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O primeiro fóssil de mamífero encontrado foi a cabeça de um animal chamado Hadrocodium.

Ele é o ancestral de todos os mamíferos do planeta. E assim surgiu uma nova classe de animais:
a dos mamíferos.

Grande maioria dos répteis, eram diurnos, então, os primeiros mamíferos, em nome da
sobrevivência, eram noturnos. Isso foi possível porque ao contrário dos répteis, que tem
“sangue frio”, e tiram sua temperatura do calor do sol, os mamíferos têm “sangue quente”, isso
significa que conseguem gerar calor e manter a temperatura corporal. Além de comer com
frequência, os mamíferos também desenvolveram outra técnica para manter a temperatura
corporal: pelos por todo o corpo, que servem como isolamento térmico.

Por causa da pouca visibilidade causada pela escuridão noturna, o cérebro dos mamíferos teve
que adaptar o bulbo olfativo, aumentando seu tamanho, o que permitiu que o sentido do
olfato se tornasse mais apurado. O ouvido médio também se desenvolveu, permitindo uma
audição melhor e mais desenvolvida. Além disso, os mamíferos desenvolveram bigodes, que
são órgãos sensoriais muito sensíveis, que permite o mapeamento do mundo ao redor,
compensando, com essas três novas características, a limitação da visão à noite.

Através do estudo dos hábitos do ornitorrinco e do equidna, os dois últimos espécimes da


ordem monotrêmata, cuja origem é tão antiga quanto do Hadrocodium, pôde-se deduzir
alguns hábitos dos mamíferos primitivos. Os mamíferos primitivos, provavelmente, também
colocavam ovos, característica herdada dos répteis. Só que os embriões dos répteis,
desenvolvem-se completamente dentro dos ovos, e isso não acontece com os mamíferos. Eles
precisam de mais alimento para crescer e sobreviver. Dessa forma, os mamíferos
desenvolveram a capacidade de produzir leite, com que alimentam seus filhotes, até que
fiquem fortes e desenvolvidos o suficiente para saírem das tocas em segurança.

O problema dessa combinação de gema de ovo menor e produção do leite trouxe o problema
de a mãe mamífero não poder deixar seu ovo para se chocar sozinho. A solução foi, ao invés do
ovo ser chocado fora do corpo, ele passou a ser mantido dentro do corpo, onde seu
desenvolvimento se inicia.

Surgiram os animais das ordens marsupial e placentário. Os marsupiais dão à luz aos filhotes e
os mantêm numa bolsa, no abdômen, agarrados nas tetas, alimentando-se do leite materno
produzido, os placentários podem nutrir seus filhotes antes que eles nasçam, através da
placenta. O primeiro indício dessa nova forma de nutrir os filhotes foi encontrado em um fóssil
chamado Juramaia (Mãe Jurássica).

Com a mudança climática e o aumento das florestas, os mamíferos continuaram se adaptando


e então, surgiram o que podemos chamar de primatas primitivos, cuja principal característica é
o polegar opositor. Esses primatas tinham dedos opositores não apenas nos membros
superiores, mas também nos inferiores. Isso servia para que pudessem escalar as árvores com
mais facilidade, alcançando as comidas mais altas e se protegendo de predadores.

O surgimento de um novo predador, o ser humano, extinguiu muitos mamíferos. Essa hipótese
foi desenvolvida depois do estudo dos fósseis dos primeiros seres humanos. Descobriu-se duas
novas características: a pélvis, cujo forma permitiu que esse novo mamífero andasse ereto e a
caixa craniana grande, que teria carregado um cérebro igualmente grande, levando-o a
desenvolver uma grande inteligência. Essa inteligência foi primordial para que o ser humano
pudesse sobreviver aos mamíferos gigantes da época, aprendendo a fabricar armas e
desenvolver novas formas de comunicação, que permitiu que bandos se unissem e fossem
caçar juntos. Surgiu inicialmente na África e logo se espalhou por todo o planeta.

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