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estudo completo da mapira, raiz, caule, folha, flor, fruto e semente do sorgo.
Classificação da mapira
Sorgo
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sorgo
Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: monocotiledóneas
Ordem: Poales
Família: Poaceae
Género: Sorghum
Espécie: S. bicolor
Nome binomial
Sorghum bicolor
L., Moench
Sinónimos
Pé de Sorgo AL Precioso
Variedades
Basicamente, existem quatro tipos de sorgo – granífero, sacarino, vassoura e
forrageiro.
Sorgo granífero é um tipo de sorgo de porte baixo, altura de planta até 170cm, que
produz na extremidade superior, uma panícula (cacho) compacta de grãos. Nesse
tipo de sorgo o produto principal é o grão. Todavia, após a colheita, como o resto da
planta ainda se encontra verde, pode ser usada também como feno ou pastejo.
Sorgo sacarino é um tipo de sorgo de porte alto, altura de planta superior a dois
metros, caracterizado, principalmente, por apresentar colmo doce e suculento como
o da cana-de-açúcar. A panícula (cacho) é aberta e produz poucos grãos
(sementes). Pode ser utilizado como sorgo forrageiro, na forma de silagem e de
corte. Todo sorgo sacarino pode ser forrageiro.
Sorgo vassoura é um tipo de sorgo que apresenta como característica principal
a panícula (cacho) na forma de vassoura. Tem importância regionalizada,
principalmente no Rio Grande do Sul, onde é usado na fabricação de vassouras. É
conhecido em algumas regiões do Brasil por melga.
Sorgo forrageiro é um tipo de sorgo de porte alto, altura de planta superior a dois
metros, muitas folhas, panículas (cachos) abertas, com poucas sementes, elevada
produção de forragem e adaptado ao Agreste e Sertão de Pernambuco. Existe sorgo
forrageiro que possui colmo doce. Nesse caso, pode ser chamado também de sorgo
sacarino.[10]
Etimologia
"Sorgo" é derivado do latim syricu, através de uma forma vulgar suricu e
do italiano sorgo[3]
"Zaburro" vem do persa, através do árabe xaures.[3]
Origem
O sorgo é de origem africana, mas há evidências de uma segunda área de
dispersão na Índia, um dos principais produtores deste cereal. Foi introduzido
no Brasil em meados do século XX, tendo como principais regiões
produtoras Goiás, Minas Gerais e alguns plantios experimentais em Paragominas no
Pará.
Descrição
O sorgo é uma planta auto-polinizante. É mais resistente à seca e à temperatura do que o milho,
a soja, o trigo e outras culturas. A altura da planta depende da variedade e das condições de
cultivo, variando entre 60 e 460 centímetros. As folhas longas e largas crescem fora do caule.
Sua semente é pequena e redonda. A inflorescência tem, geralmente, entre 25 a 36 centímetros,
e fica no topo do caule da planta madura.[6]
As sementes de sorgo consistem em três principais seções anatômicas - o pericarpo (camada
externa), o endosperma (órgão de armazenamento) e o gérmen. O pericarpo é composto de três
segmentos - epicarpo, mesocarpo e endocarpo. O epicarpo é a camada mais externa, coberta
com uma fina película de cera. O mesocarpo consiste de uma grande quantidade de grânulos
de amido. O sorgo é conhecido como o único alimento básico que contém amido nesta região da
semente. O endosperma é composto de uma camada de aleurona e áreas periféricas, córneas e
enfarinhadas. A aleurona contém proteínas (corpos proteicos e enzimas), cinzas (corpos fitina) e
óleo (esferossomos). O gérmen tem duas partes principais: o eixo embrionário e o disco
embrionário. A proteína do gérmen contém altos níveis de lisina e triptofano de alta qualidade
para consumo humano, bem como para forragens.
História
O sorgo é nativo das regiões tropicais africanas. O registro mais antigo de seu cultivo remonta a
3000 a.C., no Egito. A variedade original do sorgo era vermelha ou roxa e sua semente
tinha tegumento vermelho.[6]
Nos anos 1950, foram desenvolvidas variedades híbridas de sorgo de mais alta produtividade e
seu cultivo popularizou-se enquanto a produtividade aumentava enormemente. A variedade
híbrida também oferecia cor e sabor preferidos pelos consumidores. O sorgo cultivado
nos Estados Unidos é normalmente desta variedade híbrida, que é sorgo branco com semente
de casca branca, corpo em cor de champagne e inflorescência cor de trigo. Em outras partes do
mundo, variedades vermelhas ou roxas de baixa produtividade continuam a ser cultivadas. O
sorgo é atualmente um cultivo de importância econômica mundial.
