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de
O Conceito de Transporte e seu sistema
O Sistema de Transporte e seus elementos

As modalidades e combinações
intermodais
Apresentação das Modalidades Logísticas
Apresentação da disciplina
Hoje, vamos mostrar a importância que os transportes têm para o desenvolvimento do
mundo em que vivemos. Gostaríamos também de definir conceitualmente o que vem a ser
um sistema de transportes, bem como abordar dados históricos e relevantes desde o seu
surgimento. Nesta disciplina, falaremos ainda dos principais elementos de um sistema de
transporte e de que maneira estes elementos podem colaborar para um transporte eficiente.
Abordaremos temáticas relevantes para que você como profissional, possa tomar decisões
eficazes para que o sistema de transportes seja competitivo, fazendo com que as empresas se
desenvolvam e tragam benefícios para a sociedade de modo geral. Temos como objetivo
conhecer os conceitos gerais presentes nos transportes, bem como os termos utilizados nessa
área. Além disso, vamos conhecer a história e a identificação dos principais elementos do
sistema de transporte. Já, as competências a serem desenvolvidas nessa disciplina consistem
em entender a importância do transporte para a sociedade e para as empresas. Além disso,
também esperamos
que você conheça quais os termos e os principais elementos de um sistema de transportes.
Assim, ao final de seus estudos, esperamos que você esteja habilitado e que possa aplicar os
conhecimentos adquiridos para analisar os impactos positivos e negativos de um sistema de
transportes na sociedade. Também é esperado que você seja capaz de realizar e planejar
estudos na área de transportes, levando em consideração os principais elementos desse
importante sistema, e aplicar os termos conhecidos para a elaboração de estudos
relacionados a essa área. Para que você entenda a importância do transporte tanto para as
empresas quanto para a sociedade, vamos analisar a operação de transportes presente no
escoamento da soja para outros países
Todos os anos, muitos produtores realizam a preparação do solo, o plantio das sementes, o
cultivo e a colheita da soja, não é mesmo? Após a sua colheita, toda a produção de soja é
mantida em silos, aguardando o transporte e escoamento para os demais países que
compram esse produto. A produção e cultivo da soja no país estão dotados de máquinas de
alto desempenho, o solo é rico em nutrientes que colaboram para um bom desenvolvimento
e produção desse grão. Nossos sistemas de armazenagem são dos melhores disponíveis que
são diferenciados e agrupados nos diferentes modais logísticos de execução.
Bem, a falta de hidrovias e ferrovias pode ser
citada como justificativas.
Existem, ainda, problemas com relação à
capacidade de carregamento de navios
para a exportação da soja para os países
compradores do grão.
Importante frisar que o sistema de transporte
inadequado compromete a produtividade
econômica do país.
O Conceito de Transporte e seu sistema
Nesta disciplina, vamos introduzir o assunto “transportes” de maneira a demonstrar a sua
importância para o desenvolvimento do mundo em que vivemos. Dando continuidade, vamos
definir conceitualmente o que vem a ser um sistema de transportes, bem como abordar
dados históricos e relevantes desde o seu surgimento na história da humanidade. Finalmente,
serão detalhados os principais elementos de um sistema de transporte e de que maneira
esses elementos podem colaborar para um transporte eficiente.
O transporte tem por principal objetivo realizar a troca de bens, de informações,
deslocamento de pessoas e apoiar o desenvolvimento econômico da sociedade.

Segundo Chopra (2011, p. 374):

Transporte refere-se ao movimento de produto de um local para outro enquanto


ele prossegue do inicio de uma cadeia de suprimentos até o cliente. Através do
transporte, é possível realizar viagens de negócios, exploração ou realização
pessoal e é uma condição necessária para as atividades humanas, como
comércio, recreação e defesa. Define-se como transporte o movimento de
pessoas e bens para atender as necessidades básicas de uma sociedade que
demandam mobilidades e acessibilidade.
O Sistema de Transporte e seus elementos
Após conhecermos o conceito de transporte e um pouco da sua história, se faz oportuno
definir o que vem a ser um sistema de transportes e seus elementos. Vamos lá

Segundo Ballou (2006, p. 184),


Um sistema de transportes, em termos de opções ao
alcance dos usuários, é normalmente oferecido em
cinco grandes modais de transporte - aéreo, rodoviário,
ferroviário, aquaviário e dutoviário - e suas várias
combinações. Desta maneira, os usuários podem
arrendar/alugar os serviços, ou optar por serem os seus
proprietários

