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O que é planejamento familiar?

Conforme a lei federal 9.263/96, o planejamento familiar é direito de todo o cidadão e se


caracteriza pelo conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos
iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo
casal. Em outras palavras, planejamento familiar é dar à família o direito de ter quantos
filhos quiser, no momento que lhe for mais conveniente, com toda a assistência
necessária para garantir isso integralmente.
Para o exercício do direito ao planejamento familiar, devem ser oferecidos todos os
métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não
coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantindo a liberdade de opção.
As áreas englobadas por ações preventivas e educativas, com garantia de acesso
às informações, meios, métodos e técnicas disponíveis incluem o auxílio à concepção e
contracepção, o atendimento pré-natal, a assistência ao parto, puerpério e ao neonato, o
controle das doenças sexualmente transmissíveis e controle e prevenção do câncer de
colo do útero, de mama e de pênis.
A lei de planejamento f’amiliar também estabelece as regras de esterilização
cirúrgica. Somente podem submeter-se a ela homens e mulheres com capacidade civil
plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos,
desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade
e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço
de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar,
visando desencorajar a esterilização precoce; Ela também pode ser realizada quando
uma nova gravidez pode trazer risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto.
Não pode ser realizada durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos
de comprovada necessidade, por sucessivas cesarianas anteriores. As únicas formas
aprovadas para esterilização são a laqueadura tubária e a vasectomia, não sendo
permitida sua realização pela retirada do útero ou dos ovários.
É importante lembrar que a esterilização cirúrgica é um método irreversível, mas
que também pode apresentar falhas. A pessoa que realiza esse procedimento deve estar
ciente desses termos e manifestar sua vontade por escrito após a informação a respeito
dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções
de contracepção reversíveis existentes.

PAIF e SCFV: 7 ideias de atividades e oficinas

O Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF) e o Serviço de


Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) são os principais serviços ofertados
pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
Algumas atividades e oficinas são produzidas periodicamente para complementar o

trabalho social realizado com as famílias por meio do equipamento.

Essas ações coletivas possuem um caráter preventivo, buscando fortalecer os vínculos

familiares e comunitários e desenvolvendo um processo de emancipação nos indivíduos e

famílias envolvidas.
PAIF e SCFV
O PAIF é a porta de entrada do usuário à política de Assistência Social. É através desse

serviço que há a acolhida, o atendimento individualizado e os encaminhamentos. Ações

coletivas também são oferecidas pelo serviço, como oficinas destinadas a um conjunto

de famílias com objetivos de curto prazo e ações com maior número de usuários, em que

toda a comunidade é envolvida.

O SCFV complementa o trabalho realizado pelo PAIF e pelo Serviço de Proteção e

Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI). É especializado em

promover atividades e oficinas para fortalecer os vínculos familiares e comunitários,

criando situações desafiadoras e estimulantes e orientando os usuários na reconstrução

de suas histórias.

Objetivos do PAIF e SCFV


De maneira geral, o PAIF e o SCFV buscam fortalecer os vínculos de famílias em situação

de risco e vulnerabilidade social. Mas, para além disso, esses serviços procuram:

•Prevenir situações de risco social;


•Auxiliar na superação de situações de fragilidade social;
•Fortalecer a convivência familiar e comunitária;  
•Assegurar o direito à convivência familiar e comunitária;
•Prevenir a institucionalização e a segregação de pessoas vulneráveis;
•Promover acessos a benefícios e serviços socioassistenciais;
•Fortalecer a rede de proteção social nos territórios;  
•Promover acesso às demais políticas públicas, como Educação e Saúde;
•Fazer com que os usuários reconheçam seus direitos e a importância de sua
participação cidadã;
•Possibilitar acesso à cultura, esporte, lazer e manifestações artísticas;
•Propiciar trocas de experiências intergeracionais, fortalecendo o respeito e a
empatia entre todos;
•Melhorar a qualidade de vida dos usuários;
•Desenvolver capacidades, autonomia e protagonismo na vida dos usuários.
Organização dos grupos
Tanto as atividades quanto as oficinas são organizadas por grupos. Estes grupos são

criados conforme a idade dos usuários, respeitando as necessidades dos participantes.


