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Gisela G. S. Castro
Escola Superior de Propaganda e Marketing
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Gisela G. S. Castro1
Resumo:
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Ano 4, número 6, semestral, março 2014
Resumen:
Abstract:
Keywords: In the set of the multidisciplinary studies that characterize the field of
Communication, consumption has become a prominent theme which
Consumption deserves analyses from different theoretical and methodological
perspectives. As a common denominator, it is understood that it is a
Consumer society central vector in the constitution of the contemporary experience in a world
Consumer increasingly ruled by processes of economic and cultural globalization.
The main motivation of this article is to offer a commented cartography
of the main strands of the consumption studies in the social sciences.
It is intended thereby to draw attention to this theme of research and
report some of the reflections in the field by dealing with the opportune
theme selected by the editors for this dossier of Pragmatizes, namely
culture and consumption practices.
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rigor, cada ato de consumo é também, tir de práticas específicas que informam
simultaneamente, um ato de comunica- sobre modos distintos de apropriação e
ção. Por meio das escolhas que faze- atribuição de sentido e valor. Por fim, a
mos sobre como organizar e preencher terceira abordagem diz respeito ao cará-
o espaço onde vivemos, como nos ves- ter afetivo do jorro irrefreável de imagens
timos, os lugares que frequentamos, as e narrativas do consumo na contempora-
comidas que elegemos e as que rejei- neidade. Discute-se a transformação da
tamos, dentre outras escolhas, criamos experiência em mercadoria e o viés ético
significados e alimentamos circuitos e estético do universo simbólico das mar-
simbólicos. cas na modulação das subjetividades
contemporâneas.
Sendo assim, nossas práticas de
consumo vão muito além do aspecto ma-
terial, pois o que comunicamos se torna A Escola de Frankfurt e a constituição
simbólico, representativo de um estilo do consumidor moderno
de vida, uma maneira de ser e de agir.
Sob este ponto de vista, Sodré (2006: A formação marxista dos pensa-
56) argumenta que houve uma mutação dores da Escola de Frankfurt levou-os a
capitalista, também chamada de ‘nova voltar sua atenção para o caráter coerci-
economia’ na qual “a dimensão imaterial tivo da constituição ideológica e da sedu-
da mercadoria prevalece sobre sua ma- ção publicitária no adestramento social
terialidade, tornando o valor social ou do consumidor, entendido como um ser
estético maior do que o valor de uso e o disciplinado e passivo. Ao examinarem
valor de troca”. Dito de outro modo: na a expansão da produção capitalista no
contemporaneidade o consumo simbóli- âmbito da cultura de massas, Adorno e
co superou em significação o consumo Horkheimer destacaram os processos de
material, atingindo uma relevância sem reificação da mercadoria e a alienação
precedentes. Nessa linha de argumen- do consumidor como parte da ideologia
tação, evidencia-se o aspecto propria- constituinte da ideia de qualidade na vida
mente cultural das mais diversas práti- moderna. Na pedagogia social vigente,
cas de consumo. associa-se este ideário à posse de bens
e produtos como automóveis e eletro-
Protagonista no entendimento do domésticos, por exemplo, apresentados
consumo como fenômeno complexo de como indispensáveis para uma vida arro-
cunho sociocultural, Mike Featherstone jada, confortável e plena.
