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MÓDULO VI

I - BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo do imposto é o valor básico relacionado com o fato gerador


da circulação da mercadoria ou da prestação do serviço, que através da operação
matemática de multiplicação pela alíquota correspondente, indicará a quantia de
imposto a recolher.

1. Operações com Mercadorias

Nos termos do Livro I, Art. 16, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo


Decreto nº 37699/97-RICMS, a base de cálculo do imposto nas operações com
mercadorias é:

I - o valor da operação:
a) na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular;

Fisconet 01- Na falta do valor da operação a que se refere esta alínea, a


base de cálculo do imposto é:
a) o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado
atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista
regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de
energia elétrica;
b) o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja
industrial;
c) o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda a outros
comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante.
Para aplicação do disposto nas alíneas "b" e "c" de nota anterior deverá ser
adotado, sucessivamente:

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a) o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na
operação mais recente;
b) não podendo ser aplicado o disposto na alínea anterior, pelo fato de o
remetente não ter efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da
mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação
ou, na falta deste, no mercado atacadista regional.
Não podendo ser aplicado o preço FOB referido na alínea "c" da nota 01,
pelo fato de o estabelecimento remetente não efetuar vendas a outros
comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se não houver
mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75% (setenta e
cinco por cento) do preço de venda corrente no varejo, observado o
disposto na alínea "a" da nota anterior.
FiscoNet 02 - Preço FOB significa que as despesas de transporte, seguro
correrão por conta do destinatário.
Preço CIF significa que as despesas correrão por conta do remetente.

b) na transmissão de propriedade:
1 - a terceiro de mercadoria depositada em armazém-geral ou em depósito fechado;
2 - de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver
transitado pelo estabelecimento transmitente;

Fisconet - Na falta do valor da operação, a base de cálculo do imposto é a


definida nas notas da alínea anterior.

c) compreendendo mercadoria e serviço, no fornecimento de alimentação, bebidas


e outras mercadorias por qualquer estabelecimento;
d) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos
na competência tributária dos Municípios;
e) de que decorrer a entrada no território do Estado, de petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica,
oriundos de outra unidade da Federação, quando não destinados à comercialização
ou à industrialização;

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Fisconet - Na falta do valor da operação, a base de cálculo é a definida
nas notas da alínea "a" deste inciso.

f) na unidade da Federação de origem, na entrada, no estabelecimento de


contribuinte, de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação e que não
esteja vinculada a operação ou prestação subsequente;

O ICMS devido a este Estado na entrada no estabelecimento de contribuinte


de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação e que não esteja
vinculada à operação ou prestação subsequente, ou seja, destinada ao ativo
permanente ou ao uso ou consumo do adquirente, será calculado conforme a
seguinte fórmula:

onde:

a) Valor da operação é o valor da operação na Unidade da Federação de origem,


incluído o montante do próprio imposto correspondente à operação interestadual e
os demais valores, conforme disposto no RICMS, Livro I, art. 18;

b) ICMS origem é o valor do imposto correspondente à operação interestadual,


destacado no documento fiscal de aquisição;

c) Alíquota interna é a alíquota interna estabelecida neste Estado para a operação


com a mercadoria,

EXEMPLO:

Valor da operação: R$ 1000,00


Alíquota interestadual: 12%

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ICMS origem: R$ 120,00
Alíquota interna: 17%

ICMS devido = [1.000,00 - 120,00 x 0,17] - 1.000,00 x 0,12


1 - 0,17

880,00
[________ X 0,17] – 120,00
0,83

[1.060,24 X 0,17] – 120,00

180,24 – 120,00 =

ICMS devido = R$ 60,24

g) acrescido do valor do Imposto de Importação, do IPI e de todas as despesas


cobradas ou debitadas ao adquirente, na aquisição, em licitação pública, de
mercadorias importadas do exterior apreendidas ou abandonadas;
h) na unidade da Federação de origem, na remessa de mercadoria para
consumidor final não contribuinte do imposto localizado neste Estado.

FiscoNet 01 - Ver: pagamento do imposto, Livro I, art. 40, § 5º; e partilha


do imposto entre as unidades da Federação, Livro V, art. 31.
FiscoNet 02 - O imposto devido a este Estado será o valor resultante da
aplicação da seguinte fórmula:
ICMS devido = (BC x ALQ intra) - (BC x ALQ inter)
onde:
BC = base de cálculo do imposto, que é o valor da operação na unidade da
Federação de origem, observado o disposto no art. 18;
ALQ intra = alíquota interna deste Estado aplicável à operação;
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação.
FiscoNet 03 - Na hipótese de estabelecimento remetente optante pelo
Simples Nacional, para fins de determinação do ICMS devido a este

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Estado, previsto na nota 02, o valor a ser deduzido (BC x ALQ inter) será
calculado na forma como ocorreria a tributação do ICMS na
operação interestadual se o remetente não fosse optante pelo
Simples Nacional.
FiscoNet 04 - Na hipótese de operações sujeitas ao adicional de alíquota
destinado ao Fundo de Proteção e Amparo Social do Estado do Rio Grande
do Sul - AMPARA/RS, previsto no art. 27, parágrafo único, no período de
1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2025, o remetente deverá
calcular separadamente o imposto correspondente ao adicional de alíquota
aplicando sobre a base de cálculo definida na nota 02 o percentual de 2%
(dois por cento), que será recolhido integralmente a este Estado, em guia
de recolhimento em separado.

II - o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, no fornecimento de


mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária
dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência
estadual, como definido na lei complementar aplicável;

III - na importação de mercadorias do exterior, a soma das seguintes parcelas:

FiscoNet - O preço de importação expresso em moeda estrangeira será


convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no
cálculo do Imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou devolução
posterior se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo no
preço.
O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do Imposto
de Importação, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado.
Não sendo possível determinar o valor a que se refere este inciso, por ser
desconhecido, à data do fato gerador, algum elemento integrante da base
de cálculo, o importador deverá utilizar-se, provisoriamente, do valor

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conhecido até aquela data, complementando-o se o definitivo lhe for
superior.
No caso de retorno de mercadoria ou bem remetido ao exterior para
conserto, reparo ou restauração necessário ao seu uso ou funcionamento, a
base de cálculo do imposto será o valor adicionado ou o valor das partes e
peças empregadas, acrescido das parcelas referidas nas alíneas "b" a "e"
deste inciso.

a) valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação;


b) Imposto de Importação;
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
d) Imposto sobre Operações de Câmbio;
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras;

FiscoNet - Entende-se como "despesas aduaneiras" aquelas verificadas


até a saída da mercadoria da repartição alfandegária.

