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DICAS DO CARVALHO

Material: CRISTIANO CARVALHO


Disciplina: LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Curso: INSS
Data: 04/02/2019
AULA 08
CONTEÚDO: 8. Exercícios - Benefícios em Espécie. 9. Acumulação de Benefícios. 10. Abono Anual. 11. Decadência e
Prescrição. 12. Crimes Contra a Previdência Social. 13. Sanções de Natureza Administrativa.

EXERCÍCIOS – BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE

1 - (CESPE – 2010 – TRT/21ª Região) Para fazer jus a qualquer prestação do RGPS, o beneficiário deve preencher o
período de carência, assim entendido como o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2 - (CESPE – 2008 – INSS) Ronaldo, afastado de suas atividades laborais, tem recebido auxílio doença. Nessa
situação, a condição de segurado de Ronaldo será mantida sem limite de prazo, enquanto estiver no gozo do
benefício, independentemente de contribuição para a previdência social.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3 - (CESPE – 2008 – INSS) Maria, segurada empregada da previdência social, encontra-se afastada de suas
atividades profissionais devido ao nascimento de seu filho, mas recebe salário maternidade.
Nessa situação, apesar de ser um benefício previdenciário, o salário maternidade que Maria recebe é considerado
salário de contribuição para efeito de incidência.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4 - (CESPE – 2008 – INSS) Roberto, produtor rural, é segurado especial e não faz recolhimento para a previdência
social como contribuinte individual. Nessa situação, para recebimento dos benefícios a que Roberto tem direito, não
é necessário o recolhimento para a contagem dos prazos de carência, sendo suficiente a comprovação da atividade
rural por igual período.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5 - (CESPE – 2008 – INSS) Tomás, segurado empregado do regime geral da previdência social, teve sua capacidade
laborativa reduzida por seqüelas decorrentes de grave acidente. Nessa situação, se não tiver cumprido a carência de
doze meses, Tomás não poderá receber o auxílio acidente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6 - (CESPE – 2008 – INSS) Rute, professora em uma escola particular, impossibilitada de ter filhos, adotou gêmeas
recém nascidas cuja mãe falecera logo após o parto e que não tinham parentes que pudessem cuidar delas. Nessa
situação, Rute terá direito a dois salários maternidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7 - (CESPE – 2008 – INSS) Helena, grávida de nove meses de seu primeiro filho, trabalha em duas empresas de
telemarketing. Nessa situação, Helena terá direito ao salário maternidade em relação a cada uma das empresas,
mesmo que a soma desses valores seja superior ao teto dos benefícios da previdência social.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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AULA 08
8 - (CESPE – 2008 – INSS) Cláudia está grávida e exerce atividade rural, sendo segurada especial da previdência.
Nessa situação, ela tem direito ao salário maternidade desde que comprove o exercício da atividade rural nos últimos
dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando solicitado antes do
parto, mesmo que a atividade tenha sido realizada de forma descontínua.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9 - (CESPE – 2008 – INSS) Há oito meses, Edna, profissional liberal, fez sua inscrição na previdência social, na
qualidade de contribuinte individual, passando a recolher regularmente as suas contribuições mensais. Dois meses
depois da inscrição, descobriu que estava grávida de 1 mês, vindo seu filho a nascer, prematuramente, com sete
meses. Nessa situação, não há nada que impeça Edna de receber o salário maternidade, pois a carência do benefício
será reduzida na quantidade de meses em que o parto foi antecipado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

10 - (CESPE – 2008 - INSS) Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral voluntariamente.
Nessa situação, o benefício da aposentadoria por invalidez será cassado a partir da data desse retorno.

