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Geração de energia por motores térmicos.

Conceitos básicos

Professor Antonio Luiz dos Santos

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1) Definições básicas

Motor Térmico ou máquina térmica é qualquer dispositivo que operando


em ciclo termodinâmico transforma energia térmica em energia mecânica
caracterizada, externamente ao motor, pela rotação de um eixo. A energia
térmica resulta da queima de um combustível fóssil como a gasolina, óleo
diesel ou gás natural ou um biocombustível como o álcool ou o biodiesel.
Genericamente os motores térmicos podem ser classificados em motores
de combustão externa e motores de combustão interna. Nos motores de
combustão externa as substâncias resultantes da queima do combustível são
usadas para aquecer em uma caldeira um fluido secundário, normalmente
água líquida, até a condição de vapor que escoando em uma turbina ou em
um sistema cilindro-pistão gera trabalho mecânico. Nos motores de
combustão interna a fonte térmica é uma mistura ar-combustível que no
processo de combustão gera os produtos de combustão que se constituem
na substância de trabalho para a produção de energia mecânica em uma
turbina ou em um conjunto cilindro-pistão. O motor de combustão externa
mais difundido usa como substância de trabalho o vapor d’água a alta
pressão e temperatura e suas aplicações mais usuais são a geração de
energia elétrica e a propulsão marítima. Os motores de combustão interna
mais difundidos são os motores alternativos ou de pistão largamente
empregado em aplicações automotivas e em menor escala na geração de
energia elétrica e os sistemas de turbina a gás usados principalmente na
geração de energia elétrica e de aplicação reduzida no setor automotivo e
na propulsão marítima.
Combustão é uma reação química entre um combustível e um oxidante
em conseqüência da qual ocorre liberação de energia. O combustível é
modelado como um hidrocarboneto ou álcool e o oxidante é o oxigênio do
ar com composição volumétrica aproximada de 21% de oxigênio e 79% de
nitrogênio. No processo de combustão o oxigênio é o elemento químico
ativo e o nitrogênio é considerado como um gás inerte embora, devido as
altas temperaturas envolvidas na combustão, ele seja o responsável pela
formação dos óxidos de nitrogênio designados genèricamente por NOx.
Combustão estequiométrica é aquela em que ocorre a oxidação
completa dos elementos químicos do combustível.
Ar estequiométrico ou ar teórico é a quantidade de ar necessária à
combustão estequiométrica, ou seja, a quantidade de ar que participa da
combustão estequiométrica. Se a quantidade de ar que participa da
combustão é inferior ao ar estequiométrico a combustão ocorre com
deficiência de ar (mistura ar-combustível rica ou mistura rica). Se a

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quantidade de ar que participa da combustão é superior à estequiométrica a
combustão ocorre com excesso de ar (mistura ar-combustível pobre ou
mistura pobre).
Produtos da combustão são as substâncias que resultam de um
processo de combustão. Para uma análise aproximada do processo de
combustão e para um combustível cujos elementos químicos sejam carbono
(C), hidrogênio (H) e enxofre (S) os produtos da combustão gerados
dependem das quantidades de ar e combustível que tomam parte na
combustão como indicado abaixo.
Combustão estequiométrica: dióxido de carbono (CO2), vapor d’água
(H2O), óxido de enxofre (SO2) e nitrogênio (N2)
Combustão com excesso de ar: CO2, H2O(g), SO2, oxigênio (O2) e N2
Combustão com excesso de ar: CO2, H2O(g), SO2, monóxido de carbono
(CO) e N2.
Os produtos resultantes de um processo de combustão real contém ainda
outras substâncias como hidrocarbonetos não queimados, óxidos de
nitrogênio conhecidos pela abreviação NOx , aldeídos, compostos orgânicos
voláteis, material particulado, etc.
Relação ar-combustível (rac) é a relação entre a massa de ar (ma) e a
massa de combustível (mc) que participam de uma reação de combustão, ou
seja:

rac= ma / mc

Relação ar-combustível estequiométrica (race) é a relação ar-


combustível associada a uma combustão estequiométrica.
A relação ar-combustível estequiométrica calculada para alguns tipos de
combustíveis é indicada a seguir. Para a gasolina modelada como octano
(C8H18) 15/1, para o álcool etílico hidratado (etanol hidratado) 8/1, para as
misturas gasolina-etanol com cerca de 20% em volume de etanol anidro
13.5/1 e para o gás natural suposto constituído apenas por metano 17/1.
Poder calorífico (PC) é a quantidade de calor liberado na queima da
unidade de massa de um combustível. O poder calorífico pode ser expresso
em kJ/kg, kcal/kg e BTU/lb. No caso de combustíveis gasosos ele é
expresso em kJ/m3, kcal/m3 ou BTU/ft3. O poder calorífico mais usual é o
poder calorífico a volume constante que é obtido experimentalmente em
um calorímetro de volume constante (bomba calorimétrica) e sua
determinação segue normas de ensaio padronizadas. O poder calorífico a
pressão constante, eventualmente usado, pode ser determinado
experimentalmente usando um calorímetro de escoamento.
Independentemente dos dois tipos de poder caloríficos acima citados eles
podem ainda ser classificados em poder calorífico superior e poder
calorífico inferior. Poder calorífico inferior é aquele no qual se admite que

