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NR33 – Espaço Confinado –

TRABALHADOR AUTORIZADO NR33

TREINAMENTO E MANUAL DE PROCEDIMENTOS


ESPAÇO CONFINADO – TRABALHADOR AUTORIZADO
(Alterado pela Portaria MTE n.º 1.409, de 29 de agosto de 2012).

DEFINIÇÕES, RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO.


ÁREAS CLASSIFICADAS

1. Introdução

Esta apostila constitui-se em uma referência para que o aluno acompanhe as aulas do curso
Espaço Confinado.
Este curso tem como objetivo preparar profissionais para trabalhos em Espaços Confinados
seguindo os procedimentos conforme as normas técnicas.

Definições, reconhecimento, avaliação e controle de riscos;


Funcionamento de equipamentos utilizados;
Procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho;
Identificação dos espaços confinados;
Critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos;
Conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados;
Legislação de segurança e saúde no trabalho;
Área classificada.

2. Definições de espaços confinados

Definição segundo a ABNT 14787 e NR 33 Qualquer área não projetada para a ocupação
contínua, a qual tem meios limitados de entrada e saída e na qual a ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio
possam existir ou se desenvolver.
Cada empresa deve mapear e classificar seus espaços confinados em função dos seus riscos e
características.

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2.1 Identificação de outros tipos de espaços confinados

As definições dadas anteriormente determinam a amplitude de lugares que podem ser


considerados locais confinados, de forma geral podemos distinguir dois tipos de espaço
confinado:

2.1.1- Espaços confinados abertos por sua parte superior e de uma profundidade que dificulta a
sua ventilação natural.

2.1.2 - Espaços confinados fechados com uma pequena abertura de entrada e saída.

Podemos então citar vários exemplos de espaços confinados:

Tanques de combustíveis
Silos de armazenagem
Fossas
Escavações ou trincheiras com + 1,25m
Tanques de asas de avião
Vasos de pressão
Chaminés
Câmaras frigoríficas
Caixas d’água
Caminhões tanques
Caldeiras
Dutos de ar condicionados
Caixas subterrâneas
Compartimento
Vagões tanques
Silos de cimento
Incineradores
Container
Túneis
Fornos
Reservatórios d’água
Redes de água e esgoto
Poço de visitas
Poço de Sucção
Minas
Tonéis

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2.2 Composição do ar atmosférico


Antes de tratarmos da composição do ar, é importante que falemos um pouco sobre respiração
humana. Respiração é a função mediante a qual as células vivas do corpo tomam oxigênio
(O2) do ar ambiente e elimina o dióxido de carbono (CO2).

Quando falamos em espaços confinados uma idéia nos vem a cabeça: RESPIRAÇÃO.

O sistema respiratório é composto por:


Nariz Traquéia
Faringe Pulmões
Esôfago Brônquios
Laringe

O ar atmosférico é composto por:

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Usualmente usamos essas porcentagens:


 Oxigênio (O2) => 20,93%
 Nitrogênio (N2) => 79,04%
 Dióxido de carbono (CO2) => 0,03%

Composição do ar inalado:
 Oxigênio (O2) => 20,93%
 Nitrogênio (N2) => 79,04%
 Dióxido de carbono (CO2) => 0,03%

Composição do ar exalado:
 Oxigênio (O2) => 16.96%
 Nitrogênio (N2) => 79,04%
 Dióxido de carbono (CO2) => 4,00%

Tabela: Consumo de ar em situações de trabalho.

2.3 Riscos dos Espaços Confinados

Existem diversos tipos de riscos que são encontrados no interior dos espaços confinados, tais
como:

- Riscos físicos
- Riscos Químicos ( atmosféricos por concentração de gases, pós e poeiras do ambiente do
espaço confinado)
- Riscos de energia

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2.3.1 Riscos Físicos


Riscos físicos são condições físicas que tem o potencial de causar estresses ou prejudicar o
corpo humano, mas não incluem riscos atmosféricos. Alguns riscos podem de alguma maneira
ser observados pela percepção do ser humano, são eles:

- Contusões e lesões por elementos salientes, dimensões reduzidas para o acesso de


entrada, obstáculos e interferências no interior, queda de diferentes níveis por
escorregões ou desequilíbrios, falha de escoramento ou proteções, fechamento
inesperado da tampa ou porta da Boca de visita ou entrada, iluminação inadequada;
- EPI inadequado ou defeituoso;
- Ergonômicos (postura inadequada ou incorreta);
-Ambiente físico agressivo (presença de animais peçonhentos e/ou agressivos,
considerável volume de água);
- Riscos externos (quedas de objetos no interior do espaço, trânsito de veículos, falta de
sinalização, perigo de enchentes...);
- Ruído acima dos padrões toleráveis;
- Calor ou frio extremo;
- Problemas de comunicação entre exterior e interior.

