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PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE BIOLOGIA EM RELAÇÃO A

GEOLOGIA NO ENSINO MÉDIO: lúdico como instrumento.

Weslene Freitas Mendonça1 (PQ), Maria Helena Ferreira de Souza 1, Cláudio Magalhães de
Almeida2(PG).

1Pós-graduandas do programa de mestrado em ensino de ciências. Universidade Estadual de Goiás


(UEG) Anápolis-GO E-mail: edfisicaweslene@hotmail.com, 2 Dr. em Geologia pela Universidade de
Brasília/UnB, docente de ensino superior da Universidade Estadual de Goiás/UEG.

Resumo:
O presente artigo tem por objetivo analisar a visão dos acadêmicos de biologia com relação ao ensino
de geologia no Ensino Médio, tendo o lúdico como instrumento pedagógico. Os principais objetivos
foram a caracterização do ensino de geologia, o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
deste conteúdo no Ensino Médio e a compreensão do lúdico como instrumento pedagógico na
construção da aprendizagem deste conteúdo. Utilizamos como metodologia a pesquisa bibliográfica e
de campo, com abordagem quali-quatitativa, utilizando questionário semiestruturado composto por 5
questões abertas e fechadas. Concluímos que, os acadêmicos de biologia têm consciência da
importância do ensino do conteúdo de geologia no Ensino Médio, ressaltam o lúdico como um
excelente recurso pedagógico, sendo está ferramenta entendida como um facilitador na assimilação
de um conteúdo tão complexo como geologia. Vale ressaltar, que a maioria dos acadêmicos
reportaram ter contanto com este tema apenas durante o curso de graduação, no entanto, foram
unanimes em defender a inclusão deste conteúdo no Ensino Médio. Este estudo mostra como o
lúdico pode ser um excelente facilitador de aprendizagem em relação a conteúdos considerados
complexos e inéditos aos acadêmicos de graduações diversas.

Palavras-chave: Geologia. Instrumento pedagógico. Biologia. Lúdico. Ensino Médio.

Introdução

O presente artigo é uma proposta avaliativa da disciplina de ‘Avaliação do


processo de ensino dos conteúdos de evolução e geologia no ensino de ciências e
biologia’ do mestrado em Ensino de Ciências – UEG. Na oportunidade de cursar a
disciplina nos trouxe à tona a questão de conhecer a realidade do ensinamento do
conteúdo de geologia associado a biologia no Ensino Médio, tendo o lúdico como
instrumento pedagógico.
Esse eixo de estudo é fundamental para que o aluno amplie o
conhecimento sobre a diversidade da vida, estudar a dinâmica da natureza e suas
relações. Buscar proporcionar uma reconstrução crítica da relação homem/natureza.
De acordo com os PCN’s é importante para que o aluno observe em seu cotidiano
os conteúdos ministrados em sala de aula.
A presente pesquisa aborda a importância do uso do lúdico como uma
proposta de aprendizagem no ensino de geologia, o que denota a importância de
compreender, de visualizar, obtendo como ponto de vista as teorias de Vygotsky em
especifico a teoria sócio- interacionista.
A aprendizagem é um processo comum e constante na vida de um ser
humano, que durante toda a sua vida ocorre em várias áreas, desde a sua vida
intelectual, às tarefas mais simples do cotidiano. Na vida intrauterina, pode ocorrer o
aprendizado, em que os reflexos são considerados por pesquisadores como
resultado orgânico do aprendizado (PFROM NETTO, 1987).
O aluno quando é alvo de um trabalho de aprendizagem pode ser
estimulado a aprender e quando este recebe tal estímulo apresenta ou deve
apresentar respostas e dessa forma

a) o aprendiz seve ser ativo e suas respostas são fundamentais para que
ocorra a aprendizagem; b) a frequência da repetição ou dos exercícios é
importante para aquisição de qualquer habilidade e garante a retenção;
c) as respostas corretas ou desejáveis devem ser reforçadas e devemos
dar preferência ao reforçamento positivo (êxito, recompensas e
similares), em relação ao reforçamento negativo (punição, malogro); d)
a fim de que a aprendizagem se torne (ou permaneça) apropriada a
uma larga amplitude de estímulos...” (PFROM NETTO, 1987, pag. 75)