(1990) identifica três principais aborda-
gens no desenvolvimento desse campo Adorno e Horkheimer criaram o
de estudos, que passaremos a discutir conceito de indústria cultural na inten-
a seguir. Na primeira delas o consumo é ção de sublinhar o caráter ideológico da
examinado a partir das demandas e rit- cultura de produção em série voltada
mos da produção em série. Nessas aná- para as massas. A seu ver, produtos cul-
lises, o consumo capitalista resulta da turais homogêneos destinados a atrelar
manipulação das massas a partir de téc- o lazer à docilização do entretenimento 2
nicas persuasivas de caráter ideológico representavam uma ameaça à liberdade
e disciplinar a serviço das estruturas he- e à capacidade crítica do trabalhador,
gemônicas de poder. Na segunda abor- reduzido ao uso instrumental das facul-
dagem, o fenômeno do consumo já não dades da razão nas esferas do trabalho
é mais enfeixado como um todo homogê- e do lazer, igualmente alienantes. Em-
neo, mas passa a ser examinado a par- bora reconheçam sua inegável contri-
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citos de se adquirir algo, como por heran- de valor em diferentes segmentos sociais
ça, empréstimo e outros. transformados em nichos ou clusters de
mercado. Em meio à produção generaliza-
Mudando o campo das materiali- da e ao acesso facilitado a bens de consu-
dades mas ainda dentro do universo se- mo que poderiam sinalizar status ou per-
mântico do consumo, consideremos as tencimento a segmentos privilegiados, a
seguintes situações. Se compramos um desenvoltura no uso ganha proeminência.
livro que, por qualquer motivo não lemos: A questão que se impõe é o papel desem-
pode-se dizer que houve consumo? E se penhado por esse tipo de consumo como
lemos um livro emprestado – por amigo ou elemento de vinculação e distinção social.
biblioteca? O empréstimo desconfiguraria
a leitura como forma de consumo? No campo da moda atual, por
exemplo, já não se trata tanto do que es-
Evidentemente, ao explorar sua colher para vestir em cada situação, mas
conceituação devemos entender o consu- do modo como cada um se comporta com
mo como atividade enraizada em práticas a roupa e os acessórios que está usando.
sociais. Nesse contexto, deve-se consi- Como nos mecanismos de distinção far-
derar aspectos como modo de aquisição, tamente descritos por Bourdieu, entra em
materialidades e, dentre outros aspectos, jogo o capital simbólico na constituição
a própria experiência do consumo com não apenas da aparência como também
toda a riqueza simbólica que configura da atitude considerada adequada. Todo
cada qual como sendo única. Vistas de um repertório de saberes, familiaridade e
perto, as práticas de consumo revelam-se acesso a instâncias legitimadoras torna
muito mais matizadas do que indicavam possível detectar e desmascarar arrivis-
os estudos vistos sob a ótica da produ- tas e impostores. Segundo Featherstone
ção. Enfocadas no conjunto das táticas (1990: 12), trata-se do contraste entre
e astúcias do cotidiano, conforme Michel uma espécie de ‘cultura incorporada’ e o
de Certeau, as práticas de consumo infor- autodidatismo (es)forçado dos recém che-
mam sobre questões étnicas, geracionais, gados. Na trama social do gosto continu-
de gênero e classe social, dentre outras. amente ressignificado, estes últimos irão
Ademais, elas ajudam a configurar nossa fatalmente exibir sinais de despreparo e
experiência de mundo. falta de traquejo na tênue linha divisória
entre chique e vulgar.
Segundo Alonso (2007:99), ao en-
tender o consumidor como sendo É interessante notar que enquanto
se pode localizar nas culturas do consumo
“portador de percepções, representa- a presença de certo tipo de economia do
ções e valores que se integram e com- prestígio regida pelo acesso restrito a sa-
pletam com o resto de seus âmbitos e beres e bens, estas culturas também se
esferas de atividade, passamos a per- constituem a partir de elementos de dese-
ceber o processo de consumo como jo e fantasia que alimentam o hedonismo
um conjunto de comportamentos que na fruição do consumo contemporâneo.