2.3.2 Riscos Químicos (atmosféricos)


Os riscos atmosféricos, neste caso, relacionados ao ar que respiramos podem incluir deficiência
ou enriquecimento de oxigênio, atmosferas inflamáveis, tóxicas ou venenosas.
Os riscos atmosféricos também incluem riscos químicos (gás natural, tintas, solventes) e
biológicos (mofo, fungos, urina de rato, restos de animais mortos, agulhas contaminadas).

Conforme a NBR 14787: 2001, a definição de atmosfera de Risco é a seguinte:


Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e expor
os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate,
lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

- Gás / vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu limite


inferior de Explosividade (LIE) (Lower Explosive Limit – LEL);

- Poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o limite


inferior de Explosividade (LIE) (Lower Explosive Limit – LEL);

2.3.2.1 Pós e Poeiras


Mistura de pó combustível com ar pode sofrer ignição dentro de suas faixas explosivas as quais
são definidas pelo limite inferior de Explosividade (LIE) e o limite superior de Explosividade
(LIE).
O LIE está geralmente situado entre 20 e 60 g/m³, (em condições ambientais de pressão e
temperatura) ao passo que o LSE situa-se entre 2 e 6 Kg/m³ (nas mesmas condições ambientais
de pressão e temperatura) se as concentrações de pó podem ser mantidas fora dos seus limites de
Explosividade, as explosões de pó serão evitadas”.
- As camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, não são diluídas por
ventilação ou difusão após o vazamento ter cessado;
- A ventilação pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira, resultando num
aumento da extensão;
- As camadas de poeira depositadas podem criar um risco cumulativo, enquanto gases
ou vapores não;
- Camadas de poeira pode ser objeto de turbulência inadvertida e se espalhar, pelo
movimento de veículos, pessoas, etc.

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Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume:


- Concentração atmosférica de qualquer substancia cujo limite de tolerância seja
publicado na NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego ou em recomendação mais
restritiva (ACGIH), e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse limite
de tolerância;
- Qualquer outra condição atmosférica imediatamente perigosa à vida ou à saúde –
IPVS.

2.3.2.2 Asfixia
É a dificuldade respiratória devido ao baixo conteúdo de oxigênio do ar ambiente ou obstáculo
mecânico à respiração. O ar contém aproximadamente 21% de Oxigênio, se esse percentual é
alterado os sintomas de asfixia são produzidos, e vão se agravando à medida que essa
porcentagem diminui ou aumenta.

Na tabela a seguir podemos conhecer as faixas de concentração de O2.

Atmosfera com deficiência de oxigênio


Respirar o oxigênio deficiente pode causar falta de coordenação, fadiga, erro de julgamento,
vômito, inconsciência e finalmente, a morte.

Atmosfera enriquecida de oxigênio


Quando o oxigênio excede 23% do volume (CLC) a atmosfera passa a ser conhecida como
oxigênio enriquecido. Materiais inflamáveis irão chegar ao ponto de ignição e queimarão muito
rápido em atmosferas de oxigênio enriquecido.

2.3.2.3 Intoxicação
A concentração de produtos tóxicos acima de limites de exposição pode produzir intoxicações
agudas ou doenças. As substâncias tóxicas em um ambiente confinado podem ser: gases
ou pó fino em suspensão no ar.

- Gás metano CH4

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O Gás metano é um asfixiante simples e explosivo dependendo da sua concentração no


ambiente e é tóxico devido à presença de odorante.