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o vapor d’água gerado no processo de combustão permanece no estado
gasoso. Poder calorífico superior é aquele no qual se considera que o vapor
d’água gerado na combustão se condensa totalmente liberando, portanto
uma quantidade adicional de energia calorífica associada à condensação do
vapor d’água dos produtos da combustão. Na prática, como as temperaturas
envolvidas na combustão são muito altas não ocorre a condensação do
vapor d’água e em conseqüência a energia térmica liberada na combustão
está relacionada com o poder calorífico inferior. Na prática, admite-se que
a temperatura mínima que os produtos da combustão podem ser resfriados
para o aproveitamento de sua energia térmica residual sem que ocorra
condensação do vapor d’água, varia entre 120oC e 130oC dependendo do
conteúdo de enxofre existente no combustível.
Rendimento térmico ou eficiência térmica (η t ) de um motor térmico é
definido como a razão entre a potência mecânica (W& m ) medida no eixo do
motor e a potência calorífica (Q& ) fornecida ao motor ambas expressas na
f
mesma unidade, ou seja:

W&
ηt = & m (1)
Qf

Assim o rendimento térmico é um número adimensional e sempre menor


que 1 sendo normalmente expresso em percentagem.
Por outro lado, indicando por m& c a massa de combustível consumida
pelo motor na unidade de tempo e de acordo com a definição de poder
calorífico conclui-se que a potência calorífica fornecida ao motor é:

Q& f = m& c × PC (2)

Combinando-se as relações (1) e (2) obtém-se:

W& m
m& c = (3)
ηt × PC

A expressão (3) acima permite que se calcule a massa de combustível


consumida na unidade de tempo por um motor desenvolvendo uma
potência mecânica W& m usando um combustível com poder calorífico PC e
que apresente um rendimento térmico η t . Verifica-se ainda de (3) que
quanto maior η t menor o consumo de combustível na unidade de tempo. O
rendimento térmico de um motor depende de seu projeto e pode ser
fornecido pelo fabricante. Como ordem de grandeza o rendimento térmico

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máximo de motores comerciais incluindo motores alternativos, sistemas de
turbina a gás e sistemas de turbinas a vapor é de 45%.

Consumo específico de calor (CEC) ou Heat Rate (HR) é a energia


calorífica fornecida ao motor ( Q f ) por unidade de energia produzida pelo
motor (Wm ) , ou seja:

Qf
CEC = (4)
Wm

Pode-se expressar o CEC em kJ/kW. h, BTU/kW. h, etc. De acordo com a


definição de rendimento térmico conclui-se que o CEC é o inverso do
rendimento térmico, ou seja:

K
CEC = (5)
ηt

onde K é uma constante cujo valor depende das unidades adotada para Q f e
Wm . Assim para Q f em kJ e Wm em kW.h a constante K vale 3600. Logo
o CEC em kJ/kW. h pode ser calculado por:

kJ 3600
CEC ( )= (6)
kW .h ηt

Consumo específico de combustível (CEF) é a massa de combustível


( mc ) consumida por unidade de energia (Wm ) produzida pelo motor isto é:

mc
CEF = (7)
Wm

g comb
Assim a unidade usual de consumo específico de combustível é .
kW .h
g comb
Um valor médio típico de CEF para motor diesel é de 200 .
kW .h

Conjugado ou torque é o esforço de torção produzido pelo motor e sua


unidade de medida é o Newton x metro (Nxm).

Carga é o esforço de torção demandado ao motor e sua unidade é a mesma


do conjugado. A carga pode ser um gerador elétrico, as rodas de um

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veículo, etc. Quando a carga é igual ao conjugado a rotação do motor
permanece constante.

Potência é o trabalho na unidade de tempo e sua unidade de medida é o


Watt, quilowatt, o cavalo vapor (CV) ou o horsepower (HP)

Potência ao freio é a potência medida no eixo do motor e representa a


potência realmente disponível no eixo do motor nas condições de teste.

O exemplo 1 abaixo esclarece o uso de alguns dos parâmetros acima


definidos.
Exemplo 1: Do catálogo de um fabricante de sistemas de turbinas a gás
foram obtidas as informações abaixo
Potência desenvolvida: 25570 kW
Consumo específico de calor: 12847 kJ/kW.h
Vazão na descarga da turbina: 448000 kg/h
Poder calorífico do combustível: 43000 kJ/kg
Calcular a potência calorífica fornecida, o rendimento térmico da
instalação, o consumo horário de combustível em kg/s e a relação ar-
combustível.