...
V - o preço da mercadoria praticado no mercado atacadista deste Estado, constante
em instruções baixadas pela Receita Estadual, nas saídas de gado vacum, ovino e
bufalino;

VI - na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outra unidade da


Federação, pertencente ao mesmo titular:
a) o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;
b) o custo atualizado da mercadoria produzida, assim entendido como a soma do
custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento.

2. Prestações de Serviços

A base de cálculo do imposto nas prestações de serviço é, Livro I, art. 17 do


RICMS:

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I - o preço do serviço, na prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação;

Fisconet - Se os serviços forem contratados em moeda estrangeira, o


preço do serviço deverá ser convertido em moeda nacional à taxa de
câmbio vigente na data em que, nos termos do art. 5º, considera-se
ocorrido o fato gerador.

VI - o valor da prestação na unidade da Federação de origem, na prestação de


serviço iniciada em outra unidade da Federação a consumidor final não
contribuinte do imposto localizado neste Estado.

Fisconet 01 - Ver: pagamento do imposto, Livro I, art. 40, § 5º; e partilha


do imposto entre as unidades da Federação, Livro V, art. 31.
Fisconet 02 - O imposto devido a este Estado será o valor resultante da
aplicação da seguinte fórmula:
ICMS devido = (BC x ALQ intra) - (BC x ALQ inter)
onde:
BC = base de cálculo do imposto, que é o valor da prestação na unidade da
Federação de origem, observado o disposto no art. 18;
ALQ intra = alíquota interna deste Estado aplicável à prestação;
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à prestação.
Fisconet 03 - Na hipótese de estabelecimento remetente optante pelo
Simples Nacional, para fins de determinação do ICMS devido a este
Estado, previsto na nota 02, o valor a ser deduzido (BC x ALQ inter) será
calculado na forma como ocorreria a tributação do ICMS na operação
interestadual se o remetente não fosse optante pelo Simples Nacional.
Fisconet 04 - Na hipótese de prestações sujeitas ao adicional de alíquota
destinado ao Fundo de Proteção e Amparo Social do Estado do Rio Grande
do Sul - AMPARA/RS, previsto no art. 28, parágrafo único, no período de
1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2025, o remetente deverá
calcular separadamente o imposto correspondente ao adicional de alíquota

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aplicando sobre a base de cálculo definida na nota 02 o percentual de 2%
(dois por cento), que será recolhido integralmente a este Estado, em guia
de recolhimento em separado."
3. Integra a Base de Cálculo

Consoante Livro I, art. 18 do RICMS, integra a base de cálculo do imposto,


inclusive nas hipóteses do art. 16, I, "f" e "h", e III, e art. 17, VI:

I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera


indicação para fins de controle;

II - o valor correspondente:

a) a seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou


debitadas, bem como descontos concedidos sob condição;

Os descontos incondicionais são considerados parcelas redutoras do


preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura
de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos.

Já os descontos condicionais são aqueles que dependem de evento


posterior à emissão da nota fiscal, usualmente, do pagamento da compra dentro de
certo prazo, e configuram despesa financeira para o vendedor e receita financeira
para o comprador.

b) a frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e
ordem e seja cobrado em separado;

c) ao montante do IPI, quando a mercadoria se destinar a consumo ou ativo


permanente do estabelecimento destinatário ou a consumidor final.

Quando o valor do frete, cobrado por estabelecimento pertencente ao


mesmo titular da mercadoria ou por outro estabelecimento de empresa que com
aquele mantenha relação de interdependência, exceder os níveis normais de preços

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em vigor, no mercado local, para serviço semelhante, constantes de tabelas
elaboradas pelos órgãos competentes, o valor excedente será havido como parte do
preço da mercadoria.

3.1 Cálculo do Imposto "Cálculo por Dentro”

Na forma do item anterior, o montante do ICMS integra a sua própria base


de cálculo, inclusive na importação de mercadorias, bens e serviços do Exterior,
constituindo o respectivo destaque no documento fiscal mera indicação para fins de
controle.

EXEMPLO:

- Custo da mercadoria + margem de lucro = R$ 80,00


- Alíquota do ICMS = 17%
- 100% (valor do produto) – 17% (alíquota) = 83%, ou seja, 83% : 100 = 0,83
Base de cálculo = R$ 80,00 : 0,83 = R$ 96,38 x 17% = 16,38
ICMS devido = R$ 16,38

A divisão por 0.83 aplica-se nos casos em que estejamos calculando o ICMS
"por dentro", ou seja, estamos “embutindo” o ICMS em sua base de cálculo.

Caso a alíquota fosse 12%, a divisão seria por 0.88 e assim sucessivamente.

NOVA FORMULA PARA CALCULAR A BASE DE CÁLCULO DO ICMS COM A


INCLUSÃO DO IPI;

Conforme a IN 45/98, título I, cap. III, seção 11.0 -OPERAÇÕES EM QUE O


MONTANTE DO IPI INTEGRE A BASE DE CÁLCULO DO ICMS (RICMS, Livro
I, arts. 16 e 18)

11.1 - Nas operações em que o IPI integre a base de cálculo do ICMS, observadas as
demais disposições acerca da composição da base de cálculo do imposto, em especial as

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normas gerais contidas no Livro I, arts. 16 a 22 do RICMS, o montante do ICMS será
calculado conforme a seguinte fórmula:

onde:

a) A = alíquota do ICMS

b) B = alíquota do IPI

c) C = valor da operação sem ICMS

11.1.1 - Exemplo:

Alíquota do ICMS (A) = 17% (= 0,17)

Alíquota do IPI (B) = 5% (= 0,05)

Valor da operação sem ICMS (C): R$ 100,00

Montante de ICMS = R$ 21,73

11.1.2 - Resumo da operação exemplificada no subitem 11.1.1:

Descrição Valor (R$)

Valor da operação com ICMS (R$ 100,00 + R$ 121,73


21,73)

IPI (5% sobre R$ 121,73) 6,09

Base de cálculo do ICMS (R$ 121,73 + R$ 6,09) 127,82

Valor total da nota (R$ 121,73 + R$ 6,09) 127,82

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4. Não Integra a Base de Cálculo

Não integra a base de cálculo do imposto, Livro I, art. 19 do RICMS:

I - o montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e


relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização,
configurar fato gerador de ambos os impostos;

II - o valor dos descontos concedidos no ato da emissão do documento fiscal, desde


que constem deste.

5. Arbitramento

Sempre que for omisso ou não mereça fé o preço constante de documento


emitido pelo sujeito passivo ou por terceiro legalmente obrigado, poderá a
Fiscalização de Tributos Estaduais arbitrar o referido preço, Livro I, art. 22 do
RICMS.

Existindo listagem de preços, publicada pela Receita Estadual, das


mercadorias ou dos serviços constantes do documento, o valor arbitrado poderá ter
por base os preços de referência especificados na referida listagem.

