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Cálculo I e II

1. Equações 3º e 4º Graus 4
Equações Polinomiais 4
Equações Biquadradas 6

2. Limites 11
Limite de uma Função Real 13
Teorema do Valor Intermediário 14
Limite Infinito 19
Limite no Infinito 21
Propriedades dos Limites 22

3. Cálculo II 25
Derivadas 25
Definição de Derivada 25
Definição 26
Notações para a Derivada 26
Interpretação Geométrica 28
Regras Tabeladas para Derivar 33

4. Integral 36
Integral Indefinida 37
Propriedades da Integral Indefinida 40
Integral Definida e Indefinida 41
Integrais Definidas 41
Restrições e Notação 45
Integral por Substituição 47
Materiais Complementares 48

5. Referências Bibliográficas 50

02
03
CÁLCULO I E II

1. Equações 3º e 4º Graus

Fonte: Prova Fácil Web1

A ntes de iniciar de fato a nossa


matéria que compreende o cál-
culo I vamos relembrar alguns con-
expoente 3, isto é, constitui em ser
um polinômio com 3 graus.
Podemos encontra-la com ou-
ceitos. tros nomes, bem como sendo uma
função do terceiro grau análogas às
Equações Polinomiais nomenclaturas equação cúbica, ou
ainda, como um polinômio de ter-
Note que versa sobre a equa- ceiro grau.
ção o qual tem-se sua variável inde- Sua representação gráfica é
pendente (na maioria das vezes si- como descrita a seguir:
mulada pela letra “x “) elevada ao

1 Retirado em http://provafacilnaweb.com

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CÁLCULO I E II

Fonte: http://querobolsa.com.br

Note que as fundamentações


Fonte: Só matemática de Girard serão as responsáveis por
estabelecer uma relação vivente em
Ainda, sua fórmula geral pode meio aos coeficientes de uma equa-
ser representada sendo como uma ção algébrica, bem como as suas raí-
equação cúbica. Isto é, sua fórmula zes. Assim, na equação do 2º grau,
geral e dada por: as afinidades são alcançadas através
das fórmulas da soma e do produto:
y = ax³ + bx² + cx + d - b/a e c/a, concomitantemente.
Assim, as equações do 3º grau
Onde: têm como lei de desenvolvimento a
 “a“, “b“, “c” e “d” representam equação algébrica: ax³ + bx² + cx +
os coeficientes, todavia, o “d”
d = 0, com a ≠ 0 junto as raízes x1, x2
designado como um termo in-
dependente; e x3. A alteração dessa equação pos-
 “x” será a variável indepen- sibilita a resolução de expressões
dente da função; matemáticas adequados para relaci-
 “y” ainda, y será a variável que onar as raízes da equação.
dependente da função.
ax³ + bx² + cx + d = a[x³ -
Note que uma função polino- (x1+x2+x3)x² + (x1*x2 + x1*x3 +
mial do terceiro grau poderá apre- x2*x3) - x1*x2*x3
sentar até três raízes reais e dis-
tintas. Essencialmente, pode ser Logo, dividindo a equação por
interpretada aplicando as Rela- a, obtemos o seguinte:
ções de Girard para resolver uma
questão contendo uma equação do
terceiro grau.

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CÁLCULO I E II

Desse modo, realizando uma Observe que nessa equação


igualdade em meio aos polinômios polinomial obtemos, no máximo, a
da seguinte maneira: vivência de quatro plausíveis raízes,
cujos quando correlacionadas, de-
x1 + x2 + x3 = - b/a senvolvem as consequentes expres-
x1 * x2 + x1 * x3 + x2 * x3 = c/a sões:
x1 * x2 * x3 = - d/a
x1 + x2 + x3 + x4 = - b/a
Logo, os polinômios do 4º x1 * x2 + x1 * x3 + x1 * x4 + x2 * x3 + x2
grau têm a consequente lei de for- * x4 + x3 * x4 = c/a
mação: x1 * x2 * x3 + x1 * x2 * x4 + x1 * x3 * x4
+ x2 * x3 * x4 = - d/a
ax4 + bx³ + cx² + dx + e = 0. x1 * x2 * x3 * x4 = e/a

Equações Biquadradas

Fonte: http://youtube.com

Veja que a resolução de uma A partir da sequência prática:


equação biquadrada em IR, isto é  Substitua x4 por y2 (ou qual-
uma equação de 4º grau, precisamos quer outra incógnita elevada
trocar sua variável, transformando- ao quadrado) e x2 por y.
a em uma simples equação do 2º  Resolva a equação ay2 + by + c
= 0.
grau. Note que agora a expressão
 Determine a raiz quadrada de
que precisa ser empregada, será:
cada uma da raízes (y'e y'') da

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CÁLCULO I E II

equação (SÓ MATEMÁTICA, Assim, alcançamos que para


2021). conjunto verdade será: V={ -3, -2, 2,
3}.
ay2 + by + c = 0. Mais um exemplo a seguir:
Vamos determine as raízes pa-
ra a equação biquadrada.
Desse jeito, temos que essas
duas analogias recomendam-nos x4 + 4x2 - 60 = 0.
que cada raiz positiva da equação
acima (ay2 + by + c = 0) representara Resolução:
a origem a duas raízes harmônicas Trocando x4 por y2 e x2 por y,
para a biquadrada: logo, a raiz ne- observamos que:
gativa, por sua vez, não dará origem
a qualquer raiz real para a mesma. y2 + 4y - 60 = 0
Vamos observar os exemplos a
seguir: Logo, a resolução essa equa-
Vamos determinar as raízes da ção, alcançamos o seguir:
equação biquadrada abaixo:
y'=6 e y''= -10
x4 - 13 x2 + 36 = 0.
Assim, temos que x2= y, logo:
Resolução:
Trocando x4 por y2 e x2 por y,
obtemos que:

y2 - 13y + 36 = 0
Dessa forma, chegamos que
Logo, a partir disso teremos para o conjunto verdade:
que essa equação>:y'=4 e y''=9
Bem como x2 = y, chegamos
em:

Por fim, para um último exem-


plo vamos determinar a soma das
raízes da equação.

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CÁLCULO I E II

Logo:

Resolução: y2 - 3y = -2
Neste caso, empregamos a se- y2 - 3y + 2 = 0
guinte aplicação: y'=1 e y''=2

Trocando y, produzimos que:

Assim, a somatória das raízes ax4 + bx2 + c = 0.