Solução

Potência calorífica fornecida


kJ
Q& f =12847 × 25570 Q& f = 328497 = 91249 kW
h

Rendimento térmico
25570
ηt = η t = 0.28
91249

Consumo horário de combustível


kg kg
91249 = m& c × 43000 m& c = 2.12 = 7639
s h

Vazão de ar
kg
448000 = 7639 + m& ar m& ar = 440361
h

Relação ar-combustível
440361
rac = rac = 57.6 / 1
7639

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2) Geração de energia elétrica

A geração de energia elétrica em sistemas de cogeração é realizada com


motores de combustão interna bàsicamente sistemas de turbina a gás e
motores alternativos ou com motores de combustão externa bàsicamente
sistemas com turbinas que usam vapor d’água como substância de trabalho.

2.1) Sistemas de turbinas a gás

O sistema mais simples de turbina a gás é constituído por um compressor


(CP), uma câmara de combustão ou combustor (CC), e uma turbina (TUR)
como ilustrado na figura 1 abaixo.

Fig. 7.1
Figura 1: Componentes do sistema de turbina a gás
Figura 1: Sistema de turbina a gás

Figura 1: Sistema de turbina a gás

Ar a pressão e temperatura ambientes é aspirado pelo compressor onde


ocorre um acréscimo na sua pressão e temperatura. O ar quente e
pressurizado penetra na câmara de combustão onde o combustível
finamente pulverizado é introduzido na corrente de ar quente ocorrendo a
combustão suposta isobárica. Os gases de combustão a alta temperatura e
pràticamente com a mesma pressão que sai do compressor saem da câmara
de combustão e alimentam a turbina onde a energia térmica dos gases de
combustão é transformada em potência mecânica evidenciada pela rotação
do eixo da turbina. Do trabalho total produzido pela turbina cerca de 50%
é utilizado para o acionamento do compressor e o restante para o
acionamento da carga aplicada ao eixo da turbina, por exemplo, um gerador
elétrico. A partida do sistema é realizada por um motor mostrado
esquemàticamente na figura 1. O modelo termodinâmico para a
quantificação de parâmetros do sistema de turbina a gás é o ciclo Brayton.

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O sistema ilustrado na figura 1 apresenta um único eixo e desta forma o
compressor e a turbina operam a mesma rotação. Esta configuração é
indicada quando a carga não sofre variações significativas de rotação
quando, por exemplo, o sistema atende a um gerador elétrico. A figura 2
abaixo mostra esquemàticamente um sistema de turbina a gás com dois
eixos independentes onde são indicadas duas turbinas, uma turbina de alta
pressão (HP) que tem por finalidade acionar o compressor e uma turbina de
baixa pressão (LP) que tem por finalidade acionar a carga. Assim os gases
gerados no combustor escoam inicialmente pela turbina de alta pressão
onde sofrem um decréscimo de pressão e temperatura e alimentam em
seguida a turbina de baixa pressão que aciona a carga.

Figura 2: Sistema de turbina a gás com dois eixos

A configuração do sistema de turbina a gás com dois eixos permite que o


compressor opere com rotação diferente da turbina tornando o sistema mais
adequado a aplicações onde ocorram variações significativas na rotação da
carga. Por outro lado a energia necessária a partida é menor uma vez que a
turbina que aciona a carga não está mecanicamente acoplada à turbina de
alta pressão.
As relações ar combustível usadas nos sistemas de turbina a gás são
elevadas como ficou evidenciado no exemplo 1 onde se obteve uma relação
ar-combustível de 57.6/1 caracterizando uma mistura excessivamente pobre
o que impossibilitaria a combustão. Para que a combustão possa ocorrer no
combustor a vazão total de ar aquecida e pressurizada vinda do compressor
é dividida em uma corrente primária ou ar primário e uma corrente de ar
secundária ou ar secundário. O combustível é injetado na corrente de ar
primário ocorrendo a combustão aproximadamente estequiométrica com
acréscimo acentuado de temperatura. A corrente de ar secundário mistura-
se, ao longo do combustor, com os produtos de combustão obtendo-se desta
forma uma temperatura de entrada na turbina com valores compatíveis com
os materiais de fabricação das palhetas da turbina (1200oC a 1400oC). Os
compressores do sistema de turbina a gás podem ser do tipo centrífugo e

