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Tais Ariane Dantas Lopes

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Farmácia

Na Grécia Antiga, os estrangeiros eram proibidos de ter direitos políticos,


podendo realizar qualquer outra atividade que não fosse a de um verdadeiro
“cidadão”. Esse princípio de separação cultural apresentando sua máxima
evidencia, a xenofobia, reflexo de uma sociedade intolerante e alienada. No
entanto, a “aversão ao estrangeiro” se mostra seletiva, sendo perpetrado
principalmente contra imigrantes negros, os quais são duplamente vulneráveis,
além da nacionalidade sofrem preconceito devido á cor da sua pele.
A liberdade de ir e vir é deixada de lado a partir do momento em que
países, em sua maioria desenvolvidos, solidificam sua não aceitação sobre os
imigrantes que buscam melhorias de vida, como o triste caso do congolês Moïse
Kabagambe, de 24 anos que veio para o Brasil em 2014 com mãe e irmãos, como
refugiado político, para fugir da guerra e da fome. Ele trabalhava por diárias em um
quiosque na Barra da Tijuca. Quando foi brutalmente espancado até a morte após
cobrar o pagamento de 2 dias que o responsável do quiosque devia.
Outro episódio recente ocorreu em uma creche em Ijaci (MG), uma professora e
uma monitora foram exoneradas após um boletim de ocorrência ser registrado.
Segundo o relato de testemunhas uma criança de 2 anos, filho de pai refugiado de
Guiné-Bissau era vítima de injuria racial e xenofobia. O menino era chamado de
“macaco” pelas funcionárias e obrigado a comer apenas bananas. E, por ser de outro
país, teria que comer com as mãos.
De acordo com a lei nº 9.474, de 1997, refúgio é um direito oferecido no Brasil a
todos os estrangeiros que não possam ou não queiram voltar ao seu país de origem,
por perseguições de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas,
além daqueles que estejam sujeitos a graves violações dos direitos humanos. Apesar
do Brasil ter fama de acolhedor, podemos perceber vários registros xenofóbicos.

Como podemos observar, ainda há bastante xenofobia atualmente, e combatê-


la, ainda é um desafio, que deve ser ensinado diariamente. Assim, instituições de cunho
imigratório, como o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para refugiados) e
o CDHID (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do imigrante), devem promover,
juntamente com o Ministério de Educação, palestras para pais e alunos nas escolas
sobre a importância da desconstrução do preconceito, com representantes imigrantes.

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