MÓDULO VII

I - ALÍQUOTAS DO ICMS

Compete aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer as alíquotas para o


cálculo do ICMS incidente sobre as operações e prestações realizadas dentro do
Estado, enquanto que para as interestaduais cabe ao Senado Federal através de

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resolução, estabelecer as alíquotas correspondentes, art. 155, § 2º, IV da
Constituição Federal.

Nos termos do Livro I, dos artigos 26 a 29 do Regulamento do Imposto


sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado
pelo Decreto nº 37699/97- RICMS, são fixadas as alíquotas para as operações e
prestações desenvolvidas no Estado do Rio Grande do Sul.

1. Operações Internas

1.1 Alíquotas

Para fins de aplicação das alíquotas previstas neste inciso, considera-se


interna a operação com mercadoria destinada a consumidor final pessoa física não
contribuinte do imposto localizado em outra unidade da Federação, quando a
entrega da mercadoria ocorrer no momento da sua aquisição.

As alíquotas do imposto nas operações internas são, Livro I, art. 27 do


RICMS:

I - 25%

Armas e munições, classificadas no Capítulo 93 da NBM/SH; artigos de


antiquários, Aviões de procedência estrangeira, para uso não comercial,
Bebidas, exceto: vinho e derivados da uva e do vinho, assim definidos na Lei
Federal nº 7.678, de 08/11/88; sidra e filtrado doce de maçã; aguardentes de cana
no código classificadas na NBM/SH 2208.40.0200; água mineral e sucos de frutas
não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros
edulcorantes; e refrigerante; brinquedos, na forma de réplica ou
assemelhados de armas e outros artefatos de luta ou de guerra, que
estimulem a violência; cigarreiras, cigarros, cigarrilhas, charutos,
cachimbos, fumos desfiados e encarteirados, fumos para cachimbos e

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fumos tipo crespo; embarcações de recreação ou de esporte; perfumaria e
cosméticos (posições 3303, 3304, 3305 e 3307, da NBM/SH); energia elétrica,
exceto para consumo, em iluminação de vias públicas, industrial, rural e, até 50
KW por mês, residencial; gasolina, exceto de aviação, e álcool anidro e
hidratado pra fins combustíveis.

II - 20% (vinte por cento) no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de


2023 e 18% (dezoito por cento) a partir de 1º de janeiro de 2024, quando se tratar
de refrigerante;

III - 12%

ITEM MERCADORIAS
I Arroz
II Aves e gado vacum, ovino, bufalino, suíno e caprino, bem como carnes e produtos comestíveis
resultantes do abate desses animais, inclusive salgados, resfriados ou congelados
III Batata
IV Cebola
V Farinha de trigo
VI Feijão de qualquer classe ou variedade, exceto o soja
VII Frutas frescas, verduras e hortaliças, exceto amêndoas, nozes, avelãs e castanhas
VIII Leite fresco, pasteurizado ou não, esterilizado ou reidratado, em qualquer embalagem
IX Massas alimentícias, biscoitos, pães, cucas e bolos de qualquer tipo ou espécie
X Ovos frescos, exceto quando destinados à industrialização
XI Pescado, exceto adoque, bacalhau, merluza, pirarucu, crustáceos, moluscos e rã
XII Refeições prontas para consumo servidas ou fornecidas por estabelecimentos comerciais e
cozinhas industriais desde que não necessitem sofrer processo adicional como descongelamento
ou recozimento. NOTA - Não se incluem nesta alíquota o fornecimento de bebidas.
XIII Trigo e triticale, em grão
XIV Adubos, fertilizantes, corretivos de solo, sementes certificadas, rações balanceadas e seus
componentes, sal mineral, desde que destinados à produção agropecuária. NOTA - Esta
alíquota, em relação a componentes de rações balanceadas, somente se aplica às saídas com

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destino a fabricante de rações.
XV Aviões e helicópteros de médio e grande porte e suas peças, bem como simuladores de voo,
compreendidos na posição 8803 e nas subposições 8802.1, 8802.30, 8802.40 e 8805.2, da
NBM/SH-NCM
XVI Cabines montadas para proteção de motorista de táxi
XVII Carvão mineral
XVIII Empilhadeiras, retroescavadeiras e pás carregadoras, classificadas nas subposições 8427.20 e
8429.5, da NBM/SH-NCM
XIX Máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos industriais, bem como acessórios,
sobressalentes e ferramentas que acompanhem estes bens
NOTA - Esta alíquota somente se aplica:
a) às operações efetuadas pelo estabelecimento fabricante e desde que, cumulativamente:
1 - o adquirente seja estabelecimento industrial;
2 - as mercadorias se destinem ao ativo permanente do estabelecimento adquirente;
3 - as mercadorias sejam empregadas diretamente no processo industrial do estabelecimento
adquirente;
b) às importações do exterior, desde que satisfeitas as condições previstas na alínea anterior.
XX Máquinas e implementos, destinados a uso exclusivo na agricultura, classificados na posição
8437 (exceto 8437.90.00), na subposição 8424.81 e nos códigos 7309.00.10, 8419.31.00,
8436.80.00 e 8716.39.00, da NBM/SH-NCM
XXI Máquinas e implementos agrícolas, classificados nas posições 8201 (exceto 8201.50.00), 8432
(exceto 8432.90.00), 8433 (exceto 8433.60.2 e 8433.90) e 8701 (exceto tratores rodoviários do
código 8701.90.90), da NBM/SH-NCM
XXII Produtos de informática classificados na posição 8471 e nas subposições 8473.30, 8504.40 e
8534.00, e, desde que de tecnologia digital, nas posições 8536, 8537, 9029, 9030, 9031 e 9032,
da NBM/SH-NCM, nas saídas do estabelecimento fabricante
XXIII Silos armazenadores, exclusivamente para cereais, com dispositivos de ventilação e/ou
aquecimento incorporados, classificáveis no código 8419.89.99 da NBM/SH-NCM
XXIV Tijolos, telhas e cerâmicas vermelhas, classificados na posição 6907 e nas subposições 6904.10 e
6905.10, da NBM/SH-NCM
XXV Veículos automotores terrestres, até 31 de dezembro de 1998, quando tais operações sejam

