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Nº 23 – fevereiro/2022

Chegou a edição de fevereiro!

Esse mês o Informe.SDA traz para você notícias relacionadas à sanidade vegetal, consultas públicas, além de
avanços tecnológicos que visam a melhoria do serviço prestado pela Secretaria de Defesa Agropecuária e
muito mais.

Participe do Informe, envie sua sugestão de matéria para ccr.sda@agro.gov.br, até o dia 24/03, e divulgue o seu trabalho
aqui também.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 516 que estabelece os períodos de vazio sanitário
para cultura da soja que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país durante o ano de 2022. Essa medida
fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer
fase de desenvolvimento na área determinada. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos
negativos durante a safra seguinte.

“O vazio sanitário da soja é uma medida consolidada, que já vinha


sendo adotada por 14 estados produtores de soja nos últimos
anos. No entanto, para reforçar a sua importância e aumentar os
seus efeitos, o Mapa ampliou sua abrangência para 21 unidades da
federação, além de aumentar o período mínimo obrigatório de
ausência de plantas semeadas ou voluntárias no campo de 60 para
90 dias”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas,
Graciane de Castro.
A soja é o principal produto de exportação brasileira, e atingiu, em
2021, uma produção de 134 milhões de toneladas, segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Ferrugem Asiática é considerada uma das mais severas doenças
que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer
estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde o fungo
foi relatado em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90%
da produção.
Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja
Instituído pela Portaria nº 306/2021, o Programa Nacional de
Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) visa o
fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja,
congregando ações estratégicas de defesa sanitária vegetal com
suporte da pesquisa agrícola e da assistência técnica na prevenção
e controle da praga.
As ações no âmbito do programa são coordenadas pelo Ministério
da Agricultura, mas a fiscalização e demais procedimentos são de
competência dos estados.
O Ato n° 06 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado no Diário
Oficial da União, traz o registro de 25 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para
uso pelos agricultores. Desses, cinco são considerados de baixo impacto ou de base biológica e um de ingrediente ativo novo.
O produto inédito é feito à base do ingrediente ativo Impirfluxam. Trata-se de um fungicida recentemente aprovado no Brasil e que
será mais uma opção para o controle da ferrugem asiática da soja.
Além desse, outros dois produtos com o ingrediente ativo Dibrometo de Diquate em sua composição foram registrados, aumentando
para 19 as alternativas desse herbicida, considerado o substituto do Paraquat. “Esses dois produtos chegam bem na hora que os
sojicultores enfrentam uma escassez do herbicida no mercado nacional, justo quando se preparam para a ‘dessecação’ da soja para a
colheita”, destaca o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, André Felipe Peralta.
Dos produtos de baixo impacto registrados na data de hoje, quatro foram aprovados para uso na agricultura orgânica. O Chrysoperla
externa, efetivo contra mosca-branca e pulgões; o Telenomus podisi, parasitoide de ovos do percevejo-marrom da soja; o Orius
insidiosus, predador da praga Tripes Frankliniella schultzei; e o Azadirachta indica (óleo de nim), para o controle do fungo conhecido
como ‘oídio’ e para a mosca-branca.

O outro produto de baixo impacto é composto por microrganismo à base


de Bacillus velezensis, dessa vez em associação com Bacillus subtilis para
o controle do temido mofo-branco causado por Sclerotinia sclerotiorum.
“Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não
apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por
beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que
esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados
em qualquer cultura”, ressalta Peralta.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados
anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante
para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que
resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para
a agricultura brasileira.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos
responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com
critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Com a participação dos responsáveis pela área de TI das Além da análise geral sobre o autocontrole, foram ministradas
empresas, laboratórios e associações do setor, empresas apresentações sobre a estrutura tecnológica e segurança da
desenvolvedoras de software e startups do agro, a Secretaria de plataforma e sobre seu processo de implementação em agentes
Defesa Agropecuária (SDA) realizou uma apresentação técnica regulados e laboratórios.
da plataforma de autocontrole, com objetivo de alinhar as
O que é Autocontrole?
funcionalidades, implementação e avanços proporcionalizados
por essa ferramenta. Em formato online, o evento foi realizado Se afastando da ideia de auto inspeção e auto-regulamentação, o
parceria com o Movimento Brasil Competitivo e o Elogroup. autocontrole pode ser descrito como a capacidade do agente
privado implantar, executar, monitorar, verificar e corrigir
O ecossistema do autocontrole digital, elaborado com suporte
procedimentos de produção e distribuição de insumos
em base de dados, irá interligar processos e programas já
agropecuárias, alimentos e produtos de origem animal ou vegetal,
existentes e usados na SDA, a fim de transmitir informações
visando garantir sua inocuidade, identidade, qualidade e
atuais sobre a atuação e identificar as principais demandas no
segurança.
âmbito da Secretaria.
O autocontrole é um meio de estreitar laços com o setor
“Com uma grande quantidade de informações, o autocontrole
produtivo com intuito de aprimorar os serviços e gerar mais
permitirá ao Ministério da Agricultura uma atuação mais
transparência, além de dividir informações e viabilizar o emprego
centralizada e focada nas reais necessidades do setor, gerando
da mão de obra do Ministério diretamente para necessidades
uma comunicação máquina-máquina por meios de APIs (do
pontuais.
inglês Interface de Programação de Aplicação), trazendo
informações de maneira harmonizada e padronizada para um
único ambiente”, destacou o diretor do Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou o edital de chamamento para o Projeto ConSIM, com o objetivo
ampliar o número de municípios incluídos no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), por meio da
adequação e qualificação de Consórcios Públicos de Municípios e dos Serviços de Inspeção vinculados, bem como de estabelecimentos
registrados, de modo que possam ser reconhecidos como equivalentes.
O Projeto, que integra o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), tem-se apresentado como uma alternativa de
modelo de gestão capaz de contribuir para superação das dificuldades vivenciadas pelos Serviço de Inspeção Municipal (SIM).
“Dando continuidade à uma iniciativa de sucesso, o Projeto ConSIM 2022-2023 irá contribuir para o desenvolvimento da região
contemplada, pois incentiva a organização da inspeção municipal para alcançar a equivalência com a inspeção federal e, também, a
melhoria da qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. Os produtores, as agroindústrias e o consumidor serão beneficiados
com a ampliação de mercado e segurança alimentar”, afirma o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.