recolhem e ampliam, no âmbito privado
dos estilos de vida, as mudanças cul-
turais da sociedade em seu conjunto”. Imagens de sonho e prazer na estetiza-
ção do cotidiano pelo consumo
Examinando-se, por exemplo, as
práticas de consumo midiático pode-se Na terceira perspectiva dos estu-
tecer considerações sobre a atribuição dos do consumo aqui enfocados, a ênfase
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recai sobre o modo como somos afetados que essas imagens mobilizam um tipo de
pelas imagens e narrativas que se articu- antecipação de futuro que pode ser extre-
lam nas culturas midiática e do consumo. mamente bem sucedido justamente pelo
Nessa perspectiva, estuda-se a partici- seu caráter afetivo. Em suas palavras:
pação dessas retóricas na formação das
subjetividades contemporâneas. No inci- “as imagens de transformação dizem
tamento ao prazer estético e emocional respeito ao futuro como um potencial,
pela semiosfera do consumo, tem efeito um tipo de futuro que escapa ou ultra-
a mobilização decerto tipo de excitação passa as especificidades do planeja-
corporal condizente ao presenteísmo e ao mento ou a sua localização em um ob-
abrandamento da mediação contentora jeto ou produto, um tipo de futuro que
da razão em prol do puro deleite sensível envolve o ainda-não. Desse modo, as
e emocional. imagens de transformação são poten-
cialidades e funcionam como possibi-
Nesse ideário, pode-se também lidades imateriais, virtuais que podem
entender as práticas de consumo no con- vir a ser atualizadas. (…) como um
junto dos modos de resistência às de- potencial, os futuros dessas imagens
mandas incessantes das rotinas do tra- são pervasivos, atraentes e poderosos
balho duro, da moral ascética da tradição porque são afetivos. As promessas fei-
judaico-cristã que prega a contenção no tas pelas imagens de transformação
presente visando a segurança no futuro. são afetivas por que dizem respeito
A espetacularização da fartura e do pra- a esperanças e sonhos de um futuro
zer da boa vida nas imagens e retóricas melhor, engajando o corpo por meio
do consumo contrasta com a moral da da intensidade do sentimento.”6 (grifos
escassez, da limitação dos prazeres e da no original)
apologia à vida regrada. Sob o ponto de
vista de uma teoria dos afetos, estaria em Nos estudos de mídia, a investi-
jogo a mobilização de uma identificação gação das estratégias de produçãohoje
subjetiva coma capacidade de inventar vigentes revela que o entretenimento se
para si uma vida melhor, o que se daria, apresenta como lógica dominante, per-
também, por meio do engajamento cer- passando áreas tão diversas quanto o
tos tipos de consumo como, por exemplo, jornalismo, a educação, a religião e a po-
certas dietéticas e rotinas que integram a lítica, entre outras. Por meio da espetacu-
densa malha de significados do chamado larização nas lógicas do entretenimento,
consumo consciente. transforma-se qualquer instância do coti-
diano em oportunidade para o consumo
Certas imagens e espaços de con- de marcas, serviços e produtos. Os neo-
sumo convidam o consumidor a entrar na logismos tão bem descritos por Bosshart
moldura e deixar-se levar pela envolvente e Hellmüller (2009) refletem a ampla dis-
promessa de felicidade e bemviver atrela- seminação do entretenimento nas dinâ-
da a transformações advindas no futuro da micas do infotainment, do edutainment,
adoção de práticas e hábitos no presente. do politainment e afins.
Em interessante estudo sobre a potência
afetiva de imagens de transformação di- Como ambientes de mobilização e
fundidas, por exemplo, em reality shows de construção de uma cultura participa-
nos quais algumas pessoas se submetem tiva, as redes sociais digitais podem ser
a intervenções radicais que alteram de enfocadas sob o ponto de vista articulação
modo drástico a sua aparência, Coleman de estratégias corporativas.A capacidade
(2013:23) argumenta, com propriedade, de conjugar de modo efetivo o fascínio do
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trajeto concebido para incluir, necessaria- por serem baratos, os produtos da loja
mente, toda a extensão do megastore. Du- sueca teriam baixa durabilidade.
