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PRÉ-NATAL – BAIXO

RISCO
MR1 Denny Alisson Chalegre
MR2 Luana Barros
Histórico
1900 – Ausência de assistência
1923 – Manual of antenatal pathology and
hygiene: the foetus (John Ballantyne)
- Preocupação -> Feto
- Feto saudável -> Gestação sem
comorbidades
- Saúde da mulher (física, psicológica,
social) -> Impacto na gestação
1920 – 1930 – Brasil
Hoje – Cuidado centrado na mulher e
experiências positivas durante gestação,
parto e puerpério – OMS/ACOG
Importância
Identificação
de riscos /
detecção de
patologias Adequadas condições de
saúde ao binômio materno
fetal
Prevenção e
gestão de
Pré- Promoção a
saúde
doenças
natal Gravidez
Parto
Puerpério
Educação
(informações
educativas)

Importante momento de vinculação e acompanhamento da saúde


da mulher
Mortalidade materna

Mortes diretas
Mortes indiretas

ODS, agenda 2030

Caderno de Atenção Básica: Pré-Natal de


Baixo Risco. Ministério da Saúde, 2012
Mortalidade materna

Indicador 3.1.1 - Taxa de


mortalidade materna por unidade
da federação (Óbitos por 100.000 Meta global – 2030
nascidos vivos).

reduzir a taxa de
2018 mortalidade materna
global para menos de 70
mortes por 100.000
nascidos vivos

https://odsbrasil.gov.br/ Acesso: 12/05/2022


Meta global – 2030
Mortalidade Neonatal Reduzir a mortalidade neonatal
para pelo menos 12 por 1.000
nascidos vivos

O principal indicador do prognóstico ao nascimento seja o acesso à assistência pré-natal (grau de recomendação
B).
https://odsbrasil.gov.br/ Acesso: 12/05/2022
Mortalidade materna

Diminuição
Sistema ágil Qualificação
Assistência da
de da
pré-natal mortalidade
referência assistência
adequada materna e
hospitalar ao parto
fetal

Caderno de Atenção Básica: Pré-Natal de


Baixo Risco. Ministério da Saúde, 2012
Rede cegonha (2011)
Pacote de ações para garantir o atendimento de
qualidade, seguro e humanizada para todas as
mulheres

❖ Ampliação do acesso e da melhoria da


qualidade do pré-natal;
❖ Vinculação da gestante à unidade de
referência e ao transporte seguro tanto para o
pré-natal quanto para o parto;
❖ Implementação de boas práticas na atenção
ao parto e nascimento, incluindo o direito ao
acompanhante de livre escolha da mulher no
parto;
❖ Atenção à saúde das crianças de 0 a 24
meses;
❖ Acesso às ações de planejamento
reprodutivo.

Redes de atenção à saúde: a Rede Cegonha/Consuelo Penha Castro Marques (Org.). - São Luís, 2015
https://www.saude.rj.gov.br/atencao-
primaria-a-saude/areas-
tecnicas/saude-da
mulher/2013/08/rede-cegonha
Rede de
Rede atenção
materna e
cegonha infantil
(2011) (RAMI) –
02/2022
Pré-natal
Calendário de consultas
Número de consultas ideal: Maior ou igual a 6 consultas (MS)
➢ Até 28ª semana -> Mensalmente
➢ De 28ªaté a 36ª semana -> Quinzenalmente
➢ De 36ª até a 41 semana -> Semanalmente
Intervenções nos sistemas de saúde
para melhorar a utilização e
qualidade dos cuidados pré-natais
Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez, 2016

NÃO EXISTE ALTA DO PRÉ NATAL


Caderneta da gestante

Intervenções nos sistemas de saúde


para melhorar a utilização e
qualidade dos cuidados pré-natais
Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez, 2016
Pré-natal – baixo risco
Anamnese
✓ Aspectos sociodemográficos
✓ Antecedentes familiares
✓ Antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e
obstétricos
✓ Situação da gravidez atual
Pré-natal – baixo risco
Exame físico
✓ Avaliação nutricional (peso e cálculo do IMC)
✓ Pressão arterial
✓ Exame físico específico (gineco-obstétrico):
- Palpação obstétrica;
- Altura uterina;
- BCF;
- MF;
- Mamas;
- Exame ginecológico (inspeção dos genitais externos, exame
especular, coleta de material para exame colpocitopatológico,
toque vaginal).
Pré-natal – Manobras de Leopold

Caderno de Atenção Básica: Pré-Natal de Baixo Risco. Ministério da Saúde, 2012


Pré-natal – Altura do fundo uterino

Caderno de Atenção Básica: Pré-Natal de Baixo Risco. Ministério da


Saúde, 2012

AFU elevada: Polidrâmnio, macrossomia, gestação


gemelar, mola hidatiforme.

AFU diminuída: Feto morto, oligoidrâmnio, ou restrição


de crescimento intrauterino.
Caderneta da gestante, MS, 2018
Exames de rotina – Pré-natal
Eletroforese de
hemoglobina

Gota espessa ->


áreas endêmicas

Atenção:
CMV, HEP C E
RUBÉOLA

Caderno de Atenção Básica: Pré-Natal de Baixo Risco. Ministério da


Saúde, 2012
Exames de rotina – Pré-natal

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa. Brasília, 2016
Exames de rotina – Pré-natal

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa.
Brasília, 2016
Rastreio –DM/DMG

Recomendações da OMS sobre


cuidados pré-natais para uma
experiência positiva na gravidez,
2016

Rastreamento e diagnóstico de diabetes mellitus gestacional no Brasil. OPAS, 2016.