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axial que, por serem máquinas rotativas, atendem melhor ao deslocamento
das grandes vazões de ar envolvidas no sistema como conseqüência das
relações ar-combustível elevadas.
As turbinas podem ser classificadas em aeroderivadas e industriais. As
turbinas aeroderivadas usadas em aplicações estacionárias são originárias
da indústria aeronáutica. Elas são mais leves e mais caras do que as
projetadas e fabricadas para atender a aplicações estacionárias. O
compressor do sistema que usa turbinas aeroderivadas pode ter relações de
compressão de 30/1 o que exige, no caso do uso do gás natural, de um
compressor de alta pressão para introduzir o combustível na câmara de
combustão. Os sistemas de turbinas a gás modernos equipados com
turbinas aeroderivadas e com potência superior a 40 MW podem alcançar
rendimento térmico de 45% baseado no poder calorífico inferior.
As turbinas industriais são usadas para a geração de potência em
instalações de cogeração ou usinas termoelétricas. Comparativamente com
as turbinas aero derivadas são em geral mais baratas, mais robustas,
apresentam intervalos de inspeção e manutenção maiores sendo, no entanto
menos eficientes e mais pesadas. O acionamento da carga nos sistemas de
turbinas a gás pode ser realizada do lado da turbina (hot end drive) onde os
gases de escapamento alcançam temperaturas entre 400oC e 500oC ou do
lado do compressor (cold end drive) onde o equipamento acionado é mais
facilmente acessível e está exposto a temperaturas mais baixas.
A potência nominal de um sistema de turbina a gás é fornecida para uma
temperatura e pressão ambientes de 15oC e 1 bar. A operação do sistema
fora das condições nominais de pressão e temperatura influencia de forma
significativa na potência gerada e menos acentuadamente no rendimento
térmico. Assim um aumento na temperatura do ar aspirado diminui a massa
específica do ar e em conseqüência um decréscimo na vazão em massa de
ar aspirada pelo compressor e, portanto na vazão dos produtos da
combustão que se traduz numa diminuição da potência gerada. Por outro
lado o ar mais quente exige também maior potência de compressão.
Inversamente um decréscimo na temperatura de entrada do ar acarreta um
aumento na potência e no rendimento térmico. A figura 3 na página
seguinte mostra a variação percentual da potência (linha contínua) e no
valor do rendimento térmico (linha de traço) como função da temperatura
de entrada do ar expressa em graus Fahrenheit em relação à temperatura
padrão de 60oF (15oC).

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Figura 3: Influência da temperatura ambiente na potência e no
rendimento térmico.

A massa específica do ar decresce com a altitude e em conseqüência a


potência gerada pelo sistema decresce com a altitude. A figura 4 mostra a
variação percentual de potência em relação à potência ao nível do mar
como função da altitude expressa em pés. .

Figura 4: Variação da potência com a altitude

Nos sistemas de turbinas a gás a vazão elevada associada à alta temperatura


dos gases de escapamento constitui uma fonte com alto potencial térmico
que pode ser aproveitada para a geração de vapor saturado ou
superaquecido em caldeiras de recuperação (Heat Recovery Steam
Generator → HRSG) que são trocadores de calor que usam os produtos de
combustão para a geração de vapor. Por outro lado o oxigênio residual
existente nos produtos de combustão devido às altas vazões de ar permite
uma queima suplementar de combustível para aumentar a capacidade de
produção da caldeira. A figura 5 abaixo ilustra um sistema de turbina a
gás, dois eixos, com acionamento da carga pelo lado quente. O compressor
é do tipo axial com diversos estágios, duas turbinas uma para o
acionamento do compressor e outra para o acionamento da carga. Estão
indicados na figura valores de pressão e temperatura ao longo do sistema.

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Figura 5: Sistema de turbina a gás

2.2: Motores alternativos

Motor alternativo ou de pistão, mostrado esquemàticamente na figura 6


da página seguinte, consiste de um cilindro no interior do qual se desloca
um pistão (M) ligado mecanicamente a uma biela (N) que por sua vez está
acoplada à arvore de manivelas ou virabrequim (P). Na parte superior do
cilindro é montado o cabeçote (E) com a câmara de combustão onde é
posicionada a vela de ignição (J) no caso dos motores do ciclo Otto ou o
bico injetor no caso do motor diesel. . Estão mostradas ainda a válvula de
admissão (C) e a válvula de escapamento (K). O movimento retilíneo do
pistão provocado pela pressão dos gases resultantes da combustão é
transformado pela biela em movimento rotativo da árvore de manivelas que
aciona a carga aplicada ao motor. Estão indicadas na figura as camisas
d’água (F) no cilindro e na culatra por onde circula a água de arrefecimento
do motor e ainda os ressaltos (A) de acionamento das válvulas de admissão
e escapamento.