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operações sejam sujeitas ao regime de substituição tributária com retenção do imposto
NOTA - Esta alíquota também é aplicada, mesmo que a operação não esteja sujeita à
substituição tributária, nos seguintes casos:
a) em relação aos veículos classificados nos códigos 8701.20.0200, 8701.20.9900,
8702.10.0100, 8702.10.0200, 8702.10.9900, 8704.21.0100, 8704.22.0100, 8704.23.0100,
8704.31.0100, 8704.32.0100, 8704.32.9900, 8706.00.0100 e 8706.00.0200, da NBM/SH;
b) no recebimento, pelo importador, de veículo importado do exterior;
c) na saída promovida pelo estabelecimento fabricante ou importador, diretamente a
consumidor ou usuário final, inclusive quando destinado ao ativo permanente.
XXVI Energia elétrica rural e, até 50 KW por mês, residencial
NOTA - Considera-se energia elétrica rural a destinada à atividade agropecuária, nos termos de
instruções baixadas pela Receita Estadual.
XXVII Óleo diesel, biodiesel, GLP, gás natural e gás residual de refinaria
XXVIII Vagões para transporte de mercadorias sobre vias férreas, classificados na posição 8606 da
NBM/SH-NCM
XXIX Café solúvel, classificado no código 2101.11.10 da NBM/SH-NCM, até 31 de julho de 2007
XXX Basalto, classificado no código 6802.29.00 da NBM/SH-NCM
XXXI Elevadores, classificados no código 8428.10.00 da NBM/SH-NCM
XXXII Cal destinada à construção civil classificada na posição 2522 da NBM/SH-NCM
XXXIII Erva-mate, inclusive com adição de açúcar, espécies vegetais ou aromas naturais
XXXIV Semirreboques e caminhões "dumpers" para uso fora de rodovias, classificados,
respectivamente, nas subposições 8716.3 e 8704.10 da NBM/SH-NCM
XXXIV “Waffles” e “wafers” classificados no código 3905.3200 da NBM/SH - NCM

- artefatos de joalharia, de ourivesaria e outras obras, classificadas nas


posições 7113, 7114 e 7116, da NBM/SH-NCM (Esta alíquota somente se aplica se
houver incremento da produção dessas mercadorias no Estado, se forem
mantidos, no mínimo, os níveis de arrecadação do imposto do exercício de 1997 e,
ainda, se atendidas as demais condições estabelecidas em Termo de Acordo
firmado entre o Setor da Indústria Joalheira e de Lapidação de Pedras Preciosas
e o Estado do Rio Grande do Sul;

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- a partir de 1º de julho de 2010, máquinas e aparelhos relacionados no
Apêndice I, Seção III a seguir:
Item Mercadorias Classificação na
NBM/SH-NCM
I Guindastes de pórtico 8426.30.00
II Guindastes de pneumáticos 8426.41
III Empilhadeiras; outros veículos para movimentação de carga e 8427
semelhantes, equipados com dispositivos de elevação
IV elevadores e monta-cargas 8428.10.00
V Outros aparelhos elevadores ou transportadores, de ação 8428.3
contínua, para mercadorias
VI "Bulldozers", "angledozer", niveladores, raspo-transportadores 8429
("scrapers"), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás
carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros
compressores, autopropulsados
VII Bate-estacas e arranca-estacas 843010.00
VIII Cortadores de carvão ou de rochas e máquinas para perfuração 8430.3
de túneis e galerias
IX Outras máquinas de sondagem ou perfuração 8430.4
X Outras máquinas e aparelhos, autopropulsados 8430.50.00
XI Outras maquinas e aparelhos, exceto autopropulsados 8430.6
XII Sistema para limpeza e refrigeração de fresadoras 8431.49.29
XIII Máquinas e aparelhos para selecionar, peneirar separar ou 8474.10.00
lavar
XIV Outras máquinas e aparelhos para esmagar, moer ou 8474.20.90
pulverizar
XV Máquinas para misturar matérias minerais com betume 8474.32.00
XVI Outras máquinas e aparelhos para misturar ou amassar 8474.39.00
cimento

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XVII Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou 8479.10
trabalhos semelhantes, com função própria

IV – 20 %: energia elétrica destinada à iluminação pública.

X - 18% (dezoito por cento) no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro


de 2020, 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) no período de 1º de
janeiro a 31 de dezembro de 2021 e 17% (dezessete por cento) a partir de 1º
de janeiro de 2022, quando se tratar das demais mercadorias. Lei 15.576/20

Quando nos referimos à “alíquota básica” do ICMS, estamos falando da


alíquota da maioria das mercadorias.

No estado do RS por exemplo, a alíquota básica é de 17,5%. Então,


o RICMS traz relação de mercadorias cuja alíquota é 12% (Apêndice I,
Seção I do RICMS/RS), outra relação cuja alíquota é 25% (Apêndice I,
Seção I do RICMS/RS).

Outras mercadorias com alíquotas distintas, como energia


elétrica destinada à iluminação pública, cuja alíquota é de 20%, serão
definidas expressamente no RICMS/RS.

Todas as demais mercadorias, que não constam em tabelas ou


relações, serão tributadas à alíquota de 17%.

2. Prestações Internas de Serviços

As alíquotas do imposto nas prestações de serviço internas são, Livro I, art.


28 do RICMS:

I - 30% (trinta por cento) no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de


2021 e 25% (vinte e cinco por cento) a partir de 1º de janeiro de 2022, nos
serviços de comunicação; Lei 15.576/20

20
II - 12% (doze por cento), nos serviços de transporte;

III - 18% (dezoito por cento) no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro


de 2020, 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) no período de 1º de
janeiro a 31 de dezembro de 2021 e 17% (dezessete por cento) a partir de 1º de
janeiro de 2022, nas demais prestações de serviços. Lei 15.576/20

3. Operações e Prestações de Serviços Interestaduais

Na forma do Livro I, art. 26 do RICMS, as alíquotas do imposto nas


operações com mercadorias e nas prestações de serviços, interestaduais, são:

I - 12%: quando o destinatário estiver localizado nos Estados de MG, PR, RJ, SC e
SP;

II - 7%: quando o destinatário estiver localizado nas demais Regiões do País


(Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no Estado do ES);

III - 4% (quatro por cento), nas operações com bens e mercadorias importados do
exterior que, após seu desembaraço aduaneiro (Convênio 38/13):

Fisconet 01 - A alíquota prevista neste inciso não se aplica:


a) aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar
nacional, a serem definidos em lista a ser editada pelo Conselho de
Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex);
b) aos bens e mercadorias produzidos em conformidade com os processos
produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei Federal n° 288, de 28 de
fevereiro de 1967, e as leis Federais n°s 8.248, de 23 de outubro de
1991,8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176 de 11 de janeiro de 2001,
e 11.484, de 31 de maio de 2007;
c) às operações que destinem gás natural importado do exterior e outras
unidades da Federação.

21
Fisconet 02 - O contribuinte deverá observar o disposto em instruções
baixadas pela Receita Estadual.

a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização;


b) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento,
montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou
recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de
Importação superior a 40% (quarenta por cento).

