxigênio e para a liberação de CO2. Entretanto alguns
são anaeróbios obrigatórios, especialmente os que vivem em simbiose no trato digestivo dos
animais. Já as espécies aquáticas associadas à decomposição de matéria orgânica podem ser
anaeróbias facultativas (utilizam o oxigênio quando estiver presente, mas também são capazes
de respirar em sua ausência).
Muitos protozoários de água doce realizam osmose para remover o excesso de água e também
para ajustar a concentração e a proporção dos íons. Esta água adicional provém dos alimentos.
A osmorregulação é feita por um sistema de organelas que bombeia água e íons, chamado
complexo vacuolar contrátil.
Classificação:
o Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterotróficos, mas com
formas autotróficas e com mobilidade especializada sendo este o principal critério
utilizado para definir sua classificação na taxonomia.
Tamanho:
o A maioria deles é minúscula, medindo de 0,01 mm a 0,05 mm aproximadamente, sendo
que algumas exceções podem medir até 0,5 mm como, por exemplo, os foraminíferos.
Nutrição:
o Os autótrofos fazem fotossíntese e se alimentam como se fossem plantas, outros são
heterótrofos e se alimentam comendo diversos alimentos principalmente matéria
orgânica em decomposição, folhas mortas, animais mortos, fezes etc. Sua forma de
nutrição é muito diferenciada, pois podem
ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutualistas mas, a
principal forma de alimentação deles é a nutrição saprófita. A digestão é intracelular, por
meio de vacúolos digestivos, sendo que o alimento é ingerido ou entra na célula por
meio de uma "boca", o citóstoma. A célula desses micro-organismos unicelulares é
muito especializada, e cada organela tem uma função vital.
Locomoção:
o O sistema locomotor é bem primitivo com o uso
de flagelos, cílios, membranas ondulantes, cirros ou pseudópodes. Há um
sistema hidrostático, constituído de vacúolos pulsáteis que eliminam o excesso de água
que entra na célula por osmose nos protozoários dulcícolas, estabelecendo assim o
equilíbrio osmótico. O citoesqueleto também é especializado para manter a forma da
célula, emissão de pseudópodes, locomoção, movimentação de vacúolos digestivos,
entre outras funções necessárias. Esporozoítas não possuem estruturas locomotoras,
são levados pelas correntezas de água, pelo vento mas são levados principalmente
através de animais vetores (pulgas, mosquitos, moscas, baratas, carrapatos etc.) que se
contaminam com esses protozoários parasitas e os disseminam a outros diversos seres
vivos hospedeiros que adoecem quando são atacados por esses parasitas.
Sustentação:
o Algumas espécies possuem endoesqueleto enquanto outras
possuem exoesqueleto geralmente são carapaças de diversas formas.
Patogenias:
o Estes micro-organismos de vida livre estão presentes em muitos ambientes mas alguns
levam vida parasitária causando doenças em animais, febre, cistos muito dolorosos e
outros males em seus hospedeiros. Muitos protozoários causam doenças nos seres
humanos e a outros animais vertebrados. O Trypanosoma cruzi, por exemplo, é um
protozoário flagelado causador da doença de Chagas. Entre as outras doenças
provocadas por protozoários destacam-se a amebíase (pela Entamoeba histolytica),
a giardíase (pela Giardia lamblia), a malária causada
pelos Plasmódios, leishmaniose visceral, etc.
Ecologia:
o Os protozoários servem como indicadores da qualidade do ambiente, sendo que em
águas poluídas por resíduos industriais normalmente não aparecem muitos protozoários
enquanto que em águas e solos onde exista matéria orgânica em decomposição eles
aparecem em abundância fazendo a decomposição de fezes e qualquer matéria
orgânica morta e com isso colaborando com a limpeza do meio ambiente, a presença de
muitos protozoários indica que aquele ambiente está ecologicamente saudável.
Características gerais representantes no subreino: Metazoa