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1.8.

As ideias iluministas não conheceram fronteiras e divulgaram-se em toda a Europa,


ultrapassando assim a barreira do Atlântico e difundindo-se também na América.
O meio de difusão das ideias iluministas referidos nos documentos é a imprensa, uma vez
que, a publicação de jornais, livros, artigos, cartas e revistas cientificas facilitou a difusão de
novas ideias para um público mais alargado, por periódicos como Etocracia, Cartas sobre a
Educação da Mocidade e La formatio de la societé francaise.
Para além da imprensa, existem ainda outros meios de difusão que ajudaram na expansão
dos ideais iluministas.
As academias eram sociedades formais que tinham objetivos científicos, promoviam e
divulgavam a Ciência, as Artes, as Letras, as Línguas e a História.
Outro meio de divulgação foram as bibliotecas e gabinetes de curiosidades que
colecionavam livros periódicos, documentos, nomeadamente científicos.
Gabinetes esses que exibiam trabalhos científicos e coleções de objetos arqueológicos ou
raridades. Exemplo: Museu da Ciência em Coimbra
Ao ser usada corretamente entre os homens do Iluminismo, a Língua Francesa favoreceu a
universalidade e a difusão das ideias das Luzes.
Entre esses meios, haviam também locais de convívio onde os iluministas se reuniam e
debatiam novas ideias. Exemplos desses locais eram os cafés e os salões.
Os cafés, por sua vez, eram um meio dos homens se reunirem no quotidiano.
Exemplo: Café Procope, em França.
Já os salões recebiam os artistas, os sábios, os poetas, e os filósofos para estes debaterem
sobre temas específicos. Eram, na sua maioria, promovidos por mulheres oriundas da
nobreza, ou, em alguns casos, da burguesia. Exemplo: Salão de Madame de Geoffrin.
As viagens, a correspondência entre os filósofos e a circulação do livro impresso foram
também meios de divulgação das novas ideias e saberes.
Entre todos, pelo significado e abrangência, destacou-se a Enciclopédia.
A Enciclopédia ou o Dicionário das Artes e dos Ofícios, tinha um carácter universalista onde
abarcava um vasto conjunto de conhecimentos.
Esta pretendia mostrar que a civilização moderna dependia das competências e do
trabalho, assim como possibilitou a difusão das ideias iluministas pela Europa.
As ideias iluministas foram consagradas, a partir do final do século XVIII, nos princípios e
valores estabelecidos pelos novos modelos políticos.
Contudo, apesar de existirem estes meios de divulgação dos ideais do Iluminismo, o
conhecimento não era generalizado.
Isto porque o baixo nível de alfabetização fazia com que o público que acenda às novidades
cientificas e culturais fosse uma minoria, ou seja, apenas os grupos privilegiados tinham
acesso à divulgação do Iluminismo. Acrescia ainda a censura, que continuava atuante.

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