Outros benefícios advindos do projeto


são o desenvolvimento socioeconômico
local e regional; estímulo ao investimento
e ao crescimento dos estabelecimentos
registrados e, por consequência, dos
produtores pecuários; facilitação da
inserção de novos empreendimentos e de
regularização dos já existentes,
principalmente as agroindústrias
familiares de pequeno porte e a redução
do risco relacionado à identidade e a
segurança higiênico-sanitária e
tecnológica dos produtos de origem
animal destinados aos consumidores.

SDA avança no registro de produtos veterinários

Nos três últimos anos a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ainda segundo o diretor, “com as melhorias a serem
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementadas em sistemas de informática e com a atualização
buscou otimizar os seus processos de registro inicial e de do regulamento de fiscalização e controle de produtos de uso
alteração de registros de produtos veterinários de natureza veterinário, o Ministério oferecerá as ferramentas necessárias
farmacêutica e biológicos, com vistas a assegurar a qualidade e para os gestores, ampliando ainda mais a eficiência do
disponibilizar maior variedade e opções desses produtos tratamento das demandas trazendo um melhor atendimento à
registrados no país. sociedade”.
A pasta também avançou na organização e no acesso a Fiscalização
informações sobre o registro de produtos veterinários no Brasil,
Com objetivo de proteger a saúde dos animais e os
permitindo maior conhecimento e gestão da área, e
consumidores contra a venda de produtos irregulares pela
disponibilizando dados para a gestão interna do Mapa e para o
internet e em estabelecimentos não registrados, o Mapa
público externo de forma oportuna e
realizou em 2021, com cooperação de órgãos de inteligência e
transparente. Essa disponibilização de dados é um avanço
do Ministério da Justiça, operações que resultaram na apreensão
substancial para a realização de fiscalização de produtos e de
de 22.466 unidades de produtos veterinários.
orientação ao consumidor.
Também foram realizadas fiscalizações nas empresas
De 2019 a 2021, foram aprovados - entre registro novo e
registradas. Foram 573 fiscalizações que resultaram na colheita
alteração - 646 produtos de natureza farmacêutica, havendo
de 1.255 amostras para verificação de conformidades.
hoje 2.878 produtos registrados e disponíveis ao consumidor.
Neste mesmo período, também foram aprovados 239 novos Painéis BI de Produtos de Uso Veterinário
produtos veterinários biológicos. O total registrado nessa
categoria é de 1.080. De forma direta e transparente, foram disponibilizados no site
do Mapa os painéis Business Intelligence (BI) de produtos
Além de ser responsável pelo registro, o Mapa também regula os veterinários.
estabelecimentos que produzem, distribuem, importam,
exportam produtos veterinários. Atualmente, são 15.402 A ferramenta tem como objetivo facilitar o acesso a
estabelecimentos ativos registrados no Brasil. informações atualizadas sobre estabelecimentos e produtos de
uso veterinário registrados. Com os painéis, é possível verificar
“Com o esforço da equipe, aliado ao gerenciamento das dados de registro e fiscalização de produtos de uso veterinário,
demandas, o Mapa envidou esforços e conseguiu atender os os quais podem ser acessados tanto pelos consumidores, como
prazos regimentais para registro e alteração de registro de pelos agentes de fiscalização.
produtos de uso veterinário”, relatou o diretor do Departamento
de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
Os manuais da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) estão sendo
disponibilizados em um sistema eletrônico próprio. Trata-se do projeto de
manualização de processos que tem como objetivo a disponibilização de uma
fonte de consulta permanente, central e atualizada sobre os procedimentos
internos dos diversos departamentos da pasta.
Os manuais são apresentados em modelo padronizado e divididos por
temática. A ferramenta promove a transparência e a padronização de
procedimentos em um documento único, prevenindo a dispersão das
instruções e informações, como ocorria através da publicação de
procedimentos em ofícios circulares diversos.
O sistema informatizado de gerenciamento dos manuais de processos da
Secretaria de Defesa Agropecuária já se encontra acessível em:
https://wikisda.agricultura.gov.br/pt-br/home

