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DISCIPLINA: DIREITOS DOS POVOS NA AMÉRICA LATINA E ÁFRICA

Profa. Dra. Liana Amin Lima da Silva ; Prof. Dr. Daniel Sebastián Granda Henao

Oferta: 2023/1 - FRONTEIRAS E DIREITOS HUMANOS (Stricto Sensu) (Mestrado)


C.H.: 60 horas

1. Objetivos:
Pesquisar e refletir o processo social, político e jurídico da construção dos direitos dos povos
e da natureza a partir da análise crítica da modernidade e colonialidade na América Latina e
África e o extrativismo do período colonial e Independências, com a colonialidade
extrativista.Compreender os sujeitos sociais, povos indígenas, africana/os, povos e
comunidades tradicionais, quilombolas e camponesa/es que constroem alternativas políticas e
jurídicas para a proteção das territorialidades e epistemologias da natureza.

2. Ementa:
Sociedades tradicionais e Natureza. Povos, terra e territorialidades. História da América
Latina. África e Diáspora africana. Colonialismo, colonialidade e decolonialidade.
Sociobiodiversidade e agrobiodiversidade. Povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outros
povos tradicionais. Saberes tradicionais e interculturalidade. Conflitos socioambientais e
racismo ambiental. Extrativismo agrário e mineral.

Calendário e plano de leituras:

Aula 1. 15/03/23 - apresentação da disciplina e da turma.


Aula 2. 22/03 - Colonialismo, colonialidade e decolonialidade.
LEITURA OBRIGATÓRIA, base teórica da disciplina.

SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. Lutas de classe na América Latina.
InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, v. 9, n. 1, jan./jun. 2023, Brasília, p.
77-102.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Veneta, 2020. Tradução de Claudio Willer.

WALSH, Catherine. Interculturalidad e decolonialidade do poder: um pensamento e


posicionamento “outro” a partir da diferença colonial. Revista Eletrônica da Faculdade de
Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), v. 05, N. 1, Jan.-Jul., 2019.
FALS BORDA, Orlando, 1925-2008. Una sociología sentipensante para América Latina. Victor
Manuel Moncayo Compilador. Bogotá : Siglo del Hombre Editores y CLACSO, 2009. pp
367-384..

MIGNOLO, W. (2017). Colonialidade o lado mais escuro da modernidade. Rev. Bras. de


Ciencias Sociais. 32(94) Trad. Marco Oliveira

Aula 3. 29/03 Colonialismo na América Latina e África (Gabriel) /

Genocídio indígena e genocídio negro no Brasil (Mathilda)

1-
GORENDER, Jacob. O épico e o trágico na história do Haiti. Resenha crítica de: C. L. R.
James, Os jacobinos negros. Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos, São
Paulo, Boitempo, 2000. Estudos Avançados. vol.18 no.50 São Paulo Jan./Apr. 2004.
Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n50/a25v1850.pdf> .

UZOIGWE, Godfrey N. Capítulo 2: Partilha europeia e conquista da África: apanhado geral.


In: BOAHEN, Albert Adu (ed). História geral da África VII: África sob dominação colonial,
1880-1935. 2.ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. 1040 p.

Recomendada:
FERNANDEZ RETAMAR, Roberto. Caliban. Havana: Clacso. 1993.
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/caliban/caliban1.pdf

RANGER, Terence O. Capítulo 3: Iniciativas e resistência africanas em face da partilha e da


conquista. In: BOAHEN, Albert Adu (ed). História geral da África VII: África sob dominação
colonial, 1880-1935. 2.ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. 1040 p.

GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Ed. Perseu Abramo, Expressão
Popular, 2021. 87-122

2-
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro. Processo de um racismo
mascarado. Perspectiva, 2016. Cap. 5-9.
Recomendado:

CLAVERO, Bartolomé. ?Hay genocidios cotidianos? y otras perplexidades sobre América


indígena. IWGIA, 2011. p.08-20; p.106-117; 126-129; 150-153; 207-214;

Aula 4. 05/04 - O contexto das lutas pelo reconhecimento dos Direitos dos Povos no
pós-guerra Fria e o sec. XXI (Isabele)

GÓMEZ, Magdalena. La autonomía de los pueblos indígenas. El derecho como utopia? In:
SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés; FERREIRA, Heline Sivini; NOGUEIRA, Caroline
Barbosa Contente (orgs.). Direito socioambiental: uma questão para América Latina [livro
eletrônico]. Curitiba: Letra da Lei, 2014. p.129-138.

SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. O retorno da natureza e dos povos com as
Constituições Latino-Americanas. In: TARREGA, Maria Cristina Vidotte Blanco, et al. (org.).
Estados e povos na América Latina Plural. Goiânia: Ed. Da PUC Goiás, 2016. p.23-44.
Disponível em: < http://direitosocioambiental.org/livros/>

Recomendado:

PUIG, Salvador (2010). Después de la «década de los pueblos indígenas», ¿qué? El


impacto de los movimientos indígenas en las arenas políticas de América Latina. NUSO 227:
68-82

HOOKER, Juliet. Las luchas por los derechos colectivos de los afrodescendientes en
América Latina. In: Odile Hoffmann (org.) POLÍTICA E IDENTIDAD Afrodescendientes en
México y América Central. OpenEditions 2010.

Aula 5.12/04 – Direito à terra, identidades étnicas e territorialidades (Jennifer). / Povos


e Comunidades tradicionais: Ontologias Relacionais, Epistemologias da Natureza e
Direitos Coletivos (Camila)

Souza Filho, C. F. M. de. (2015). Terra mercadoria, terra vazia: povos, natureza e patrimônio
cultural. InSURgência: Revista De Direitos E Movimentos Sociais, 1(1), 57-71. Disponível em:
<https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/18789>

PRIOSTE, Fernando. Quilombolas, Luta por Terra e Questões Raciais no Supremo Tribunal
Federal. In: WOLKMER, Antonio Carlos. SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de.
TÁRREGA, Maria Cristina Vidotte Blanco (coord.). Os direitos territoriais quilombolas: além do
marco temporal. Goiania : Ed. da PUC Goias, 2016. pp. 105-125

Recomendado:
HELD, Thaisa; Botelho, Tiago. Direito Socioambiental e a luta contra-hegemônica pela terra e
território na América Latina. pp. 9-15; 61-88. Disponível em:
https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/4408/1/Direito-socioambiental-e-a-luta-con
tra-hegemonica-pela-terra-e-territorio-n

SILVA, Liana Amin Lima da; SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. Marco Temporal
como retrocesso dos direitos territoriais originários indígenas e quilombolas. In: WOLKMER,
Antonio Carlos. SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. TÁRREGA, Maria Cristina Vidotte
Blanco (coord.). Os direitos territoriais quilombolas: além do marco temporal. Goiania : Ed. da
PUC Goias, 2016. pp. 55-84.

Ferreira, Joelson; Erahsto Felício. Por terra e território: caminhos da revolução dos povos no
Brasil. Arataca (BA): Teia dos Povos, 2021.

SILVA, Liana Amin Lima da; MORAES, Oriel Rodrigues de. Racismo ambiental, colonialismos
e necropolítica: direitos territoriais quilombolas subjugados no Brasil. In: LIMA, Emanuel
Fonseca; AURAZO DE WATSON, Carmen Soledad; TEDESCHI, Losandro Antonio. (org.).
Ensaios sobre os racismos. São Paulo: Balão Editorial, 2019. Disponível em: <
http://www.balaoeditorial.com.br/ensaios-sobre-racismos-pdf.html> .

2-

ESCOBAR, Arturo. “Territórios de diferença: a ontologia política dos “direitos ao território”.