rante toda a permanência na loja não se é
abordado pela equipe de vendas. Em sua No mote da campanha atual no
funcionalidade minimalista, o modelo de Reino Unido11, a promessa de dentro em
negócios elimina a mediação do vendedor breve passar a trabalhar apenas com ilu-
e a loja-galpão funciona com um número minação a base de LED12 claramente ar-
extremamente reduzido de funcionários. ticula a imagem da empresa à causa da
preservação do meio ambiente.Entende-
Em nome da economia, que na -se neste tipo de retórica a intenção de
retórica corporativa da Ikea funciona vincular a marca ao rol de valores que cir-
como argumento de vendas, transfere- culam no meio social e que são caros ao
-se para o próprio consumidor as fun- consumidor contemporâneo, como a res-
ções de selecionar os produtos que pre- ponsabilidade social corporativa e o bem
tende adquirir, localizá-los no estoque, estar do planeta diante da escassez de
embalar, transportar e montar cada recursos naturais.
equipamento em sua residência. Se,
por um lado, a experiência de compra Tendo examinado as três princi-
procede de acordo com os preceitos do pais perspectivas adotadas pelos es-
faça-você-mesmo, toda a comunicação tudiosos do consumo, podemos argu-
da marca enfatiza o apuro profissional mentar que cada uma a seu modo tem
e insinua o trabalho colaborativo entre contribuído para a apreensão crítica do
designers suecos e fornecedores loca- multifacetado fenômeno que nomeia a
lizados em diferentes locais do mundo. nossa época. Em La era del consumo,
Esse discurso mobiliza elementos que Alonso (2005:99) ensina que entender o
visam a legitimação social da marca em contexto social onde está inserido o con-
diálogo com o contexto social enquan- sumidor, compreender os usos sociais
to, simultaneamente, procuram conferir dos bens de consumo e a complexa sim-
autenticidade por meio das ideias de bologia que cada um deles mobiliza sig-
criatividade e funcionalidade enraiza- nifica conceber o consumo como “uma
das em patrimônio cultural regional. mescla realista de manipulação e liber-
dade de compras, de impulso e reflexão,
Examinando-se um catálogo da de comportamento condicionado e uso
Ikea – impresso ou em formato digital social dos objetos e símbolos da socie-
interativo – ou ainda em suas bem cui- dade de consumo”.
dadas ações promocionais, depreende-
-se com clareza que a consolidação
deste universo simbólico é finamente Considerações Finais
trabalhada com investimentos de gran-
de monta.Em 2013, o site institucional Não é novidade afirmar que a cul-
foi transformado durante dois meses tura material tornou-se ubíqua e perva-
em um ‘mercado das pulgas’ 9 onde os siva nas sociedades contemporâneas.
clientes10 podiam comercializar online Conforme ensina Sassatelli (2007:4), “o
qualquer mobília da marca para a qual conceito de cultura material vai além da
não tivessem mais utilidade. Ao promo- distinção entre material e simbólico, e in-
ver uma alternativa ao desperdício e sinua que os objetos fazem parte de um
dialogar com a mobilização social em sistema aberto de significados, que re-
prol da ecologia, a campanha procurou quer a intervenção dos atores [sociais]
ainda subverter o senso comum de que para adquirir sentido”13.
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o fosso entre ricos e pobres. Nos países (orgs.). Comunicação em tempos de redes so-
emergentes, políticas de microcrédito e ciais: afetos, emoções subjetividades. São Pau-
lo: Intercom, 2013.
a instituição pelo Estado de práticas as-
sistenciais e ações sociais17 de fomento ______________. Mobilizing the consumer as a
ao consumo são implementados como partner in social networks: reflections on the com-
forma de estimular a mobilidade social modification of subjectivities. IN: ARCILA, Carlos.
dos mais pobres e sua participação ci- CALDERÍN, Mabel e CASTRO, Cosette (eds.). An
dadã na economia. Enquanto isso, uma overview of digital media in Latin America. London:
University of West London Press, 2014.
seleta casta de bilionários se movimenta
com desenvoltura nos cenários trans- CITELLI, Adilson. Pensando o consumo entre a
nacionais do consumo, adquirindo pro- comunicação e a cultura. Comunicação, Mídia e
priedades que jamais irão usar , apenas Consumo, vol. 6, nº 15, 2009.
como forma de investimento.
