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Jerome Seymour Bruner nasceu em Nova lorque a 1 de Outubro de 1915, é um psicólogo americano, de

família Polaca. Foi professor de psicologia em Harvard e Oxford. Escreveu importantes trabalhos sobre
educação, a sua obra (Atos de Significado, O Processo Educativo e a Cultura da Educação) foi fortemente
marcada pela revolução cognitiva no final da década de 1950. Introduziu novas perspetivas no estudo da
mente superando os postulados colocados até aquela época pelo behaviorismo, que destacava apenas
os fenómenos observáveis.
Resgate da Mente está associada à figura de Jerome Bruner. Se para Watson e Skinner as principais
figuras do behaviorismo e da Psicologia era a ciência do comportamento, e o comportamento humano uma
espécie de prolongamento do comportamento animal, para Brune ela é a ciência da Mente. Bruner
construiu uma teoria da mente que pretendia chamar a atenção para os aspetos sociais e cognitivos do
funcionamento mental consciente e do desenvolvimento intelectual. O regresso á mente começa com a
equiparação do funcionamento da mente com forma do funcionamento dos computadores. Contudo, esta
imagem é superficial e a tarefa de Bruner consistirá em mostrar que o modelo computacional do
funcionamento mental deve ser ultrapassado
O termo cognição refere-se a conhecimento. A psicologia cognitiva pode ser caracterizada como o estudo
da nossa capacidade de adquirir, organizar, relembrar e usar conhecimento e informações para guiar e
orientar o nosso comportamento. Deve assinalar-se a influência de Piaget, que procurava explicar o
comportamento e as mudanças comportamentais como resultantes construção de determinados
esquemas mentais na interação com os meios. Outro fator importante a inspirar a revolução cognitiva, foi o
impacto das emergentes tecnologias da informação. Tendo como exemplo o sistema operativo de um
computador, o computador começa por receber informação codificada (input) e perante o que lhe foi
solicitado vai procurar e reorganizar a informação pretendida e enviar o "resultado“ para o sistema
responder (output). Tal como o computador o nosso cérebro utiliza um método semelhante. o Input é
idêntica a recessão de informação pelos sistemas sensoriais e O Output é idêntica a resposta
comportamental e este passa entre dois processos (é) analógico ao pensamento.
Para Bruner, o que acontece quando pensamos é diferente do que acontece quando um computador
processa informação. Processar informação implica a criação de significados. Esta criação de significados
apesar de pessoal é partilhada com os outros que fazem parte do nosso contexto social, cultural e
ideológico. Entre o processamento da informação e a resposta aos estímulos e problemas do meio, há um
sujeito com um certo modo de pensar, agir, sentir e um mundo simbólico de pensamentos, ideias e teorias
que constituem um dos nossos contextos de vida. A pertença a um dado grupo social e cultural marca a
forma de uma pessoa pensar e se comportar. Para perceber os processos cognitivos devemos ter em
conta o fator cultura, a cultura promove diferentes narrativas sobre a forma de agir das pessoas, as suas
motivações, crenças e sobre a forma como se resolvem problemas.
Bruner é um dos principais nomes da revolução cognitiva, marcou a diferença e nunca se designou a si
próprio como um teórico do processamento da informação. Ele considerava a analogia com os
computadores uma forma redutora de entender o funcionamento da mente, pois esta não pode ser
equiparada a um programa informático. Para Bruner o que acontece quando pensamos é diferente do que
acontece quando um computador processa informação.
Ao processar essa informado, a mente, cria significados e resolve problemas de forma criativa através da
linguagem. Esta criação de significados, apesar de pessoal, pode ser partilhada com outras pessoas. A
pertença a um dado grupo social e cultural marca a forma de pensar e de comportamento de uma pessoa
criar significados quer dizer que interpretamos a realidade de acordo com as informações de que
dispomos e das narrativas a que demos crédito. Assim, é fácil compreender que um computador funciona
do mesmo modo no Japão e nos Estados Unidos, mas a mente de um japonês e a de um americano não
interpretam a realidade necessariamente do mesmo modo.

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