Torres e Santana (2009) fazem abordagem referente que o ensino de


geologia ocorre tradicionalmente utilizando do livro didático no desenvolvimento de
conhecimentos necessários. Tal prática pode trazer inúmeros prejuízos ao processo
de ensino aprendizagem, ao valorizar aspectos puramente conteúdistas o professor
indiretamente está induzindo a simples memorização do conteúdo, por isso é
importante que o mesmo em sua prática pedagógica utilize diversos recursos
pedagógicos para diferenciar suas aulas a fim de torná-las dinâmicas e
participativas.
Essa mudança de postura é um desafio que se propõe aos professores
ao utilizar o livro didático, e uma metodologia problematizada a que pode auxiliá-los
nessa busca por um ensino de Ciências significativo e motivador. Para tanto, o livro
deve ser base para discussão, e não apenas uma fonte de informações. O professor
precisa desenvolver a capacidade crítica nos alunos, propor questões desafiadoras
capazes de estimular o raciocínio e desenvolvimento de ideias próprias, a partir das
leituras realizadas no livro didático.
Torres e Santana (2009) ressaltam que os conteúdos de geologia
apresentam necessidade de capacidade abstração, além de boa capacidade
cognitiva dos alunos, e diante disso, é fundamental que os conteúdos dos livros
didáticos sejam complementados, principalmente vivenciar na prática, com uso de
experimentos, jogos, ou seja, instrumentos didáticos diferenciados.
Isso significa buscar a formação dos alunos como cidadãos, de modo que
possam estabelecer julgamentos, tomar decisões e atuar criticamente frente às
questões que a ciência e a tecnologia têm colocado atualmente em evidência como
forma de esclarecer e tentar amenizar graves problemas que afetam a humanidade
como um todo (LELARGE, LELARGE, 2013).
A abordagem lúdica junto ao ensino de geologia pode proporcionar ao
estudante uma visão do acontecimento fenomenológico, cujo processo de
assimilação na aprendizagem será, então, mais bem aproveitado, por intermédio da
ação didática onde o educador aguçará a curiosidade do aluno, o que o levará a
entender, o fato ocorrido, seguindo os desenvolvimentos teóricos ativamente. O
professor pode dar ênfase às metodologias que se alicerçam nas atividades
experimentais, pois sua importância encontrará no facilitar a compreensão através
da visão fenomenológica, proporcionando assim o ensinar-aprender naquilo em que
os adolescentes têm de melhor, a curiosidade (POPP, 2010).
Inicialmente pode-se colocar que a geologia é uma ciência da terra,
direcionada a estudo das propriedades físicas, estruturais, e que favorece a
entendimento e explicação referente aos processos geológicos do nosso planeta,
normalmente a recursos minerais, ou seja, o objetivo da geologia é a formação e
transformação das rochas, bem como sua composição e disposição destas na crosta
terrestre (POPP, 2010).O estudo da geologia é de total relevância, visto que, o
homem não deve esquecer que nosso planeta é vivo e apresenta uma coerência na
expressão de sua atividade (LELARGE; LELARGE, 2013).
Para contribuir com tais considerações, o presente trabalho tem por
objetivo analisar por meio de coleta de dados a visão dos acadêmicos de biologia
em relação ao ensino de geologia no ensino, e dando–se respaldo da utilização do
lúdico como instrumento pedagógico. Esta análise será feita de forma coletiva em
relação às principais tipologias de atividades propostas no planejamento verificando
o método de abordagem, como utilização de livros, se utiliza recursos como jogos
pedagógicos e com isso buscar promover um trabalho participativo e interativo.
O presente trabalho se justifica por propor um diálogo do conhecimento de
geologia com a disciplina de biologia, em uma discussão teórica e pratica tendo o
lúdico como instrumento mediador do conhecimento. Para a construção do
conhecimento de forma dialética, visto que, muitos destes acadêmicos não se
sentem capacitados para trabalharem assuntos de geologia, podendo ser
considerados como os principais obstáculos para uma melhor aprendizagem. Isso
nos remete a pensar sobre a carência de métodos e ferramentas que tornem os
conteúdos interessantes para os alunos em sala de aula, conseguindo a atenção e
facilitando a assimilação por meio de uma dinâmica metodológica.