Territorios, Revista ClimaCom. ANO 03 - N06. Disponivel em:
http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/territorios-de-diferenca-a-ontologia-politica-dos-dir
eitos-ao-territorio/

BENITES, Eliel. A Busca do Teko Araguyje (jeito sagrado de ser) nas retomadas territoriais
Guarani e Kaiowá. 2021. 267 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências
Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2021. Cap. 4.

Recomendado:

Goettert, Jones; Mota, Juliana. “Gentes|terras: o ouvir mútuo das geografias Indígenas”. Rev.
NERA Presidente Prudente v. 23, n. 54, pp. 9-34

CHAMORRO, Graciela, COMBÈS, Isabelle. (org.). Povos indígenas em Mato Grosso do Sul:
história, cultura e transformações sociais. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2015.

SOUSA JUNIOR, José Geraldo. Sentipensar os Direitos dos Povos Originários. Instituto
Humanitas Unisinos <online>. Disponível em:
https://www.ihu.unisinos.br/categorias/615244-sentipensar-os-direitos-dos-povos-originarios

17/04. III Seminário Teko Joja e Jusdiversidade.

Aula 6. 19/04 - Direito à autodeterminação dos povos e consulta prévia, livre e


informada (Valesca)

Milanez F, Pimentel SK, Melo A, Gamella KA, Munduruku AK, Vaz A, et al.. O DIREITO A
DIZER NÃO: EXTRATIVISMOS E LUTAS TERRITORIAIS Ambient soc [Internet].
2021;24(Ambient. soc., 2021 24):e0159. Disponivel em:
https://doi.org/10.1590/1809-4422asoc20210159vu2021L5NR

SOUZA Filho, Carlos Frederico Marés de. SILVA, Liana Amin Lima da (coord.). GLASS,
Verena (org.). Protocolos de consulta prévia e o direito à livre determinação. São Paulo:
Fundação Rosa Luxemburgo; CEPEDIS, 2019. Primeira e segunda parte.

Recomendado:

Jérémie Gilbert (2020). The ILO Convention 169 and the Central African Republic: from
catalyst to benchmark, The International Journal of Human Rights, 24:2-3, 214-223, DOI:
10.1080/13642987.2019.1677610

Courtis, C.. (2009). Anotações sobre a aplicação da Convenção 169 da OIT sobre povos
indígenas por tribunais da América Latina. Sur. Revista Internacional De Direitos Humanos,
6(Sur, Rev. int. direitos human., 2009 6(10)), 52–81.
https://doi.org/10.1590/S1806-64452009000100004

- Apresentação dos resumos e proposta dos artigos.

Aula 7. 26/04 - Diáspora e escravização. Amefricanidade: Mulheres e povos (Estela)

Primeira parte da aula: convidadxs

RIOS, Flavia; LIMA, Marcia. Lélia Gonzalez. Por um feminismo afro-latino-americano. Ed.
Zahar, 2020. Parte 1, Ensaios..

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Selo Sueli Carneiro, ed. Pólen, 2019.
Cap. 1, 2, 3.

DIAS, Vercilene Francisco. Os Kalungas; por uma Kalunga. WOLKMER, Antonio Carlos.
SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. TÁRREGA, Maria Cristina Vidotte Blanco
(coord.). Os direitos territoriais quilombolas: além do marco temporal. Goiania : Ed. da PUC
Goias, 2016. pp.25-30.

Recomendado:
CUNHA, Manuela Carneiro da. Negros, Estrangeiros: os Escravos Libertos e Sua Volta à
África. Companhia das Letras, 2012.

DEALDINA, Selma dos Santos (org.). Mulheres quilombolas: territórios de existências negras
femininas. Ed. Jandaíra, 2020.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação. Episódios de racismo cotidiano. Ed. Cobogó,
2019.

Lozano Lerma, B. (2010). El feminismo no puede ser uno porque las mujeres somos diversas.
Aportes a un feminismo negro decolonial desde la experiencia de las mujeres negras del
Pacífico colombiano. La manzana de la discordia, Julio - Diciembre, Año 2010, Vol. 5, No. 2:
7-24

27/04. IV Seminário Teko Joja e Jusdiversidade.

