Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL


CINEMA E AUDIOVISUAL

RENNAN ALISSON ANDRADE SANTOS

“NOITE DE REIS”

SÃO CRISTÓVÃO - SE
O filme africano “Noites de Reis” foi dirigido e roteirizado por Philippe Lacôte, um cineasta da
Costa do Marfim, que nesse filme aborda os acontecimentos de uma tortuosa prisão, chamada
de Maca, com a chegada de um novo prisioneiro e a sua súbita proclamação de “Roman, o
contador de histórias, pelo líder da prisão. Assim,não sendo aquele que em noite de lua
vermelho irá contar uma história na grande roda que se forma ao seu redor de vários homens
sedentos por uma diversão. Logo, a premissa de “Noite de Reis“ apresenta o conflito entre o
protagonista e a sua função.
Todavia, o roteiro não consegue solucionar seus conflitos estabelecidos, pois sendo o final da
obra um pequeno massacre ocasionado por um guarda para conter uma confusão generalizada
entre os detentos, que já era construído ao longo da trama um embate, mas essa rixa não foi
profundamente apresentada para estimar o interesse de quem assisti o filme. Com isso,
voltando para o começo do filme onde somos apresentados os personagens mais relevantes
como o Barba Preta, Koby, Lacaio, sexy e entre outros. O filme vai sendo construído sobre
atmosfera dramática e misteriosa com a utilização magistral da direção de arte e montador do
filme, que apesar do filme passar em uma noite só o diretor consegue desenvolver uma
dinâmica peculiar entre a cenas, já a direção de arte, que, na minha opinião, é um do melhores
ponto do filme, consegue apresentar uma ambientação bem sucateada e aconchegante na
organização do elementos estéticos que preenchem a obra. Desse modo, nessas duas áreas o
filme tem pontos bastantes positivos.
Ademais, voltando para o desenrolar da narrativa que apesar de inicialmente estigar minha
vontade de continuar o filme ela é quebrada duramente quando se perde entre sua trama
principal e a narrativas paralelas que ele começa a apresentar, mesmo que tenham uma ligação
com o a principal, tenho a sensação de assistir dois filmes diferentes que não conseguem achar
seu próprio ritmo e acaba atropelado um ao outro. Assim, deixando mais claro o que quero dizer,
em especial na cena que os dois chefes se enfrentam e começa o embate com poderes
sobrenaturais, magia, transmutação, cobra, águia e afins, transita minha experiência para outra
atmosfera que desliga minha aproximação com filme, embora essa utilização recorrente do
diretor de transitar entre duas linhas cronológicas uma real e a outra mais onírica e fantástica se
estabelecida como uma marca dentro desse filme que se faz importante na sua trama
conseguindo estabelecer uma aproximação maior com a mente e a história que o “Roman”
conta, mas mesmo criando esse pequeno vínculo, assim como o filme, ele é fraco e
inconsistente sem um propósito claro e objetivo ocasionando em uma trama que transita entre o
vago e inconsistente, pois a sensação que termino de assistir esse filme é de completo
desprazer com um grande desconforto e incômodo com a sua resolução. Logo, apesar das
minhas duras palavras não vejo o filme de todo ruim, mas muitas escolhas narrativa e técnicas
não seriam aprovadas em minha posse.
Dessa maneira, é importante salientar que tenho uma visão ocidentalizada o que pode
prejudicar minha leitura sobre esse obra, pois sinto que é necessário ter um mínimo
conhecimento prévio sobre as sociedades, culturas e histórias da África, mas especificamente,
da Costa do Marfim, para fazer leituras e absorver maiores coisa do filme, entretanto não volta
atrás com as minha palavras porque tenho tenho o costume de tendenciar meu desprazer para
obras que não conseguem explicar por si só seu conteúdo. Logo, minha opinião em certos
aspectos pode está equivocada e vazia em pensar a narrativa do cinema aos moldes ocidentais.

Você também pode gostar