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Figura 6: Esquema de um motor alternativo

Ciclo mecânico de funcionamento do motor é um conjunto de


movimentos executados pelos componentes básicos de seu mecanismo que
ocorrem numa seqüência bem definida e que quando completada retorna os
componentes à sua condição inicial. Quando o ciclo mecânico de
funcionamento é realizado em quatro cursos do pistão, ou seja, em duas
rotações da árvore de manivelas o motor é de quatro tempos. Quando o
ciclo mecânico de funcionamento é realizado em dois cursos do pistão, ou
seja, em uma rotação da árvore de manivelas o motor é de dois tempos.
Ciclo termodinâmico é um conjunto de processos sofrido pela substância
de trabalho ao fim dos quais ela retorna a seu estado termodinâmico inicial
constituindo-se assim no modelo termodinâmico do ciclo mecânico. Assim
de acordo com seu ciclo termodinâmico os motores são chamados de
motores de ciclo Otto e motores de ciclo Diesel.
Os motores de combustão interna podem ainda ser classificados, de
acordo com a forma segundo a qual inicia a combustão, em motores de
ignição por centelha (ICE) que são motores de ciclo Otto e motores de
ignição por compressão (ICO) que são motores de ciclo Diesel.
O motor ICE é alimentado por uma mistura ar combustível e a combustão
é iniciada por uma centelha, gerada pela vela de ignição, na massa de
mistura cuja temperatura e pressão foram aumentadas por um processo de
compressão.

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O motor ICO é alimentado com ar ambiente que tem sua temperatura e
pressão aumentadas devido também a um processo de compressão ao fim
do qual o combustível finamente pulverizado é injetado no ar aquecido
onde sofre um processo de auto-ignição.
Os motores ICE e ICO podem operar segundo o mesmo ciclo mecânico
(2 tempos ou 4 tempos ) apresentando entretanto ciclos termodinâmicos
diferentes.
Parte da energia liberada no processo de combustão que não é
transformada em energia mecânica é absorvida sob forma de calor pelo ar
ambiente ou pela água de arrefecimento do motor. Assim, quanto ao fluido
de arrefecimento o motor pode ser com arrefecimento a ar ou a água.
Pode-se então distinguir os seguintes tipos de motores alternativos: motor
de quatro tempos ciclo Otto, motor de quatro tempos ciclo Diesel, motor de
dois tempos ciclo Otto e motor de dois tempos ciclo Diesel. Alguns termos
característicos relacionados com motores alternativos são definidos abaixo.

Ponto morto é uma posição limite ocupada pelo pistão na qual sua
velocidade linear é nula.
Curso do pistão é a distância entre o ponto morto alto e o ponto morto
baixo.
A figura 6 abaixo ilustra esquematicamente o conjunto cilindro-pistão de
um motor arrefecido a ar onde aparecem indicados o ponto morto superior
(PMS) e o ponto morto inferior (PMI).

Figura 7: Conjunto pistão-cilindro

Câmara de combustão ou câmara de compressão é o espaço livre acima


do pistão quando ele se encontra no ponto morto superior.

Cilindrada unitária (vd ) é o volume deslocado por um pistão quando ele


se desloca do ponto morto alto ao ponto morto baixo.

Cilindrada do motor (VD ) é o volume total deslocado pelos pistões


quando eles se deslocam do ponto morto alto até o ponto morto baixo.

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Assim indicando por D o diâmetro do cilindro, por L o curso do pistão e
por n o número de cilindros a cilindrada pode ser calculada pela expressão:

π × D2 × L × n
VD =
4

A cilindrada é normalmente expressa em litros, centímetros cúbicos ou


polegadas cúbicas e é uma característica geométrica do motor
.
Taxa de compressão (r ) é a relação entre o volume total dentro do cilindro
com o pistão no ponto morto baixo e o volume da câmara de combustão
(vc ) que corresponde ao pistão no ponto morto alto. Assim a taxa de
compressão pode ser calculada pela expressão:

v D + vC
r=
vC

A taxa de compressão varia numa faixa de 8/1 e 11/1 nos motores de


ciclo Otto e entre 16/1 e 20/1 nos motores de ciclo Diesel.

Rotação do motor é a velocidade angular do eixo de manivelas expressa


normalmente em rotações por minuto.

Rendimento volumétrico (η v ) jé a relação entre a massa de ar


real (m& r ) admitida no motor e a massa de ar (m& t ) que encheria sua
cilindrada medida nas condições de pressão e temperatura ambientes, isto
é:
m&
ηv = r (8)
m& t

Na expressão (8) a vazão m& t pode ser calculada pela expressão:

π × D2 N
m& t = ρ o × × L× ×n
4 x

onde ρ o é a massa específica do ar nas condições de pressão e


temperatura ambientes, D é o diâmetro do cilindro, L o curso do pistão, N a
rotação do motor, n o número de cilindros e adotando para motores de dois
tempos x =1 e para motores de quatro tempos x =2.

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O funcionamento de um motor de ignição por centelha de quatro tempos
está ilustrado na figura 8.