Fisconet 01 - O Conteúdo de Importação a que se refere esta alínea é o


percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela
importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da
mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização.
Fisconet 02 - O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre
que, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação
interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização.
Fisconet 03 - Para fins da nota 01, considera-se valor da parcela
importada do exterior, quando os bens ou mercadorias forem:
a) importados diretamente pelo industrializador, o valor aduaneiro, assim
entendido como a soma do valor "free on board" - FOB do bem ou
mercadoria importada e os valores do frete e seguro internacional:
b) adquiridos no mercado nacional:
1 - não submetidos à industrialização no território nacional, o valor do bem
ou mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente,
excluídos os valores do ICMS e do IPI;
2 - submetidos à industrialização no território nacional, com Conteúdo de
importação superior a 40% (quarenta por cento), o valor do bem ou
mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente,
excluídos os valores do ICMS e do IPI, observando-se o disposto na nota 05.
Fisconet 04 - Para fins da nota 01, considera-se valor total da operação
de saída interestadual, o valor do bem ou mercadoria, na operação própria
do remetente, excluídos os valores do ICMS e do IPI.

22
Fisconet 05 - Exclusivamente para fins do cálculo de que tratam as notas
01 a 04, o adquirente, no mercado nacional, de bem ou mercadoria com
Conteúdo de Importação, deverá considerar:
a) como nacional, quando o Conteúdo de Importação for de até 40%
(quarenta por cento);
b) como 50% (cinquenta por cento) nacional e 50% (cinquenta por cento)
importada, quando o Conteúdo de Importação for superior a 40%
(quarenta por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento);
c) como importada, quando o Conteúdo de Importação for superior a 70%
(setenta por cento).
Fisconet 06 - O valor dos bens e mercadorias referidos na nota 01 do
"caput" deste inciso não será considerado no cálculo do valor da parcela
importada.

O disposto nos incisos deste item não se aplica à prestação de serviço de


transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal, hipótese em que
a alíquota aplicável é de 4%.

3. Outras Hipóteses de Aplicação das Alíquotas Internas

Determina o Livro I, Art. 29 do RICMS, que aplicam-se as alíquotas


internas referidas nos itens 1 e 2 nas seguintes hipóteses:

I - quando o remetente ou o prestador e o destinatário da mercadoria ou do serviço


estiverem situados neste Estado;
II - importação de mercadoria do exterior;
III - prestação de serviço de comunicação, iniciada no exterior;
IV - aquisição, em licitação pública, de mercadoria importada do exterior
apreendida ou abandonada;
VII - nas operações ou prestações decorrentes da presunção prevista no art. 3º-A.

23
Quando exigido registro de passagem em Posto Fiscal deste Estado, na falta
de comprovação, pelo transportador, da efetiva saída para outra unidade da
Federação, o destino final da mercadoria será considerado interno.

MÓDULO VIII

I. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA – USO E CONSUMO E ATIVO


IMOBILIZADO

O diferencial de alíquota foi introduzido pela Constituição Federal de 1988


em seu artigo 155, §2º, VIII.

Somente aplicável ao ICMS, o diferencial de alíquota determina que o


Estado do destinatário da mercadoria ou do serviço de transporte intermunicipal e
interestadual e de comunicação tem direito ao ICMS correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual.

Determina a IN DRP 45/98, Título I, Capítulo V, Seção 2.0, Subseção 2.1 que
considera-se destinada ao uso ou consumo do estabelecimento a mercadoria,
exceto a classificada como ativo permanente, usada ou consumida pelo
estabelecimento, tal como bateria e pneu para veículo; material de escritório (lápis,
borracha, papel, etc.); material ou utensílio de limpeza, inclusive de máquinas
empregadas no processo industrial (vassoura, escova, alvejante, estopa, etc.).

1. Incidência e Fato Gerador

A legislação pertinente ao Diferencial de alíquotas no Rio Grande do Sul


encontra-se no Livro I, Artigos 4º, Inciso IX do RICMS/RS:

“Art. 4º - Nas operações com mercadorias ou bens considera-se ocorrido o


fato gerador do imposto no momento:

24
IX - da entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de
outra unidade da Federação e que não esteja vinculada a operação ou prestação
subsequente”.
2. Cálculo do ICMS na Entrada no estabelecimento de contribuinte de
mercadoria oriunda de outra unidade da federação e que não esteja
vinculada à operação ou prestação subsequente (RICMS, Livro I, art.
16, I, "f", nota 01)

O ICMS devido a este Estado na entrada no estabelecimento de contribuinte


de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação e que não esteja vinculada à
operação ou prestação subsequente, ou seja, ativo permanente ou ao uso ou
consumo do adquirente, será calculado conforme a seguinte fórmula:

onde:

a) Valor da operação é o valor da operação na Unidade da Federação de origem,


incluído o montante do próprio imposto correspondente à operação interestadual e
os demais valores, conforme disposto no RICMS, Livro I, art. 18;

b) ICMS origem é o valor do imposto correspondente à operação interestadual,


destacado no documento fiscal de aquisição;

c) Alíquota interna é a alíquota interna estabelecida neste Estado para a operação


com a mercadoria;

d) Alíquota interestadual é a alíquota estabelecida pelo Senado Federal para a


operação.

25
EXEMPLO:

Uma empresa adquire mercadorias para seu uso ou consumo de SP.


Valor da operação: R$ 2.000,00
Alíquota interestadual: 12%
ICMS origem: R$ 240,00
Alíquota interna para essa mercadoria no RS: 17%

ICMS devido = [2.000,00 - 240,00 x 0,17] - 2.000,00 x 0,12


1 - 0,17

1.760,00
[ ________ X 0,17 ] – 240,00

0,83

[2,120,48 X 0,17] – 240,00

360,48 – 240,00

ICMS devido = R$ 120,48

Na hipótese de estabelecimento remetente optante pelo Simples Nacional,


para fins de determinação do ICMS devido a este Estado, o valor do "ICMS origem"
a ser deduzido será calculado na forma como ocorreria a tributação do ICMS se o
remetente não fosse optante pelo Simples Nacional.

2.1 Recolhimento pela empresa da Categoria Geral

O valor relativo ao diferencial de alíquota deverá ser lançado em “Outros


Débitos” diretamente no Livro Registro de Apuração.

26
O lançamento na GIA mensal do diferencial deverá ser no campo "OUTROS
DÉBITOS", conforme o Título I, Capítulo XIII, Seção 3.2, Alínea “n” da IN DRP
45/98.

O prazo de recolhimento será o mesmo e na mesma guia referente ao ICMS


Próprio, conforme o Apêndice III, Seção I do RICMS/RS.