Produção mundial
Sudão 4.953.000
Etiópia 4.932.408
Índia 4.800.000
México 4.531.097
Brasil 2.272.939
China 2.192.032
Níger 2.100.190
Argentina 1.563.445
Mali 1.469.688
Camarões 1.416.116
Austrália 1.257.219
Bolívia 1.023.314
Total mundial 58.400.000
Produção no Brasil
A produção brasileira no ano de 2010 desse grão foi de 1 532 064 toneladas.[12] Além
disso, a região Centro-Oeste produz mais de 60% de toda a produção nacional. [13]
Centro-
1 951.940 62,13%
Oeste
São Gabriel do
1 84.000 5,48%
Oeste - MS
Rio Verde -
2 72.000 4,70%
GO
Santa Helena
3 60.000 3,92%
de Goiás - GO
Capinópolis -
5 50.250 3,28%
MG
Conceição das
8 37.050 2,42%
Alagoas - MG
Diamantino -
10 30.600 2,00%
MT
Chapadão do
11 26.400 1,72%
Sul - MS
Cristalina -
12 25.200 1,64%
GO
Montividiu -
24.000 1,57%
GO
Campos
15 21.600 1,41%
Lindos - TO
Bandeirantes -
21.600 1,41%
MS
Perolândia -
21.000 1,37%
GO
Miguelópolis -
19 20.000 1,31%
SP
Portelândia -
22 17.600 1,15%
GO
Serranópolis -
26 14.400 0,94%
GO
Itumbiara -
27 14.000 0,91%
GO
Rondonópolis
28 13.500 0,88%
- MT
Bonfinópolis
de Minas - 29 12.600 0,82%
MG
Cariri do
Tocantins - 30 12.090 0,79%
TO
Cultivo em Portugal
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente
em Portugal Continental.[15]
Em termos de naturalidade é introduzida na região atrás indicada.
Proteção
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia,
nomeadamente pelo Anexo da Diretiva Habitats e pelo Anexo da Convenção sobre a
Vida Selvagem e os Habitats Naturais na Europa.
Referências
1. ↑ Uniprot - Taxonomy - SPECIES Sorghum bicolor (Sorghum) (Sorghum vulgare)
2. ↑ Infopédia. «sorgo | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Porto Editora.
Consultado em 19 de maio de 2022
3. ↑ Ir para:a b c FERREIRA, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa Segunda ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira. p. 1613
4. ↑ Infopédia. «mapira | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Porto Editora.
Consultado em 19 de maio de 2022
5. ↑ Infopédia. «mapila | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Porto Editora.
Consultado em 19 de maio de 2022
6. ↑ Infopédia. «massambala | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Porto Editora.
Consultado em 19 de maio de 2022
7. ↑ Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 7 de Outubro de 2014
<http://www.tropicos.org/Name/25513454>
8. ↑ Orlinda Beatriz Augusto Messa; Orlando Quilambo, Célia Martins, Alexandre Sitoi
(2005). «Monografia de Licenciatura na Universidade Eduardo Mondlane, Maputo,
Moçambique» (PDF). Repositório Saber - Repositório Científico de Moçambique. Consultado em
10 de abril de 2012. Arquivado do original (PDF) em 17 de dezembro de 2013
9. ↑ Embrapa - Ribas, Paulo Motta. 2000. Cultivo de Sorgo. Importância econômica.
10. ↑ Instituto Agronômico de Pernambuco - Cultura do Sorgo.