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria 532 que submete à consulta pública, pelo prazo de
90 dias, a proposta de revisão do padrão oficial de classificação da soja e de seus subprodutos, considerando seus requisitos de
identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem.
O Brasil é o segundo país na produção e processamento mundial de soja, sendo também o segundo maior exportador de grão, óleo e
farelo de soja. Além da sua importância na exportação, a cadeia da soja também reúne grande número de produtores e gera no país
milhões de empregos.
Atualmente, o padrão oficial de classificação da soja é regulamentado pela Instrução Normativa Mapa nº 11/2007. “A revisão do
regulamento técnico visa a adequação e melhoria da norma utilizada até o momento”, destaca a coordenadora de Regulamentação da
Qualidade Vegetal, Karina Coelho.
A proposta traz como novidade uma maior
objetividade na classificação da soja, maior clareza nos
conceitos e procedimentos previstos, a manutenção
da qualidade da soja em "Tipos" superiores, a previsão
de um Grupo específico para soja com alto teor de
proteína e de óleo, alinhando-se ao padrão da China,
assim como um maior escalonamento de "Tipos",
fazendo ainda distinção no tratamento de sementes
tratadas, sementes tóxicas e sementes de outras
espécies.
“Dado a importância da soja para a agricultura brasileira
e a posição de relevância do país no cenário
internacional, aguardamos uma ampla participação do
setor interessado nesta consulta pública”, enfatiza o
diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Vegetal, Glauco Bertoldo.
As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão
ser encaminhadas por meio do Sistema de
Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da
Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do
link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/.
Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar
cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso
(SOLICITA), por meio do
link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 535 declarando os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio
Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter no estado do Acre e o município de Guajará, no estado do Amazonas, como área
sob quarentena para a praga quarentenária ausente Monilíase do Cacaueiro (Moniliophthora roreri).
A medida foi adotada após a conclusão das ações iniciais de investigação, delimitação e erradicação do foco da praga, confirmada em julho de
2021 no estado do Acre, e substitui à delimitação anterior que englobava, de forma preventiva, todo o estado do Acre.
“O objetivo desta delimitação é o de coibir o trânsito de materiais vegetais das espécies do gênero Theobroma e Herrania e outras hospedeiras
da praga provenientes da área sob quarentena para as demais áreas indenes, até que seja declarada a sua erradicação no Brasil”, explica a
coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.
Os municípios incluídos na nova área sob quarentena foram definidos após a caracterização dos níveis de risco fitossanitário relativos à
possibilidade de dispersão do fungo, considerando, entre outros fatores, o nível de isolamento da região em relação ao restante do país.
Ações realizadas
Desde a detecção do foco de monilíase do cacaueiro no Acre, o Mapa adotou medidas de contingência
para erradicação da praga no país. Após a conclusão da investigação de suspeita, novas diretrizes serão
adotadas para os planos de trabalho a serem executados nos estados sob condição de emergência
fitossanitária (Acre, Amazonas e Rondônia) e as estratégias de prevenção e erradicação dos focos da
praganos períodos subsequentes.
O statusdo Brasil parao fungo Moniliophthoraroreri continuacomo de pragaquarentenáriaausente.
As ações de prevenção e emergência contam com apoio de equipes técnicas do Departamento de Sanidade
Vegetal e Insumos Agrícolas, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e das
SuperintendênciasFederaisdeAgricultura eÓrgãos EstaduaisdeSanidadeVegetaldos estadosenvolvidos.
Monilíase do Cacaueiro
A monilíase é uma doença devastadora que afeta, principalmente, plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.)
e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas
adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
Essa é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana.
Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou, durante o mês de fevereiro, uma ação de investigação e
fiscalização para o combate à fraude em bebidas nos Estados do Rio de Janeiro, Sergipe e Santa Catarina. Foram apreendidos
cautelarmente com indícios de fraude 14.348 litros de vinagre de fruta (maçã), 212.800 kg de suco concentrado de laranja, 14.300 kg
de açúcar invertido (xarope de açúcar) e 68 mil kg de suco concentrado de maçã.
A ação de investigação foi realizada por auditores fiscais federais agropecuários dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal de SC, SP, SE, RJ e GO, a partir de amostras de produtos coletadas no comércio, matérias-primas coletadas em indústria
produtoras de sucos e denúncias oriundas da sociedade, que resultaram como não conformes.
“Em todos os casos, a suspeita é que os produtos tenham sido adulterados pela utilização de matéria-prima proveniente de cana-de
açúcar, ou seja, não proveniente da fruta que deveria compor o sabor do vinagre ou suco. As análises realizadas pelo Laboratório
Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, determinam o "Teor de Carbono do ciclo C3", que detecta o tipo de carbono
preponderante nas frutas", explica a coordenadora-geral de Vinhos e Bebidas da Secretaria de Defesa Agropecuária, Juçara André.
No Rio de Janeiro a ação fiscal foi realizada em estabelecimento produtor de vinagres e fermentados acéticos, onde foram recolhidas oito
amostras de produtos para análises laboratoriais, além dos produtos apreendidos de forma cautelar até que sejam conhecidos os resultados
de análise fiscal. Já em Santa Catarina, foram coletadas duas amostras de suco concentrado de maçã e ocorreu apreensão deste produto.
Em Sergipe, a fiscalização foi realizada nos sucos concentrados de laranja. A ação resultou na
coleta de amostras de dez lotes de suco concentrado de laranja e apreensão cautelar dos
produtos e de açúcar invertido encontrados no estabelecimento sem que houvesse motivos
para sua presença na unidade fabril, o que levou a autuação da empresa.

Em todos os casos, os produtos permanecerão apreendidos até a obtenção dos


resultados de análises desses lotes. “Confirmados os resultados de fraude, os
estabelecimentos serão autuados por adulteração de bebidas, conforme Regulamento
da Lei 8918/94. Além da inutilização dos produtos, tem-se como sanção a aplicação de
multa que pode chegar a R$ 117.051,00 por lote fraudado”, relata a coordenadora.
Os auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizaram a qualidade do arroz e do feijão
vendido nos supermercados e atacados do Distrito Federal. A fiscalização suspendeu a comercialização de 37.809 quilos de feijão e 774 quilos de arroz,
devido à baixa qualidade do produto exposto à venda, com grãos não sadios e impurezas, como pedras, e por divergências quanto à qualidade do
produto indicada no rótulo e a constatada pela fiscalização no local. Também foram encontrados produtos com grãos mofados e carunchados que
podem contermicotoxinas prejudiciaisà saúde.
Após resultado das análises que serão realizadas pelos laboratórios oficiais, o
Mapa notificará os responsáveis pelo produto irregular para que tomem as
providências quanto ao reprocessamento do produto. As multas podem chegar a
R$ 532 mil por lote de produto irregular.
A fiscalização contou com a atuação de auditores fiscais federais agropecuários
de São Paulo e do Distrito Federal. Ao todo, foram fiscalizadas 11 redes de
supermercados. O objetivo foi retirar de comercialização os produtos que não
atendiam às normas do Mapa, o que resultou em melhor produto ofertado e
evitou que ocorresse o engano, erro e confusão aos consumidores quanto à
qualidade do feijão e do arroz comprado.
Ao comprar um feijão que indica, por exemplo, ser de melhor qualidade, como o
Tipo 1, e, no entanto, na classificação de fiscalização se apresenta de baixa
qualidade, entende-se que ocorre o engano ao consumidor. A fiscalização do
Mapa atua para evitar este tipo de situação. As ações também evitam que
consumidores desavisados, ao escolherem o produto apenas pelo preço, acabem
comprando produtos de baixa qualidade.