Sífilis

Notificação
compulsória

Alergia ->
Dessensibilização

Caderno de Atenção Básica: Pré-Natal de Baixo Risco. Ministério da Saúde, 2012


Toxoplasmose
Tratamento -> Espiramicina (Materno)
Tratamento -> Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico (fetal)

IgG ( + ) e IgM ( - ) – IMUNE


IgG ( - ) e IgM ( - ) – SUSCEPTÍVEL
IgG ( - ) e IgM ( + ) – INFECÇÃO RECENTE x FALSO POSITIVO
➢ Iniciar ESPIRAMICINA imediatamente
➢ Repetir sorologia (IgM e IgG) em 2-3 semanas
IgG (+) e IgM (+): infecção aguda! TRATAR! (Espiramicina se menor que 16
semanas, e Tríplice se maior que 16 semanas)
IgG (-) e IgM (+/-): Falso positivo! SUSPENDER ESPIRAMICINA e repetir sorologia
em 1 mês. (Considerar paciente SUSCEPTÍVEL)
IgG ( + ) e IgM ( + ) – POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO NA GESTAÇÃO
➢ Iniciar ESPIRAMICINA imediatamente
➢ Realizar o TESTE DE AVIDEZ
Nota técnica, Ministério da Saúde, Maio/2020
Toxoplasmose

Nota técnica, Ministério da Saúde, Maio/2020


Urocultura + Urina tipo 1
Bacteriúria assintomática ( > 100.000 UFC/ml)

Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para


uma experiência positiva na gravidez, 2016

✓ Leucocitúria (10.000/ml - 5/campo) -> TTO empírico (Urocultura indisponível)


✓ Proteinúria + HAS/Edema
✓ Proteinúria maciça
✓ Pielonefrite/ITU de repetição Alto risco
✓ Traços de proteinúria (Manutenção após 15 dias)
Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa. Brasília, 2016
Hepatite B

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa. Brasília, 2016
HIV
❖ Notificação
compulsória

❖ Diminuição da
transmissão vertical
à níveis próximos de
zero

❖ O uso da TARV
reduz a viremia,
aumentar a
contagem de células
TCD4, retardar a
progressão para aids
e reduzir a
transmissão vertical

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa. Brasília, 2016
Eletroforese de hemoglobina
Anemia Falciforme
➢ Mutação do gene que produz Hb A -> HbS
➢ Mutação no continente africano -> Escravidão -> Miscigenação
➢ Nascidos vivos com doença falciforme (1:1000) e traço
falciforme (1:35) – Brasil (Programa Nacional de Triagem
neonatal – PNTN)
➢ Taxa de letalidade de gestantes não acompanhadas -> 20-50%
/ com acompanhamento -> 2%
➢ Letalidade fetal pode chegar a 50%
➢ Gestação pode AGRAVAR a doença -> (Piora da anemia +
aumento das crises álgicas + aumento das infecções)

Crises vaso-
oclusiva -> ITU (Infecções) Anemia Pré-eclâmpsia Óbito
RCIU

Nota técnica. Inserção de Eletroforese de Hemoglobina nos exames pré natal – Rede Cegonha, 2013
Eletroforese de hemoglobina

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino
e Pesquisa. Brasília, 2016
Imunização - Gestação

1ª Consulta
- dT/dTpa
- Hepatite B
- Influenza

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres.


Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de
Ensino e Pesquisa. Brasília, 2016
Imunização - Gestação

Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde e Instituto Sírio-Libanes de Ensino e
Pesquisa. Brasília, 2016

Febre amarela*
Imunização - Gestação
PNI – Ministério da saúde (COVID 19)

❖ Vacinar gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, como grupo prioritário
independentemente da presença de fatores de risco adicional.
❖ Vacinas que não contenham vetor viral (Sinovac/Butantan e Pfizer/Wyeth).
- Pfizer (Intervalo de 12 semanas)
- CoronaVac (Intervalo de 28 dias)
- Reforço (Após 6 meses)
❖ Qualquer trimestre da gestação.
❖ Para a vacinação das gestantes e puérperas deverá ser exigido prescrição médica e avaliado risco benefício
❖ Intercambialidade das vacinas: AstraZeneca -> Pfizer (Preferencia) / CoronaVac (Intervalo de 12
semanas)

Nota técnica, Ministério da Saúde , 07/2021


Vacinas baseadas em vetores virais não
replicantes
AstraZeneca
Janssen
Referências
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo
risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério
da Saúde, 2012.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde, Instituto Sírio- -libanês de
Ensino e Pesquisa. Brasília: Ministério da Saúde, 2016;
3. WHO Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez. Organização Mundial da
Saúde 2016;
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020.
5. NOTA TÉCNICA Nº 2/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS. Atualização das recomendações referentes a vacinação contra a covid-
19 em gestantes e puérperas até 45 dias pós-parto. Ministério da saúde, 2021.
6. NOTA TÉCNICA Nº 14/2020-COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS. Fluxograma de diretriz Nacional, para a condução clínica do
diagnósco e tratamento da Toxoplasmose Gestacional e Congênita. Ministério da Saúde, 05/2020.
7. Redes de atenção à saúde: a Rede Cegonha/Consuelo Penha Castro Marques (Org.). Universidade Federal do Maranhão. UNA-
SUS/UFMA - São Luís, 2015.
8. UpToDate: Prenatal care: Initial assessment. Authors:Charles J Lockwood, MD, MHCMUrania Magriples, MDSection
Editor:Vincenzo Berghella, MDDeputy Editor:Vanessa A Barss, MD, FACOG. Acesso em 12/05/2022.
9. https://odsbrasil.gov.br. Acesso em 12/05/2022
10. https://www3.paho.org. Acesso em 12/05/2022

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