11. ↑ fao.org (FAOSTAT). «Sorghum production in 2018, Crops/World regions/Production quantity
(from pick lists)». Consultado em 29 de agosto de 2020
12. ↑ Ir para:a b c IBGE Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine. - SIDRA - Tabela
1612. Obs.: selecionar "Quantidade Produzida", "Sorgo (em grão) (Toneladas)", selecionar ano de
"2010", em "Unidade da Federação(27):" selecionar "Tudo", clicar em "OK" e aguardar geração do
relatório
13. ↑ Ir para:a b IBGE Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine. - SIDRA - Tabela
1612. Obs.: selecionar "Quantidade Produzida" e "Sorgo (em grão) (Toneladas)"; selecionar ano
desejado (ex. "2010"); clicar em "Unidade Territorial(6279)"; marcar "Brasil(1)" como "Sim"; marcar
"Grande Região(5)" como "Tudo"; clicar em "OK" e aguardar geração do relatório
14. ↑ Ir para:a b IBGE Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine. - SIDRA - Tabela
1612. Obs.: selecionar "Quantidade Produzida" e "Sorgo (em grão) (Toneladas)"; selecionar ano
desejado (ex. "2010"); clicar em "Unidade Territorial(6279)"; marcar "Brasil(1)" como "Sim"; marcar
"Município(5551)" como "Tudo"; clicar em "OK" e aguardar geração do relatório (demorado!)
15. ↑ «Sorghum bicolor - Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata -
Biodiversidade em Portugal. Consultado em 19 de maio de 2022
Bibliografia
Sorghum bicolor[ligação inativa] - Checklist da Flora de Portugal (Continental, Açores e
Madeira) - Sociedade Lusitana de Fitossociologia
Checklist da Flora do Arquipélago da Madeira (Madeira, Porto Santo, Desertas e
Selvagens) - Grupo de Botânica da Madeira
Sorghum bicolor - Portal da Biodiversidade dos Açores
Sorghum bicolor - The Plant List (2010). Version 1. Published on the
Internet; http://www.theplantlist.org/ (consultado em 10 de novembro de 2014).
Sorghum bicolor - International Plant Names Index
Castroviejo, S. (coord. gen.). 1986-2012. Flora iberica 1-8, 10-15, 17-18, 21. Real
Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
Ligações externas
Sorghum bicolor - Flora Digital de Portugal. jb.utad.pt/flora.
Sorghum bicolor - Flora-on
Sorghum bicolor - The Euro+Med PlantBase
Sorghum bicolor - Flora Vascular
Sorghum bicolor - Biodiversity Heritage Library - Bibliografia
Sorghum bicolor - JSTOR Global Plants
Sorghum bicolor - Flora Europaea
Sorghum bicolor - NCBI Taxonomy Database
Sorghum bicolor - Global Biodiversity Information Facility
Sorghum bicolor - Encyclopedia of Life
Este artigo sobre gramíneas (família Poaceae), integrado no Projeto Plantas é um esboço. Você pode
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Raiz São encontradas as raízes primárias, secundárias e adventícias. O sorgo tem igual
número de raízes primárias que o milho. Elas são pouco ramificadas e morrem após o
desenvolvimento das raízes secundárias. As secundárias já são em maior quantidade, uma
vez comparada com o milho. São bastante ramificadas e formam o sistema radicular principal.
Estas qualidades conferem ao sorgo maior resistência a seca que o milho, uma vez que o sorgo
absorve duas vezes mais água do solo. As adventícias podem aparecer nos nós acima dos
solos; são ineficientes na absorção de água e nutrientes, tendo então como função o suporte.
Folhas O número total de folhas varia de 7 a 30, sendo que o fator determinante será o
cultivar, a temperatura e o fotoperíodo. As folhas do sorgo se enrolam longitudinalmente
criando uma câmara protetora. O ar que fica contido nessa câmara conserva maior umidade que
a atmosfera, este também é um fator que faz com que a transpiração seja menor.
Folhas Contêm um alto número de estômatos nas duas faces do limbo. As folhas do sorgo
possuem depósito de substância cerosa na junção da bainha com o limbo, perdendo menos
água na transpiração, sendo importante para a economia de água.
Florescimento (flor) O período mais crítico para a planta, em que ela não pode sofrer
qualquer tipo de estresse biótico ou abiótico, vai da diferenciação da panícula à diferenciação
das espiguetas (2 a 3 semanas de duração). A diferenciação da gema floral bloqueia a
atividade meristemática (divisão celular). A partir disto, todo crescimento é devido ao
elongamento das células já existentes.