Segundo a Instrução Normativa nº 12/2008 do Mapa, o feijão pode ser classificado como: Tipo 1,
Tipo 2, Tipo 3, Fora de Tipo e Desclassificado.
"A fiscalização do Mapa seguirá vigilante para garantir a oferta de produtos de boa qualidade à
população e evitar o engano aos consumidores. A fiscalização da qualidade do arroz e do feijão é
atribuição do Ministério e vem sendo feita com regularidade nos últimos anos. Estão sendo
programadas mais fiscalizações em outros estados da federação ao longo do ano de 2022"
informou o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago de Dokonal Duarte.

A Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento (Mapa) disponibilizou em fevereiro a primeira
versão do Sistema de Atos Normativos (Sisatos), que é o
repositório de todo o estoque regulatório do Mapa.
A plataforma irá permitir uma rápida pesquisa sobre portarias,
resoluções, despachos, instruções normativas, enfim, todos os
atos normativos vigentes ou já revogados do Ministério.
O desenvolvimento do sistema contou com apoio de todas as
Secretarias do Mapa e o Incra, que fizeram o levantamento, a
revisão e a catalogação de aproximadamente 11.000 atos.
Para acessar o sistema, o servidor deverá estar na rede Mapa e
fazer as consultas no seguinte endereço: https://sisatos-
hmg.agricultura.gov.br. A plataforma, por enquanto, está disponível
apenas para consulta interna.
A próxima etapa será a capacitação dos administradores do Sisatos
em cada unidade, para que assim possam fazer a gestão do próprio
acervo, como por exemplo, incluir, alterar, exportar dados, dentre
outras atividades.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou uma nova
Especificação de Referência (ER) na Portaria nº 527. A nova ER 51 tem como ingrediente
ativo uma pequena vespa parasitoide, chamada Tetrastichus howardi, para o manejo de
duas pragas importantes no campo: broca-da-cana (Diatraea saccharalis) e lagarta-de-cor-
parda (Thyrinteina arnobia).
A publicação cria mais oportunidades para o registro de produtos biológicos com base em ER,
possibilitando que diferentes empresas disponibilizem produtos no mercado por meio de um
processo simplificado. Os produtos registrados com base em ER recebem automaticamente a
denominação de “produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica” e
podem ser usados nos sistemas orgânicos e convencionais de produção.
Em 2021, o Mapa atingiu a marca histórica de 50 ER, que resultou em um número recorde
de produtos registrados com base em especificações de referência. Foram 51 novos
registros, contra 38 em 2020.
“A cada nova ER publicada, cresce a nossa expectativa de bater essa marca, ainda mais se
tratando de uma especificação de amplo acesso que possibilita o registro de vários
produtos por diferentes empresas”, destaca o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins,
André Peralta.
Além de serem eficientes do ponto de vista agronômico, esses produtos apresentam
baixo ou nenhum impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente, e o seu uso vem
ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira.
Viticultura
A Portaria ainda republicou a ER 12 de outra vespa parasitoide, o Trichogramma pretiosum, para a inclusão das pragas traça-dos-
cachos (Cryptoblabes gnidiella) e traça-da-videira-sul-americana (Lasiothyris luminosa), ambas estreantes em especificações.
A novidade deve animar ainda mais o setor vitícola, visto que a uva ficou entre as frutas mais exportadas pelo Brasil em 2021, com
participação de 13% (US$ 155,9 milhões) no volume recorde registrado no período.
Parceria
Uma das principais parceiras do Mapa na elaboração das especificações de referência tem sido a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), com pesquisadores das diversas unidades colaborando, sobretudo, na etapa de indicação de uso.
Para a republicação da ER 12, foi fundamental a participação da chefe do Serviço de Especificações de Referência (SEER), Tereza
Cristina Saminêz, que em conjunto com pesquisador Tiago Cardoso da Costa Lima, da Embrapa Semiárido, reuniram as informações
necessárias para ampliar a indicação de uso da especificação. A nova proposta, antes de ser publicada, contou com a aprovação do
Ibama e da Anvisa.