Um sistema é um conjunto de partes que se interagem de modo a atingir um determinado


objetivo, de acordo com um projeto ou planejamento. Os principais componentes
relacionados ao conceito de sistema são: o meio ambiente onde estão inseridas, as entradas
(recursos) e saídas (resultados). Todo e qualquer sistema de transportes está dotado desses
elementos
Tratando-se de um sistema de transportes, os elementos que o compõem são as vias, os
veículos, os terminais que interagem de modo a promover deslocamento espacial de pessoas
e mercadorias. Com relação aos elementos, entende-se como sendo via o local pelo qual
transitam os veículos, que por sua vez, são os elementos que promovem o transporte e
sendo o terminal, o local destinando para a realização da carga e descarga e armazenamento
de mercadorias e traslados de pessoas.
A figura a seguir ilustra um fluxograma, que relaciona os componentes (Meio Ambiente,
Entradas e Saídas) e os elementos (Vias, Veículos e Terminais) e resume de maneira simples
um sistema de transporte.

Fluxograma de Sistema de Transporte


Como podemos constatar na figura anterior, um sistema de transportes se assemelha a um
fluxo produtivo, porém, funciona exteriormente às fábricas e às indústrias. Nessa perspectiva,
notamos que o produto, após fluir dentro da fábrica, também utilizando o transporte, realiza a
viagem até o consumidor final ou operação de destino. É válido ressaltar que as mercadorias
sofrem mudança de localização em um sistema de transporte e não de deformação e
transformação, que é realizado no processo produtivo
Como qualquer processo produtivo, um sistema de transportes está dotado de entradas,
compostas por mercadorias, passageiros e materiais, elementos dotados de vias, veículos e
terminais e a geração de saídas que são os produtos e passageiros transportados, além dos
impactos gerados ao ambiente, tais como ruídos e fumaça

Vamos analisar cada um desses elementos de maneira a demonstrar suas características e