Figura 8: Funcionamento do motor de quatro tempos

1º tempo: Tempo de admissão

Admitamos o pistão no ponto morto superior com a válvula de descarga


fechada. Na câmara de combustão existe uma massa residual de produtos
da combustão do ciclo anterior. A válvula de admissão abre e puxado pela
biela o pistão inicia seu curso descendente gerando uma depressão no
interior do cilindro permitindo que a mistura ar-combustível a pressão
atmosférica seja admitida no cilindro o que ocorre durante todo curso
descendente do pistão. Ao fim do curso de admissão o cilindro contém a
mistura ar-combustível misturada com os gases residuais e a válvula de
escapamento permanece fechada.

2º tempo: Compressão

Com o pistão no ponto morto inferior ocorre o fechamento da válvula de


admissão e a válvula de escapamento permanece fechada. Impulsionado
pela biela o pistão descreve seu curso ascendente até atingir o ponto morto
superior provocando uma diminuição no volume da mistura com o
conseqüente aumento de sua temperatura e pressão.

3º tempo: Combustão e expansão

Com o pistão no ponto morto superior ocorre a combustão provocada pela


centelha produzida na vela de ignição aumentando significativamente a
pressão e a temperatura na câmara de combustão. A pressão gera uma força
na cabeça do pistão fazendo-o descrever seu curso descendente (tempo
motor) até o ponto morto inferior.

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4º tempo: Escapamento

Com o pistão no ponto morto inferior ocorre a abertura da válvula de


escapamento e a válvula de admissão permanece fechada. O pistão executa
seu curso ascendente descarregando a mistura queimada até atingir o ponto
morto superior ocorrendo então o fechamento da válvula de escapamento.
O sistema retorna então a seu estado inicial, a válvula de admissão se abre
iniciando-se um novo ciclo.
O ciclo mecânico de funcionamento do motor de ignição por compressão
é idêntico ao do motor de ignição por centelha acima descrito. Neste caso
durante a admissão apenas ar é admitido e no final da compressão o
combustível é injetado na massa de ar aquecido devido à compressão
ocorrendo então a auto-ignição do combustível.
Os motores alternativos podem ser também classificados em motores com
aspiração natural ou motores com aspiração forçada. Nos motores com
aspiração natural o ar ou a mistura entram no motor devido ao decréscimo
de pressão gerada dentro do cilindro no curso de admissão do motor. No
caso dos motores com aspiração forçada o ar ou a mistura são introduzidos
no cilindro com pressão maior que a pressão atmosférica.
A compressão do ar ou da mistura ar-combustível pode ser realizada em
um compressor acionado diretamente pelo motor ou por um compressor
centrífugo acionado por uma turbina. O conjunto compressor-turbina é
chamado de turbo compressor e os motores que usam este tipo de
dispositivo são chamados de motores turbinados. Neste caso os gases de
escapamento do motor acionam uma turbina que fornece a energia
necessária à compressão. Um esquema simplificado de um motor com
turbo compressor para um motor diesel está ilustrado na figura 8 abaixo.

Figura 9: Esquema de um motor diesel com turbo compressor

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O ar é admitido em (1) e comprimido pelo compressor centrifugo é
descarregado em (2) aquecido e sob pressão. Nesta condição o ar escoa em
um trocador de calor ar-ar denominado resfriador intermediário conhecido
como intercooler onde o ar é resfriado. O fluido de arrefecimento do
intercooler pode ser ar ou água. O ar é então admitido no cilindro a uma
pressão maior que a pressão atmosférica. Ocorre então o curso de
compressão ao fim do qual o combustível finamente pulverizado é injetado
na massa de ar quente ocorrendo então a combustão. Os gases
descarregados do motor (6) acionam uma turbina cujo eixo aciona o
compressor centrífugo que comprime o ar de admissão para o motor. Após
escoar pela turbina os gases são descarregados na atmosfera (7).
Diferentemente do sistema de turbina a gás existem quatro fontes
térmicas disponíveis nos motores de combustão interna: gases de
escapamento, água de arrefecimento do motor, água de arrefecimento do
resfriador do óleo lubrificante conhecido como radiador de óleo e água de
arrefecimento do resfriador intermediário no caso dos motores turbo
alimentados. O calor pode ser recuperado sob a forma de água quente e na
geração de vapor d’água. Os fabricantes de motores disponibilizam a
capacidade térmica das diversas fontes caloríficas do motor. Assim um
fabricante fornece as características abaixo de um motor estacionário para
geração de energia elétrica.
Motor de ignição por centelha com turbo-compressor, resfriador
intermediário arrefecido a água, 8 cilindros em linha, diâmetro e curso dos
cilindros respectivamente de 152 mm e 165 mm, cilindrada total de 24
litros, taxa de compressão de 11/1, potência no eixo 415 kW a 1800 RPM.
O combustível é gás natural com poder calorífico de 35.3 MJ/m3. Da folha
de dados fornecida pelo fabricante são fornecidas as seguintes informações:

Potência calorífica fornecida ao motor: 1204 kW


Potência térmica disponível na água de arrefecimento: 305 kW
Potência térmica disponível na água de arrefecimento do resfriador
intermediário: 75 kW
Potência térmica disponível no óleo lubrificante: 38 kW
Potência térmica dissipada por radiação: 26 kW
Potência térmica disponível nos gases de escapamento: 335 kW
Vazão dos gases de escapamento: 2405 kg/h
Temperatura de descarga dos gases de escapamento: 450oC
Vazão do ar de alimentação do motor: 30 m3/min

A potência térmica disponível nos gases de escapamento está baseada em


uma temperatura final de resfriamento dos gases de 29oC.