As publicações das ER também contam com


apoio da equipe de bibliotecários e assistentes
em diversas unidades da Embrapa, por meio da
disponibilização de referências bibliográficas
que fazem parte do acervo da instituição.
“Essa parceria já produziu resultados
significativos para a agricultura brasileira, com
mais de 50 especificações de referência
publicadas ou republicadas. Até o final de
2022, queremos chegar em 300 produtos
registrados com base em ER e a Embrapa tem
um papel fundamental nisso”, ressalta Peralta.
Atualizações
Na Portaria também foram republicadas as ER
15 e 26, com algumas alterações técnicas, e
as ER 19, 21, 49 e 50, que saíram com
formato equivocado na Portaria SDA nº
363/2021, agora revogada.
Está disponível no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o processo de
consulta pública, pelo prazo de 75 dias, para os procedimentos de abate e de inspeção ante e post
mortem de bovídeos em abatedouros frigoríficos sob inspeção federal no Brasil. A proposta busca
harmonizar e regulamentar os procedimentos, alinhados com o Regulamento da Inspeção Industrial
e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (Riispoa).
O documento aborda o processo de abate como um todo, bem como os procedimentos de inspeção
de bovídeos, referentes à recepção, avaliação e segregação dos animais, ao abate de emergência, à
avaliação clínica dos animais antes do abate, à necropsia, à preparação para a execução das técnicas
de exame nas linhas de inspeção e técnicas de exame, julgamento e destinação de carcaças e
vísceras pelo serviço de inspeção e respectivos registros e documentos relacionados.
A inspeção ante mortem é um componente primário da higiene da carne antes do abate, e a inspeção post mortem é um componente
primário do controle do processo na higiene da carne pós-abate.
As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da
Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá
efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prorrogou por 60 dias o prazo da consulta pública que trata da proposta
de revisão do Decreto n.º 6296/2007, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização de produtos destinados à alimentação animal.
A revisão busca promover a modernização da área de alimentação animal. Entre as mudanças estão a nova classificação de
estabelecimentos, novas exigências para registro, alteração de registro de estabelecimento, registro e isenção de registro para
produtos, incluindo alterações relacionadas aos produtos que são de uso na alimentação humana passíveis de uso na alimentação
animal, e aqueles registrados em outras áreas do Ministério.
O documento ainda inclui os novos procedimentos que dividem a responsabilidade entre órgão fiscalizador e agente fiscalizado,
artigos relacionados ao trânsito nacional e internacional de produtos para a alimentação animal, as diretrizes para importação e
exportação, e a inclusão do conceito de programa de autocontrole.

“A prorrogação do prazo para as manifestações se faz necessária para que a nova proposta de regulamentação possa ser mais bem
avaliada e discutida pelo setor”, avalia a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.
As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos
(Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao
Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do
link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Como parte da programação da Semana da Uva de Marechal Floriano (ES),


o auditor fiscal federal agropecuário do Serviço de Inspeção, Fiscalização
de Insumos e Sanidade Vegetal (SIFISV/SFA-ES), José Maurício Teixeira,
ministrou uma palestra no Centro de Agronegócios do município sobre a
legislação que dispõe sobre produção, circulação e comercialização do
vinho e derivados da uva e do vinho.
Na oportunidade, o auditor também participou, juntamente com o servidor
Valber José dos Santos e representantes do Sebrae, Embrapa, Senar e da
Prefeitura de Marechal Floriano, de visita a campo para conhecer as
propriedades produtoras de uva e derivados da região.
José Maurício ressaltou a importância de iniciativas como essa, que estão
sendo promovidas pelas Prefeituras capixabas. “Esses eventos promovem
aproximação e parceria entre as instituições e os produtores rurais para
estabelecer diretrizes comuns, planejando e executando ações com
objetivo de fortalecer as atividades produtivas nos municípios”, afirma.
Representantes do poder público, da indústria, do setor Caruso disse ainda que as empresas podem usar seus programas
produtivo e dos consumidores debateram a norma que define os de controle de qualidade para essa classificação. Basta que se
padrões oficiais de classificação do café torrado, durante credenciem no Mapa e participem da capacitação oferecida
seminário realizado, em fevereiro, na sede da Federação das regularmente pelo ministério. “Uma associação, como a própria
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), pode fazer esse
controle. Ela pode se credenciar para fazer o controle das
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
empresas. Para isso a norma cria o serviço de controle
explicou com detalhes os principais requisitos da Instrução
autorizado.”
Normativa 364/2021, que estabeleceu os padrões e será
submetida à audiência pública nacional prevista para 10 de Dagmar Oswaldo Cupaiolo, presidente do Sindicato da Indústria
março em Brasília. do Café no Estado de São Paulo e vice-presidente da Fiesp, falou
do ambiente favorável ao diálogo e ao conhecimento e lembrou
O evento foi híbrido e permitiu participação remota. Todos os
que o objetivo de todos é defender os interesses do Brasil.
atores envolvidos com a cadeia do café se manifestaram