importância para um sistema de transportes.
Entradas e Insumos
As entradas de um sistema de transportes representam todos os componentes que,
de alguma forma, sofrerão deslocamento dentro do sistema e, assim, terão o valor
agregado de lugar consolidado em seu destino. Alguns desses componentes são
passíveis de consumo no processo, tais como os combustíveis e materiais de apoio
para operação de transporte. A seguir, são listados alguns exemplos de entradas do
sistema de transportes:
• Passageiros: pessoas das mais variadas classes e regiões.
• Mercadorias: produtos prontos para consumo, devidamente embalados.
• Matéria prima: itens que serão utilizados para fabricação de produtos acabados.
• Produtos semiacabados: produtos que são transferidos de um fornecedor para
uma fábrica. • Combustíveis: diesel, gasolina, álcool e etanol são alguns exemplos.
• Materiais: todo tipo de material de apoio para o transporte, tal como plataformas,
ferramentas, embalagens para transporte de mercadorias etc.
Vale chamar a atenção para o fato de que a análise de um sistema de transporte pode variar
conforme o modal utilizado. Por exemplo, na modalidade ferroviária de um sistema de
transportes, as entradas, com relação aos materiais, se diferenciam quanto ao que é utilizado
na operação da modalidade rodoviária. Na ferrovia, é utilizada energia elétrica como
combustível no transporte de passageiros, enquanto que na rodovia, é utilizado, na maioria
dos casos, o diesel. Ainda iremos explorar com mais detalhes as diversas modalidades de
transportes.
Assim, essas são as entradas ou insumos de um sistema de transporte típico e que devem ser
levadas em consideração na operação e gestão de todo o sistema porque, dependendo da
entrada que se deseja transportar em um sistema, a modalidade e mesmo o tipo de veículo
muda drasticamente. Por exemplo, o transporte de órgãos possui entradas que tem
características peculiares e que devem ser respeitadas para serem transportadas da origem
até o destino. Nesse caso, recomenda-se fortemente o transporte aéreo, para que o prazo
seja cumprido com eficiência e eficácia.
Sistema de transportes O sistema de transporte é constituído pelos elementos vias, veículos
e terminais. Essa é a configuração básica de qualquer sistema de transportes existente no
mundo independente da modalidade praticada, seja ele rodoviário, aéreo, aquaviário,
ferroviário e mesmo o dutoviário. Faz-se pertinente detalharmos cada um deles elencando
características e importância para o sistema
• Vias: elemento que integra a infraestrutura utilizada pelo sistema de transporte,
conduzindo e provendo caminhos para que o transporte seja efetuado. Como exemplos,
podemos citar as rodovias, ferrovias, rios, mares, dutovias, rotas aéreas e estradas de terras.
• Veículos: são máquinas dotadas de motores que impulsionam as composições e
equipamentos que transportam os materiais e pessoas ao longo das vias. Como exemplo,
podemos citar os cavalos mecânicos (denominação de caminhão sem a carreta), locomotivas
elétricas ou à combustão, aviões dos mais diversos tipos e tamanhos, ônibus, navios e
barcaças, carros de entregas expressas e até mesmo motocicletas e bicicletas (muitos países
do mundo já utilizam a bicicleta como meio de transporte sustentável para entregas). Os
equipamentos de transportes, tais como implementos ferroviários (vagões) e rodoviários
(carretas, caçambas) também são considerados veículos na maioria dos casos.
• Terminais: também conhecidos como pontos de transbordo, são locais onde a mercadoria é
entregue para poder seguir por outra modalidade. No caso de passageiros, são as estações de
metrô e trem, em que as pessoas realizam transferência para outros modais, como ônibus,
por exemplo. Em algumas operações de matéria prima, são utilizados os pátios ferroviários
para transbordo de carga para outros modais. Os portos e aeroportos também fazem parte
dos elementos denominados terminais. Há, atualmente, estudos de pesquisa operacional
voltado à análise de redes de transportes, que são denominados os “nós”, que interligam as
vias e recebem os veículos do sistema de transportes para entrega das mercadorias ou
traslados de passageiros.
Custo Final de Transporte
O caminhão é o único meio de transporte que pode chegar até a porta do consumidor final,
mas isso não significa que o governo não deve investir em ferrovias e portos. O problema é
que no Brasil só se investe 0,5% do PIB em infraestrutura de transporte por ano, um valor 48
vezes menor do que na China. Apesar de reclamarem do alto custo, grandes transportadoras
não encabeçam os protestos. Caminhoneiros autônomos são as principais personagens dessa
história, e o motivo é bem simples: eles são os mais prejudicados. — O custo médio do
caminhão para um autônomo representa 90% do frete, e esse número é 75% para uma
transportadora.
As modalidades e combinações
intermodais
O transporte, geralmente, representa o pilar logístico mais representativo em termos de custos
para a grande maioria das empresas dos mais diversos seguimentos. O transporte de cargas é
responsável por um a dois terços dos custos logísticos totais e fazem parte, muitas vezes, da
composição de preço dos produtos comercializados. É por esse motivo, que a empresa precisa
estruturar uma área de logística com grande conhecimento do mercado de transportes de
maneira a tornar a comercialização do produto mais competitiva. Nesta unidade, vamos focar
em especial nos aspectos que são essenciais ao trabalho de gerenciamento de transportes nas