( ) CERTO ( ) ERRADO

11 - (CESPE – 2008 - INSS) José perdeu a mão direita em grave acidente ocorrido na fábrica em que trabalhava, e,
por isso, foi aposentado por invalidez. Nessa situação, José não tem o direito de receber o adicional de 25% pago
aos segurados que necessitam de assistência permanente, já que ele pode cuidar de si apenas com uma das mãos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12 - (CESPE – 2008 - INSS) João trabalha, há dez anos, exposto, de forma não ocasional nem intermitente, a
agentes químicos nocivos. Nessa situação, João terá direito a requerer, no futuro, aposentadoria especial, sendo-lhe
possível, a fim de completar a carência, converter tempo comum trabalhado anteriormente, isto é, tempo em que
não esteve exposto aos agentes nocivos, em tempo de contribuição para a aposentadoria do tipo especial.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13 - (CESPE – 2018 – Analista Portuário) Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada
da empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu
retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, se, ao invés de ter causado o afastamento de Maria, o acidente de trabalho sofrido por ela
houvesse ocasionado o seu óbito, seu cônjuge teria direito a receber pensão vitalícia por morte da segurada,
independentemente do preenchimento dos demais requisitos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14 - (CESPE – 2018 – Analista Portuário) Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada
da empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu
retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, durante o afastamento por incapacidade temporária, a renda mensal inicial do benefício
previdenciário recebido por Maria deve ter correspondido a 91% do salário-de-benefício.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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15 - (CESPE – 2018 – Analista Portuário) Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada
da empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu
retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, após o retorno ao trabalho, Maria poderá pleitear o auxílio-acidente somente se
persistirem sequelas que impliquem a redução de sua capacidade laboral.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16 - (CESPE – 2018 – Procurador do Município - AM) Considerando a legislação aplicável e a jurisprudência dos
tribunais superiores acerca do RGPS, julgue o item que se segue.
Os benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença independem de carência quando originários de causa
acidentária de qualquer natureza.

( ) CERTO ( ) ERRADO

17 - (CESPE – 2018 – STJ – Analista Judiciário - Judiciária) A respeito do regime geral da previdência social (RGPS),
julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
Situação hipotética: Lúcia, que por doze meses foi contribuinte da previdência social e que era casada, há quatro
anos, com Mário, de quarenta e cinco anos idade, faleceu após complicações de saúde decorrentes de uma cirurgia
estética. Assertiva: Nessa situação, Mário terá direito ao benefício de pensão por morte em caráter vitalício.

( ) CERTO ( ) ERRADO

18 - (CESPE – 2017 – DPU – Defensor Público) Cada um do item seguinte, acerca de benefícios previdenciários,
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Jânio, microempreendedor individual, tem uma única empregada. Ela se encontra grávida e em tempo de receber o
benefício do salário-maternidade. Nessa situação, o benefício será pago diretamente pela previdência social.

( ) CERTO ( ) ERRADO

19 - (CESPE – 2017 – TCE-PE – Analista de Controle Externo) Com relação aos benefícios previdenciários em
espécie, julgue o próximo item.
O auxílio-reclusão beneficia os dependentes do segurado recolhido à prisão e independe de carência.

( ) CERTO ( ) ERRADO

20 - (CESPE – 2017 – TCE-PE – Analista de Controle Externo) O item a seguir, apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício previdenciário e contribuição para o RGPS e regime
próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma empresa privada. No
quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego, Flávio foi atropelado por um veículo, o que o
deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida
pelo RGPS, por não ter cumprido o tempo mínimo de carência.

( ) CERTO ( ) ERRADO

GABARITO

1-E 2-C 3-C 4-C 5-E


6-E 7-C 8-C 9-C 10 - C
11 - C 12 - E 13 - C 14 - C 15 - C
16 - C 17 - E 18 - C 19 - C 20 - E

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AULA 08
ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS (art. 124, Lei 8.213/91 e arts. 167 e 168, Dec. 3.048/99):

Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência
social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho:

I - aposentadoria com auxílio-doença;

II - mais de uma aposentadoria;

III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;

IV - salário-maternidade com auxílio-doença;

V - mais de um auxílio-acidente;

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;

VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira;

IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria;

X - Auxílio-acidente com auxílio-doença, decorrente do mesmo acidente ou da mesma doença que o gerou;

XI – Auxílio-reclusão pago aos dependentes, com auxílio doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço do
segurado recluso.

Observações:

1 - É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência
Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

2 - No caso dos incisos VI, VII e VIII é facultado ao dependente optar pela pensão mais vantajosa.