2.2 Recolhimento pela empresa do Simples Nacional


Neste caso a empresa optante pelo Simples Nacional deverá lançar na
DeSTDA e recolher este diferencial de alíquota em uma Guia de Arrecadação (GA)
até o dia 23 do segundo mês subsequente através de uma GA no código
“379”.
3. Isenção do diferencial

Nos termos do Livro I, Artigo 9º, § único do RICMS/RS, quando adquirido


por empresas da categoria geral também está isenta do pagamento do diferencial
de alíquota a entrada das mercadorias relacionadas nos Apêndices X ou XI,
relativamente ao diferencial de alíquota a que se refere o art. 4º, IX, desde que:

a) na operação destinada a este Estado, as mercadorias tenham sido beneficiadas,


na unidade da Federação de origem, com redução da base de cálculo do imposto
nos mesmos percentuais referidos no art. 23, XIII ou XIV;

b) as mercadorias sejam destinadas ao ativo permanente do estabelecimento


adquirente.

4. Crédito do diferencial

Conforme o Livro I, Artigo 31, Inciso I, Alínea “b” do RICMS/RS, apenas


será admitido o crédito de ICMS na entrada de mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento a partir de 1º de janeiro de 2020.

27
Por outro lado, nos termos do Livro I, Artigo 31, Inciso I, Alínea “a” do
RICMS/RS, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto na
entrada de mercadorias, real ou simbólica, inclusive destinadas ao ativo
permanente do estabelecimento.

O crédito será apropriado em 48 parcelas, integra esse crédito o ICMS


referente à nota fiscal, ao transporte e ao diferencial de alíquota quando houver, o
aproveitamento do crédito será proporcional as suas saídas tributadas
mensalmente.

II. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA – DESTINATÁRIO NÃO


CONTRIBUINTE – Lei Complementar 190/22

1. Breve relato do cenário atual:

Em 2021, o STF julgou inconstitucional a cobrança do ICMS do DIFAL, pelo fato de


não haver lei complementar que justificasse essa cobrança, que os Estados
acreditavam ser suprida pelo Convênio ICMS 93/2015, julgado inconstitucional
pelo STF.
No entanto, na modulação dos efeitos, ficou definido que a inconstitucionalidade
da cobrança teria efeito a partir de 2022, caso não houvesse publicação da lei
complementar em 2021 para as empresas do lucro presumido e real, nos casos das
empresas do simples nacional, confirmou-se o entendimento que não deve haver a
cobrança do DIFAL.
Com base na decisão, os Estados através do projeto lei 32/2021, lutaram para
aprovação ocorrer em 2021, que tramitou e foi aprovada na câmara dos deputados
e no Senado, faltando a sanção ou veto presidencial, que teria o prazo de
20/12/2021 a 07/01/2022.

28
A grande questão é, o projeto lei somente foi sancionado pelo presidente da
república em 04/01/2022, através da LEI COMPLEMENTAR Nº 190.
Sendo assim, mesmo como a regulamentação da lei, a cobrança somente poderá ser
realizada a partir de 2023, por conta do princípio constitucional da anterioridade
anual (art. 150, inciso III, alínea b), porém, não é o que os Estados entendem,
acreditam não ter que respeitar o princípio da anterioridade por não ter havido um
aumento de imposto, e sim, apenas uma regulamentação, que é contraditório, uma
vez, que o STF julgou inconstitucional, o imposto que era aplicado não existia, e
nesse caso, sim, houve um novo imposto a partir da criação da lei.
O fato, é que os Estados após 90 dias (princípio da noventena) irão realizar as
cobranças e os contribuintes devem ficar atentos para não recolher impostos
indevidos.
Mas e agora, devo ou não recolher o DIFAL?
Em regra geral, não, no entanto, as empresas que não querem ter discussões com
os Estados, podem ingressar com medida judicial para não terem questionamentos
futuros.
Deve ser analisado cada perfil de empresa, aquelas que são mais arrojadas, podem
deixar de recolher o DIFAL e caso haja a cobrança discutir judicialmente, ou
aquelas empresas mais conservadoras, que ingressam com medida judicial antes
para garantir o direito.
Portal do DIFAL:
Conforme o disposto no Convênio ICMS nº 235, de 27 de dezembro de
2021, fica instituído o Portal Nacional da diferença entre as alíquotas interna da
unidade federada de destino e interestadual nas operações e prestações destinadas
a consumidor final não contribuinte do Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - localizado em outra
unidade federada.
Entrou em operação em (31/12) o Portal Nacional da Difal, que cumpre previsão
da Lei Complementar nº 87/96, que dispõe sobre o Imposto sobre Circulação de

29
Mercadorias e Serviços (ICMS), segundo inovação derivada de alteração legislativa
de dezembro de 2021 (PLP nº 32/21).
A lei passou a prever que cabe aos estados e ao Distrito Federal a divulgação, em
portal próprio, das informações necessárias para o cumprimento das obrigações
tributárias, principais e acessórias, nas operações e prestações interestaduais
relacionadas à diferença entre a alíquota interna da Unidade Federada de destino e
a interestadual (Difal) para consumidor final, não contribuinte do ICMS.
O portal permite o direcionamento para a emissão das guias de recolhimento para
cada Unidade Federada. Além disso, reúne as legislações aplicáveis e respectivas
alíquotas, os benefícios fiscais de cada ente federado que influenciam no cálculo da
Difal, além das indicações de obrigações acessórias, dentre outras.
A instituição do portal foi publicada no Diário Oficial da União em 29 de dezembro,
após a edição do Convênio ICMS nº 235/2021.
O portal, que pode ser acessado também por meio do site do Confaz, fornece um
ambiente novo que facilita o cumprimento de obrigações acessórias por parte dos
contribuintes.

2. Lei Complementar 87/96:

Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de
circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior.
§ 2º É ainda contribuinte do imposto nas operações ou prestações que destinem
mercadorias, bens e serviços a consumidor final domiciliado ou estabelecido em
outro Estado, em relação à diferença entre a alíquota interna do Estado de destino
e a alíquota interestadual:

II - o remetente da mercadoria ou bem ou o prestador de serviço, na hipótese de o


destinatário não ser contribuinte do imposto.

30
Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto
e definição do estabelecimento responsável, é:

V - tratando-se de operações ou prestações interestaduais destinadas a


consumidor final, em relação à diferença entre a alíquota interna do Estado de
destino e a alíquota interestadual

b) o do estabelecimento do remetente ou onde tiver início a prestação, quando


o destinatário ou tomador não for contribuinte do imposto.

§ 7º Na hipótese da alínea “b” do inciso V do caput deste artigo, quando o destino


final da mercadoria, bem ou serviço ocorrer em Estado diferente daquele em que
estiver domiciliado ou estabelecido o adquirente ou o tomador, o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será devido ao
Estado no qual efetivamente ocorrer a entrada física da mercadoria ou bem ou o
fim da prestação do serviço.