é representada por:
Logo, temos que a ≠ 0 e b e c
precisam admitir valores reais.
Desse jeito, para solucionar e
assim encontrar as suas raízes trans-
formamos em uma equação do se-
Note então que a equação bi- gundo grau. Utilizando a mudança e
quadrada é uma equação a qual pos- substituindo as incógnitas.
sui até o quarto grau, e como já men- Para melhor entendermos, co-
cionada para descobrir os valores de mo veremos a seguir. Veja que essa
suas raízes será necessário mudá-la transformação ocorre ao chegamos
para uma equação de 2º grau. às raízes da equação biquadrada.
Desse modo, essa equação
possui a sua forma geral:

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CÁLCULO I E II

4x4 - 17x2 + 4 = 0 → equação Logo temos que x= 1/4:


biquadrada
4(x2)2 - 17x2 + 4 = 0 → pode x = 1 /4
ser transcrita assim. x2 = y
Logo, trocando as variáveis: x2 x2 = 1/ 4
= y, isso constitui que onde for x2 co- y = ±1/2
locaremos y.
4y2 - 17y + 4 = 0 → agora solu- Desse modo, a resolução da
cionamos essa equação do 2º grau equação biquadrada é dada da se-
descobrindo x’ e x”. guinte forma:

a = 4 b = -17 c = 4 S = {-2, -1/2, 1/2, 2}


∆ = b2 - 4ac
∆ = (-17)2 - 4 . 4 . 4
∆ = 289 - 64
∆ = 225
x = - b ± √∆/2a
x = -(-17) ± √225/ 2 4
x = 17 ± 15 /8
x’ = 17 + 15/ 8 = 32 : 8 = 4
x” = 17 - 15/8 = 2/8 = 1/4

Veja que essas consistem nas


raízes da equação 4y2 - 17y + 4 = 0,
para descobrirmos as raízes da
equação biquadrada, precisamos de:

4x4 – 17x2 + 4 = 0

Logo, precisamos trocar os va-


lores de x’ e x”, para x2 = y.
Desse modo, considerando
que x = 4

x2 = y
x2 = 4
x = √4
x=±2

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CÁLCULO I E II

2. Limites

Fonte: Veja Abril2

N ote que quando introduzimos


cálculo I, um dos primeiros as-
suntos em que devemos empreender
domínio se o gráfico dela não exibe
pulos neste ponto 𝑎.

é o de limites. Ele tem várias apli-


cações, entretanto a sua essência
versa em considerar e delinear o
comportamento de funções e além
disso é o fundamento para a defini-
ção de derivadas. Para compreen-
dermos o que consiste no limite é
imprescindível uma introdução ba-
silar sobre continuidade.
Veja que uma função 𝑓 é profe-
rida contínua em um ponto 𝑎 do seu Fonte: Lessa (2020)

2 Retirado em http://veja.abril.com.br

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CÁLCULO I E II

Nesta circunstância, observe Assim, na notação usual, mi-


que o gráfico da função 𝑓 é contínua nutamos:
sendo assim no ponto 𝑎, isto é, não
existe nenhuma cessação ou salto. limx→af(x)=f(a)
Por outro lado, observe o caso
abaixo: Entretanto, se caso a função 𝑓
não for contínua em 𝑎, e insistirmos
atribuí-la um limite 𝐿, temos que:

limx→af(x)=L

Logo, 𝐿 consiste no valor que 𝑓


precisaria ter em 𝑎. Note a seguir
uma imagem para melhor compre-
endermos:

Fonte: Lessa (2020)

Observamos que a função rea-


liza um salto na sua simulação gráfi-
ca, mais exatamente no valor em que
admite a função no ponto 𝑎, sendo
assim, ela não será contínua em 𝑎.

Observe novamente o primeiro


gráfico, onde a função é contí-
nua em 𝑎. As setas indicam que
a medida que 𝑥 se aproxima de
𝑎, pela direita ou pela esquerda,
os valores de 𝑓(𝑥) se aproxi- Fonte: Lessa (2020)
mam de 𝑓(𝑎). Consequente-
mente, quanto mais próximo 𝑥
estiver de 𝑎, mais próximo 𝑓(𝑥) Então temos, no caso em que 𝐿
estará de 𝑓(𝑎). De uma forma ≠ 𝑓(𝑎). Logo, 𝐿 versará no valor que
intuitiva, podemos dizer que se 𝑓 precisaria ter em 𝑎 para assim ser
𝑓 é contínua em 𝑎, então o li-
mite de 𝑥 tendendo a 𝑎, da fun- considerada contínua.
ção 𝑓(𝑥) é igual a 𝑓(𝑎) (LESSA,
2020).

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CÁLCULO I E II

Limite de uma Função Real que |f(x)−L|<ε para todo x satisfa-


zendo 0<|x−a|<δ.
Como já mencionamos se f
uma função real acentuada sobre o 4. No caso em que um dos limites
intervalo (a,b) menos quiçá no pon- laterais não existe ou no caso de am-
to x=c que compete a intervalo (a,b), bos existirem, mas com valores dife-
Le e Ld números reais. Articulamos rentes, dizemos que a função não
que: tem limite no ponto em questão.
Fonte: Sodré (2020)
1. O limite lateral de fà direita do
ponto c é igual a Ld, se os valores da Note que o próximo resultado
função se aproximam de Ld, quando assegura que uma função não pode
x se aproxima de c por valores (à di- beirar a dois limites distintos ao
reita de c) maiores do que c. Em sím- mesmo tempo e este aspecto é cu-
bolos: nhado sendo como o teorema da
unicidade, porque afiança que se o
limx→c+f(x)=Ld limite de uma função é vivente, logo,
ele necessita ser único.
2. Limite lateral de f à esquerda Quando se refere a unicidade
de c é igual a Le, se os valores da fun- do limite temos que:
ção se aproximam de Le, quando x se
aproxima de c, por valores (à es- Se limf(x)=A e limf(x)=B
querda de c) menores que cc. Em quando x→c, então A=B.
símbolos: Demonstração: Se ε> é arbi-
trário, então existe δ1>0 tal que
limx→c−f(x)=Le f(x)−A|<ε/2 sempre que
0<|x−a|<δ1.
3. Quando o limite lateral à es- Como também temos por hi-
querda Le é igual ao limite lateral à pótese que existe δ2>0 tal que
direita Ld, diz-se que existe o limite |f(x)−B|<ε/2 sempre que
da função no pont cc e o seu valor é 0<|x−a|<δ2 então, tomando
Ld=Le=L. Com notações simbólicas, δ=mind1, d2>0, obtemos
escrevemos: |f(x)−A|<ε/2 e |f(x)−B|<ε/2 sempre
que 0<|x−a|<δ e pela desigualdade
limx→cf(x)=L, significando triangular, temos:
que, para qualquer ε>0 e arbitrário, |A−B|=|A−f(x)+f(x)−B|≤|A−f
existe um δ>0, que depende de ε, tal (x)|+|f(x)−B