Para cada um deles existem diferentes temáticas a serem desenvolvidas. Atividades

artísticas, culturais, de lazer e esportivas são as mais comuns, mas, outras possibilidades

ainda podem ser trabalhadas.

A divisão das turmas normalmente ocorre da seguinte maneira:

1.Crianças de até 6 anos


2.Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos
3.Adolescentes de 15 a 17 anos
4.Jovens de 18 a 29 anos
5.Adultos de 30 a 59 anos
6.Pessoas idosas
Os encontros devem ocorrer com no máximo 30 participantes e a periodicidade é variável,

podendo acontecer todos os dias, uma vez por semana ou quinzenalmente.

Para que as atividades ou oficinais tenham efetividade é fundamental que haja um

planejamento pautado em:

•Conhecer as especificidades dos grupos que serão trabalhados;


•Mapear com clareza os objetivos;
•Estabelecer os eixos orientadores (convivência social, direito de ser e
participação), assim como os subeixos e os temas transversais;
•Definir os temas e as técnicas que serão utilizadas nas atividades;
•Estipular o tempo disponível para cada ação;
•Definir como será feito o acompanhamento e a avaliação das ações.
Quanto ao local de oferta do serviço, pode se dar no próprio CRAS, Centros de

Convivência ou em instituições inscritas no Conselho de Assistência Social e vinculadas à

entidades de Assistência Social.

7 ideias de atividades e oficinas


1- Oficinas de bordado
Esse tipo de oficina pode ser oferecida para grupos de jovens, adultos e pessoas idosas.

Ponto cruz, ponto russo ou até bordados com fitas podem ser ensinados. 

Por se tratar de uma atividade artesanal e mão na massa, aguça a criatividade e a

autonomia, elevando a autoestima dos participantes.


Os cursos podem ser ofertados mais de uma vez por semana, para que as habilidades

sejam desenvolvidas com maior facilidade, pois exigem prática.

2- Jogos coletivos
Para trabalhar o senso de equipe e ensinar que existem momentos de vitória e de derrota,

os jogos coletivos mostram-se excelentes atividades de grupo.

Futebol, voleibol e até jogos de tabuleiro podem ser promovidos para praticamente todas
as idades.
3- Oficinas de música
A música une as pessoas, traz alegria e senso de pertencimento. Aprender a tocar um

instrumento musical estimula o foco, o raciocínio e a persistência.

É o tipo de oficina que desperta grande interesse dos grupos e pode ser aplicada para

todas as idades. Apenas diferencie as atividades abordadas para cada ciclo de vida.

4- Dança
Assim como a música, a dança desperta grande interesse da comunidade. Promove

interação entre os participantes do grupo, traz, da mesma maneira, senso de

pertencimento, além de estimular a coordenação motora e a memorização dos

movimentos de cada dança.

Praticamente todas as idades podem ser estimuladas pela dança, mas, geralmente, a

atividade é ofertada para os idosos.

5- Oficinas de produção de texto


O exercício da escrita estimula a criatividade, permite botar para fora angústias e alegrias,

fazendo com que, inclusive, melhore a qualidade de vida ao externalizar os sentimentos.

O desenvolvimento das habilidades de escrita pode ser oferecido para adolescentes,

jovens e adultos, contribuindo para acessarem com maior facilidade o mercado de

trabalho.
6- Reprodução de filmes
Trazer filmes para gerar reflexões e debates acerca de determinado tema, permite

abordar assuntos de maneira mais leve e engajante.

Todos os tipos de grupos podem ser trabalhados com essa atividade, mas, é claro,

adaptando o filme ao perfil de cada idade.

7- Rodas de conversa
As rodas de conversa permitem a troca de experiências entre os participantes, além de

estimular a escuta e reflexão sobre temas estrategicamente pensados para estes

momentos.

Aborde assuntos conforme os interesses do grupo, com o intuito de os estimular a

participarem ativamente da conversa, trazendo contribuições para todos.

E então? Pronto para aplicar essas ideias de atividades e oficinas no PAIF e SCFV? Se já

aplica algumas delas, como costumam ser essas experiências? Conta para nós, será um

prazer ouvi-lo!

Conheça o Portabilis SAS


Potencializar o impacto das políticas públicas de Assistência Social é um grande desafio,

mas há recursos que auxiliam no gerenciamento das ações e demandas, tomada de

decisão e na criação de estratégias.

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