§ 8º Na hipótese de serviço de transporte interestadual de passageiros cujo


tomador não seja contribuinte do imposto:
I - o passageiro será considerado o consumidor final do serviço, e o fato gerador
considerar-se-á ocorrido no Estado referido nas alíneas “a” ou “b” do inciso II
do caput deste artigo, conforme o caso, não se aplicando o disposto no inciso V
do caput e no § 7º deste artigo;

Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

XIV - do início da prestação de serviço de transporte interestadual, nas prestações


não vinculadas a operação ou prestação subsequente, cujo tomador não seja
contribuinte do imposto domiciliado ou estabelecido no Estado de destino;

31
XVI - da saída, de estabelecimento de contribuinte, de bem ou mercadoria
destinados a consumidor final não contribuinte do imposto domiciliado ou
estabelecido em outro Estado.

Art. 13. A base de cálculo do imposto é:

IX - nas hipóteses dos incisos XIII e XV do caput do art. 12 desta Lei


Complementar:
a) o valor da operação ou prestação no Estado de origem, para o cálculo do
imposto devido a esse Estado;
b) o valor da operação ou prestação no Estado de destino, para o cálculo do
imposto devido a esse Estado;
X - nas hipóteses dos incisos XIV e XVI do caput do art. 12 desta Lei
Complementar, o valor da operação ou o preço do serviço, para o cálculo do
imposto devido ao Estado de origem e ao de destino.

§ 3º No caso da alínea “b” do inciso IX e do inciso X do caput deste artigo, o


imposto a pagar ao Estado de destino será o valor correspondente à diferença entre
a alíquota interna do Estado de destino e a interestadual.

§ 7º Utilizar-se-á, para os efeitos do inciso X docaputdeste artigo, a alíquota


prevista para a operação ou prestação interna no Estado de destino para
estabelecer a base de cálculo da operação ou prestação."

Art. 20-A. Nas hipóteses dos incisos XIV e XVI docaputdo art. 12 desta Lei
Complementar, o crédito relativo às operações e prestações anteriores deve ser
deduzido apenas do débito correspondente ao imposto devido à unidade federada
de origem

32
3.Fundos Estaduais

O adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS aplicável às


operações e prestações, nos termos previstos no art. 82, §1º, do ADCT da CF,
destinado ao financiamento dos fundos estaduais e distrital de combate à pobreza,
é considerado para o cálculo do imposto, conforme disposto na alínea “a” dos
incisos I e II, cujo recolhimento deve observar a legislação da respectiva unidade
federada de destino.

4. Recolhimento

O recolhimento do imposto a que se refere a alínea “c” dos incisos I e II da


cláusula segunda deve ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de
Tributos Estaduais – GNRE ou outro documento de arrecadação, de acordo com a
legislação da unidade federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do início
da prestação de serviço, em relação a cada operação ou prestação.

O documento de arrecadação deve mencionar o número do respectivo


documento fiscal e acompanhar o trânsito do bem ou a prestação do serviço.

Códigos da GNRE
 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Operação-Código
10010-2;
 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração- Código
10011-0;
 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação - Código 10012-
9;
 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração-Código 10013-7.
(AJUSTE SINIEF 11, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2015)

5. Inscrição no estado de destino

33
A critério da unidade federada de destino e conforme dispuser a sua
legislação tributária, pode ser exigida ou concedida ao contribuinte localizado na
unidade federada de origem inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. O
número de inscrição deve ser aposto em todos os documentos dirigidos à unidade
federada de destino, inclusive nos respectivos documentos de arrecadação,
conforme Parágrafo 2º, Artigo 1º do RICMS/RS.

O contribuinte inscrito nos termos desta cláusula deve recolher o


imposto previsto na alínea “c” dos incisos I e II da cláusula segunda até o
décimo quinto dia do mês subsequente à saída do bem ou ao início da
prestação de serviço.

A inadimplência do contribuinte inscrito em relação ao imposto a que se


refere a alínea “c” dos incisos I e II da cláusula segunda ou a irregularidade de sua
inscrição estadual ou distrital faculta à unidade federada de destino exigir que o
imposto seja recolhido na forma da cláusula quarta.

Fica dispensado de nova inscrição estadual ou distrital o contribuinte já


inscrito na condição de substituto tributário na unidade federada de destino.

6. Empresas optantes pelo Simples Nacional

Fica suspensa, em virtude da concessão pelo Supremo Tribunal


Federal, de medida cautelar "ad referendum" do Plenário na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n° 5.464, a aplicação do disposto neste inciso na hipótese de
remetente optante pelo Simples Nacional, conforme o Decreto N° 52.976, de 07 de
abril de 2016.

III. DIFERENÇA DE ALIQUOTA / ANTECIPAÇÃO DE IMPOSTO

34
Conforme já visto, o Livro I, art. 43 do RICMS, o imposto será pago
observado os prazos estabelecidos, ressalvadas as hipóteses em que o tributo
poderá ser exigido antecipadamente, total ou parcialmente. Para fins práticos, é
conveniente distinguir diferença de alíquota que alcança as entradas de outras
unidades da Federação de produtos para revenda e o diferencial de alíquota que é
exigido nas entradas de bens destinados ao ativo fixo ou ao consumo do
estabelecimento destinatário.

1. Entradas de Mercadorias

O §4º ao artigo 46 do RICMS/RS, exige o pagamento da diferença de


alíquota no recebimento de mercadorias de outra unidade da
Federação, que é a parte do imposto relativo à operação subsequente. Essa
obrigação não se aplica à entrada das mercadorias relacionadas no Apêndice II,
Seções II e III (mercadorias sujeitas a substituição tributária).

1.2 Cálculo do Imposto

O valor do imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota


interna e, se for o caso, do percentual de base de cálculo reduzida, sobre a base
de cálculo constante na NF, deduzindo-se, após, o valor do ICMS destacado
no referido documento relativo a essa mercadoria.

O disposto neste parágrafo não se aplica:


a) até 31 de março de 2021, a mercadorias recebidas para industrialização quando
a alíquota, na operação interestadual, for superior a 4% (quatro por cento);

b) a partir de 1º de abril de 2021, na hipótese em que a diferença entre a


alíquota interna e a interestadual, aplicáveis às respectivas operações, seja igual
ou inferior a 6% (seis por cento).

35
EXEMPLO 1:
Empresa comercial e industrial recebendo de outra unidade da federação
mercadoria. Essa operação interestadual ocorrerá com alíquota de 12%. Sendo a
mercadoria tributada a alíquota de 17% aqui no RS:
17% - 12% = 5%, então NÃO deve ser recolhida a antecipação, pois resulta em
diferença menor que 6%.