- Gás Sulfídrico H2S


É formado na ausência de oxigênio, mas pode acontecer onde ocorre acumulação de detritos
orgânicos, naturalmente no petróleo cru, em estações de tratamento de esgoto é a que mais
tem apresentado problemas a sociedade de um modo geral. Sua ação no organismo é
extremamente danosa e sua percepção olfativa é difícil em concentrações médias e altas. Seu
risco é proporcional à sua concentração e o limite de tolerância de segurança para o ser humano
é de 8 ppm (partes por milhão).

- Monóxido de Carbono CO
Sua ação no organismo é extremamente danosa e sua percepção olfativa é impossível. Sua
detecção só é possível através de equipamentos de medição. O seu limite de tolerância é de 39
ppm.

- Nitrogênio N2
É um gás inerte (não reage com os outros gases) , incolor, inodoro e insípido (sem gosto).
Aproximadamente 79% do ar atmosférico é composto de nitrogênio.
O nitrogênio atua como um asfixiante porque desloca o oxigênio do ambiente.

- Incêndio ou explosão
Qualquer mistura entre valores inflamáveis e o ar poderá resultar em uma atmosfera explosiva
caso a relação vapores inflamáveis e ar fique entre o LIE (Limite Inferior de Explosividade) e
LSE (Limite Superior de Explosividade). Por isso deverão ser eliminadas quaisquer fontes de
ignição.

2.3.3 Riscos de energia


2.3.3.1 Energia elétrica - é uma forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial
elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos.
Mediante a transformação adequada é possível obter que tal energia mostre-se em outras formas
finais de uso direto, em forma de luz, movimento ou calor, segundo os elementos da
conservação da energia.
a. Alimentação de máquinas e equipamentos;
b. Cabines primárias;
c. Rede de distribuição elétrica;
d. contato com partes metálicas que acidentalmente podem estar com tensão;
e. Energia estática;

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2.3.3.2 Energia pneumática


A Energia Pneumática provém da compressão do ar atmosférico em um reservatório,
transformando-o em ar comprimido a uma dada pressão de trabalho. O equipamento que
executa este processo é chamado de compressor.
a. Tubulações de ar comprimido
b. Compressores;
c. Ar de instrumentação.

2.3.3.3 Energia hidráulica


Máquinas de todos os tipos precisam de energia. A energia permite que as máquinas façam
certos tipos de trabalho. Duas das formas mais eficientes e compactas de energia para máquinas
são os sistemas hidráulicos e pneumáticos. Sistemas hidráulicos e pneumáticos podem ser
configurados em diferentes tipos de fontes de energia para levantar, abaixar, puxar, empurrar,
virar, girar e mover máquinas que transportam cargas enormes. Ferramentas também podem ser
energizadas para quebrar pedra, unir aço e cortar madeira. Hidráulica e pneumática fornecem a
energia para fazer o trabalho acontecer.
a. Pressão de óleo em máquinas injetoras;
b. Elevadores hidráulicos;
c. Fluidos sob pressão.

2.3.3.4 Energia química


Energia é química, ou energia potencial química, é a que se obtém a partir das ligações químicas
ou da quebra dessas ligações. Das reações químicas, existem as que absorvem calor ao
acontecer as reações e outra que liberam energia em forma de calor.
a. Produtos químicos perigosos em tubulações;
b. Equipamentos que trabalham com produtos químicos.

2.3.3.5 Energia térmica


A energia térmica é a energia associada ao movimento microscópico aleatório das partículas que
constituem um determinado meio. A energia térmica é proporcional à temperatura.
Máquinas com partes aquecidas; fornos; tubulações aquecidas.

3. Avaliação de riscos

Todas as atividades, por mais simples que sejam, têm seus respectivos riscos.
Esses riscos fazem parte do serviço e se não forem eliminados ou minimizados pode causar
incidentes e acidentes.
O cenário para o controle dos riscos envolve 3 aspectos:- Pessoas, atividades e local.
Todos os riscos das atividades foram mapeados pela área de SSM da empresa em conjunto com
pessoas que conhecem a forma de executá-las. Cada empregado deve ter o conhecimento prévio
dos riscos da sua atividade.
Os riscos encontrados no local de realização da atividade não fazem parte dela, entretanto,
também devem ser identificados, eliminados ou minimizados a níveis aceitáveis, de modo que
não contribuam para a ocorrência de incidentes.
Recomenda-se a participação em um treinamento específico de percepção e avaliação dos riscos
encontrados no local de realização da atividade, obedecendo ao critério de cada concessionária.
Quando avaliamos os riscos podemos encontrar três situações.