COLEMAN, Rebecca. Transforming images:
screens, affects, futures. Londres e N. York:
Há algumas décadas, Garcia Can-
Routledge, 2013.
clini (1996) lançou como provocação a FEATHERSTONE, Mike. Consumer culture and
ideia que “o consumo serve para pensar”. postmodernism. Londres, Thousand Oaks (CA),
Para os desavisados, pareceu tratar-se Nova Déli e Singapura: Sage,Segundaedição,
de um chiste. Para outros, um chamado à 2007.
reflexão e à pesquisa. A cada dia surgem
_________________. Perspectives on consumer
novos ângulos para que se possa exami-
culture. Sociology, vol. 24, no. 1, 1990.
nar e compreender – quiçá transformar –
as culturas do consumo. Considerando a ________________. Consumer culture: an intro-
situação estratégica do Brasil nos blocos duction. Theory, Culture & Society, vol. 1, no.4,
emergentes econômicos, políticos e cultu- 1983.
rais no contexto da globalização em curso,
GARCIA CANCLINI, Nestor. Consumidores e cida-
essa discussão se torna tão necessária
dãos: conflitos multiculturais da globalização. Rio
quanto urgente. de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.
BOSSHART, L. e HELLMÜLLER,L.Pervasive
entertainment, ubiquitous entertainment. Com-
munication Research Trends, vol. 28, n. 2, p. 3 –
19,2009.
1 Docente e Pesquisadora do PPGCOM ESPM, São
BOWLBY, Rachel. Carried away: the invention Paulo. Pós-doutoranda no departamento de Socio-
of modern shopping. Londres: Faber and Faber, logia do Goldsmiths College, Londres, onde desen-
2000. volve pesquisa sobre o envelhecimento nas culturas
midiática e do consumo sob supervisão de Mike Fe-
CASTRO, Gisela G. S. Entretenimento, subje- atherstone.
tividade e consumo nas redes digitais: mobi-
lização afetiva como estratégia de negócios. 2 Cabe aqui uma ressalva a esta concepção clássica e
IN: BARBOSA, Marialva e MORAIS, Osvando altamente negativa do entretenimento como alienação na
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frivolidade da divertimento. Nem todo o entretenimento é 11 IKEA Forest, comercial para televisão disponível
divertido (vide o jogo de xadrez, por exemplo). Do mes- em www.yotube.com/user/ikeauk (último acesso: abril
mo modo, nem toda a diversão (como certa programação 2014).
de televisão) é necessariamente superficial e alienante. O
trabalho dos teóricos da Escola de Birmingham influencia- 12 Light Emitting Diode, ou diodo emissor de luz é
ram enfatizaram o caráter ativo do processo de recepção e uma tecnologia de baixo consumo de energia na ge-
consumo. Os estudos da rede Obitel (Observatório Iberoa- ração de luz.
mericano de Ficção Televisiva) sobre a telenovela deixam
claro o seu papel como crônica de costumes e narrativa da 13 No original: The concept of material culture goes
nação, assim como sua participação na disseminação de beyond the material/symbolic distinction, and underlines
temas, por vezes polêmicos, no debate público. that objects are part of a system of openmeanings which
require the intervention of actors to become meaningful.
3 Em versão livre: conteúdo gerado pelo usuário. Tradução livre minha.
9 Bastante comuns na Europa, nesses mercados 18 Por meio da cobertura da imprensa, pode-se obser-
populares vende-se (e compra-se) todo o tipo de var a preocupação crescente nas principais cidades do
material de segunda mão a preços módicos. É inte- mundo com o fenômeno dos imóveis de alto luxo arre-
ressante notar o cruzamento pouco usual entre os matados por oligarcas internacionais que os mantêm de-
circuitos oficiais e alternativos de consumo promo- socupados e ociosos.
vido pela campanha.
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