3 - É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência
social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

4 - É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que trata a Lei nº 7.070, de 20
de dezembro de 1982 (dispõe sobre pensão especial para os deficientes físicos), que não poderá ser reduzido em razão de
eventual aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a sua concessão.

5 - O segurado recluso, ainda que contribua na forma do § 6º do art. 116, não faz jus aos benefícios de auxílio-doença e de
aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção, desde que manifestada,
também, pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso.

6 - Salvo nos casos de aposentadoria por invalidez ou especial, o retorno do aposentado à atividade não prejudica o
recebimento de sua aposentadoria, que será mantida no seu valor integral.

7 - Não há proibitivo legal nas normas previdenciárias à percepção de 02 (duas) aposentadorias em regimes previdenciários
distintos (RGPS e RPPS), desde que computados de forma independente os tempos concomitantes em cada sistema
previdenciário, com os seus respectivos recolhimentos.

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ABONO ANUAL (GRATIFICAÇÃO NATALINA):

 Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente,
aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão (art. 120, Dec. 3.048/99).

Forma de cálculo: O abono anual, conhecido como décimo terceiro salário ou gratificação natalina, corresponde ao valor da
renda mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício, para o segurado que recebeu
auxílio-doença, auxílio acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão, na forma do que
dispõe o art. 120 do RPS (art. 396, IN INSS 77/2015).

Observações:

I - O recebimento de benefício por período inferior a doze meses, dentro do mesmo ano, determina o cálculo do abono anual
de forma proporcional (§1º, art. 396, IN INSS 77/2015);

II - O período igual ou superior a quinze dias, dentro do mês, será considerado como mês integral para efeito de cálculo do
abono anual (§2º, art. 396, IN INSS 77/2015);

III - O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-maternidade será pago, em cada exercício,
juntamente com a última parcela do benefício nele devido (§3º, art. 396, IN INSS 77/2015);

IV - O abono anual incidirá sobre a parcela de acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento), referente ao auxílio acompanhante,
observado o disposto no art. 120 do RPS (§4º, art. 396, IN INSS 77/2015);

V - O pagamento do abono anual poderá ser realizado de forma parcelada (§5º, art. 396, IN INSS 77/2015).

DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO:

Decadência: A professora Maria Helena Diniz define decadência como “a extinção do direito potestativo pela inação de seu
titular, que deixa escoar o prazo legal ou voluntariamente fixado para o seu exercício”.

Prescrição: No que tange a prescrição, pode-se dizer que a mesma decorre da inércia do titular de um direito que foi violado,
mas, é preciso que a sua inércia tenha ultrapassado o prazo previsto em lei, e que não tenha ocorrido nenhuma das causas que
impedem, suspendem ou interrompem o prazo prescricional.

Em suma: Na decadência, temos a perda do próprio direito, diferente da prescrição, cuja fulminação ocorre em relação ao
direito de ação. Assim, observa-se claramente que são institutos distintos do direito.

Decadência e Prescrição no Custeio Previdenciário (Goes, Hugo, Manual de Direito Previdenciário, 14ª edição, pág. 585):

Prazo de Decadência: é o lapso de tempo dentro do qual deve ser constituído o crédito previdenciário, mediante a consecução
do lançamento.

Prazo de Prescrição: é o período no qual o sujeito ativo, após a constituição definitiva do crédito previdenciário, à vista do
inadimplemento do sujeito passivo, deve ajuizar a ação de cobrança.

Simplificando temos o seguinte:

Decadência → Prazo do lançamento do crédito decorrente da contribuição social.

Prescrição → Prazo para cobrança do crédito já constituído pelo lançamento.

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Disciplina: LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
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Vamos agora esquematizar as situações presentes na legislação previdenciária:

SITUAÇÃO PRAZO OBSERVAÇÕES

Direito de Constituir o Crédito 05 anos Arts. 173 e 150, § 4º do CTN.


(decadência no custeio previdenciário)

Extinção do direito de cobrar o crédito


já constituído (prescrição no custeio
previdenciário) 05 anos Art. 174, CTN.