Material e Métodos

Utilizamos uma abordagem quali-quantitativa, o qual permitiu um contato


direto com o ambiente e o sujeito pesquisado, possibilitando ao pesquisador um
estudo amplo do processo; ou seja, o produto. Conforme os pressupostos de
Marconi e Lakatos (2011) de que abordagem quali-quantitativa é a que consegue
responder a todas as questões envolvidas no estudo. Esta possibilita um
entendimento maior sobre a pesquisa, auxiliando o pesquisador na confecção,
estruturação e interpretação dos dados colhidos. Além de poder empregar vários
métodos e técnicas, como no caso, entrevistas, que podem ser flexível e aberta.
Como instrumento de coleta de dados empregamos o questionário com
questões semi-estruturadas, abertas e fechadas, o qual Ludke e André (2013) dizem
ser um instrumento que corresponde a uma série de perguntas que devem ser
respondidas por escrito, sem a presença do pesquisador. Na proposta de responder
a pergunta norteadora desta pesquisa, qual a visão dos acadêmicos de biologia em
relação ao ensino de geologia no ensino Médio, utilizando o lúdico como instrumento
pedagógico?
A investigação se deu no Instituto Federal Goiano Câmpus Ceres-GO, local
este que possui o curso de licenciatura, tendo como público alvo de nossa pesquisa
os acadêmicos do 7º período de biologia, totalizando 26 participantes. Na ocasião
buscamos conhecer a visão dos acadêmicos de biologia sobre o ensino de geologia
no Ensino Médio; propusemos entender a relação de conhecimento da geologia com
a biologia e ainda investigamos como o lúdico pode ser utilizado como instrumento
pedagógico na construção da aprendizagem em geologia.