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A potência fornecida pelo fabricante refere-se à potência contínua
definida como a maior potência elétrica fornecida por um número ilimitado
de horas por ano, excetuado as horas de manutenção. É permitido operar o
motor com uma sobrecarga de até 10% por duas horas em um período de
24 horas.
Da mesma forma que as turbinas a gás a potência fornecida pelo motor
decresce com o decréscimo da pressão atmosférica local, isto é, a potência
decresce com a altitude.
A figura 10 abaixo ilustra um motor fabricado pela Waukesha com
potência nominal de 3605 kW a 1000 RPM, ciclo Otto, que usa gás natural
como combustível.

Figura 10: Motor alternativo com potência nominal de 3605 kW

2.3) Sistema de turbina a vapor

O sistema de turbina a vapor é classificado como uma máquina de


combustão externa e usa vapor d’água como substância de trabalho. O
sistema mais simples de turbina a vapor, mostrado esquemàticamente na
figura 11 na página seguinte, é constituído por quatro componentes:
caldeira ou gerador de vapor, turbina, condensador e bomba. O sistema
totalmente estanque é carregado com água isenta de impurezas. A turbina
recebe vapor d’água a alta pressão e temperatura (vapor superaquecido) e
transforma a energia térmica do vapor em energia mecânica caracterizada
pela rotação de um eixo que aciona um gerador elétrico. O vapor d’água a
baixa pressão e temperatura descarregado da turbina condensa no
condensador que é um trocador de calor do tipo casco e tubo no qual o
fluido que circula no casco é o vapor oriundo da turbina e o fluido que
circula no interior dos tubos é a água de arrefecimento. No caso do

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esquema mostrado a água de arrefecimento que se aquece ao absorver o
calor resultante da condensação do vapor é resfriada em uma torre de
arrefecimento do tipo hiperbólica. No caso mais geral a água de
arrefecimento provém de uma fonte fria naturalmente disponível (rio, lago
ou mar) retornando a ela após ser aquecida no condensador.
. A corrente de água líquida vinda do condensador é aspirada pela bomba
de condensado que garante a circulação de água no sistema e aumenta sua
pressão para sua introdução na caldeira. Na caldeira os gases de combustão
a alta temperatura resultante da queima de um combustível provocam a
vaporização da água que retorna à turbina como vapor superaquecido. Os
gases de combustão são descarregados na atmosfera por uma chaminé. O
modelo termodinâmico do sistema acima descrito é o ciclo de Rankine.

Figura 11: Componentes de um sistema de geração de energia com vapor

No caso de usinas termoelétricas em que se objetiva apenas a obtenção de


energia elétrica e visando aumentar o rendimento térmico da instalação, o
ciclo básico é modificado introduzindo-se no sistema reaquecedores do
vapor e aquecedores de água de alimentação da caldeira. Ainda neste caso
o vapor é gerado a pressões que podem atingir 150 bar e temperaturas
superiores a 400oC. Por outro lado os condensadores operam com pressões
absolutas que podem atingir valores de 4 bar que corresponde a um vácuo
de 730 mm de mercúrio.
O sistema de turbina a vapor quando usado em sistemas de cogeração
pode operar com pressões no condensador maiores que a atmosférica de
pendendo das temperaturas desejadas para o vapor que será aproveitado no
processo. O uso de pressões de condensação mais altas acarretarão um
decréscimo no rendimento térmico da instalação. A figura abaixo ilustra
uma turbina a vapor com potência nominal de 2611 kW

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Figura 12: Turbina a vapor com potência de 2611 kW

3) Fundamentos de cogeração

Cogeração é a produção simultânea de energia mecânica ou elétrica e


energia térmica em uma mesma instalação a partir de um mesmo insumo
energético, ou seja, a partir de uma mesma fonte primária. A cogeração é
também conhecida como Sistema Combinado de Calor e Potência
(Combined Heat and Power Systems indicado por CHP). A figura 13 na
página seguinte mostra um diagrama genérico simplificado de um sistema
de cogeração. A energia térmica reaproveitada na cogeração é normalmente
usada para aquecimento ou para gerar vapor d’água.