 O prazo de decadência do direito ou da ação do


segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão,
indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato
de deferimento, indeferimento ou não concessão de revisão de
benefício é de dez anos, contado (art. 103, Lei 8.213/91):

I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento


Decadência nos Benefícios: da primeira prestação ou da data em que a prestação deveria ter
 Revisão do ato de concessão 10 anos sido paga com o valor revisto; ou
de benefício;
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da
 Anular ato administrativo, decisão de indeferimento, cancelamento ou cessação do seu
salvo comprovada má-fé. pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou
indeferimento de revisão de benefício, no âmbito
administrativo.

 Não se aplica o disposto no art. 103 desta Lei ao


pensionista menor, incapaz ou ausente, na forma da lei (art. 79,
Lei 8.213/91).

 O direito da Previdência Social de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus
beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé (art. 103-A, Lei 8.213/91).

 O direito de pleitear restituição ou de realizar


compensação de contribuições ou de outras importâncias
extingue-se em cinco anos, contados da data (art. 253, Dec.
Prescrição nos Benefícios: 3.048/99):
 Receber prestações vencidas;
I - do pagamento ou recolhimento indevido; ou
 Receber restituições; ou 05 anos

 Receber diferenças. II - em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou


passar em julgado a sentença judicial que tenha reformado,
anulado ou revogado a decisão condenatória.

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AULA 08
 As ações referentes à prestação por acidente do
trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no
art. 103 desta Lei, contados da data (art. 104, Lei 8.213/91):

I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a


Acidente do Trabalho 05 anos incapacidade temporária, verificada esta em perícia médica a
cargo da Previdência Social; ou

II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a


incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do
acidente.

CRIMES CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL:

São tipos penais que estão direta ou indiretamente ligados ao recolhimento das contribuições previdenciárias, sendo
necessário antes de conhecer os tipos penais, o entendimento dos conceitos de funcionário público trazido pela legislação,
para fins de enquadramento e aplicação dos tipos penais. Faremos uso nesta parte da matéria do Código Penal (CP).

Conceito de funcionário público:

Art. 327, CP - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

Funcionário público por equiparação:

Art. 327, § 1º, CP - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal,
e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.

Tipos Penais Previdenciários:

APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

Art. 168-A, CP - Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma
legal ou convencional:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;

II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à
venda de produtos ou à prestação de serviços;

III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à
empresa pela previdência social.

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições,
importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes
do início da ação fiscal.

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AULA 08
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes,
desde que:

I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios; ou

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais (atualmente esse valor é de
R$ 20.000,00 (art. 1º, II, Portaria MF 75/2012).

§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive
dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.

SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Art. 337-A, CP - Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas:

I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem
serviços;

II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;

III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos
geradores de contribuições sociais previdenciárias:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e


presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes,
desde que:

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais (atualmente esse valor é de
R$ 20.000,00 (art. 1º, II, Portaria MF 75/2012).

§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e
dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.

§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos
benefícios da previdência social (atualmente esse valor é de R$ 4.984,35 (Portaria MF 15/2018, de 16/01/2018).

FALSIDADE DE DOCUMENTO PÚBLICO

Art. 297, CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

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AULA 08
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou
transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:

I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;

II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;

III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3 o, nome do segurado e seus dados pessoais,
a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES

Art. 313-A, CP - Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir
indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES

Art. 313-B, CP - Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem
autorização ou solicitação de autoridade competente:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a
Administração Pública ou para o administrado.

SANÇÕES DE NATUREZA ADMINISTRATIVA:

Art. 95, § 2º Lei 8.212/91. A empresa que transgredir as normas desta Lei, além das outras sanções previstas, sujeitar-
se-á, nas condições em que dispuser o regulamento:

a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições financeiras oficiais;


b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial;
c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta federal,
estadual, do Distrito Federal ou municipal;
d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade mercantil ou comerciante individual;
e) à desqualificação para impetrar concordata;
f) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o caso.

Observações: O caso da alínea “d”, já foi vetado pela maior corte do país (STF), sendo inaplicável:

SUM 70 STF - É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo.

SUM 547 STF - Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas
alfândegas e exerça suas atividades profissionais.

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