Florescimento O florescimento corresponde ao EC3 que engloba a polinização, fertilização,
desenvolvimento e maturação do grão. A diferenciação floral do sorgo é afetada principalmente pelo
fotoperíodo e pela temperatura do ar. O período mais crítico para a planta, onde ela não pode sofrer
qualquer tipo de estresse biótico ou abiótico vai da diferenciação da panícula a diferenciação das
espiquetas (2 a 3 semanas de duração). Em condições normais a diferenciação da gema floral inicia-
se 30 a 40 dias após a germinação (pode variar de 19 a mais de 70 dias). Em climas quentes o
florescimento em geral ocorre com 55 a 70 dias após a germinação (pode variar de 30 a mais de 100
dias). Normalmente a formação da gema floral ocorre 15 a 30 cm acima do nível do solo, fato esse
ocorre quando as plantas têm cerca de 50 a 75 cm de altura. A diferenciação da gema floral bloqueia
a atividade meristemática (divisão celular). Dai para frente, todo crescimento é devido ao
elongamento das células já existentes. Cerca de 6 a 10 dias antes do aparecimento da inflorescencia
ela pode ser vista como algo semelhante a um "torpedo" dentro da bainha da folha bandeira. As
flores na panícula desenvolvem-se sucessivamente do topo para a base (demora de 4 a 5 dias). Como
nem todas as plantas num campo de sorgo florescem ao mesmo tempo, a duração do florescimento
no campo pode variar de 6 a 15 dias. O número de espiguetas por panícula varia de 1500 a 7000.
Existem mais de 5000 grãos de polen por antera na maioria dos híbridos e variedades, o que equivale
dizer que há mais de 20 milhões de grãos de polen por panícula.
Caule
A morfologia do caule é tipo colmo cheio dividido em nós, que podem ser doces ou não, e
raramente secos. As folhas são de limbo lanceolado alternadas e lisas com bordas
serrilhadas e com uma camada de cerosidade. As plantas de sorgo ainda possuem
inflorescência do tipo panícula e um tipo de fruto cariopse.
Semente
Com relação à morfologia interna das sementes de sorgo (Figura 1B), as mesmas apresentam como
tecido de reserva o endosperma (albúmem) com coloração esbranquiçada, representando a parte
mais voluma da semente, além de possuir escutelo, coleóptilo, plúmula, radícula e coleorriza. Em
sementes de gramíneas como o sorgo, o escutelo representa o cotilédone, no entanto com uma
função diferente, funcionando mais como um tecido de transferência através do qual passam
nutrientes para a plântula em desenvolvimento (CANHOTO, 2017). O coleóptilo representa uma
bainha cuja função é proteger a plúmula, que por sua vez desenvolvem os primórdios foliares. Já a
radícula consiste em uma raiz rudimentar revestida por uma camada de tecido denominada
coloerriza, formando uma “capa” protetora da radícula (MARCOS-FILHO, 2015). Outro aspecto
verificado é que o tegumento encontrase soldado ao pericarpo em toda a sua extensão, o que
caracteriza seu fruto como cariopse.
Clima Temperatura ótima para crescimento é de 33-35 °C. Mesmo sendo uma planta que se
adequa mais à climas quentes, não significa que não produzam bem em regiões de chuvas
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes.
Brasília: MAPA/ACS, 2009. 395p. CANHOTO, J.M. Semente. Revista de Ciência Elementar, v.5, n.1,
p.1-4, 2017. CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed.
Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590 p. CARVALHO, T.C.; GRZYBOWSKI, C.R.S.; OHLSON, O.C.;
PANOBIANCO, M. Adaptation of the tetrazolium test method for estimating the viability of sorghum
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KIELSE, P.; LÚCIO, A.D. Mecanismos de regeneração natural em diferentes ambientes de
remanescente de Floresta Ombrófila Mista, São Francisco de Paula, RS. Ciência Rural, v.41, n.2,
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FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 2. ed. Londrina: ABRATES, 2015. 660 p. NUNES,
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E.C.; PEREIRA, T.S. Morfologia dos frutos alados em LeguminosaeCaesalpinioideae-Martiodendron
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a Embrapa responde. Brasília: EMBRAPA, 2015. 327 p. POPINIGIS, F. Fisiologia da semente. 2. ed.