Resultados e Discussão

O presente estudo aponta como dados gerais que, os acadêmicos do 7º


período de biologia que compreende por 99% do sexo feminino e 1% masculino.
Matriculados são 33 estudantes, no dia da pesquisa 4 faltaram e 3 não quiseram
responder, totalizando 26 participantes, destes 25 são do sexo feminino e 1 do sexo
masculino. Conhecendo um pouco mais o público alvo temos idade variando de 19
a 35 anos, dos 26; 5 trabalha como secretaria, 3 já atual como professores e 17 são
estudantes em tempo integral. A instituição é grande ponto de referência escolar
para todo a região desde o Ensino Médio ao superior prova disso que dos
pesquisados 6 são da cidade de Ceres e 20 de cidades do entorno, tais como:
Itapaci, Rubiataba, Uruana, Jaraguá e outras.
Podemos perceber que nosso público é considerado novo e de certa
maneira tem o termino do Ensino Médio bem recente, facilitando assim o
aprendizado de conteúdos como a geologia.
Daremos início a exposição das perguntas e análise das respostas,
lembrando que a pesquisa foi feita por questionário com cinco questões
semiestruturadas, abertas e fechadas.
Na primeira questão buscou verificar se o atual acadêmico estudou sobre
geologia no seu Ensino Médio e em qual disciplina; dentre as respostas tivemos 21
acadêmicos que estudaram e 5 não estudaram; as disciplinas foram a maioria
geografia totalizando 24 e apenas 2 fizeram com a biologia. Percebe-se que ainda
há um domínio da disciplina de geografia para com o ensino do conteúdo de
geologia, mas segundo Ferreira (2000) o professor deve romper as barreiras do livro
didático e possibilitar um conhecimento amplo de um conteúdo que estimule a
curiosidade, a criatividade e o interesse em aprender nos alunos.
Segunda questão procurou conhecer se os acadêmicos (a) acha
importante o ensino de geologia no Ensino Médio e porque, a resposta foi unanime
todos responderam sim, e dentre as justificativas destacam algumas como a
acadêmica A “sim, pois os alunos devem compreender o processo de formação do
solo, das rochas, o processo histórico da formação da terra”. E segundo a
acadêmica B “sim porque, não tendo visto este conteúdo no Ensino Médio vejo o
quanto faz falta e a importância de se estudar tal conteúdo que envolve o estudo da
terra, dos movimentos e modificações no planeta”.
Confirmando a opinião dos acadêmicos acima, Potapova (1968) citada por
Galvão (2009), nos lembra de que, a geologia no seu sentido mais amplo é como a
mais ampla ciência do planeta, sua tarefa é estudar a história da Terra como um
todo, suas várias esferas, camadas ou estratos e o núcleo. Considerado uma
“ciência histórica da natureza” por se dedicar ao estudo do desenvolvimento
histórico dos processos naturais “fixados” na crosta terrestre e dependentes de
métodos de investigação histórico-comparativos. Uma característica importante do
objeto da Geologia diz respeito à construção do seu conhecimento, uma ciência que
trabalha através de registros das rochas hoje existentes, e, a partir deles, tenta
reconstituir a evolução dos processos que deram origem a essas rochas.
Terceira questão investigou se os acadêmicos se sentem capacitado para
trabalhar com o conteúdo Geologia em suas aulas. A maioria, sendo 20
responderam que sim, dando mérito ao conhecimento aprendido na graduação
como relata a acadêmica B “ sim, tendo e estudado este conteúdo na graduação me
sinto capacitado para futuramente ministrar aulas envolvendo, necessitando apenas
relembrar” e ainda a acadêmica C “ apesar de ter estudado apenas um período de
geologia consegui aproveitar bastante o ensino e mesmo fora da sala de aula me
interesso e pesquiso sobre o assunto”.
E ainda 6 dos pesquisados responderam não se sentirem capacitados para
ministrar o conteúdo de geologia, segundo acadêmico D “ não, pois sinto que na
minha escola não foi bem preparado e não domino o tema. Na faculdade o foco e
mais voltado para paleontologia”.
Podemos perceber que o mesmo ponto que capacita à maioria que foi o
ensino na graduação também deixa a desejar, a formação acadêmica é um assunto
muito discutido e pesquisado.
Como se pode observar é preciso muito mais que o saber da graduação
para lidar com os conteúdos ao longo do ensino e todo um trabalho de pesquisa,
criatividade e inovação deve ser proposta pelo professor, seguindo esta ideia a
quarta questão levantou a inquietação de que para se trabalhar diversos assuntos
tanto na educação formal quanto na não formal, o lúdico se torna um importante
recurso pedagógico, o qual tem conquistado espaço em diferentes segmentos de
estudos. Os acadêmicos poderiam concordar ou não, se justificando; a resposta foi
única, todos concordaram e em suas justificativas foram norteados com o objetivo de
facilitar e diversificar o aprendizado, como relata o acadêmico E “o material lúdico
pode não só auxiliar na compreensão do assunto, como torná-lo mais chamativo e
descontraído”.
O professor, de um modo geral, na realidade da sala de aula, das
orientações, do trabalho com os alunos, da vida institucional e escolar, enfrenta os
problemas de uma prática difícil de ser realizada e, mais ainda, de ser refletida. Esse
professor, que nem sempre pode preparar as aulas como gostaria, nem sempre
acerta no que faz, apesar das boas intenções, atrapalha-se, equivoca-se. Apesar
disso, trabalha esperando o melhor para seus alunos e desejando que, quando
adultos, possam, quem sabe, substitui-́ lo de modo mais pleno (MACEDO, 2007).
Para a acadêmica F o lúdico é um importante recuso pedagógico “pois,
através dele é possível trazer o aluno para a sala de aula com mais força de vontade
de descobrir novos caminhos e prazer em buscar por mais aprendizado”. Os
instrumentos lúdicos pedagógicos para estudos de geologia segundo Torres e
Santana (2009) podem ser importantes ferramentas de uso do professor na
complexa busca de ensinar visando o enriquecimento do conhecimento e da
aprendizagem dos alunos.
Finalizando a pesquisa buscaram conhecer quais seriam os instrumentos
lúdicos que os acadêmicos sugeriam para trabalhar com a geologia no Ensino
Médio. Percebeu se que, todos têm noção do que seriam os instrumentos lúdicos,
mas o que chamou a atenção é que eles ficaram reditos em objetos como painéis,
slides, laboratórios, jogos e na estrutura da escola, não buscando de espaços não
formais como museu para o ensino do tema. Como a acadêmica F relata que “para
trabalhar com a geologia seria uma boa ideia os jogos de montagem, de perguntas e
respostas e o jogo de memória”.
O magistério como muitas profissões, precisa ser trabalhado de uma forma
reflexiva no sentido forte dessa palavra. A escola como parte de uma sociedade
complexa, a que se quer para todas as crianças deve saber oferecer algo melhor
para todas elas, em sua diversidade e singularidade, no que de bom, ruim, torto,
insuficiente elas trazem de sua vida lá fora. Praticar a reflexão e refletir sobre a
prática é uma das condições para isso (MACEDO, 2005).
Acredita-se que a falta de informação de locais diversificados e o início do
ensino de conteúdos como o de geologia na educação básica deixa a desejar na
busca de instrumentos pedagógicos de qualidades para um ensino adequado a
realidade social e tecnológica que vivemos.
O lúdico atrai a atenção do aluno envolvendo-a com a atividade. Para
Silva e Limonta (2014), por meio da ludicidade temos a possibilidade de criar
instrumentos pedagógicos que tornem o ensino interessante e menos maçante.
Esses instrumentos podem ser jogos, teatros, músicas, exposições, trabalhos de
campo, maquetes, entre outros. Ou seja, as atividades lúdicas estão associadas
com algo alegre e prazeroso, com características básicas que levam à liberdade de
ao questionamento dos resultados, e maneira critica.