Aula 8. 10/05- Sistema Interamericano e Africano de Direitos Humanos (Lia & Lucas)

MOREIRA, Eliane Cristina Pinto. Justiça Socioambiental e Direitos Humanos: Uma análise a
partir dos Direitos territoriais de povos e comunidades tradicionais. Editora Lumen Juris,
2017. Cap. 4.

A GUIDE TO THE AFRICAN HUMAN RIGHTS SYSTEM. Centre for Human Rights, Faculty
of Law University of Pretoria South Africa. Pretoria University Law Press (PULP), 2016.
Disponível em: https://www.corteidh.or.cr/tablas/31712.pdf

Recomendado:

CLAVERO, Bartolomé. ?Hay genocidios cotidianos? y otras perplexidades sobre América


indígena. IWGIA, 2011.

Aula 09.17/05 - Movimentos sociais contra o extrativismo e em defesa do territorio, d’


água e da vida (Sergiane)

LEYVA SOLANO, Xochitl; VIERA BRAVO, Patricia; TRIGUEIRO DE LIMA, Júnia M.;
VELASQUEZ SOLÍS, Alberto C. (coord.). De despojos y luchas por la vida. Guadalajara,
Jalisco, México: Cátedra Interinstitucional Universidad de Guadalajara-CIESAS-Jorge Alonso
Cooperativa Editorial Retos, CLACSO, 2021. 7-21; 354-378. Disponível em: <
http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/otros/20210628040945/Despojos-luchas.pdf >.

Insuasty Rodriguez, A. (2011). Soberanía popular en nuestros territorios: en defensa de la


vida, el territorio, el agua, la cultura. Revista Kavilando, 3(1-2), 4-6.
https://nbn-resolving.org/urn:nbn:de:0168-ssoar-427987
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Pela vida, pela dignidade e pelo território: um novo
léxico teórico político desde as lutas sociais na América Latina/Abya Yala/Quilombola. Polis.
Revista Latinoamericana, n. 41, 2015.

Recomendado:
NASCIMENTO, Poliana de Sousa. UMA CARTOGRAFIA DAS ESTRATÉGIAS DE
RESISTÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES POLÍTICAS DE QUEBRADEIRAS DE COCO NA
“REGIÃO ECOLÓGICA DO BABAÇU”. Revista Zabelê, UFPI. v. 1, n. 1 (2020) . Disponível
em: <https://revistas.ufpi.br/index.php/REVIZAB/article/view/10493> .

Navarro Trujillo, M. L., & Linsalata, L. (2021). Capitaloceno, luchas por lo común y disputas
por otros términos de interdependencia en el tejido de la vida. Reflexiones desde América
Latina. Relaciones Internacionales, (46), 81–98.
https://doi.org/10.15366/relacionesinternacionales2021.46.005

Aula 10. 24/05 - X Congresso Brasileiro de Direito Socioambiental, Curitiba-PR.

Aula 11. 31/05 - Impactos e Resistências n/dos povos na transição hegemônica global.
Os povos da AL e África na disputa global (Maria Teresa) EUA-China-Rússia
VIDIGAL, Carlos Eduardo; BERNAL-MEZA, Raúl. Bolsonaro versus Rio Branco: transição
hegemônica, América do Sul e política externa. rev.relac.int.estrateg.segur., Bogotá , v. 15, n.
2, p. 11-26, Dec. 2020

GRECO, Elisa (2020) Africa, extractivism and the crisis this time, Review of African Political
Economy, 2020, 47:166, 511-521, DOI: 10.1080/03056244.2020.1859839. Disponível em: <
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03056244.2020.1859839 >

Huertas, B. M. F. (2020). A expansão das monoculturas: do global ao local, da China ao


TIPNIS. Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 9(18), 247–280.
https://doi.org/10.30612/rmufgd.v10i18.11990

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