empresas, analisando as modalidades, intermodalidades e desempenho dos transportes
nacional e internacional.
Apresentação das Modalidades Logísticas
As empresas embarcadoras, indústrias das mais variadas áreas de atuação e também de
serviços têm uma ampla gama de serviços à disposição, englobando em torno de cinco
modalidades básicas de transportes: hidroviário, ferroviário, rodoviário, aeroviário e dutoviário.
Para aquisição de um serviço de transporte, é analisada uma gama de variáveis de
desempenho para a compra em um determinado preço. A variedade dos serviços de transporte
é flexível e chega a ser ilimitada. Assim, os cinco modais citados podem ser usados em
combinação uns com os outros, tais como movimentação em carretas ou contêineres, agências
de transporte, cooperativas de transportadores e agenciadores são igualmente úteis para
facilitar esses serviços, transportadores de courier (por exemplo, DHL, TNT, FEDEX e UPS)
podem ser usados por sua eficiência com cargas menores ou é então possível usar um único
modal em caráter exclusivo.
Analisando as opções de serviços de transportes e modalidades, as companhias selecionam
um modal (rodoviário, ferroviário e etc.) ou combinação desses modais que lhe proporcionem
a melhor estratégia de qualidade e custos. Vamos analisar cada um dos modais de transportes
existentes para o escoamento da produção das empresas.
Transporte Ferroviário O transporte ferroviário é uma boa opção de modal de transporte para
cargas de grandes volumes. Normalmente, opta-se por esse modal quando a carga percorrerá
longas distâncias e terá um destino fixo, pois não tem a mesma flexibilidade e considerar ainda
que possui baixo custo ao compararmos com outros modais de transporte. Além disso, conta
com alta capacidade para transportar produtos em grande escala e pesados. É adequado para
transportar commodities em ade de rota que o rodoviário possui. Podemos alta quantidade,
por exemplo, o minério de ferro, produtos siderúrgicos, derivados do petróleo, fertilizantes,
mercadorias agrícolas, entre outros (BALLOU, 2006)
• Baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais baratos;
• Grande capacidade de carga;
• Menor risco de acidentes e maior segurança no transporte da carga (BALLOU, 2006, p. 189)
As principais desvantagens do modal de transporte ferroviário:
• Rotas fixas e inflexíveis;
• Pode depender de outros modais de transporte para fazer com que as cargas cheguem
efetivamente aos seus destinos finais;
• Falta de investimento governamental em ferrovias;
• Necessita de maiores transbordos (BALLOU, 2006, p. 189).
O modal ferroviário comum é, principalmente, de carga completa (CL – car load). Essa é referente a um
tamanho predeterminado de embarque
Geralmente, o tamanho é próximo ou excede a capacidade média do vagão sendo-lhe aplicada
uma taxa estabelecida. Atualmente, quase todo o transporte ferroviário é feito na modalidade
CL, o que reflete a tendência pelo movimento de grandes volumes. Vagões de carga maiores,
com uma capacidade média de 83 toneladas, estão sendo usados, havendo igualmente trens
de mercadoria única (trens unitários) de 100 ou mais vagões que oferecem reduções de 25 a
40% em relação às tarifas CL em fretes exclusivos. A modalidade ferroviária oferece diversos
serviços especiais para as empresas. Pode-se transportar desde granéis como carvão e cereais
até vagões especiais para produtos refrigerados e automóveis novos. Esses necessitam de
cuidados e equipamentos diferenciados. Ocorrem também serviços especiais como o de
urgência com garantia de entrega em um determinado número de horas. Além de diversos
privilégios em escalas, que permitem carga e descarga parciais entre os pontos de origem e
destino. Também podemos observar que há coleta e entrega, distribuição e redespacho,
garantindo roteirização em circuito e mudanças do destino final de um carregamento mesmo
em percurso. (BALLOU, 2006)
Transporte Rodoviário Em contraste com a ferrovia, o transporte rodoviário é o mais conhecido
e utilizado em toda a extensão do Brasil. A quantidade de caminhões e carretas nas rodovias
do país vêm crescendo desde a década de 50. Atualmente, é responsável por 76% da
distribuição de insumos e produtos industrializados em todo o Brasil. É ideal para transportes a
curta distância, já que é um modal de transporte rápido e com uma rota flexível. São
transportados produtos acabados ou semiacabados, com alto valor agregado como eletro e
também perecíveis como grãos, laticínios e carnes. (BALLOU, 2006)
Segundo Ballou (2006, p 155), existem vantagens e desvantagens inerentes ao transporte
rodoviário. As vantagens inerentes do transporte rodoviário são:
• Serviço porta-a-porta, sem necessidade de carga ou descarga entre origem e destino,
transbordo, sendo ele inevitável nos modais ferroviários e aéreos;
• A frequência e disponibilidade do serviço;
• A velocidade e comodidade inerentes ao serviço porta-a-porta;
• Flexibilidade em organizar a rota; • Pouca burocracia quanto à documentação necessária
para o transporte;
• Maior investimento do governo na infraestrutura das rodovias se comparada aos outros
modais.
Já as principais desvantagens do modal de transporte rodoviário, também segundo
Ballou (2006, p. 155), são:
• Alto custo de frete, por causa do impacto direto que pedágios e alto valor do combustível
geram;
• Baixa capacidade de carga;
• Menor distância alcançada com relação ao tempo utilizado para o transporte;
• Maiores chances de a carga ser extraviada, por causa de roubos e acidentes