expondo suas dúvidas, inquietações ou apoio à medida que vai Consumidores
permitir a fiscalização pelo Mapa, garantido a qualidade do
O promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador, do Paraná,
produto ao consumidor.
apresentou a visão do consumidor, pois atua na defesa dos
No seminário também foram apresentados quatro painéis interesses desse ator da cadeia. Ele disse que está na
técnicos sobre as análises laboratoriais obrigatórias, os promotoria há 15 anos e tem recebido demandas do café, mas
classificadores e procedimentos operacionais, as análises nem sempre pode atuar por falta de norma. “O Ministério Público
complementares e fiscalização, além da rotulagem. demanda essa norma do Mapa. O que fazemos hoje tem mais ou
menos 20 anos de atraso”, afirmou.
Padrão
De acordo com o promotor, essa falta de padrões de
A superintendente federal de Agricultura de São Paulo, Andréa
classificação traz prejuízo aos órgãos públicos, que não
Figueiredo Procópio de Moura, disse que a norma tem que ser
conseguem fiscalizar; aos consumidores, que ficam sem
construída para o benefício de todos e deve, necessariamente,
informações sobre o produto; e ao próprio setor, que compete
favorecer o consumidor.
com produtos de baixa qualidade. “O café é o produto mais
O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem consumido pela população brasileira, é inadmissível não ter
Vegetal do Mapa, Glauco Bertoldo, destacou que o padrão de norma”. De acordo com dados apresentados no seminário, o
classificação do café traz muitos benefícios para o país. "A consumo doméstico é de 6 quilos por habitante/ano.
grande maioria dos produtores e dos industriais atua
Produção e indústria
corretamente, mas existem pontos fora da curva que precisam
ser corrigidos”, falou. A indústria de torrefação e representantes dos produtores
também participaram do evento. Celírio Inácio da Silva, diretor
Ele lembrou que a norma prevê também a certificação para
executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic),
atender o mercado externo. “Mercados de fora dão muito valor à
disse que a maior preocupação da indústria há quase 50 anos é a
certificação oficial, como a China, por aspectos de qualidade e
valorização da qualidade e o combate à fraude. “Em 1989,
segurança. Esse diálogo é muito importante, todos terão que
quando o selo Abic de pureza foi implementado, mais de 30%
ceder em um ponto ou outro em prol do país”, disse Bertoldo.
das marcas burlavam a legislação. Hoje o cenário mudou e
O coordenador-geral de Qualidade Vegetal, Hugo Caruso, marcas impuras diminuíram”, disse.
apresentou um histórico da regulamentação do café, citando a
O diretor disse que a Abic investe mais de R$ 2 milhões por ano
lei 9.972, de 2000, que até hoje regula o setor. Segundo ele, o
atualmente no monitoramento da qualidade, além de aplicar
Mapa tem 81 padrões estabelecidos para produtos de origem
cerca de R$ 20 milhões nos últimos anos em ações de marketing
vegetal. “Tiramos azeites fraudados do mercado porque temos
para conscientizar e educar o consumidor. Ele reconhece o
padrões. Nenhum padrão oficial inviabilizou a indústria, pelo
problema regulatório apontado pelo Ministério Público,
contrário, ele é tido como diferencial”, explicou.
salientando a falta de uma ferramenta legal para combater
fraude, evitar prejuízos ao consumidor e concorrência desleal.
A preocupação do Conselho Nacional do Café (CNC), manifestada
pelo seu presidente Silas Brasileiro, seria um eventual impacto
para pequenas e médias empresas. Ele defende uma renda digna
dos produtores.
Maciel Silva, coordenador de produção agrícola da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), disse que a experiência
da iniciativa privada deve ser aproveitada, mas a presença do
Estado é necessária. “A norma para o café torrado premia quem
faz corretamente. Nossa sugestão é que a Abic participe do
processo. Defendemos o autocontrole, mas precisamos de
parâmetros legais que sejam cumpridos e hoje o café não tem”.
Já está aberta a consulta pública, pelo prazo de 60 dias, sobre a proposta de Portaria que estabelece as normas para a produção, a certificação, a
responsabilidade técnica, o beneficiamento, a reembalagem, o armazenamento, a amostragem, a análise, a comercialização e a utilização de
material de propagação vegetativa e de mudas.
A proposta visa atualizar as normas de produção, comercialização e utilização de material de propagação vegetativa e de mudas, tornando-as alinhadas e
compatíveiscomo Decretonº 10.586/2020,que promoveu asimplificação dos processose exigênciaseamodernização deseus comandos.
Com a nova norma, espera-se ter no sistema um maior número de materiais de propagação vegetativa com comprovação de origem genética e
maior número de produtores de mudas regularizados em função da simplificação dos processos de inscrição e da contemplação de processos
produtivos que não haviam sido observados anteriormente.
A norma também facilitará a compreensão dos administradores, visto que trará descrição detalhada dos procedimentos e simplificação dos
processos e documentos, com impactos na redução da necessidade de diligências e reanálises por parte da fiscalização, e na redução de não
conformidades no processo de produção e comercialização de mudas. Em relação à fiscalização, o documento também simplifica o processo com
linguagem mais clara e detalhada.
“Esperamos que a normativa aumente o grau de conformidade das mudas produzidas no país, proporcionando ao agricultor a aquisição de um
insumo com melhor qualidade e com a garantia de identidade da cultivar que foi escolhida, objetivando a obtenção da produtividade em seu
potencial máximo”, explica a coordenadora-geral de Sementes e Mudas da Secretaria de Defesa Agropecuária, Virgínia Carpi.

