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COVID-19 e Mudança de

Paradigma na Patologia
Pediátrica
Diogo Reis, 2016246
João Gonzalez, 2016279
Pedro Almeida, 2016367
5º Ano, Turma 6
Regente: Prof. Dra. Catarina Limbert
Orientadora: Dra. Sara Ferreira
Introdução
● O aparecimento da COVID-19 obrigou à implementação de determinadas
medidas: distanciamento social, encerramento das escolas, desinfeção das
mãos e utilização de máscara;

● Habitualmente a população pediátrica afetada por COVID-19 desenvolve


quadros clínicos de menor gravidade, com melhor prognóstico associado;

● A Pandemia levou mesmo a uma diminuição marcada da afluência de


crianças/adolescentes ao Serviço de Urgência (SU)?

● Será que as medidas de distanciamento social e higienização tiveram uma


influência significativa na patologia infanto-juvenil?
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Métodos e Materiais

Comparação Retrospectiva:
Pré vs. Pós COVID-19:
- Janeiro-Março de 2020 (pré-confinamento) vs. Março-Maio de 2020 (pós-confinamento);
- Março-Maio de 2019 (pré-pandemia) vs. Março-Maio de 2020 (pandemia).

População de Estudo:
Doentes de idade < 16 anos que recorreram ao SU, em qualquer dia da semana, e necessitaram de
uma avaliação pediátrica.

Critérios de Exclusão:
Internamentos eletivos para realização de MCDTs e/ou Procedimentos invasivos/cirúrgicos.
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Resultados Afluência pediátrica ao SU

↓ Idas de ao
SU pediátrico
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Resultados Motivos de ida ao SU

5 Principais:
1. Trauma CE Minor
2. Otalgia
3. Choro (Lactentes)
4. Vómitos / Diarreia
5. Eritema cutâneo
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Resultados Diagnósticos

Principais:
- 2 Grupos;
- 10 Categorias.
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Resultados Outcomes
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Discussão
Impacto significativo da Pandemia COVID-19 na Patologia de Urgência Pediátrica
Mudança do paradigma após o início do confinamento

Afluência ao SU: Diagnósticos: Outcomes:


↓ Idas pediátricas ao ↓ Entidades clínicas Infeciosas; ↓ % Altas;
SU; ↑ % Entidades clínicas Não infecciosas. ↑ % Internamentos (>72h).

Limitações

Vantagens: Desvantagens:
População de estudo não representa a totalidade dos
Estudo + longo (deste género).
doentes pediátricos que recorreram à urgência.
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Métodos
Foram analisados os registos médicos das hospitalizações em serviços de Pediatria Médica de
um Hospital pediátrico de Massachusetts:

5 semanas entre Março e Abril 2020 vs. 5 semanas entre Março e Abril 2016-2019

Foram estudadas:

3 patologias respiratórias: 3 patologias não respiratórias:


● Asma ● Celulite
● Bronquiolite ● Doença do Refluxo Gastroesofágico
● Pneumonia ● Infeção do Trato Urinário
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Resultados
Em relação ao número de hospitalizações:

5 semanas entre Março e Abril 2020 vs. 5 semanas entre Março e Abril 2016-2019

- Total de 339 hospitalizações; - Média de 823 hospitalizações/ano;


- Média de 64 hospitalizações/semana. - Média de 166 hospitalizações/semana.

Não se registaram diferenças entre sexo, idade ou duração do internamento


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Resultados
Em relação ao tipo de patologias:

5 semanas entre Março e Abril 2020 vs. 5 semanas entre Março e Abril 2016-2019

Houve um registo de menos hospitalizações em relação a 3 patologias em estudo:


● Asma: 3 vs. 8.5
● Bronquiolite: 1 vs 7
● Pneumonia: 2 vs 6.5

Não se encontrou diferença na hospitalização média por semana quanto às 3 restantes


patologias em estudo (Celulite, DRGE e ITU).
2
Resultados
2
Discussão
Registou-se uma diminuição significativa do número de hospitalizações durante
a “época COVID-19”.
Registou-se uma diminuição significativa do número de hospitalizações por
bronquiolite e asma; uma diminuição menos significativa por pneumonia -
patologias respiratórias.

Não se registaram alterações das hospitalizações das patologias não


respiratórias em estudo.

Limitações
● Resultados podem não ser extrapoláveis para outras regiões geográficas;
● Amostra reduzida.
3 Conclusão
● Redução marcada das idas ao SU pediátrico;

● As medidas de distanciamento social, desinfeção das mãos e utilização de


máscaras condicionaram uma diminuição significativa na patologia
respiratória infantil, nomeadamente infeções respiratórias;

● Dados disponíveis de outros estudos nacionais e internacionais, juntamente


com os destes estudos, sugerem que esta mudança de paradigma clínico
pediátrico se estende a outras regiões demográficas, grupos etários e
entidades patológicas.
A picture is worth a
thousand words
COVID-19 e Mudança de
Paradigma na Patologia
Pediátrica
Diogo Reis, 2016246
João Gonzalez, 2016279
Pedro Almeida, 2016367
5º Ano, Turma 6
Regente: Prof. Dra. Catarina Limbert
Orientadora: Dra. Sara Ferreira
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Resultados

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