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CÁLCULO I E II

E como ε>0ε>0 é arbitrário, ma da reta e a outra, que denomina-


temos: remos R-, apresenta os pontos que
|A−B|<ε estão abaixo da reta. Bem como f(a)
Então |A−B|=0, o que garante < y0 < f(b), precisamos alcançar:
que A=B.
Exercício: Se |z|<ε para todo A = (a, f(a)) ∈ R−, B = (b, f(b)) ∈
ε>0, mostre que z=0. R+.
Fonte: Sodré (2020)
Note que o gráfico de f será em
Teorema do Valor Intermediá- forma de uma curva contínua li-
rio gando todos os pontos. Desse modo,
é natural asseverar que esta curva
Vemos caso tenhamos que f necessita tocar a reta horizontal em
consiste em uma função contínua no determinado ponto (x0, y0).
intervalo fechado [a, b]. Isto consti- Este ponto compete ao gráfico,
tui que, para todo c ∈ (a, b), teremos de forma que f(x0) = y0 (mostrado a
que limx→c f(x) = f(c). Logo: abaixo).
Em suas extremidades do in-
tervalo a definição de continuidade Em outras palavras, “se você
se expressa por meio de limites late- está dentro de uma sala que não tem
rais: janelas e tem somente uma porta, a
única maneira de sair da sala ´e pas-
lim x→a+ f(x) = f(a), lim x→b− f(x) sando pela porta...” O argumento ge-
= f(b). ométrico que usamos acima pode
ser formalizado matematicamente.
Desse modo, para fixar os pen- A sua conclusão ´e um importante
samentos vamos conjecturar que resultado que enunciamos abaixo.
f(a) < f(b) e ponderar um número y0 Teorema 1 (Teorema do Valor Inter-
tal que f(a) < y0 < f(b). mediário). Suponha que f ´e uma
Logo, a reta horizontal y = y0 função contínua no intervalo fe-
decompõe no plano cartesiano em chado [a, b]. Se y0 ´e um valor entre
duas porções avulsas: uma delas, f(a) e f(b), então existe pelo menos
que denominaremos de R+, apre- um x0 ∈ [a, b] tal que f(x0) = y0.
senta todos os pontos que estão aci- Fonte: UNB (s/a)

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CÁLCULO I E II

Fonte: UNB (s/a)

Vejamos que no enunciado su- y0 = f(a) e, neste caso o teorema cla-


pra, como não estamos conjectu- ramente é verdadeiro bastando to-
rando f(a) < f(b), a citação “entre f(a) marmos x0 = a, por exemplo.
e f(b)” precisa ser compreendida Fonte: UNB (s/a)
como em meio ao menor e o maior
deles. Logo, antes de comparecer
As figuras acima ilustram pri- atenções vamos considerar que a
meiro o caso f(a) < f(b) e, em se- conclusão do teorema pode ser falsa,
guida, o caso f(a) > f(b). Se tivermos caso a função f não seja contínua. A
f(a) = f(b), então a única opção seria título de exemplo simples é a função
a seguir:

Fonte: UNB (s/a)

Vejamos a seguir dois exem- Exemplo 1: Vamos usar o TVI para


plos elucidando a aplicação do TVI- encontrar aproximações para uma
Teorema do Valor Intermediário. raiz da função

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CÁLCULO I E II

f(x) = x 3 − 2x 2 − 4x − 2. máximo 2. Ou seja, que partindo da


posição x = 4, se caminharmos 2
Uma conta simples mostra que unidades no sentido da esquerda ou
f(2) = -10, de modo que o ponto (2, 2 unidades no sentido da direita 2
f(2)) está abaixo do eixo Ox. Por ou- seguramente encontraremos uma
tro lado, como f(6) = 118, o ponto (6, raiz.
f(6)) se situa acima do eixo Ox. Para a aproximação, escolhe-
Sendo f contínua, o seu gráfico deve mos o ponto médio do intervalo [2,
ligar esses dois pontos com uma 6], que é exatamente x = 4. Se você
curva suave, sem saltos. considera que um erro de tamanho 2
A curva deve então intercep- não ´e aceitável, pode melhorar a
tar o eixo Ox em um ponto cuja abs- aproximação usando o TVI mais
cissa é uma raiz de f(x). Vamos colo- uma vez: calculamos f(4) = 14 e per-
car as coisas na notação do teorema: cebemos que x = 4 não ´e uma raiz.
a função f é contínua no intervalo [2, Se considerarmos o intervalo [4, 6],
6], por ser um polinômio. Além temos que f(4) e f(6) são positivos.
disso, se considerarmos d = 0, temos Assim, pode ser que o gráfico não
que cruze o eixo Ox quando ligamos os
pontos (4, (f4)) e (6, f(6)). Porém,
f(2) = −10 < d < 118 = f(6). olhando para o outro extremo do in-
tervalo [2, 6], temos que
Segue do Teorema 1 que existe
x0 ∈ [2, 6] tal que f(x0) = d = 0. f(2) = −10 < 0 < 14 = f(4),
Logo, a função f possui pelo menos
uma raiz no intervalo [2, 6]. E, portanto, o TVI nos garante
Fonte: UNB (s/a) que existe uma raiz no intervalo [2,
4].
Note que o teorema não nos Fonte: UNB (s/a).
possibilita encontrar a raiz. Nada
obstante, como compreendemos Resultando como antes, pode-
que no intervalo [2, 6] tem-se uma mos ponderar x = 3 (consisti no pon-
raiz, podemos articular que x = 4 é to médio do intervalo [2, 4]) sendo
uma raiz aproximada. assim a raiz aproximada. O erro in-
Todavia, nesta aproximação, cumbido agora será no máximo 1.
estaremos caindo em um erro de no

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CÁLCULO I E II

Fonte: UNB (s/a)