Os transportes rodo e ferroviários mostram algumas distinções evidentes, embora em


permanente concorrência pela movimentação de inúmeros produtos iguais. Em primeiro
lugar, além da classificação comum e privada dos transportadores, o transporte rodoviário
oferece ainda serviços contratados. Esses não precisam se preocupar em servir a todos os
embarcadores, ao contrário do que fazem os transportadores comuns. As empresas
embarcadoras fazem seus contratos com o objetivo de conseguir o serviço mais apto a
atender às determinadas necessidades específicas do seu negócio. É importante que não
incorram despesas de capital e problemas administrativos relacionados com a propriedade
privada de uma frota de caminhões.
Em segundo lugar, pode-se considerar que os caminhões tenham menor capacidade de
transportar todos os tipos de cargas em comparação com os trens, em função de normas de
segurança rodoviárias que limitam as dimensões e o peso dos fretes. Existem equipamentos
especialmente projetados que conseguem transportar cargas de dimensões fora dos padrões.
Por último, o transporte rodoviário proporciona entrega razoavelmente flexível, rápida e
confiável para fretes tipo fracionado. O carreteiro precisa completar apenas uma carga antes
de dar-lhe seguimento, ao contrário da empresa de transporte ferroviário que não pode
pensar em partir antes de completar um trem de 50 ou mais vagões. Na comparação final,
então, o transporte rodoviário tem uma vantagem em qualidade e possibilidade de serviços no
mercado das cargas de menor porte. (BALLOU, 2006, p. 198)
Transporte Aéreo
Segundo Ballou (2006, p. 195), a agilidade e facilidade para fazer longas distâncias é a
principal característica do modal de transporte aéreo. Esse modal muitas vezes é a melhor
opção quando os fatores tempo de entrega e segurança são os mais importantes para a
empresa. É ideal para produtos eletrônicos, que necessitam de atenção pela fragilidade ou
mesmo que possuem um curto prazo de validade. Mesmo apresentando limitações no volume
de carga, tamanho, peso e quantidade a ser transportado.
Assim, a modalidade de transporte aéreo passa a ser levado:
Ballou (2006, p. 156) cita que, em condições normais de operação, a confiabilidade e
disponibilidade do serviço aéreo podem ser consideradas boas. Em valores absolutos, é baixa
a variabilidade do tempo de entrega, mesmo sendo muito sensível se pensarmos na
manutenção mecânica, condições climáticas do tempo e congestionamentos de tráfego. Por
tais aspectos, é considerado um dos modais menos confiáveis, se compararmos com os
tempos médios de entrega. Por causa de dimensões fiscais do espaço de entrega e limitações
de potência das aeronaves, a capacidade do serviço aéreo passou a sofrer grandes restrições.
Por outro lado, à medida que aviões de maior capacidade e potência são desenvolvidos e
colocados em serviço, esses problemas passam a ser superados. Podemos citar, como
exemplo, os aviões “jumbo” como o Boeing 747 e o Lock heed 500 que transportam de 125 a
150 toneladas de carga, respectivamente.
As principais vantagens do modal de transporte aéreo:
• Percorre longas distâncias, independentemente dos acidentes geográficos que a rota possa
ter;
• Trânsito livre e exclusivo;
• Aeroportos próximos ou em centros urbanos;
• Modal com o menor tempo de entrega da carga;
• Menor custo com embalagens, pois a carga é menos manuseada durante seu trânsito.
(BALLOU, 2006, p. 193)
As principais desvantagens do modal de transporte aéreo:
• Limitação na quantidade de carga transportada;
• Custo mais elevado do que os demais modais de transporte citados;
• Necessita de terminais de acesso;
• Pode depender de outro modal. (BALLOU, 2006, p. 193)
Além disso, o transporte aéreo tem uma vantagem adicional em termos de perdas e danos.
Conforme alguns estudos, o quociente entre custos de reclamações e receita dos fretes ficava
em 60% do apresentado pelos transportes rodo/ferroviários. De maneira geral, o transporte
aéreo necessita embalagem menos protetora, se o manuseio em terra não representa
exposição maior a danos no percurso de trânsito e os roubos em aeroportos não são
excessivos. Geralmente, há mais aviões de pequeno porte em operação do que aqueles para
transportadores de carga geral. Os táxis aéreos são aparelhos menores, principalmente
helicópteros e pequenos aviões de asas fixas, oferecendo serviços de passageiros e cargas
entre as áreas suburbanas e os aeroportos. A maior parte desses serviços opera sem
cronogramas fixos. Os transportadores internacionais movimentam cargas e passageiros para
além das fronteiras nacionais.
Transporte Aquaviário
Embora esse tipo de transporte seja largamente utilizado em operações de exportação e
importação das nações, os serviços de transporte aquaviário têm escopo limitado por vários
motivos. O serviço nacional é confinado ao sistema interno de vias aquáticas, que exige, nos
países, que os embarcadores sejam localizados nas respectivas vias ou que utilizem outro
modal de transporte em combinação com o hidroviário. Além disso, o serviço hidroviário é,
em média geral, mais lento que o ferroviário. A confiabilidade e disponibilidade do serviço
hidroviário dependem principalmente das condições do tempo. O movimento nas vias
aquáticas em alguns países durante o inverno é impossível, também havendo inundações e
secas que podem interromper o serviço, em outras épocas.
A capacidade de transporte hidroviário é, sem dúvida, muito grande, alcançando 40 mil
toneladas (havendo também navios com dimensões padronizadas de 26 por 275 pés e 35 por
195 pés). Assim, a capacidade e manuseio acabam sendo melhorados em paralelo ao
desenvolvimento dos navios de carga de grande caldado. Ao mesmo tempo, acontecem
progressos em outras áreas, tais como a navegação por satélite e radar. Além dos batímetros
aperfeiçoados e pilotagem automática, que contribuem para um serviço com pontualidade
cada vez maior. (BALLOU, 2006).
O autor Ballou (2006, p. 157) ainda complementa que: Além das commodities em grandes
volumes, os transportadores aquaviários, especialmente os que trabalham com transporte
internacional, lidam com outros produtos altamente valorizados. Essas cargas são
transportadas em contêineres e em navios porta contêiner para reduzir o tempo de manuseio,
facilitar o transbordo intermodal e reduzir perdas e danos
Podemos citar as principais vantagens do modal de transporte aquaviário:
• Capacidade de transportar grandes
quantidades;
• Percorre longas distâncias;
• Baixo risco de avarias nas mercadorias;
• Baixo custo de frete (BALLOU, 2006, p. 157).
Já as principais desvantagens do modal de transporte aquaviário:
• Tempo de trânsito longo;
• Burocracia na documentação de desembaraço da mercadoria;
• Necessita de terminais especializados para embarque e desembarque;
• Alto custo no seguro de cargas; • Baixo investimento do governo em portos e fiscalização
para liberação das mercadorias (BALLOU, 2006, p. 157)
Segundo o autor Ballou (2006), os custos em perdas e danos resultantes do transporte
hidroviário podem ser considerados baixos se compararmos com os de outros modais. Isso se
deve pelo fato de que o dano não é a maior das preocupações ao tratarmos de produtos de
alto volume e reduzido preço. Já as perdas derivadas de atrasos não são sérias, pois
normalmente os compradores mantêm grandes estoques. Por outro lado, as reclamações
envolvendo transporte de bens de alto valor, por exemplo, no transporte marítimo, são bem
maiores. Essas representam cerca de 4% da receita do transporte por mar.

