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MM.

JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DE VOLTA REDONDA/RJ

SERGIO, estado civil ( ), profissão( ), com número de inscrição no C. P. F. ( ),


endereço eletrônico ( ), residente e domiciliado na ( ), Volta Redonda/RJ, vem à presença
de Vossa Excelência, por seu(a) advogado(a) que esta subscreve, propor a presente:

AÇÃO PELO RITO ORDINÁRIO

Em face de ALFA, registrada sob o nº de C.N.P.J. ( ), pessoa jurídica de direito privado,


endereço eletrônico ( ), com sede na ( ) São Paulo/SP, pelos fatos e fundamentos a seguir:

I - DOS FATOS
Sergio foi comunicado pela empresa ALFA que sua fatura, vencida em julho de
2021, constava em aberto e que lançaria seu nome nos cadastros dos órgãos de proteção
ao crédito caso não efetuasse o pagamento, no valor total de R$ 749,00 (setecentos e
quarenta e nove reais) em 15 dias, mas Sergio encontrou o comprovante de pagamento da
fatura e o encaminhou, via e-mail, à requerida, a fim de resolver a questão. Porém, ao
tentar realizar um financiamento para a compra de um veículo, teve o crédito negado
recebendo a notícia de que seu nome estava negativado pela dívida já quitada com a
ALFA.
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Sérgio mantém relação de consumo com a empresa ALFA, pois, de acordo com o
art. 3º, §2º, do Código de Defesa do Consumidor, é usuário dos serviços de telefonia por
ela prestados, mediante pagamento de faturas e nesta relação, Sergio teve seu direito
violado em duas circunstâncias: primeiro quando foi notificado de uma dívida já paga, e
depois quando descobriu que seu nome estava negativado, o que o impossibilitou de ter
o financiamento aprovado, passando por situação constrangedora e vexatória.
No caso em tela, Sergio nem ao menos devedor era no momento da cobrança, pois
encontrou o comprovante de pagamento e logo providenciou seu envio à empresa, a fim
de não deixar nenhuma dúvida quanto à referida cobrança, ocorrendo uma grave falha no
fato do serviço prestado por ALFA ao não dar a devida quitação da dívida cobrada
indevidamente. Tal falha é tida como defeito do serviço, conforme dispõe o art. 14, §1º,
do Código de Defesa do Consumidor.
II.1 - DA TUTELA ANTECIPADA
Conforme a exposição dos fatos, verifica-se que, de acordo com o art. 300 do
Código de Processo Civil, estão presentes o periculum in mora e o fumus boni iuris, pois
Sergio teve seu nome negativado junto ao cadastro de inadimplentes por uma dívida que
não existe e isto feriu demais sua dignidade, já que o inviabilizou de realizar a compra de
um veículo, com a recusa do financiamento da instituição financeira. Esta é uma situação
que gera prejuízos inestimáveis para uma pessoa, já que a negativação do nome torna uma
pessoa mal vista na sociedade e não foi diferente com Sergio, que ficou extremamente
constrangido, tendo sua honra e dignidade atingidas de forma negativa por estar passando
por tal situação.
II.2 - DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Ao cobrar a dívida indevidamente, gera-se, à empresa ALFA, a obrigação de fazer,
consequente na emissão de recibo de quitação da cobrança indevida, com a extinção da
obrigação.
II.3 - DOS DANOS MORAIS
Ao inserir o nome de Sérgio, indevidamente, no cadastro de inadimplentes, a
empresa ALFA causou-lhe danos morais, conforme já explicitado e, de acordo com o
previsto nos artigos 6º, inciso VI, do Código de Defesa do Consumidor, devendo, para
tanto, repará-los.

III - DOS PEDIDOS


Diante do que foi exposto, requer o Autor:
a) a tutela antecipada a fim de que seja retirado o nome de Sergio do cadastro de
inadimplentes, com a ratificação da tutela ao final;

b) a citação da Ré, empresa ALFA, para que tome conhecimento desta ação e possa
tomar as providências cabíveis, a fim de se chegar à solução da lide, sob pena de
revelia;
c) no mérito, a declaração da inexistência do débito ou recibo de quitação, com a
extinção da obrigação; e

d) indenização pelos danos morais sofridos, no valor de R$ 5.749,00 (cinco mil,


setecentos e quarenta e nove reais).

IV – DAS PROVAS

O autor traz aos autos o comprovante de pagamento, como meio de prova,


requerendo, ainda, todos os meios admitidos em juízo.

V – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se, à causa, o valor de R$5.749,00 (cinco mil, setecentos e quarenta e nove


reais), de acordo com o previsto no artigo 292, inciso V, do Código de Processo Civil.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local ( ), Data ().
Nome do(a) Adv. ( ),
OAB/UF ( ).

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