Logo, para concluirmos a Como


questão notando que, para o primei-
ro passo do processo mencionado, é f(0) = −1 < 0 < 1 = f(1),
necessário encontrar valores a e b
bem como os sinais de f(a) e f(b) são O TVI implica a existência de
contrários. uma raiz no intervalo [0, 1],
Apesar que isto possa parecer Fonte: UNB (s/a)
complexo e contraditório, você ca-
rece concordar que é mais simples Quer dizer que na equação em
do que tentar achar a raiz esponta- questão tem uma solução neste in-
neamente, também mais em cir- tervalo.
cunstância em que a expresso da Sendo que P0 qualquer ponto
função f será mais complexa. no plano da Terra, que considerare-
Para melhor compreendermos mos em ser uma esfera. Ou seja, a
vamos analisar mais um exemplo: semirreta que liga P0 ao centro do
plano fura a superfície em um outro
1. Vamos verificar que a equação ponto P ′ 0, que denominaremos de
antípoda do ponto P0.
√3 x = 1 − x Vamos utilizar o TVI para
comprovar o seguinte aspecto curi-
Possui pelo menos uma solu- oso: em algum instante de tempo,
ção. Para tanto, observe inicialmen- tem um ponto sobre o equador da
te que as soluções da equação acima Terra no qual a temperatura será a
são precisamente as raízes da função mesma do seu ponto antípoda.

f(x) = √3 x − 1 + x.

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CÁLCULO I E II

Fonte: UNB (s/a)

Desse modo, a intuição física g(θ) = T(θ) − T(θ + π), ∀ θ ∈ [0, π],
nos possibilita assegurar que a fun-
ção T é contínua, uma vez que os Que mede a diferença de tem-
pontos próximos na superfície da peratura entre dois pontos antípo-
terra possuem temperaturas próxi- das. Note que
mas.
Vamos considerar agora a fun- g(0) = T(0) − T(π), g(π) = T(π) −
ção contínua

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CÁLCULO I E II

T(2π) = T(π) − T(0) = −g(0). Se e, por conseguinte, 1 x2 fica arbitra-


g(0) = 0, riamente amplo quando adotamos
valores de x acompanhantes de p =
Então a temperatura nos pon- 0. -4 -2 2 4 2 4 6 8 10 Para recomen-
tos P0 e Pπ são iguais. Caso contrá- dar este aspecto escrevemos:
rio, devemos ter g(0) 6= 0.
Neste caso, como g(π) = -g(0), lim x→0 f (x) = +∞.
os sinais de g(0) e g(π) são opostos.
Segue então do TVI que g(θ0) = 0 Vale ressaltar que nessa cir-
par algum θ0 ∈ (0, π). Assim, os cunstância, não se tem:
pontos Pθ0 e Pθ0+π estão sob a
mesma temperatura. lim x→0 f (x).
Fonte: UNB (s/a)
Desse modo, diversas vezes
Dessa forma, o argumento aci- mencionamos a este aspecto como f
ma conservar-se válido para qual- (x) discrepa para +∞ quando x vai a
quer outra forma escalar que diver- zero. Note que a reta vertical x = 0 é
sifica ininterruptamente sobre a su- denominada uma assíntota vertical
perfície da Terra, a título de exem- do gráfico de f.
plo, a pressão, ou a elevação. Dando uma definição (Limite
Ainda, não necessitamos nos Infinito), que consiste em seja f uma
desconjuntar sobre o equador, toda- função e p um ponto de ajuntamento
via sim sobre qualquer circunferên- de Df . Logo, proferimos que:
cia máxima, a título de exemplo to-
das aquelas fantasiosas que produ-
zem a longitude de um ponto na su-
perfície terrestre.

Limite Infinito

Conjecturamos a função:
Fonte: Carvalho (2020)

f (x) = 1 /x2. Logo, quando p consiste no


ponto de ajuntamento à direita (es-
Veja que quando o x se beira querda) de Df.
de p = 0, x 2 ainda se aproxima de 0 Vejamos um exemplo a seguir:

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CÁLCULO I E II

Fonte: Carvalho (2020)


Fonte: Carvalho (2020)
Agora considerando as propri-
Definindo a reta x = p será de- edades dos limites infinito, vejamos
nominada como assíntota vertical que seja L um valor real. Tal que:
do gráfico da função f caso algum
das seguintes condições jazerem sa-
tisfeita:

Fonte: Carvalho (2020)

Veja que a proposição conse-


guinte será muito benéfica para cal-
cular limites. Observe a proposição:

Fonte: Carvalho (2020)

Lembre-se que as proprieda-


des acima são apropriadas se no lu-
Fonte: Carvalho (2020) gar de x → p, utilizamos x → p + ou
x → p -.
Ou seja, dependerá das condi- Ainda, vale ressaltar que as
ções da proposição. Agora provando propriedades acima recomendam
a Proposição: como operar com os Símbolos +∞ e
−∞.

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CÁLCULO I E II

Assim, por exemplo, se L ∈ R, Logo, o comportamento de h


para z grandes:
L±∞=±∞, ∞.(−∞) =−∞ e
L.(±∞)=±∞(∓∞)se L>0(L<0).

Também temos indetermina-


ções, por exemplo,

∞ − ∞, −∞ + ∞, 0 . ∞.

Limite no Infinito

Iremos analisar por agora o


comportamento de h(x)=1/x, uma
vez quando x cresce arbitrariamente
(x→∞) ou mesmo quando x decresce
arbitrariamente (x→−∞).
Desse modo, observando as ta-
Logo, o caminho que h per-
belas temos que:
corre em x pequenos:

Fonte: Sodré (2020)

Desse jeito, ao arquitetar o


gráfico de h, notamos que tem uma
reta (assíntota) horizontal que con-
siste em uma reta y=0, que jamais
toca a função, entretanto se beira a
ela em +∞ e em −∞.

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CÁLCULO I E II

limx→∞f(x)=L ou limx→−∞f(x)=L

Propriedades dos Limites

Como vimos em diversas fun-


ções do Cálculo podem ser alcança-
das como somas, quociente, diferen-
ças, produtos e potências de funções
simples. Assim, todas as circunstân-
cias abaixo, ponderamos x→ax→a.