Faz-se necessário muito cuidado com a embalagem a fim de proteger os bens, especialmente
contra os eventuais danos causados por manejo inadequado durante as operações de carga e
descarga.
Transporte Dutoviário
A possibilidade do modal de transporte dutoviário é devido à implantação de dutos e tubos
subterrâneo, submarino ou aparente, nos quais o transporte acontece pelo controle de
pressão inserida nesses. Com esse modal, há o transporte em longas distâncias e em grandes
quantidades. Tem um alto custo de implantação, seu percurso é inflexível e possui baixo
custo operacional. É recomendado para fluídos líquidos, gases e sólidos granulares (BALLOU,
2006). As opções de serviços e capacidades do transporte dutoviário são ainda
extremamente limitadas
Há responsáveis por tais perdas e danos, quando ocorrem, pois os dutos têm normalmente o
status de transportadores comuns, mesmo que em sua maioria sejam formalmente operadores
privados.
As principais vantagens do modal dutoviário são:
• Percorre longas distâncias com baixos custos operacionais;
• Transporta grande volume de carga de forma constante;
• Alta segurança e confiabilidade do transporte;

As principais desvantagens do modal dutoviário são:


• Alto custo de investimento inicial e fixo;
• Possibilidade de acidentes ambientais em grande escala;
• Necessidade de licença para atuação;
• Trajeto fixo com baixa flexibilidade dos pontos de bombeamento
Dúvidas

Reflexões

Considerações Finais
Fim da Aula . . .

Próxima Aula :
. Administração de Tráfego e a Produtividade
do Transporte

Obrigado !

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