Considerações Finais

Contudo, diante da aplicação do presente trabalho pode-se observar que o


sistema de ensino disponibiliza ao professor, basicamente, uma sala de aula, quadro
negro, giz e livro didático. A utilização de qualquer outra modalidade didática implica
em algum esforço e depende de outros agentes da escola, da disponibilidade de
materiais, de equipamentos e das instalações do estabelecimento.
Portanto, o planejamento de tais atividades deveria compor uma
sistemática pedagógica conjunta da equipe de ensino, do corpo docente e de
funcionários, incorporada como fluente no dia-a-dia da escola, diminuindo
improvisos e evitando problemas na sua execução.
Dessa maneira, a utilização do lúdico e de espaços não formal poderá
contribuir no ensino do conteúdo de geologia tornando-o mais atrativa e significativa
aos educandos; contribuindo também para estimular as atividades cientifica, visto
que as aulas devem se tornar momentos privilegiados para se debater o
conhecimento de maneira ampla, levando a sociedade a conhecer e questionar as
mudanças na sociedade.
A escola tem o compromisso social de ir além da simples transmissão do
conhecimento sistematizado. Esta deve se preocupar em ser espaço privilegiado de
aprendizagem, buscado metodologias participativas, problematizando os conteúdos
e estimulando o aluno a pensar, a descobrir, a questionar pontos de vistas de
contexto histórico e atual.
O professor que não se sente enriquecendo seu repertório de
conhecimentos pedagógicos no dia-a-dia da sala de aula, que não sabe dar um
estatuto educacional para todos os conteúdos agora presentes na escola para todos
(problemas cotidianos, convivência escolar, por exemplo) acabará desestimulado e
insuficiente. A formação continuada de professores em um contexto adequado para
isso é, igualmente, fundamental hoje.
Acreditamos que a partir do uso de novas estratégias de ensinar por meio
do lúdico a aprendizagem será estimulado a introduzir-nos diferentes segmentos de
ensino assuntos pouco enfatizado como a geologia. O presente artigo se propôs a
fazer um diálogo do conhecimento de geologia com a disciplina de biologia, em uma
discussão teórica e pratica tendo o lúdico como instrumento mediador do
conhecimento. Dentre da proposta de pesquisa percebeu que o ensino do conteúdo
de geologia no Ensino Médio é importante para termos a compreensão da formação
do planeta em si, destes sistemas, rochas, eras geológica, entre outras.
Cabe ao professor o bom senso de escolher aquela estratégia e
instrumento que melhor se adéqua ao ensino que se quer transmitir. Concluindo que
os acadêmicos têm consciência da importância do ensino do conteúdo de geologia
no Ensino Médio, se isto acontecesse regularmente os mesmos teriam mais
facilidade em aprender na graduação. Ressaltando o lúdico como um recurso
pedagógico facilitador na assimilação do conteúdo tão complexo como a geologia.
Praticar a reflexão supõe admitir que, como prática, ela se expressa como
qualquer outra forma de conhecimento, que se realiza no espaço e no tempo por
meio de estratégias ou procedimentos que favorecem sua melhor realização e que
pode ser mais bem realizada pela mediação de um formador.

Agradecimentos

Agradecemos ao prof. Claúdio M. de Almeida bem como a todos os


docentes do programa envolvidos na realização da disciplina em questão e ao
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência/PPEC-UEG, pela oportunidade
de apliarmos o nosso conhecimento. E a primeira autora gostaria de agradecer ao
IFGoiano Campus Ceres pela permissão da realização da pesquisa campo.
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