Fonte: Sodré (2020) Se f(x)=C onde C é constante,


então
Note que obtemos assim uma
definição geral, conglomerando tal limf(x)=limC=C
circunstância:
Olhe que definindo considera- Se k e b são constantes e
mos que seja f uma função acentu- f(x)=kx+b, então
ada para todos os valores dentro do
intervalo (a,∞). limf(x)=lim(kx+b)=ka+b
Ponderamos:
Se f e g são funções, k uma
constante, A e B números reais e
além disso limf(x)=A e limg(x)=B,
então:
Logo, quando consideramos
para todo ε>0, tem um número real lim(f±g)(x)=[limf(x)]±[limg(x)]=A
M>0 tal que |f(x)−L|<ε continua- ±B
mente que x>M.
Igualmente, formalizamos as- lim(f⋅g)(x)=[limf(x)]⋅[limg(x)]=A⋅B
sim o conceito de assíntota horizon-
tal. lim(k⋅f)(x)=k⋅limf(x)=k⋅A
Ainda, trazendo uma definição
articulamos que a reta y=L será uma lim(f)n(x)=(limf(x))n=Na
assíntota horizontal do gráfico de f,
caso se: lim(f÷g)(x)=[limf(x)]÷[limg(x)]=A
÷B, se B≠0.

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CÁLCULO I E II

limexp[f(x)]=exp[limf(x)]=exp(A)

Se acontecer uma das situa-


ções abaixo:
a. limf(x)=0
b. limf(x)>0 e n é um número na-
tural
c. limf(x)<0 e n é um número na-
tural ímpar

Então:

Fonte: Sodré (2020)

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CÁLCULO I E II

3. Cálculo II

Fonte: Matemática PT3

Derivadas sejam f: D(f) ⊂ R → R uma


função real e x0 ∈ D(f), como
Definição de Derivada obter a equação da reta tan-
gente ao gráfico de f que passa

O cálculo derivado também conta pelo ponto (x0, f(x0))?


 O problema da velocidade e da
com um estudo introdutório,
aceleração: seja s: D(s) ⊂ R →
todavia, averígua-se sendo como o R uma função real que descre-
conceito de derivada em uma função ve o deslocamento de um ob-
real de uma variável. Logo, a deri- jeto no plano e t0 ∈ D(s), como
vada submerge a diversificação ou a determinar a velocidade e a
alteração no comportamento de di- aceleração do objeto em t = t0?
versos fenômenos. Para melhor en-  O problema de máximos e mí-
tender a definição de derivada, abor- nimos: seja f: D(f) ⊂ R → R
uma função real qualquer. Co-
dando os três problemas do Cálculo
mo encontrar os pontos extre-
que submergem variação e movi- mos do gráfico de f?
mento:
Fonte: RODRIGUES; MENECHETTI;
 O problema da reta tangente: POFFAL (2016)

3 Retirado em http://matematica.pt

25
CÁLCULO I E II

Note que estes problemas são f 0 (x) = lim f(x + ∆x) − f(x) / ∆x .
delineados a partir do conceito de li-
mite que foram mencionados anteri- O processo para calcular uma
ormente. É importante lembrar que derivada é chamado derivação ou di-
para uma função real ferenciação.
Fonte: RODRIGUES; MENECHETTI;
f: D(f) ⊂ R → R, POFFAL (2016)

Consiste em que chamamos de Notações para a Derivada


“derivada da função f” será além dis-
so uma função. Logo a função “deri- Observe que têm diferentes
vada da função f” é alcançada por formas de simular a derivada de
meio do cálculo de um limite que uma função y = f(x), no caso a variá-
será analisado na seção a seguir. vel independente é x junto a depen-
dente é y. Determinadas notações
Definição mais habituais para a derivada são:
 Notação “linha” (Joseph La-
Observe que seja f D(f) ⊂ R → grange): f 0 (x), y 0.
R uma função real  Notação de Leibniz: dy/ dx, df
/dx, d/ dx [f(x)].
 Notação de operador: Dx[y].
Note que a derivada de f es-
 Notação de Newton: y˙.
tando no ponto de abscissa x = x0 é
Fonte: RODRIGUES; MENECHETTI;
definida como o número:
POFFAL (2016)

f 0 (x0) = lim f(x0 + ∆x) − f(x0)/ ∆x Desse modo, para descobrir o


valor de uma derivada em um algum
Logo, supondo que o limite ponto x = x0, empregam-se as se-
exista. Quando o limite (1.1.1) exis- guintes notações
tir, diz-se que a função é derivável
em x = x0.
Pode-se pensar em f 0 como
uma função cuja entrada é o número
x0 e cuja saída é o valor f 0 (x0). Por-
tanto, ao substituir-se x0 por x em Vamos a exemplos de em-
(1.1.1), tem-se f 0 (x), ou seja, a deri- prega-los.
vada da função f em relação à variá- Mostre que a derivada de f(x)
vel x, definida por, = x 2 + 3x é f 0 (x) = 2x + 3.

26
CÁLCULO I E II

Resolução: Como já identifi-


cando que f(x) = x 2 + 3x, precisa de-
monstrar que f 0 (x) = 2x + 3. Para
fazê-lo devemos aplicar a definição
de derivada, mostrada anterior-
mente. Basicamente precisa calcular
f(x + ∆x):
Fonte: RODRIGUES; MENECHETTI;
POFFAL (2016)

Vamos mais um exemplo para


melhor compreendermos:
Logo, trocando as equações,
temos que: b. g(x) = sen(ax).

Tendo que g(x) = sen(ax), e


justapondo a notação, alcançaremos
o seguinte:

Fonte: RODRIGUES; MENECHETTI;


POFFAL (2016)

Vamos aplicar a definição, as-


sim, determinando a derivada da
função: Fonte: RODRIGUES; MENECHETTI;
POFFAL (2016)

a. f(x) = e ax Logo, considerado os limites


fundamentais, temos que:
Vamos a resolução do proble-
ma apresentado. Tendo que f(x) = e
ax e justapondo, teremos que:

27
CÁLCULO I E II

Assim, a derivada da função Interpretação Geométrica


g(x) será apresentada por:
Como vimos a derivada con-
g’(x)+ a cos (ax) siste em ser uma função f a partir de
um ponto a exibir na reta tangente
Desse modo, podemos sinteti- um coeficiente angular (inclinação)
zar e articular que a Derivada de no gráfico de f no ponto (a, f(a)).
uma função 𝑓 em analogia à variável Observamos que se dada uma
𝑥: consiste na taxa de variação de 𝑓 curva plana que simula o gráfico de
de forma que 𝑥 varia. Logo, a deri- f, se admitirmos um ponto P(a, f(a)),
vada no ponto 𝑥 = 𝑥0 será: logo a equação da reta tangente r à
curva em P será formulada por:

y - f(a) = m (x - a)

Assim, onde m será o coefici-


Assim, o gráfico dessa deriva- ente angular da reta.
da consiste em um ponto é o coefici- Desse modo, basta que admi-
ente angular da reta tangente ao grá- tamos o coeficiente angular m da re-
fico no mesmo lugar. ta junto a um dos seus pontos, para
apreciarmos a sua equação. Todavia,
como alcançar m para que r signifi-
que ser tangente à curva em P? Pon-
deremos um outro ponto arbitrativo
sobre a curva, Q, no quais coordena-
das consistem em:

(a + ∆x, f(a+ ∆x))

Fonte: Responde ai (s/a) Note que a reta que advém por


P e Q que é denominada reta secante
à curva.