Brasília: ABRATES, 1985. 289 p. REID, M. Ethylene in postharvest technology. In: KADER, A.A. (Ed).
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ULLMANN, R.; RESENDE, O.; RODRIGUES, G.B.; CHAVES, T.H.; OLIVEIRA, D.E.C. Qualidade fisiológica
das sementes de sorgo sacarino submetidas à secagem e ao armazenamento. Revista Engenharia na
Agricultura, v.26, n.4, p.313-321, 2018.
SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
Ecofisiologia
Introdução
O sorgo (Sorghum bicolor [L.] Moench) é uma planta
originária da África. Segundo Doggett (1988), os sorgos
cultivados atualmente se originam do silvestre Sorghum
bicolor subsp. arundinaceum e a maior variação do
gênero Sorghum se encontra no quadrante centro-oeste
da África, abaixo do Saara, na região da Etiópia-Sudão,
de onde o gênero ancestral, com um número básico de
cinco cromossomos, provavelmente se originou há 5.000-
6.000 anos.
Estádios de desenvolvimento do
sorgo
O conhecimento do padrão diferencial de acúmulo de
matéria seca e de nutrientes, durante o ciclo da cultura
do sorgo, permite avaliar as necessidades de adequadas
práticas de manejo.
Perfilhamento
O perfilhamento no sorgo forrageiro é uma característica
considerada vantajosa, ao passo que para o sorgo
granífero pode não ser, sobretudo quando não há
coincidência de maturação entre planta mãe e perfilhos.
Neste caso, o perfilhamento pode ter efeito negativo no
rendimento, por sombrear as folhas da planta mãe e pela
competição do uso de água e nutrientes do solo.
Sistema radicular
O crescimento das raízes de sorgo está relacionado com
a temperatura e é limitado pela falta de umidade no solo
e disponibilidade de fotoassimilados oriundos das folhas.
Um dos fatores mais importantes que afetam o uso de
água e a tolerância à seca é um sistema radicular
profundo e denso. Essa característica é bem evidenciada
na planta de sorgo.
Florescimento
O florescimento corresponde à etapa de crescimento EC3
que engloba a polinização, fertilização, desenvolvimento
e maturação do grão. A diferenciação floral do sorgo é
afetada principalmente pelo fotoperíodo e pela
temperatura. O período mais crítico para a planta, em
que ela não pode sofrer qualquer tipo de estresse biótico
ou abiótico, vai da diferenciação da panícula à
diferenciação das espiguetas (2 a 3 semanas de
duração). Em condições normais, a diferenciação da
gema floral inicia-se 30 a 40 dias após a germinação
(pode variar de 19 a mais de 70 dias). Em climas
quentes, o florescimento em geral ocorre com 55 a 70
dias após a germinação (pode variar de 30 a mais de 100
dias). Em geral, a formação da gema floral ocorre com 15
a 30 cm acima do nível do solo, esse fato ocorre quando
as plantas têm cerca de 50 a 75 cm de altura.
Fertilização
Fotoperíodo
Rebrota
O sorgo é uma planta com alta capacidade de rebrota,
devido a capacidade de conservar ativo seu sistema
radicular (Rezende et al., 2011). Alguns autores
observaram altas taxas de rebrota (cerca de 90%) em
híbridos avaliados para corte. A intensidade da rebrota é
proporcional à sanidade da primeira época de corte, e o
rendimento da rebrota depende do número de plantas
(perfilhos) existentes na plantação. Os materiais
genéticos forrageiros rendem em média 40-60% do
primeiro corte, sendo que em determinadas situações a
rebrota pode chegar a produzir até mais que o primeiro
corte. O uso da rebrota no passado era visando uma
segunda produção de grãos, sendo que a variabilidade de
rendimentos entre outros fatores já citados dependia
muito da cultivar utilizada (Tabela 3). Atualmente, a
rebrota tem sido utilizada como massa para plantio
direto, uma vez que o sorgo é mais persistente que o
milheto, por exemplo.
Água
1.Associação de fenologia com oferta de água 1.Associação de fenologia com oferta de água
7. Eficiência transpiratória
Determinantes de sobrevivência:
Luz
Temperatura
Nutrientes
estudo completo da mapira, raiz, caule, folha, flor, fruto e semente do sorgo.