EXEMPLO 2:
Empresa comercial recebendo de outra unidade da federação mercadoria
importada. Essa operação interestadual ocorrerá com alíquota de 4%. Sendo a
mercadoria tributada a alíquota de 12% aqui no RS:
12% - 4% = 8%, então deve ser recolhida a antecipação

1.2.1 Cálculo por Empresas do Simples Nacional

Na hipótese de estabelecimento optante pelo Simples Nacional, para fins do


cálculo, o valor a ser deduzido será calculado na forma como ocorreria a tributação
do ICMS na operação interestadual se o contribuinte remetente não fosse optante
pelo Simples Nacional.

1.2.2 Microempreendedor Individual

O Microempreendedor Individual - MEI, que atenda ao disposto na


Resolução CGSN nº 58, de 27/04/09, do Comitê Gestor do Simples Nacional, na
vigência da opção pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos
Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional - SIMEI, fica dispensado da diferença
de alíquota.

1.3. Prazos para Recolhimento

36
O imposto relativo à operação subsequente é devido no momento da entrada
da mercadoria no território deste Estado, devendo ser pago:

a) até o dia fixado para o pagamento das operações do estabelecimento


onde ocorreu a entrada, quando se tratar de estabelecimento enquadrado na
categoria geral;
b) até o dia 23 do segundo mês subsequente, quando se tratar de
estabelecimento optante pelo Simples Nacional.

1.4 Emissão de Nota Fiscal

Por ocasião da entrada das mercadorias no estabelecimento, deverá ser


emitida NF, CFOP 5.949, com destaque do imposto, que poderá ser substituída por
uma única NF a ser emitida ao final do período de apuração, desde que seja
elaborada planilha contendo demonstrativo das aquisições realizadas no período
(RICMS, Livro II, art. 28, I, "g", notas 01 e 02).

A NF será registrada no livro Registro de Saídas, conforme segue:

a) nas colunas sob o título "DOCUMENTO FISCAL": com os dados extraídos da


NF;
b) na coluna "VALOR CONTÁBIL: nada será preenchido;
c) na coluna "CODIFICAÇÃO FISCAL": com a indicação do CFOP 5.949;
d) na coluna sob o título "ICMS - VALORES FISCAIS": nada será preenchido;
e) na coluna "OBSERVAÇÕES": a indicação "Livro II, art. 25, X", e o valor do
débito fiscal destacado no documento.

Esse débito deverá ser lançado diretamente no Livro Registro de Apuração e


GIA em “Outros Débitos”.

SPED FISCAL - NOTA FISCAL DE DÉBITO

37
A nota fiscal de débito da diferença de alíquota de mercadorias adquiridas
para comercialização deverá ser lançada no registro C100 (sem valores, no registro
C190 (sem valores), no registro C195 (criar um código de observação informando a
base legal Livro I, Artigo 46, §4º do RICMS/RS) e no registro C197 informar o
código da Tabele 5.3 – “RS40000313” (referente a base legal da diferença de
alíquota” e informar nesse registro apenas o valor do ICMS (débito).

Logo após, deverá ser lançado no registro E110 o campo 03 (Valor total dos
ajustes a débito decorrente do documento fiscal) informar o valor do débito.

1.5 Guia para Recolhimento

A diferença de alíquota deverá ser recolhida em Guia de Arrecadação - GA


específica nos seguintes códigos: 379 - ICMS - PAGAMENTO ANTECIPADO NAS
ENTRADAS DE MERCADORIAS ORIUNDAS DE OUTRAS UNIDADES DA
FEDERAÇÃO, EFETUADO POR EMPRESA NO REGIME DE TRIBUTAÇÃO
SIMPLES NACIONAL".

Já as empresas da categoria geral poderão recolher em Guia de Arrecadação


- GA, juntamente com o recolhimento mensal, no código 221 ou 222.

2. Aproveitamento do Crédito

Nos termos do Livro I, art. 31, II, “a”, 3 do RICMS, é assegurado o direito de
crédito do imposto, quando de direito, comprovadamente pago, desde que emitida
a correspondente Nota Fiscal conforme previsto na Livro II, art. 26, II do RICMS.

38
A Nota Fiscal para adjudicação do crédito fiscal, no período de apuração
seguinte ao do débito registrado na forma do item 2.4, deverá ser emitida NF com
destaque do imposto a ser creditado (RICMS, Livro II, art. 26, II).

A NF será registrada no livro Registro de Entradas, conforme segue:

a) na coluna sob o título "DATA DE ENTRADA": a data de emissão da NF;


b) nas colunas sob o título "DOCUMENTO FISCAL": com os dados extraídos da
NF;
c) nas colunas sob o título "PROCEDÊNCIA" e "VALOR CONTÁBIL": nada será
preenchido;
d) na coluna "CODIFICAÇÃO FISCAL": com a indicação do CFOP 1.949;
e) na coluna sob o título "ICMS - VALORES FISCAIS": nada será preenchido;
f) na coluna "OBSERVAÇÕES": "Livro II, art. 26, II", e o valor do crédito fiscal
destacado no documento.
Já, no Livro Registro de Apuração e na GIA o crédito deverá ser lançado em
“Outros Créditos”.

SPED FISCAL - NOTA FISCAL DE CRÉDITO NO MÊS SUBSEQUENTE

A nota fiscal de crédito da diferença de alíquota de mercadorias adquiridas


para comercialização deverá ser lançada no registro C100 (sem valores, no registro
C190 (sem valores), no registro C195 (criar um código de observação informando a
base legal RICMS, Livro I, art. 31, II, "c", 2) e no registro C197 informar o código da
Tabele 5.3 – “RS10000106” (referente à base legal do crédito da diferença de
alíquota” e informar nesse registro apenas o valor do ICMS (crédito).

Logo após deverá ser lançado no registro E110 o campo 03 (Valor total dos
ajustes a crédito decorrente do documento fiscal) informar o valor do crédito.

3. Regime Especial

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O chefe da CAC em Porto Alegre, ou o Delegado da Fazenda Estadual no
interior, conforme a localização do contribuinte, a requerimento deste, poderá
dispensar o requerente de pagar o imposto na entrada do território deste Estado de
mercadorias recebidas de outra unidade da Federação.

O sistema especial de pagamento deverá ser requerido por meio da Internet,


no "site" da Secretaria da Fazenda http://www.sefaz.rs.gov.br, pelo próprio
contribuinte ou, desde que previamente autorizado por esse, pelo responsável pela
sua escrita fiscal, conforme previsão do Título I, Capítulo VI, Seção 5.0 da
Instrução Normativa DRP 45/98.

A concessão de sistema especial de pagamento do imposto decorrente de


decisão judicial não poderá ser solicitada pela Internet, devendo, obrigatoriamente,
ser solicitada na CAC, se o estabelecimento estiver localizado em Porto Alegre, ou
na repartição fazendária à qual se vincula o estabelecimento, se estiver localizado
no interior do Estado.

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