28
CÁLCULO I E II

Fonte: UNESP (s/a)

A seguir, se m = f’(a), isto é, a


derivada consiste em ser uma fun-
ção em um ponto, que logo, aprovi-
sione o coeficiente angular da reta
tangente ao gráfico da função, neste
ponto. Vamos observar exemplos
para melhor compreender:
Fonte: UNESP (s/a)
Se f(x) = x2, determine qual é a
equação da reta tangente ao gráfico
Note que ao ponderarmos ago-
de f, no ponto P(2, 4):
ra a diversificação do coeficiente an-
gular da reta secante avaliando Q se
aproximar de P, isto é, adotando ∆x
cada vez menor. Tudo recomenda
que quando P está achegado de Q, o
coeficiente angular msec da reta se-
cante necessita estar acompanhante
Desse jeito, o coeficiente angu-
do coeficiente angular m da reta r,
lar m da reta, será quando x0=2, te-
isto é, o coeficiente angular msec pos-
mos que:
sui um limite m quando Q inclinasse
para P, que consiste em ser o coefici-
ente angular da reta tangente r.
Mostrando-se a abscissa do ponto Q
por:

Assim, a equação abreviada


x = a + ∆x (∆x = x - a)
para a reta tg no ponto P, será apre-
sentada por:
Ainda, compreendendo-se que
a abscissa de P é explanada por a,
logo, se Q → P tal que ∆x → 0, o que
é análogo a x→ a.
Agora:

29
CÁLCULO I E II

Logo, a sua representação grá- A imagem a seguir demonstra


fica será apresentada a seguir: essa afirmação.

Fonte: UNESP (s/a)

Vamos observar aos exemplos


a seguir:

Fonte: UNESP (s/a) Dada a função f(x) = x:

Vale ressaltar que a definição a. Determine a equação da reta


que se compreende na geometria tangente ao gráfico de f, no ponto
plana de reta tangente consiste em P(4,2)
uma circunferência, cujo situa que a
reta tg encosta na circunferência so- Solução: A equação da reta
mente em um único ponto, não po- tangente ao gráfico de f no ponto P é
derá ser desdobrado ao conceito de dada por: y – 2 = f ´(4) (x – 4). Por-
reta tg a uma curva acentuada pela tanto, basta determinar f ´(4):
função y = f(x).

Logo, a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto P é dada por y


- 2 = ¼ (x-4) ou

30
CÁLCULO I E II

Fonte: UNESP (s/a)

Vamos ponderar que uma im-


plicação imediata da interpretação
geométrica da derivada é que uma
função somente será derivável (ou
diferenciável), caso um ponto de seu
domínio se haver uma reta tangente
no seu gráfico por este ponto, isto é,
o gráfico da função no ponto em
Fonte: UNESP (s/a)
questão não exibe comportamento
pontiagudo.
Desse modo, notamos que o
Aplicando este pensamento
cálculo da derivada pelo meio da sua
para todos os pontos do domínio da
definição determinadas vezes será
função, compreendemos que o gráfi-
complexo, porquanto submerge o
co de uma função diferenciável con-
cálculo de um limite.
sistirá em ser uma curva suave, sem
Para tornar mínimo este pro-
nem um pico “pontudo”. Do mesmo
blema, empregamos determinadas
modo, a função exibida na imagem
propriedades das derivadas, que de-
abaixo, a título de exemplo, não é di-
nominaremos de regras de deriva-
ferenciável em x0, isto é, neste ponto
ção, cujos não serão evidenciadas na
não tem a sua derivada, porquanto
apostila, mas será trabalhado no
por (x0, f(x0) não passa uma única
material complementar, entretanto
reta tg.

31
CÁLCULO I E II

suas expressões transcursam da de- cobertas na maior parte dos livros de


finição de derivada e podem ser des- Cálculo.

32
CÁLCULO I E II

Regras Tabeladas para Derivar

Ainda, faz necessário apresentar algumas regras que são necessárias para
resolução do cálculo derivada:

Fonte: Responde ai

33
CÁLCULO I E II

Por fim, se analisarmos o cál-


culo de uma derivada de f no ponto
x=a, vemos que a função será deline-
ada de maneira diversa no ponto
x=a, logo, empregaremos a definição
de derivada.
Exemplificando, se almejamos
a derivar na função de 𝑓(𝑥) no ponto
𝑎:

Logo, empregamos a defini-


ção. jamais não esquecendo que
existem as derivadas implícitas. A tí-
tulo de exemplo ao derivar

𝑦2 = 𝑥3 + 2

Assim, em relação a 𝑥, com 𝑦 =


𝑓(𝑥), empregamos a Regra da Ca-
deia, multiplicando a derivada de 𝑦2
por 𝑦′: 2𝑦(𝑦 ′ ) = 3𝑥2 . Assim, tere-
mos nesse caso 2𝑦𝑦 ′ = 3𝑥2.

34
35
CÁLCULO I E II

4. Integral

Fonte: Veja Abril4

N ote que a derivada é uns prin-


cipais conceitos do Cálculo.
Além disso, outro conceito até mais
gens em que cada um utilizou o tema
foram diferentes.

relevante é o de Integral. Tem-se Newton apresenta o seu Méto-


do das Fluxões como uma ferra-
uma estreita correlação entre esses
menta que lhe permite aprofun-
dois raciocínios. A operação inversa dar seus conhecimentos dos fe-
da derivação, como já mencionamos nômenos físicos. Isto é, uma vi-
são cinemática do Cálculo: a de-
consiste na antiderivação ou como rivada vista como uma taxa de
ainda conhecemos a integração in- variação. Ele considerava x e y
definida. variando em função do tempo.
Leibniz, por sua vez, considera-
Newton e Leibniz, em seus es- va x e y variando sobre uma se-
tudos se envolveram em uma polê- quência de valores infinitamen-
mica sobre quem de fato desenvol- te próximos. Ele introduziu dx e
dy como sendo as diferenças
veu a descoberta do Cálculo, ocasio- entre os valores nesta sequên-
nando amplo desgaste particular a cia. Newton encarava a integra-
cada um deles. Todavia, as aborda- ção como um problema de en-
contrar os x e y de uma determi-

