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Toda a música é Arte ou há formas Musicais que não o são?

A Arte pode ser definida segundo várias perspetivas, porém apenas serão tidas em consideração
quatro delas, as perspetivas da arte como imitação, da arte como forma e da arte como expressão, tendo em
conta que a perspetiva mais concordante com este ensaio é a teoria de arte como expressão.
A Música é a Arte sonora e, apesar da data do seu aparecimento não ser exata, remete-nos para até
cerca de 4000 a.C.. Com o passar dos séculos, as formas musicais foram-se alterando, desde o som dos
tambores mais primitivos, à Música erudita; e hoje já existem cerca de 1500 géneros musicais.
Através do livro "Grandes mestres da arte - Idade clássica" pode-se identificar as principais diferenças
entre a música na idade clássica e a música contemporânea, desde as classes sociais que tinham os hábitos de
ir aos teatros ouvir peças de ópera, os burgueses e a nobreza, ao espaço ocupado por cada indivíduo tendo
em conta a sua classe social. Atualmente não só é habitual qualquer pessoa ir a um concerto como já
ocorrem essencialmente em palcos montados para a causa e não apenas em teatros já não havendo a tal
diferenciação de classes característica da época.
Neste ensaio a Música será tida como uma forma de expressão, de criação de laços e relações. A
Música está presente na vida de todos, ou porque se ouve num anúncio, ou no início do telejornal, ou até
mesmo ouvir música porque se gosta.
O tipo de Música que mais ouço no momento é “drill”, um subgénero do “rap” ainda relativamente
recente, sendo o artista e música preferidos neste género: "Central Cee” e “loading” respetivamente. Aprecio
destes tipos de música porque o seu ritmo, para mim, é animador, sendo arte, a meu ver, não pelo significado
da letra ou imitação da minha realidade, mas pelos sentimentos que transmite e a reflexão da vida do autor,
geralmente hiperbolizada.
Considero a música como arte pois não só consegue retratar a vida de cada um de forma generalizada
como consegue causar sentimentos ou mudá-los; por exemplo, se se estiver triste e se se ouvir uma música
que se aprecie há um novo ânimo e a tristeza como que desaparecerá, podendo por vezes fazer repensar as
ações através da sua letra ou simplesmente alegrar através do ritmo.
Segundo a perspetiva de Arte como imitação a música não é arte pois nem todas as músicas e tipos
musicais imitam algo, é exemplo música puramente instrumental ou como se verifica muitas vezes a letra
não corresponder a nenhuma realidade e o ritmo não imitar nenhum som da natureza.
A música é irrefutavelmente arte segundo a perspetiva de Arte como forma de arte como expressão,
pois, tal como foi referido a música é uma forma de expressão, revelando o estado de espírito do artista e o
que lhe vai na mente e no coração, mas também causa um sentimento particular em cada um pois cada um
pode interpretar uma Música como quiser, tanto pelo ritmo como pela letra podendo estas impingir
sentimentos opostos.
Em suma, a resposta à questão-problema é que não, tendo em conta a perspetiva de arte como
imitação há músicas que nada imitam e limitam-se à criação de novos ritmos e letras que nada têm a ver com
algo existente.
Concluindo, segundo as teorias estudadas a Música é Arte, porém apenas não é aceite a perspetiva de
Arte como imitação pois, como é exemplo a música instrumental, capaz de causar emoções estéticas e
transmitir os sentimentos do autor, não seria arte porque simplesmente não imita algo. A meu ver a Música
não é só uma Arte como um bem que todos devemos usufruir e aproveitar pois é capaz de nos alegrar,
confortar e ajudar a criar novos laços e amizades.

Bibliografia: Livro “Clube das ideias” – Filosofia 10ºano; Autores: Carlos Amorim e Catarina Pires;
Editora: Areal.

Rafael Ramos nº25 11ºD

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