As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio


do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de
Defesa Agropecuária, por meio do
link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o
usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso
(SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.
Avaliação de consultas públicas para normas de sementes e mudas
Também passaram por consultas públicas recentes e encontram-se em fase de
avaliação das contribuições recebidas: minutas da Portaria nº 474, que
estabelecem as normas para a inscrição de cultivares e espécies no Registro
Nacional de Cultivares e suas alterações; da Portaria nº 475, que trata das normas
a serem observadas pelos integrantes do Sistema Nacional de Sementes e Mudas
para a inscrição e o credenciamento no Registro Nacional de Sementes e Mudas; e
da Portaria nº 476 sobre as normas para produção, comercialização e utilização de
sementes.
As normas constam da lista de prioridades da agenda regulatória da Secretaria de
Defesa Agropecuária e, após avaliação das contribuições recebidas nas consultas
públicas, serão encaminhadas para avaliação jurídica, visando sua publicação.

Dentro do planejamento do Governo Federal para que os órgãos da administração pública direta implementem ferramentas para
melhor governança regulatória, a Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
contratou consultoria visando aprimorar a produção de atos normativos relacionados à defesa agropecuária, em conformidade com o
Decreto nº 10.411, de 30/06/2020.
A contratação do consórcio Ubuntu KPMG Consultoria Ltda e Licks Advogados, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira
(17), ocorreu por meio do projeto de cooperação internacional Mapa-Prodefesa, por intermédio do Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura (IICA). A consultoria terá início no dia 21 deste mês, com duração de seis meses.
Os resultados da consultoria subsidiarão a Secretaria para aprimoramento da Análise de Impacto Regulatório (AIR),
contemplando metodologias para a aferição do impacto econômico e o detalhamento de opções não normativas para a solução de
problemas regulatórios. Além disso, serão introduzidas estratégias para realização da Avaliação de Resultado Regulatório (ARR), para o
constante monitoramento do desempenho da norma editada, considerando o cumprimento dos objetivos originais e os impactos
observados no mercado e na sociedade.
“A iniciativa integra os esforços da Secretaria de Defesa Agropecuária para promover a incorporação de boas práticas regulatórias aos
controles sanitários aplicados às diversas cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, em conformidade com as diretrizes do Governo
Federal e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, destaca a diretora do Departamento de Suporte
e Normas, Judi Nóbrega.
A Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) em São Paulo acompanhou a destruição de 20.580 mudas
de orquídeas importadas de Taiwan e que tinham uma praga quarentenária
inexistente no Brasil, a bactéria Dickeya fanzhogdai. Ela provoca o apodrecimento
da planta, se fosse introduzida no país, seria de fácil disseminação e de difícil
manejo.
O controle da importação de vegetais é uma rotina do Mapa e evita prejuízos aos
produtores rurais e a toda população brasileira. As mudas estavam em depósito
isolado em Guararema e a destruição foi realizada em Suzano.
Esse não foi o primeiro caso em que os laboratórios da rede oficial do Ministério
detectaram esta praga. Em novembro, a bactéria foi identificada em um lote com
65.756 mudas de orquídeas importado por empresa de Holambra. Em janeiro, esse
lote foi devolvido a Taiwan – todo o processo também foi acompanhado pela
equipe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (Sisv) da
Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP).
O trâmite regular para importação de plantas inclui a coleta de amostra pela
equipe do Mapa assim que o lote chega em portos ou aeroportos no Brasil. No
caso das orquídeas, o Mapa fez a coleta no Porto de Santos. “Enquanto o laudo
não sai, o produto fica na chamada zona primária, um espaço no ponto de ingresso
que armazena os produtos ainda não nacionalizados”, explica a chefe do Sisv em
São Paulo, Carolina de Araújo Reis.
Como o custo é alto, e por se tratar de carga perecível, as empresas podem solicitar a liberação via termo de fiel depositário para
manter a guarda em local próprio até que a análise da amostra seja concluída, com resultado conforme.

Quando a bactéria foi detectada, em janeiro, a Superintendência comunicou a


empresa. O importador tinha duas opções: devolver as orquídeas ao fornecedor
ou incinerá-las, seguindo as recomendações técnicas do Mapa. No dia 26 de
janeiro, a equipe do Sisv-SP esteve no local para verificar as condições de
armazenamento da carga e constatou que estava tudo correto. Com dificuldades
para fazer a devolução, a empresa optou pela destruição.
A empresa de limpeza urbana escolhida para incinerar utiliza o método de
alimentação manual dos fornos, que abrem em intervalos alternados de cinco
minutos. Ao final, a empresa importadora deve apresentar um documento
comprovando a finalização do processo.
Carolina explicou ainda que, quando o importador não cumpre as recomendações
técnicas do Mapa, ele tem suspenso por um ano o benefício de liberação via fiel
depositário e o produto importado precisa permanecer na área primária do porto
ou aeroporto até a emissão do laudo. Além do prejuízo com a carga inutilizada, a
empresa teve que custear a incineração que, em média, sai a R$ 15 mil para esse
volume de produto.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou o conjunto de dados constante do Sistema Integrado de
Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro). O sistema é composto por bases de dados relacionadas à Alimentação Animal,
Aviação Agrícola – Registro, Aviação Agrícola – Autorização, Aves de Reprodução, Fertilizantes, Material de Multiplicação Animal,
Produto Veterinário, Qualidade Vegetal e Vinhos e Bebidas, e terá atualização semanal.
A publicação dos dados cumpre o compromisso firmado no Plano de Dados Abertos (PDA/Mapa) para o biênio 2018 – 2019, podendo
ser acessada no Portal Brasileiro de Dados Abertos.
A abertura do conjunto de dados do Sipeagro demonstra o compromisso do Mapa com a transparência e a busca pela consolidação na
cultura de dados abertos, o que torna possível à sociedade o acesso e utilização dos dados e informações públicas livremente,
estando sujeita, somente, às exigências que visem preservar sua proveniência e abertura.
Veja aqui o Plano de Dados Abertos do Mapa.
Um grupo de trabalho irá diagnosticar a situação da comercialização do mamão e propor formas para
melhorar as condições de venda da fruta produzida no Brasil. A definição foi feita durante reunião
técnicarealizadanaCompanhia deEntrepostose Armazéns GeraisdeSão Paulo(Ceagesp).
A demanda surgiu em janeiro pela Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya
(Brapex), que representa 12 empresas exportadoras da fruta. A Ceagesp promoveu a reunião técnica,
que contou com palestras da própria Brapex e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
De acordo com Gabriel Bitencourt, chefe da seção de Qualidade da Ceagesp, 11% do mamão
produzido no Brasil é comercializado no entreposto paulista, o maior da América Latina. “A direção da
Ceagesp está bem alinhada às nossas sugestões técnicas. Quando a gente montar a proposta de
adequação,haveráum trâmiteinterno e aregraestaráalinhadaàlegislação”,disse ele.
A superintendente federalde Agricultura emSão Paulo, Andréa Moura, ressaltouque arastreabilidade
dos produtos vegetais é prevista por lei e que o Ministério da Agricultura vai manter as fiscalizações.
“Entendemos que é importante orientar, mas nosso dever é fazer cumprir a lei. Temos o respaldo da
Ceagespe essamudança deposturaéurgente”,afirmou.

Hugo Caruso, coordenador geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa,
participou da reunião e lembrou que o mercado exportador não se viabiliza sem rastreabilidade. “Temos que garantir qualidade também
ao consumidor brasileiro. A Instrução Normativa Conjunta nº 2 de 2018 que institui a rastreabilidade, segue em vigor”, afirmou.