Figura 14: Diagrama genérico simplificado do sistema de cogeração

Os sistemas de geração de potência anteriormente estudados apresentam


rendimento térmico máximo em torno de 45% ou seja, 55% do calor gerado
na queima de certa massa de combustível não é aproveitado na produção de
algum efeito útil. A cogeração, reaproveitando parte da energia calorífica
que seria dissipada na atmosfera, aumenta consideravelmente o

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aproveitamento do calor gerado na queima do combustível podendo-se
atingir eficiências de 85%. Assim o consumo de combustível na geração
combinada de energia mecânica e calor decresce quando comparada com a
geração não simultânea com o conseqüente decréscimo na emissão de
poluentes o que torna a cogeração uma alternativa ecológica importante na
geração de energia não apenas por agredir menos o meio ambiente como
também por contribuir na preservação das reservas dos combustíveis não
renováveis. Os sistemas de cogeração podem consumir 10% a 30% menos
combustível na geração de energia eletromecânica quando comparado com
a geração de energia elétrica e calor produzidos separadamente
Os sistemas de cogeração podem operar em dois regimes: regime topping
e regime botomming. No regime topping atende-se primeiro a geração de
energia eletromecânica e o rejeito térmico é usado para gerar energia
calorífica. A figura 13 abaixo ilustra um sistema de cogeração em regime
topping usando um ciclo de turbina a gás.

Figura 13: Cogeração em regime topping com turbina a gás

Neste caso a turbina aciona um gerador elétrico e a corrente dos gases de


escapamento que saem da turbina alimentam uma caldeira de recuperação
(Heat Recovery Steam Generator) que gera o vapor necessário ao
processo.
O regime topping pode também usar um motor de combustão interna
como ilustra a figura 14 na página seguinte. O motor aciona um gerador
elétrico. O calor dos gases de escapamento é aproveitado para gerar vapor
d’água usado como fonte motriz para um sistema de refrigeração por
absorção de vapor e também para aquecimento atendendo, no caso
mostrado, a uma lavanderia e a cocção de alimentos. No caso apresentado
o calor dissipado no radiador de óleo não está representado no desenho.

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Figura 14: Cogeração em regime topping com motor a gás

No regime bottoming, normalmente menos usado, atende-se primeiro a


geração de energia térmica e o rejeito é usado na geração de energia
eletromecânica. A figura 15 ilustra um esquema simplificado de um
sistema de cogeração operando no regime bottoming.

Figura 15: Cogeração em regime bottoming

Neste caso, a combustão ocorre na fornalha e os gases resultantes da


combustão atendem ao processo de onde saem com temperatura mais
baixa e alimentam uma caldeira de recuperação onde é gerado o vapor
d’água necessário ao acionamento da turbina que aciona o gerador
elétrico.

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4) Ciclo combinado

O ciclo combinado usado, bàsicamente para a geração de energia


elétrica, é um sistema de alto rendimento térmico que pode atingir valores
de 60% bem superiores, portanto aos dos motores convencionais que
apresentam rendimento térmico máximo de 45%. O sistema, ilustrado na
figura 16, consiste de um ciclo Brayton superposto a um ciclo Rankine
acoplados tèrmicamente por uma caldeira de recuperação representada na
figura como um trocador de calor.

Figura 16: Ciclo combinado

Ar ambiente é aspirado pelo compressor (5) de onde sai (6) com pressão
e temperaturas altas devido ao processo de compressão. Nesta condição o
ar entra na câmara de combustão onde ocorre a queima do combustível.
Desprezando a perda de carga os produtos da combustão saem da câmara
de combustão (7) pràticamente com a mesma pressão de entrada, porém
com temperatura elevada escoando então na turbina cujo eixo aciona um
gerador elétrico. Na saída da turbina (8) a pressão dos gases de

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escapamento é próxima da atmosfera, porém a temperatura é ainda
elevada (400oC a 500oC). Nesta condição o ar entra no trocador de calor
(caldeira de recuperação) de onde sai (9) e é descarregado na atmosfera.
No processo os gases de descarga do sistema de turbina a gás dissipam
calor que é absorvido pela água que sai da bomba de condensado (2) e se
vaporiza na caldeira de recuperação de onde sai (3) com temperatura e
pressão alta. Nesta condição o vapor d’água entra na turbina e sua energia
térmica é transformada em trabalho mecânico que aciona um gerador
elétrico. O vapor descarregado da turbina (4) condensa no condensador e
o condensado (1) alimenta a bomba de recirculação da água no sistema de
onde sai na condição (2) completando o ciclo de vapor.
Verifica-se, portanto que com uma mesma quantidade de combustível
queimado a energia é produzida em duas turbinas independentes
aumentando-se, portanto o trabalho produzido o que acarreta um
acréscimo no rendimento térmico comparativamente com a geração
independente de energia elétrica.
A figura 17 abaixo ilustra de forma mais elucidativa um sistema
combinado de geração de energia.

Figura 17: Sistema combinado de geração de energia elétrica

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