O documento discute como o termo "VITRIOL" influencia o maçom a se tornar um agente transformador da sociedade através do autoconhecimento e da comunicação não-violenta, permitindo influenciar positivamente a sociedade sem imposição ou violência. A comunicação adequada é a pedra angular para aprimorar a sociedade de forma justa, igualitária e fraterna.
Descrição original:
Trabalho apresentado no ERAC 2022, como formação intelectual
O documento discute como o termo "VITRIOL" influencia o maçom a se tornar um agente transformador da sociedade através do autoconhecimento e da comunicação não-violenta, permitindo influenciar positivamente a sociedade sem imposição ou violência. A comunicação adequada é a pedra angular para aprimorar a sociedade de forma justa, igualitária e fraterna.
O documento discute como o termo "VITRIOL" influencia o maçom a se tornar um agente transformador da sociedade através do autoconhecimento e da comunicação não-violenta, permitindo influenciar positivamente a sociedade sem imposição ou violência. A comunicação adequada é a pedra angular para aprimorar a sociedade de forma justa, igualitária e fraterna.
“VITRIOL” E O MAÇOM COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE
OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo expor a influência do “VITRIOL” no pensamento, comportamento e atitude do maçom ao ponto de habilita-lo a ser agente transformador da sociedade, por meio da aquisição de sabedoria e do autoconhecimento. “VITRIOL” E O MAÇOM COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE
O “VITRIOL”, do latim "Visita Interiora Terrae, Rectificando, Invenies Occultum
Lapidem", é um termo surgido no século XV, atribuído ao monge alquímico Basile Valentin, e que posteriormente fora incorporado pela ordem Rosae Crucis e pela Maçonaria (dentro do REAA). Do ponto de vista filosófico, o termo significa: Visita o Teu Interior, Purificando-te, Encontrarás o Teu Eu Oculto, ou, "a essência da tua alma humana" que, ao meu ver, traduz grandiosamente o caminho a ser percorrido pelo aprendiz para desbastar a pedra bruta. Para entendermos o real poder do VITRIOL precisamos estudar o funcionamento da comunicação humana e sua evolução. Historicamente a violência e a repressão sempre foram as ferramentas utilizadas para impor o controle social. Sem perceber, desde cedo aprendemos a nos comunicar violentamente uns com os outros, utilizando da imposição de nossas vontades e menosprezando as necessidades dos outros. De forma geral, este modelo de comunicação humana nada contribui para a real evolução social pois, é interpretado por indivíduos como repressão e cessação de direitos individuais e, consequentemente, gera uma reação (muitas vezes violenta) de autoproteção e negação daquilo que está sendo exposto. Tal ruído de comunicação, dificulta nosso poder de influência e nos impede de difundir na sociedade as virtudes defendidas por nossa grande ordem. Pensando de forma mais ampla, a assertividade na influência social é ferramenta essencial durante o trabalho de aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade e somente obtemos êxito a tal feito quando abandonamos as caraterísticas brutas animalescas de relacionamento para com os outros e passamos a utilizar a razão como nosso guia. Quando acessamos nossa essência humana, nos despimos de todo o preconceito e passamos a entender com altruísmo e empatia as necessidades fundamentais de cada indivíduo, facilitando o direcionamento correto das palavras de forma que conquistamos indivíduos e suavemente conseguimos mudar as ações da sociedade, sem que gere qualquer imposição. Pelo exposto, creio que a comunicação adequada seja a pedra angular de nossas obras de aprimoramento da sociedade. O resultado do uso desta poderosa ferramenta dependerá, contudo, do que cada um guarda em sua essência pois, como seres humanos imperfeitos, lidamos sempre com a