4 Retirado em http://veja.abril.com.br

36
CÁLCULO I E II

nada fluxão, isto é, achar o des- Assim, foi Leibniz quem colo-
locamento de uma dada veloci-
cou os símbolos matemáticos d e f,
dade (CONHECER, s/a).
situando, em meados de 1675, a no-
Desse modo, para ele, a inte- tação precisamente como fazemos
gração era, espontaneamente, o pro- presentemente.
cesso avesso da diferenciação. Uma
vez que Leibniz olhava a integração
como uma soma, sendo que o estilo
em que empregaram, antes dele Ca-
valieri e Roberval e Arquimedes. Lo-
go, ele foi feliz em empregar os ‘infi-
Integral Indefinida
nitésimos’ dx e dy, de modo análogo
Newton empregou x’ e y’, isto é, ve- Note que o estudo das inte-
locidades. grais indefinidas consiste no primei-
Observe que Leibniz utilizava ro passo para alcançar o entendi-
a palavra ‘mônada' para recomendar mento de uma aplicação da ferra-
algo tão singelo que não se divide em menta matemática: a integral. As-
partes. Nenhum deles avaliava o que sim, como a operação da derivada
nós cognominamos de funções, por- será introduzida a ideia de integral,
quanto este conceito somente foi in- despontando sua analogia com a de-
troduzido diversos séculos depois. rivada.
Entretanto, os dois, categoricamen- Logo, se temos que é a função
te, pensavam em adjacências de grá- F(x) é primitiva da função f(x), a ex-
ficas. pressão F(x) + C será denominada
integral indefinida da função f(x) e é
De qualquer forma, eles esta- apresentada por:
vam travando uma luta com o
infinito, no caso, o infinitamen-
te pequeno. Apesar de Newton
ter desenvolvido sua teoria pri-
meiro, coube a Leibniz o mérito
de ter publicado a sua versão,
em 1684, introduzindo o termo
calculus summatorius, e divul-
gando assim suas ideias. Leib- Temos que:
niz dava muita importância à
notação, no que estava absolu-
tamente certo (CONHECER,
s/a).

Fonte: Conhecer.org

37
CÁLCULO I E II

Onde se lê Integral Indefinida indefinida consiste em ser uma fun-


de f(x) em conexão a x ou integral de ção é cunhado integração.
f(x) em relação a x. Ainda, o proces- Assim, temos que da definição
so que possibilita calcular a integral de integral indefinida é explanada
da seguinte forma:

Fonte: Conhecer.org
A título de exemplos temos que:

Fonte: Conhecer.org
Logo, como vimos acima, podemos ponderar que:

38
CÁLCULO I E II

Logo, possibilita alcançarmos as fórmulas gerais da integração por meio


das formulas das derivadas.

Fonte: Cálculo A

39
CÁLCULO I E II

Propriedades da Integral Inde- k uma constante real. Logo, teremos


finida que:

Assim, podemos articular que


sejam f(x) e g(x) funções reais acen-
tuadas dentro do mesmo domínio e
Fonte: Conhecer.org

Fonte: Cálculo A

40
CÁLCULO I E II

Integral Definida e Indefinida

Como vimos a Integral que di-


zemos que consiste em ser uma de-
rivada definida se dá um valor como
resultado, por outro lado, a Integral
chamada de INDEFINIDA que vere-
mos a seguir se dá por uma função.

Fonte: Responde ai

Integrais Definidas

Veja que considerando a área


na antiguidade a matemática traba-
lha com o MÉTODO DA EXAUS-
TÃO:

Fonte: Freire (2015)

41
CÁLCULO I E II

A título de exemplo vamos encontrar área das circunferências acima:

Fonte: Freire (2015)

Logo, temos que:

Fonte: Freire (2015)

Assim, considerando a região plana S, isto é, soma de Riemann:

Desse modo, ampliando a ima-


gem por polígonos, no qual áreas te-
nham a possibilidade de serem cal-
culadas por meio dos métodos da ge-
ometria elementar, temos que:

Fonte: Freire (2015)

42
CÁLCULO I E II

Fonte: Freire (2015)

43
CÁLCULO I E II

Assim, a soma das áreas dos n retângulos, será exibido por:

Fonte: Freire (2015)

Então será conhecida sendo


como a Soma de Riemann.
Trazendo uma definição, po-
demos articular que seja y = f(x)
uma função contínua, não negativa
em [a,b]. Sendo que área na curva y
= f(x), de a chegando até b, é deline-
ada por:

Fonte: Freire (2015)

Note que poderemos utilizar


qualquer símbolo para simular a va-
riável independente.
Fonte: Freire (2015)

Logo, para cada i = 1, ... n, ci


consistirá no pondo arbitrário do in-
tervalo [x i-1, xi].
Que será representada por:

Fonte: Freire (2015)

44
CÁLCULO I E II

Restrições e Notação como “aumentar indefinida-


mente o valor de n”. A notação
representa este processo e é
Note que em consequência das lida: limite quando n tende ao
alternativas que optamos, para as infinito. Nesta linguagem, nos-
estimativas para a variação total co- so desafio se traduz por investi-
gar a possibilidade de associar
meçando pela variação acumulada um número real às expressões e
das funções analisadas podem ser Se para y = f (t) num dado inter-
valo ambos os valores puderem
aperfeiçoadas por meio do aumen-
ser definidos, 1 e se eles forem
tarmos o número n de subintervalos. iguais, este valor terá o nome
Assim, a probabilidade de calcular- Integral Definida (PINTO,
2009).
mos uma estimação “exato” da vari-
ação total, promove em primeiro lu-
A notação
gar uma ponderação sobre como a
metodologia para elevar de modo in-
definido o valor de n pode ser suge-
rido.
Dessa forma, vamos nos ater a
constatar se o procedimento de
acrescentar o valor de n deriva, ou representa este processo e é lida: li-
não, em um balanceamento dos va- mite quando n tende ao infinito.
lores alcançados em cada Soma. Pa- Nesta linguagem, nosso desafio se
ra melhor compreender vamos ana- traduz por investigar a possibilidade
lisar um exemplo sobre como decor- de associar um número real às ex-
rer. pressões