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3.1 Exemplo de Avaliação Preliminar de Riscos para a Atividade em Espaço Confinado


Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos
Ruído Poeiras Vírus
Vibrações Fumos Bactérias
Radiações Ionizantes Névoas Protozoários
Radiações Não Ionizantes Neblina Fungos
Frio Gases Parasitas
Calor Vapores Bacilos
Pressões Anormais Substâncias, Compostos ou Produtos Químicos em Geral
Umidade

Grau de
Eficiência
1- Adequado / 2-
TAREFA RISCOS POSSIVEIS DANOS CONTROLE Inadequado / 3 -
Parcialmente
Adequado / 4 -
Em Instalação
1. - Dirigir-se até o local de 1.1 - Queda e Acidentes de 1.1.1 - Lesões múltiplas ou 1.1.1.1 - Prática de Direção Defensiva e seguir regras de trânsito
trabalho trânsito fatalidade 1
1.2 - Quedas e escorregões 1.2.1 - Lesões múltiplas ou 1.2.1.1 - Ao descer e subir escadas, utilizar um degrau por vez, sem correr, fazer uso do corrimão e respeitar
fatalidade 1
1.3 - Atropelamento 1.3.1 - Lesões múltiplas ou 1.3.1.1 - Utilizar faixas destinadas a pedestres e atenção ao trânsito de veículos.
fatalidade
1

2. - Trabalhos em Espaços 2.1 Procedimentos de 2.1.1 -Medidas Administrativas, 2.1.1.1 - O responsável pela atividade deve orientar seus funcionários, através do DDS, com informações sobre os
Confinados liberação para Espaços Acidentes Pessoais e Materiais riscos específicos do trabalho e as melhores práticas de segurança. 1
Confinados , Ações Civis e Criminais 2.1.1.2 - O Supervisor de entrada , em conjunto com Operação ou Responsável do Setor , deverá realizar os
procedimentos de liberação de Trabalho para Espaço Confinado, conforme NR-33 (Medição de Gases, Níveis de
Oxigênio, Explosividade, Temperatura e condições do local). Antes do início de qualquer trabalho avaliar as condições
1
do local e solicitar as aprovações e liberações.
2.1.1.3 - Todos os trabalhadores que farão parte da equipe de trabalho no Espaço Confinado, deverá possuir a carteira
junto ao crachá de identificação, que está habilitado na NR-33 ( Supervisor de Entrada, Trabalhadores e Vigias ). 1
2.2 Riscos Físicos - Calor, 2.2.1 - Ruído - P.A.I.R. / 2.2.1.1 - Utilizar todos os EPI’s específicos para a função e observar se a área requer o uso de EPI’s ou EPC’s
Frio, Ruído Estresse adicionais. 1
2.2.1.2 - Utilizar equipamentos de exaustão / ventilação para providenciar as condições adequadas de trabalho.
Observar se a área requer o uso de EPI’s ou EPC’s adicionais 1
2.3 Riscos Químicos - 2.3.1 - Químico - Perda da 2.3.1.1 - Utilizar todos os EPI’s específicos para a função e observar se a área requer o uso de EPI’s ou EPC’s
Gases, Pó e Poeiras consciência e Desmaios, adicionais. 1
Perda dos sinais vitais,
2.3.1.2 - Utilizar equipamentos de exaustão / ventilação para providenciar as condições adequadas de trabalho.
fatalidade, contaminação pelo 1
Observar se a área requer o uso de EPI’s ou EPC’s adicionais.
Ar, Absorção pelas vias
respiratórias e Pele 2.3.1.3 - Utilizar proteção respiratória conforme Programa de Proteção Respiratória, contida na NR-33. Avaliar agente de
exposição para definição correta do EPI à ser utilizado. 1
2.4 - Riscos Ergonômicos - 2.4.1- Dores musculares e 2.4.1.1 - Executar pausas regulares conforme NR-15, dependendo do agente de exposição no local de trabalho.
Posturas inadequadas desconfortos 1

3. – Organização e Limpeza 3.1 – Postura inadequada; 3.1.1 - Dores musculares. 3.1.1.1 - Evitar movimentos bruscos, evitando assim dores musculares e distensões, evitar brincadeiras no local de
na Área de Trabalho. trabalho. Manter o local de trabalho sempre limpo e organizado. 1

4. ÁREAS CLASSIFICADAS
Área Classificada: Área na qual uma atmosfera inflamável está presente ou na qual é provável
sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de
equipamento elétrico.