dicotomia entre o bem e o mal existente em nosso interior e somente conseguimos difundir verdadeiramente aquilo que somos e cultuamos em nosso dia-a-dia. Aqui vale refletir mais uma vez sobre a jornada do aprendiz dentro da maçonaria. Entramos como pedras brutas, cheios de vícios e virtudes. Nem sempre percebemos a real intenção que nos motiva a fazer parte desta grande ordem e entendemos ainda muito pouco a real razão de existir da maçonaria. Durante o ritual de iniciação nos deparamos, entre diversos símbolos, com o termo “VITRIOL” e com o galo do despertar, seguido das palavras: Vigilância e Perseverança. Prontamente, ainda como profanos, podemos entender que seguindo pelo caminho da maçonaria iremos despertar para a luz e que precisaremos vigiar e perseverar durante o processo de aprendizado. De fato, conforme vamos adquirindo ciência da arte maçônica percebemos aos poucos o forte significado deste conjunto de símbolos. Vamos aprendendo que constantemente precisamos nos vigiar para impor masmorras aos vícios e exaltar nossas virtudes e que para obter êxito em tal jornada é fundamental que venhamos a nos conhecer profundamente, a ponto de identificar nossas falhas e virtudes morais. Observo que o profundo autoconhecimento é a maior ferramenta do aprendiz durante o processo de lapidação intelectual. O propósito torna-se reluzente quando entendemos que nossas evoluções moral e intelectual são cruciais para que consigamos cumprir com nosso dever de promover um mundo mais justo, onde reine a liberdade, igualdade e a fraternidade. A evolução do mundo dependerá de nossas vocações ou virtudes. Precisamos buscar sabedoria sempre, atuando de forma honesta e ética, sempre tendo humildade e dirigindo nossas ações com prudência, piedade e justiça. Além disso, importante nunca negligenciarmos o alívio aos pobres e empregarmos bem nosso tempo, sem darmos espaço a ociosidade intelectual, pois esta nos faz cair nas armadilhas dos vícios, luxúria, avareza, mentira, fraude e impostura. Por fim, acredito que por meio do autoconhecimento, ao qual o “VITRIOL” faz alusão, adquirimos a capacidade de dominar nossa matéria por meio da razão. Assim, somos capazes de conter as imperfeições de nosso corpo material (vícios) de forma que os labirintos deste mundo estarão longe da jornada de nossa vida. Aflorando nossa razão, passamos a ler melhor os movimentos naturais e a entenderas necessidades íntimas de cada ser humano, de modo que começamos a ser mais assertivos na escolha dos melhores meios para influenciar a sociedade. Quando influenciamos, sem o uso da violência ou da promoção pessoal, somos capazes de originar uma sociedade mais justa e perfeita, que carregue o esplendor daquilo que cultuamos e consideramos essencial, como: a moral, a evolução intelectual, a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Para termos sucesso em nossa missão, é fundamental forte dedicação ao nosso próprio enriquecimento intelectual. Com sabedoria e evolução moral, somos capazes de entender que a verdadeira riqueza está além do que este mundo pode nos dar e que, com pequenos gestos, somos capazes de influenciar positivamente toda uma sociedade como, por exemplo, quando ajudamos um irmão ou um pobre necessitado. REFERÊNCIAS
OS SIMBOLOS SAL ENXOFRE E MERCURIO DA CÂMARA DE REFLEXOES E A
SUA GENESE E INTERPRETAÇÃO NO REAA. bibliot3ca, 2022. Disponível em: <https://bibliot3ca.com/os-simbolos-sal-enxofre-e-mercurio-da-camara-de-reflexoes-e-a-sua- genese-e-interpretacao-no-reaa/>. Acesso em: 12/10/2022.
VALENTIM, Basílio. L'Azoth, ou le moyen de faire l'or caché des Philosophes. André Cailleau, Paris B. des Ph. Ch. Tome III. 1741.
ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta : técnicas para aprimorar
relacionamentos pessoais e profissionais; [tradução Mário Vilela]. – São Paulo: Ágora, 2006. Título original: Nonviolent communication: a language of life.