Fonte: http://docplayer.com.br

Mas antes relembramos a nota-


ção com que indicamos o de-
senvolvimento de processos

45
CÁLCULO I E II

Se para y = f (t) num dado in-


tervalo ambos os valores puderem Logo, na circunstância em que
ser definidos, 1 e se eles forem as funções y = f (t) que calculamos
iguais, este valor terá o nome Inte- até agora, sendo:
gral.
Fonte: Pinto (2009)

Logo, a aplicação empregada


que mencionarmos consiste na à In-
Desse modo, sempre terão e
tegral Definida será
serão análogos. Assim, para este
grupo de funções, devemos observar
o seguinte:

Fonte: Pinto (2009)


Observe o seguinte exemplo:

46
CÁLCULO I E II

Fonte: Pinto (2009)

Observe que ambas parcelas n acender muito. Dessa maneira, a


da última soma entre parênteses soma se consolida em 1/3 quando n
permanecerão desprezíveis quando cresce de modo indefinido.

Fonte: Pinto (2009)

Integral por Substituição

Para simplificar a visualização,


podemos chegar a uma integral co-
nhecida. Utilize quando você conse-
guir decompuser o que está sendo
integrado em ambas partes: uma
função (𝑢) vezes a derivada dessa
função (𝑑𝑢). Transformação de vari-
áveis como já vimos para integrais
definidas, altera-se os limites de in-
tegração.
Fonte: Responde ai

47
CÁLCULO I E II

Materiais Complementares

Links “gratuitos” a serem con-


sultados para um acrescentamento
no estudo do aluno de assuntos que
não poderão ser abordados na apos-
tila em questão:

Aulas sobre limites

Introdução-ao-Cálculo.pdf

pucgoias.Introdução_ao_cál-
culo.pdf

Cálculo I e II (livro)

Derivadas funções reais

Download do Livro Cálculo A

Apostila_Calculo_II.pdf

calculo1.pdf

ApostilaLimiteDerivada.pdf

48
49
49
CÁLCULO I E II

5. Referências Bibliográficas
CARDOSO, Cristiane Terezinha; GÓES, FREIRE, Vinícius Martins. Cálculo Dife-
Anderson Roges Teixeira. ANÁLISE DAS rencial e Integral I. UFSC, 2015.
RESOLUÇÕES REALIZADAS POR ESTU-
DANTES SOBRE CÁLCULO DE ÁREA. LESSA, José Roberto. Limites. Info escola,
EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E LINGUA- 2020. Retirado em:
GENS: PESQUISAS, METODOLOGIAS E https://www.infoescola.com/matema-
PRÁTICAS INOVADORAS (vol. 1), p. 38. tica/limites/

CARVALHO, Alexandre Nolasco de. Aula MARQUES, Tarniê Vilela Nunes et al. In-
11 - Limites Infinitos e no Infinito. Univer- fluência de métodos de cálculo do TRRF
sidade de São Paulo, São Carlos/SP, Brasil, na verificação de edifícios em situação de
2020. incêndio. HOLOS, v. 1, p. 1-15, 2021.

CARVALHO, João Paulo Antunes; DE MIRANDA, Danielle de. Equações Biqua-


MACÊDO, Josué Antunes; LOPES, Lail- dradas. Prepara Enem, [s/a]. Retirado em:
son dos Reis Pereira. Algumas aplicações https://www.preparaenem.com/matema-
do cálculo diferencial e integral. Research, tica/equacao-biquadrada.htm
Society and Development, v. 10, n. 8, p.
e22410817220-e22410817220, 2021. PINTO, Márcia Maria Fusaro Introdução
ao cálculo integral / Márcia Maria Fusaro
CONHECER. Integrais. Curso de cálculo, Pinto. - Belo Horizonte: Editora UFMG,
Módulo 4, Centro Científico Conhecer 2009.
[s/a].
RACHELLI, Janice; MARTINS, Paulo Da-
DA SILVA, Lino Marcos et al. O LIVRO DE mião Cristo. Máximos e mínimos de fun-
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL ções: um estudo com base em problemas
I: A VISÃO DOS ALUNOS DE CURSOS DE históricos. Boletim Cearense de Educação
ENGENHARIA. e História da Matemática, v. 8, n. 24, p. 65-
83, 2021.
Equações do 2º grau" em Só Matemática.
Virtuous Tecnologia da Informação, 1998- Responde ai. RESUMÃO - INTEGRAIS
2021. Consultado em 16/08/2021 às (Cálculo) Formulário, Dicas e Macetes
14:30. Disponível em: para a Prova. Politécnicos [s/a].
https://www.somatematica.com.br/fun-
RODRIGUES, Bárbara Denicol Do Ama-
dam/equacoes2/equacoes2_12.php
ral; MENECHETTI, Cinthya Maria
Schneider; POFFAL, Cristiana Andrade.
FLAMMING, Diva Marília E GONÇAL-
DERIVADAS DE FUNÇÕES REAIS DE
VES, Miriam Buss. Cálculo A: Funções, Li-
UMA VARIÁVEL. 1ª Edição, Rio Grande
mite, Derivação e Integração, 2006.
Editora da FURG 2016.
FONSECA, Carla Camargo; SILVA, Gabri- SILVA, Jéssica Marques; FELIX, João
ele Bonotto; FELICETTI, Vera Lucia. A Paulo Santos; DA SILVA, Lara Raine Men-
Gestão da Matéria e a Gestão de Classe no des. Cálculo diferencial e integral e suas
ensino de Matemática: uma perspectiva aplicações: o uso do cálculo na análise so-
sobre a metodologia “Lógica do Cálculo”. bre o aquecimento dos fios. Brazilian Jour-
Revista de Educação Matemática, v. 18, p. nal of Development, v. 7, n. 8, p. 77647-
e021032-e021032, 2021. 77660, 2021.

50
50
CÁLCULO I E II

SODRÉ, Ulysses. Superior >> Limites: Li-


mites de funções reais (I) Matemática Es-
sencial, UEL, 2020.

STOODI. Equação de 3º grau: saiba tudo


sobre esse assunto! 2021. Retirado em:
https://www.stoodi.com.br/blog/mate-
matica/equacao-de-3-grau/

UNB. Cálculo 1- O Teorema do Valor Inter-


mediário. Modulo 1, Universidade de Bra-
sília, Departamento de Matemática, [s/a].
UNESP. Derivadas. Universidade Esta-
dual Paulista, [s/a].

51
51
05
2

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