José Roberto Macedo Fontes, diretor executivo da Brapex, disse que as


exportações de frutas brasileiras cresceram 25% nos últimos cinco anos, sendo
que 58% seguem para a União Europeia. Em 2020, o mamão respondeu por cerca
de R$ 44 milhões das negociações e, segundo ele, 70% da produção fica no
mercado interno. “Todos os atores precisam entender as mudanças na cadeia,
bem como as alternativas para deter ameaças. Queremos um mercado justo,
remuneração justa ao produtor e alimento seguro para o consumidor”, afirmou.
O auditor agropecuário Fernando Penariol, chefe da Unidade Técnica Regional de
Agricultura (Utra) de Ribeirão Preto, falou sobre a legislação. Disse que já existe
uma classificação para o mamão, citou os decretos e instruções normativas e
destacou a responsabilidade de quem detém produtos irregulares. “Daí a
importância desta reunião ocorrer aqui com os atacadistas. Se o detentor da
mercadoria fiscalizada não puder comprovar a procedência, ele será investigado,
autuado e multado”, explicou.
O diagnóstico a ser elaborado pela equipe do Centro de Qualidade Hortigranjeira
da Ceagesp será apresentado em reunião virtual.

A Equipe Gestora do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) no Espírito Santo,
composta por instituições do setor público e privado do Estado, se reuniu de forma virtual, dando andamento às estratégias para
tornar o Espírito Santo Livre da Febre Aftosa sem vacinação.

Atualmente, o Estado é reconhecido internacionalmente como livre da


doença, mas com vacinação, cujas etapas ocorrem nos meses de maio,
para bovinos e bubalinos até 24 meses, e novembro para todo o
rebanho dessas espécies.
O superintendente federal de Agricultura, Aureliano Nogueira da Costa é o
representante do Mapa neste colegiado e, segundo ele, umas das fortalezas
desse projeto está na conjugação dos esforços de todos os envolvidos.
"Estamos trabalhando com muita responsabilidade e segurança para que
possamos substituir a utilização de vacinas por ações de vigilância para a
febre aftosa, trazendo grandes benefícios para o agronegócio capixaba e
também do país".
A
A , credencia a , estabelece os critérios para mensuração do Risco
empresa RADAR CERTIFICAÇÃO LTDA, CNPJ 43.377.972/0001- Estimado Associado ao Estabelecimento, para determinar a
02, para atuar como certificadora junto ao Sistema Brasileiro de frequência mínima de fiscalização em estabelecimentos, no
IdentificaçãoIndividualde Bovinos e Búfalos - SISBOV. âmbito da inspeção e fiscalização agropecuária. Esta Portaria
entraem vigor em 1º de março.

A , cancela o A , cancela o
credenciamento do laboratório Analytical Center, nome credenciamento do Laboratório Hippus de Anemia Infecciosa Equina,
empresarial Analítico S/C LTDA, CNPJ nº 05.124.170/0001-00, nome empresarial Rui Carlos Barbosa ME, CNPJ nº 05.959.791/0001-
localizado em Belém/PA, credenciado para realizar ensaios em 03, em Araguaina/TO, credenciado para realizar ensaios em amostras
amostrasoriundas dos programase controles oficiais do Mapa. oriundas dosprogramase controlesoficiais doMapa.

A , cancela o A , cancela o
credenciamento da Clínica Médica e Laboratório Veterinário Biovet credenciamento do Laboratório Lazari LTDA, CNPJ nº
LTDA, CNPJ nº 10.261.211/0001-31, localizado em Novo 04.880.814/0001-19, localizado em Lins/SP, credenciado para
Horizonte/SP, credenciado para realizar ensaios em amostras realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles
oriundas dos programase controles oficiais do Mapa. oficiais do Mapa.

A , suspende
A ,
o credenciamento do Centro de Análises e Diagnóstico da
cancela o credenciamento do Labortel - Laboratório
Coordenadoria de Defesa Agropecuária, nome empresarial
Veterinário de Análises Três Lagoas LTDA, CNPJ nº
Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CNPJ nº
15.904.402/0001-98, localizado em Três Lagoas/MS,
46.384.400/0021-92, localizado em Campinas/SP, credenciado
credenciado para realizar ensaios em amostras oriundas dos
para realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e
programas e controles oficiais do Mapa.
controles oficiais do Mapa.

A , A ,
suspende, à pedido, o credenciamento do Laboratório de cancela, a pedido, o credenciamento do Laboratório
Qualidade do Leite Prof. José de Alencar, nome empresarial Laboratório Hípico de São Paulo EIRELI, CNPJ nº
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, CNPJ nº 06.943.795/0001-58, localizado em São Paulo/SP,
00.348.003/0013-54, localizado em Juiz de Fora/MG, credenciado para realizar ensaios em amostras oriundas dos
credenciado para realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles oficiais do Mapa.
programas e controles oficiais do Mapa.

A , credencia
o Laboratório Integrated Petroleum Expertise Company - Serviços A , credencia o
em Petróleo Ltda, CNPJ nº 06.940.354/0004-45, localizado em Laboratório de Patologia Clínica Veterinária São Camilo LTDA, CNPJ nº
São Bernardo do Campo/SP, para realizar ensaios em amostras 13.718.661/0002-80, localizado em Maringá/PR, para realizar ensaios
oriundas dos programase controles oficiais do Mapa. emamostrasoriundas dosprogramasecontrolesoficiaisdoMapa.

A ,
declara área sob quarentena para a praga quarentenária A altera a
presente Bactrocera Carambolae (mosca-da-carambola), no Portaria nº 52, de 15 de março de 2021, que estabelece o
Estado de Roraima, nos Municípios de Alto Alegre, Amajari, Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção e as
Boa Vista, Bonfim, Mucajaí, Normandia, Pacaraima e listas de substâncias e práticas para o uso nos Sistemas Orgânicos
Uiramutã, e dá outras providências. de Produção.EstaPortariaentraem vigor em 2 de março.

A , credencia o
A , convida para
Laboratório GTA - Gestão e Tecnologia de Alimentos LTDA, CNPJ
a Audiência Pública sobre a proposta de regulamentação do
nº 10.579.195/0001-20, localizado em Juiz de Fora/MG, para
Café Torrado.
realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles
oficiais do Mapa.

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