4.1 Definição de área ATMOSFERA EXPLOSIVA


É uma mistura de substâncias inflamáveis na forma de gases, vapores, poeiras ou fibras com ar
(ou Oxigênio) e quando sob condições atmosféricas, na presença de uma fonte de ignição, a
combustão se propaga provocando a explosão.

Todo local sujeito à probabilidade da existência ou formação de uma atmosfera explosiva

4.2 Princípios de CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS E ZONEAMENTOS


O desenvolvimento de um trabalho de classificação de áreas de uma unidade industrial começa
com a análise da “probabilidade” da existência ou aparição de atmosferas explosivas nos
diferentes locais da unidade, que serão posteriormente definidas como Zonas 0, 1 ou 2.
Portanto, é necessário que existam produtos que possam gerar essas atmosferas explosivas
podendo ser gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda poeiras/fibras combustíveis que

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podem ser liberados para o ambiente pelos equipamentos de processo que representam fontes
potenciais de áreas classificadas.

Em geral, parte dos equipamentos do processo, tais como tampas, tomadas de amostras, bocas
de visita, drenos, vents, respiros, flanges, etc. são considerados “fontes de risco” pela
possibilidade de vazamento de produtos para os ambientes onde estão instalados.
Estas fontes de risco são classificadas em “graus”, dependendo da duração e frequência das
atmosferas explosivas geradas por elas.
São conhecidas como de grau contínuo aquelas fontes que geram risco de forma contínua ou
durante longos períodos.
São conhecidas como de grau primário aquelas fontes que geram risco de forma periódica ou
ocasional durante condições normais de operação e São conhecidas como de grau secundário
aquelas que geram risco somente em condições anormais de operação e quando isto acontece é
por curtos períodos.

Deve-se entender como condições “normais de operação” aquelas encontradas nos


equipamentos operando dentro dos seus parâmetros de projeto. Como exemplo de fonte de risco
de grau contínuo podemos citar o interno de um tanque de armazenamento de inflamáveis do
tipo atmosférico, onde teremos permanentemente a presença da mistura explosiva enquanto
houver produto no tanque.

Já no mesmo tanque, uma fonte de risco de grau primário será o respiro dele, por termos a saída
de vapores do produto toda vez que o nível do mesmo aumentar (isto não acontece
permanentemente, mas apenas quando o nível sobe).

Na mesma situação anterior do tanque de armazenamento de inflamáveis, poderemos ter fontes


de risco de grau secundário representadas por exemplo por flanges (que por envelhecimento da
junta ou desaperto de parafusos podem vazar) ou também por perda do controle de nível (que
provocará o derramamento de líquido na bacia). Estas duas situações representam condições
anormais, não sendo portanto frequentes nem de longa duração.

4.2.1 Definições de ZONEAMENTOS (Gases e Vapores)


Zona 0 – Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva por gases ou vapores é
continua ou existe por longos períodos.

Zona 1 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente em forma ocasional e em


condições normais de operação, sendo normalmente geradas por fontes de risco de grau
primário.

Zona 2 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente somente em condições anormais
de operação e persiste somente por curtos períodos de tempo, sendo geradas normalmente por
fontes de risco de grau secundário.

4.2.2 Definições de ZONEAMENTOS (Poeiras e Fibras)

Zona 0 - É um local em que a atmosfera explosiva, em forma de nuvem de poeira, está presente
de forma permanente, por longos períodos ou ainda frequentemente (estas zonas, igual que
gases e vapores, são geradas por fontes de risco de grau contínuo).

Zona 1 - É um local em que a atmosfera explosiva em forma de nuvem de pó está presente em


forma ocasional, em condições normais de operação da unidade (estas zonas, igual que gases e
vapores, são geradas por fontes de risco de grau primário).

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Zona 2 - É um local onde a atmosfera explosiva em forma de nuvem de pó existirá somente em


condições anormais de operação e se existir será somente por curto período de tempo (estas
zonas, igual que gases e vapores, são geradas por fontes de risco de grau secundário)

4.2.3 Desenho de Classificação de Áreas

É o documento que deve mostrar as áreas classificadas existentes na unidade, seus graus de
risco (Zonas) e suas extensões em metros, não apenas em planta, mas também em elevação, já
que não se trata de áreas, mas de “volumes de risco”. Ainda, segundo a norma, devem ser
identificadas neste documento todas as fontes geradoras de risco, os produtos que geram o risco
e suas condições de processo.

4.3 Atmosfera IPVS - Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde


É uma condição encontrada no ambiente confinado que supõe uma ameaça direta de morte,
dano ocular, irritação ou conseqüências adversas irreversíveis à saúde dos trabalhadores
envolvidos, impedindo a sua fuga da atmosfera perigosa por meios próprios.

4.4 Atmosfera potencialmente IPVS


É uma condição que momentaneamente pode transformar um ambiente seguro em um ambiente
que ofereça risco de morte ou conseqüências adversas irreversíveis à saúde dos trabalhadores
envolvidos. Exemplo: abertura de válvula de Segurança em ERP (Estação Redutora de Pressão),
rompimento de junta entre flanges.

4.5 Atmosfera não IPVS


É a condição da atmosfera que não oferece nenhum tipo de risco à vida ou à saúde dos
trabalhadores envolvidos. Nesta condição temos a garantia de que as condições ambientais não
serão alteradas durante a realização da atividade, ex.: Bloqueio de fontes de energias com o uso
de travas e etiquetas.

4.6 Limites de tolerância

É a máxima concentração de gás ou vapor que uma pessoa normal pode respirar durante uma
jornada de trabalho de 8 horas diárias e 5 dias por semana, sem que apareçam sintomas de
envenenamento ou doenças ocupacionais. O limite de tolerância é medido em ppm.

Quando falamos de medição de gases temos que conhecer as suas unidades de medidas. As
unidades utilizadas para gases e vapores tóxicos são as seguintes:

a) ppm (parte por milhão): significa partes de poluentes por milhão de partes de ar.

b) mg/m3: significa miligramas de gás por metro cúbico de ar que se respira. É uma unidade
peso por volume.

c) mg/l: significa miligramas de gás por litro de ar.

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Observação
Para gases combustíveis ou para exprimirmos grandes concentrações de gases, usamos o
percentual (%) volume, no qual 1% corresponde a 10.000 ppm.

Tabela de conversão

Quadro de concentrações, sintomas e efeitos

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4.7 Limites de explosividade

A mistura de combustível e oxigênio que se acenderá é diferente para cada gás combustível
específico. Este ponto crítico, definido como limite de explosividade, fica entre o Limite
Inferior de explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE).

Muitas regulamentações governamentais (NBR 14787) permitem a concentração de até 10%


LIE. A concentração zero é melhor e é o padrão para muitas indústrias. Lembre-se que a
atmosfera em espaços confinados pode mudar como resultados das atividades de trabalho dentro
ou ao redor do espaço confinado.

4.8 Limite inferior de Explosividade (LIE)

É a concentração mínima de gás ou vapor combustível, que em mistura com o ar atmosférico


pode provocar uma explosão pela presença de faíscas, calor ou outras fontes de ignição.

4.9 Limite Superior de Explosividade (LSE)

É a concentração máxima de gás ou vapor combustível, que em mistura com o ar atmosférico


pode provocar uma explosão pela presença de faíscas, calor ou outras fontes de ignição.

Observações:
- LIE = LEL (Low Explosive Limited).
- LSE = UEL (Up Explosive Limited).
- Limite Superior de Explosividade do gás natural LSE = 15% volume gás.
- Limite inferior de Explosividade do gás natural LIE = 5% volume gás.
- 10% do LIE = 0,5% volume gás.

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Na tabela abaixo apresentamos as propriedades de alguns gases e vapores:

- Nota
Densidade é a relação entre massa e volume de um corpo, causando a separação dos gases
principalmente dentro de um ambiente fechado.

Ex.: O Gás Natural é mais leve que o Ar tende a subir, ao contrário do Butano que é mais
pesado.

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